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UNIVERSIDADE DE UBERABA

LOURDES ANDREIA ROCHA FERREIRA

LABORATÓRIO CONTÁBIL II
Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias

NOVA VENECIA
2020
LOURDES ANDREIA ROCHA FERREIRA

LABORATÓRIO CONTÁBIL II
Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias

Trabalho apresentado ao curso de


Ciências Contábeis como requisito para
aprovação na disciplina de Laboratório
Contábil II – Rotinas Trabalhistas e
Previdenciárias.

Professor-tutor: ALEXANDRE PEDROZA


FRANCISCO

NOVA VENÉCIA
2020
RESUMO

O presente trabalho foi e laborado como proposta de realizar os procedimentos de


admissão e demissão de funcionários, jornadas diferenciadas de trabalho,
remuneração e salário, adicionais, folha de pagamento, férias. 13º Salário, sindicato,
rescisão de contrato de trabalho, seguro desemprego, obrigações trabalhistas,
orientações previdenciárias: Seguridade e previdência social, legislações
profissionais específicas de uma empresa. Esses processos fazem parte da
estrutura organizacional da empresa.
Portanto, é fundamental que o RH siga cada etapa com o maior cuidado possível
para evitar desgastes entre colaborador e empresa.
É necessário dedicação tanto nas questões burocráticas, de entrega de documentos
e formalização do processo de contratação, como na gestão de pessoas através da
ética e respeito ao comunicar uma demissão e na integração no caso de novos
funcionários.

Palavras-chave: Rotinas Trabalhistas, Previdenciária, Empregado, Folha de


Pagamento.
SUMÁRIO

1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA....................................................................................5

2. PROCEDIMENTOS NA ADMISSÃO DO EMPREGADO ........................................ 6

3. FOLHA DE PAGAMENTO: PROVENTOS E DESCONTOS ................................. 17

4. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ...................................................... 27

5. OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS .......................................................................... 32

6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 50
1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A Mimos Arteliê é uma empresa do ramo de lembrancinhas e convites


personalizados para ocasiões especiais (chá de panelas, chá de fraldas, chá de
bebê, casamentos, aniversários e nascimento) por meio de loja virtual.
Com um quadro de 3 funcionários, sendo um design gráfico, um operador e Técnico
de Informática para atender a demanda, a Mimos Arteliê conta com ótima
localização para exercer a atividade econômica, pois a área é muito movimentada,
com potenciais clientes, não possui concorrentes próximos, fluxo de veículos não é
muito alto, permitindo facilidade para estacionar nas proximidades do
estabelecimento, o imóvel é próprio, anexo a residência e está totalmente
reformado.
2. PROCEDIMENTOS NA ADMISSÃO DO EMPREGADO

O empregado ao ser admitido deve passar por uma rotina especial junto à empresa.
Essa rotina visa atender as normas legais existentes, bem como as normas internas
da empresa, propiciando o ingresso desse empregado com sucesso.
Dessa forma é importante criar um roteiro dos deveres a serem cumpridos, dos
documentos a serem preenchidos e das obrigações legais a serem realizadas.

2.1 Documentos Obrigatórios

Dos principais documentos temos:

Documentos Pessoais

 Currículo atualizado;
 Carteira de Trabalho e Previdência Social;
 Título de eleitor;
 Certidão de reservista ou prova de alistamento militar – para homens a partir
do ano que completam 18 anos.
 Registro profissional expedido pelos órgãos de classe – OAB, CREA, CRM e
etc.
 Cópia do CPF
 Cópia do RG;
 Certidão de nascimento – se o empregado for solteiro.
 Certidão de casamento – se o empregado for casado.
 Comprovante de residência;
 Fotos – tamanho e a quantidade ficam a critério da empresa;
 CNH – para motoristas e pessoas que trabalhem com veículos;
 Cartão do PIS – exceto para os casos de primeiro emprego.
Documentos pertinentes aos filhos

 Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos;


 Carteira de vacinação dos filhos menores de 6 anos;
 Comprovante escolar para os filhos com idade de 7 a 14 anos (que deverá
ser apresentada na admissão e sempre nos meses de maio e novembro);
 Atestado de invalidez dos filhos de qualquer idade.

Documentos Gerados

 Atestado de Saúde Ocupacional;


 Livro ou ficha de registro de empregados;
 Contrato de experiência;
 Ficha de salário família;
 Termo de solicitação de vale transporte.

Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)

Este Atestado é emitido após a realização de qualquer exame médico ocupacional


(admissão, demissional, periódico, de retorno ao trabalho, ou de mudança de
função). O ASO é o atestado que define se o funcionário está apto ou inapto para a
realização de suas funções dentro da empresa. Este documento é de extrema
importância, pois traz a identificação completa do trabalhador, o número de
identidade, a função exercida, os riscos que existem na execução de suas tarefas,
os procedimentos médicos a que foi submetido, isto é, informações gerais sobre a
saúde do funcionário (o que deixa o funcionário e a empresa cientes da total
situação da saúde do paciente-trabalhador). Esses exames são de responsabilidade
e custos do empregador e não do funcionário.
Convenção Coletiva de Trabalho

Seu amparo legal está no artigo 611 da CLT:

“Convenção coletiva de trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou


mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam
condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às
relações individuais de trabalho”.

Este documento representa o acordo entre um profissional com uma empresa. No


momento que esse colaborador assina o mesmo, está firmado que ele está ciente
das condições de trabalho, direitos e deveres esperados no dia a dia de trabalho.
Por outro lado, a CCT é o acordo que representa vários profissionais perante essa
mesma empresa.

Uma vez que as ―regras do jogo‖ estão claras para todos, possíveis conflitos e
descontentamentos podem ser evitando, prevenindo que haja um desgaste nas
relações entre empregador e colaborador. Outro ponto interessante é que a empresa
que adere à convenção se protege de multas, infrações e até mesmo de ações
trabalhistas.
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e Livro de Registro

É obrigatória a apresentação da CTPS pelo trabalhador ao empregador que ao


admitir, terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para fazer as anotações devidas e
devolver a carteira ao empregado. É necessário realizar as seguintes anotações:

 Identificação do empregador;
 A data de admissão;
 A remuneração e as condições especiais se houver.

Modelo de anotação em CTPS da admissão

O preenchimento da Ficha ou Livro de Registro de Empregado com dados do


empregado também é uma exigência legal imposta ao empregador (Artigos 41 e 48
da CLT)
Contribuição Sindical

A contribuição ou imposto sindical é um tributo anual a ser pago pelo trabalhador


para custear as atividades do sindicato de sua categoria. Desde a década de 40,
esse tributo é previsto por lei, estando presente tanto no texto da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) quanto na Constituição Federal.
Em vigor desde novembro de 2017, a lei 13.467/17 ― que diz respeito à Reforma
Trabalhista ― modificou vários artigos da CLT e de outras leis que versam sobre
relações de trabalho, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Seguridade
Social.

Um dos pontos de mudança instituiu o fim da obrigatoriedade do pagamento


do imposto sindical, algo que vale tanto para os trabalhadores quanto para os
empregados.

.Vale Transporte

O vale-transporte é um adiantamento feito pelo empregador para custear o


deslocamento do funcionário de casa para o trabalho e vice-versa. Tudo começou
com a Lei 7.418, de 1985, que instituiu essa ferramenta. Em 1987, com a Lei 7.619,
as empresas passaram a ter obrigatoriedade de conceder o benefício. São essas
leis que regulamentam o uso do vale e suas especificidades. Pode o empregado
também declarar que não precisa do vale transporte por usar outros meios de
deslocamento.

Para que a empresa forneça o vale transporte, o empregado deverá informar por
escrito a empresa, o seu endereço residencial e os serviços e meios de transporte
mais adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e trabalho-residência.

Preencher ficha de Salário-família, Termo de Responsabilidade de Salário


Família e Declaração de dependentes para fins de Imposto de Renda na fonte.
2.2 Contrato de Trabalho

De acordo com o tempo de duração, os contratos de trabalho podem ser


classificados: por tempo indeterminado e determinado. Há também o contrato de
experiência que funciona como um teste e não pode ultrapassar o período de 90
dias. Ele é considerado um tipo de contrato por tempo determinado.

2.2.1 Contrato por Tempo Indeterminado

Tipo de contrato sem prazo para finalizar. É necessário que haja anotação na
Carteira de Trabalho no prazo de até 48 horas, até mesmo nos casos de
experiência.

2.2.2. Contrato por Tempo Determinado

Tipo de contrato com prazo definido para ser encerrado. Geralmente, são utilizados
nos casos de serviços que possuem características transitórias. Possui um prazo
máximo de 2 anos e quando são prorrogados por mais de uma vez se transformam
em contratos indeterminados.

2.2.3 Contrato de Experiência

Além dos contratos citados, há também o de experiência que tem a função de


verificar como são as habilidades e qualidades profissionais do indivíduo e ainda
mostrar a ele, as vantagens oferecidas pela empresa, caso fique por mais tempo. A
duração é de até 90 dias e, se for excedido, passará a ser um contrato
indeterminado.
Obs.: É comum, as empresas definirem no contrato de trabalho, um período de 45
dias de experiência, que pode ser prorrogado por mais 45. Em caso de quebra de
contrato, a regra é a mesma: a parte que descumpri-lo pagará indenização.

Ficha Admissional de Funcionários

A admissão de colaboradores é a etapa que autoriza a prestação de serviços. É ela


que caracteriza a pessoa como funcionário da empresa.

Essa relação é estabelecida por meio de um contrato. E para que seja válido perante
a lei, a empresa precisa seguir uma série de passos e preencher vários documentos.

Dentro desse processo está o cadastro na ficha de registro de empregado, previsto


no artigo 41 da lei da CLT. É através desse registro que a empresa pode propiciar,
não só a ela, mas também ao empregado, uma segurança diante das obrigações
trabalhistas.
3. FOLHA DE PAGAMENTO: PROVENTOS E DESCONTOS

3.1 Conceito de Folha de Pagamento:

A folha de pagamento é um documento de emissão obrigatória para efeito de


fiscalização trabalhista e previdenciária. A empresa é obrigada a preparar a folha de
pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os empregados a
seu serviço.
Esta deverá ser elaborada mensalmente pela empresa, no qual se relaciona,
devendo conter nomes dos empregados, o montante das remunerações, dos
descontos ou abatimentos e o valor líquido a que se faz jus cada um dos
empregados, estando juntamente com os recibos de salários.

3.2 Como são elaboradas as folhas de pagamento:

A folha de pagamento tem função operacional, contábil e fiscal, consolidando todas


as ocorrências mensais do empregado. Ela agrega a descrição dos fatos que
envolveram a relação de trabalho, de maneira simples e transparente,
transformando-os em fatores numéricos por meio de códigos, quantidade,
referências, percentagens e valores.
O recibo de pagamento, que é também conhecido como holerite, é resultado
dos cálculos trabalhistas e nele devem constar as seguintes informações:

 Nome do colaborador;
 Cargo ou serviços prestados;
 Parcelas integrantes da remuneração;
 Parcelas não integrantes da remuneração (diárias, ajuda de custo etc.);
 Descontos efetuados;
 Resultado líquido a ser pago;
 Tipo de contrato;
 Número e série da CTPS.
Principais descontos

São os valores que devem ser deduzidos do trabalhador referentes à:

 Faltas, Atrasos e Saídas Antecipadas Injustificadas:

Os dias correspondentes às faltas serão computados para efeito de férias e 13º


salário e deverão ser lançados em dias. Já os atrasos e saídas antecipadas,
deverão ser lançados em horas e não serão computados para efeito de férias e 13º
salário.
Quando o empregado sem motivo justificado, faltar ou chegar atrasado ao trabalho,
o empregador pode descontar-lhe do salário quantia correspondente á falta.

 Contribuição Sindical

A contribuição Sindical corresponde ao desconto de 1/30 sobre a remuneração do


funcionário, este desconto ocorre normalmente no mês de março de cada ano. Já o
recolhimento por parte da empresa será no mês de abril de cada ano.

Todo trabalhador, sócio ou não de sindicato, é obrigado a pagar a contribuição


sindical, que consiste em um dia de salário, qualquer que seja a forma de
remuneração. O desconto da contribuição é feito pelos empregadores na folha de
pagamento do mês de março de cada ano, o desconto dos dias é feito assim:

 A importância de um trinta avos do salário combinado, se o empregado for


mensalista;
 A importância equivalente a um dia de trabalho, se o empregado for diarista;
 A importância equivalente a oito horas de trabalho, se o empregado for
horista.
 INSS

Todos aqueles que trabalham são obrigados a contribuir para o INSS, por esse
motivo que todos têm direito de gozar os benefícios oferecidos, tanto o empregado e
trabalhador autônomo quanto o empregador. A contribuição é obrigatória e
abrangem empregados, empregadores, trabalhadores autônomos, segurados
facultativos (membros de congregação religiosa).
Contribuição devida a Previdência Social. Os percentuais variam conforme o salário
de contribuição, limitado a um teto máximo, podendo ser de 8%, 9% e 11%.

 IRRF

O Imposto de Renda é a tributação devida sobre os rendimentos do trabalho


assalariado, tais como: salários, horas extras, adicionais e outras receitas admitidas
em lei pela Receita Federal.

 FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

Foi criado em 1967 pelo Governo Federal para proteger o trabalhador demitido sem
justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho.
Até o dia 07 de cada mês, as empresas depositam, em contas abertas na CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL – CEF em nome dos seus empregados, o valor
correspondente a 8% da remuneração de cada funcionário.

Holerite dos três Funcionários

Funcionário: Breno Martins Celia


Holerite Janeiro

Holerite Fevereiro
Holerite Março

Holerite Abril
Holerite Maio

Funcionário: Beatriz de Souza


Holerite Janeiro
Holerite Fevereiro

Holerite Março
Holerite Abril

Holerite Maio
Funcionário: Thalys Almeida
Holerite Janeiro

Holerite Fevereiro
Holerite Março

Holerite Abril
4. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

4.1 Formas de extinção do contrato de trabalho

A extinção do contrato de trabalho está prevista na Consolidação das Leis do


Trabalho – Decreto-Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943, através do Título IV,
Capítulo V, artigos 477 a 486 – que tratam da rescisão –, e o Código Civil através
dos artigos 472, 475 a 477 traz algumas formas de extinção do contrato.
As formas de extinção do contrato de trabalho, pode se dar por: decisão do
empregador; decisão do empregado; iniciativa de ambos; desaparecimento dos
sujeitos; ou quando há o decurso do prazo determinado no contrato.

4.2 Extinção por Decisão do Empregador

Ela acontece quando o empregador decide dispensar seu empregado sem ou com
justa causa.

Quando sem justa causa, o empregado é dispensado sem ter cometido alguma falta
grave que implicasse diretamente na impossibilidade de continuação da relação
empregatícia. Dessa forma, o empregado terá direito as seguintes verbas: aviso
prévio; férias proporcionais; 13º salário proporcional; levantamento dos depósitos do
FGTS; multa de 40% sobre os depósitos do FGTS; e indenização adicional, quando
a dispensa se consumar no trintídio anterior.

Já se com justa causa – cujas algumas de suas hipóteses estão previstas no artigo
482 da Consolidação das Leis do Trabalho – é quando houver o cometimento por
parte do empregado de alguma falta grave que, por sua vez, se caracteriza quando
há a quebra do vínculo de confiança que deve existir entre empregado e
empregador, tornando inviável a continuação da relação de emprego. Nesse caso, o
empregado não terá direito a nenhuma das verbas supramencionadas, recebendo
apenas saldo de salário; e férias vencidas, caso tenha adquirindo-as.
4.3 Extinção por Decisão do Empregado

Ela pode se dar por: desejo do empregado ou aposentadoria do empregado.

Quando por desejo do empregado: é quando o empregado não mais pretende


continuar no trabalho e, portanto pretende rescindir seu contrato de trabalho. Nesse
caso, ele deverá avisar previamente ao seu empregador, ou seja, dará o aviso
prévio ao seu empregador e terá direito as seguintes verbas: 13º salário
proporcional; e férias proporcionais.

Quando por aposentadoria do empregado, por si só não importa diretamente na


rescisão do contrato de trabalho, o empregado mesmo aposentado pode continuar
trabalhando, a não ser que, uma vez aposentado, o empregador não o queria mais
trabalhando para ele. Nesse caso, como o empregador não deu causa a rescisão, já
que foi o empregado que quis se aposentar então o empregado terá direito as
seguintes verbas rescisórias: 13º proporcional; levantamento do FGTS; e férias
proporcionais.

4.4 Extinção por Iniciativa de Ambos

Essa modalidade pode se dar por:

Acordo entre as Partes: que é quando tanto quando o empregador e empregado


acordam em rescindir o contrato de trabalho amigavelmente. Nesse caso, algumas
verbas rescisórias poderão ser negociadas, salvo as verbas salariais e as férias
vencidas. E também não é permitida a movimentação no FGTS.

Ou por Culpa recíproca: que é quando empregador e empregado cometem falta


grave reconhecida pela Justiça do Trabalho. Nesse caso, o empregado terá direito a:
saldo de férias; férias vencidas; levantamento do FGTS; multa de 20% dos depósitos
do FGTS; e, conforme a Súmula 14, Tribunal Superior do Trabalho – TST: 50% do
valor do aviso prévio, das férias proporcionais e do 13º salário.
4.5 Extinção por Desaparecimento dos Sujeitos

Essa forma pode se dar quando houver a:

1. Morte do empregado: falecido o empregado, haverá o desaparecimento de


um dos sujeitos da relação empregatícia. O que culminará na extinção do
contrato de trabalho desse empregado. Que, todavia, terá alguns de seus
direitos trabalhistas transferidos à seus herdeiros, passando estes a terem
direito a receber: FGTS; férias proporcionais; e 13º salário proporcional do
empregado falecido.
2. Morte do empregador: se houver a sucessão trabalhista, ou seja, a troca de
titularidade da empresa, outro alguém passar a assumi-la, não significará de
imediato na rescisão do contrato de trabalho dos seus empregados. A não ser
que o empregado decida rescindir o contrato, ou se, em razão da morte do
empregador, tenha ocorrido a cessação da atividade empresarial. Caso o
empregado tenha decidido rescindir o seu contrato, ele fica desobrigado a dar
aviso prévio a seu empregador e o empregador não precisará pagar a
indenização de 40% do FGTS, já que se trata de uma rescisão sem ônus para
as partes. E o empregado terá direito a: sacar os depósitos referentes ao
FGTS. Mas, caso tenha havido a cessação da atividade empresarial, serão
devidas ao empregado as verbas rescisórias devidas em caso de dispensa
sem justa causa.
3. Extinção da empresa: se for extinção normal da empresa, seja por causa da
impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, ou por força de
decisão do governo – o chamado factum principis. Acontecendo a primeira
hipótese, o empregado terá direito a receber as verbas rescisórias da
dispensa sem justa causa, mas se tiver havido a segunda hipótese, o
pagamento dessas verbas será feito pelo governo. Agora, se tiver havido a
extinção da empresa em decorrência de força maior, ou seja, algum evento
imprevisível e inevitável que tenha ocorrido sem a vontade do empregador e
sem que ele ter concorrido para isso, o empregado terá direito a: metade do
valor das indenizações a que tiver direito. Se tiver havido a extinção da
empresa por falência dela, o empregado terá direito a todas as verbas cujo
direito ele tenha obtido.
4.6 Extinção por Decurso de Prazo Determinado no Contrato
Nos contratos de trabalho por prazo determinado, uma vez que tenha sido atingido o
prazo previsto no contrato, haverá a sua extinção. Nesse caso, o empregado terá
direito a: férias proporcionais; 13º salário proporcional; e levantamento dos depósitos
do FGTS.

Caso tenha havido a extinção antes do decurso do prazo previsto no contrato, ou


seja, a rescisão antecipada, se esta ocorreu devido a falta grave cometida pelo
empregado, ele terá direito a somente os salários devidos no período; se ocorreu
sem justa causa, o empregado terá direito a: indenização; 13º proporcional;
levantamento do FGTS + multa de 40%; e férias proporcionais. Contudo, se ocorreu
por iniciativa do empregado, este deverá indenizar o empregador no valor
correspondente ao que seria devido se a rescisão tivesse sido causada por vontade
do empregador.

4.7 Rescisão Indireta (artigo 483)

Rescisão indireta do contrato do trabalho pode ser considerada como a falta grave
praticada pelo empregador. Onde o empregado se sente constrangido e é vítima
do empregador e entende que não tem mais condições de trabalhar na empresa e
promoverá uma ação de rescisão indireta, mas para que isso aconteça é imperioso
que o empregado consiga provar o que alega contra o empregador.

E no caso de conseguir sustentar todas as alegações em juízo e sendo


reconhecido o seu direito no final do processo, o empregado recebe todas as
verbas que lhe seriam devidas se tivesse sido dispensado sem justa causa,
inclusive a indenização de 40% dos depósitos do FGTS.

As hipóteses que fazem possível a aplicação da rescisão indireta do contrato de


trabalho estão elencadas no artigo 483 da Convenção das Leis Trabalhistas.
Calculo Rescisão do Trabalho do Funcionário Thalys Almeida

Dados iniciais para o cálculo :

Data de admissão: 05/01/2020


Data de demissão: 31/05/2020 cumpriu o aviso
Último salário: 1.143,93
Motivo da rescisão: Dispensa sem justa causa

mai/20
Provento Desconto
Salário RCT 1.143,93 Vale Transporte 68,64
Salário Família 48,62 INSS 192,36
Férias RCT 476,64
1/3 Férias RCT 158,88
13º RCT 476,64
Salário Liquido 1551,93
Base INSS 2.256,09
Base FGTS 2.256,09
FGTS 05/2020 183,03
INSS 05/2020 220,16
Multa FGTS 218,62
5. OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS

Finalidades:
a) Constitui uma indenização paga ao empregado quando da perda
b) Tem função social como um fundo de recursos que se destrua a execução de
programas de habitação popular, saneamento básico e infra -estrutura urbana,
definido s pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, na qualidade de
gestor do FGTS.

c) Os critérios técnicos para as aplicações do FGTS são estabelecidas pelo


Conselho Curador.

5.1 Direito ao FGTS

 Todo o trabalhador brasileiro com contrato de trabalho formal regido pela


Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
 Trabalhadores domésticos e rurais;
 Trabalhadores temporários, intermitentes e avulsos;
 Safreiros, trabalhadores rurais que atuam somente no período de colheita;
 Atletas profissionais.

5.2 Das contas Vinculada

a) As importâncias depositadas nas contas dos trabalhadores são impenhoráveis;

b) Os saldos garantidos pelo Governo Federal, e serão corrigidos monetariamente


com juros de 3% ao ano.

5.3 Dos efeitos da Rescisão ou Extinção do Contrato de Trabalho

Instrução Normativa RFB Nº 1922, de 04 de Fevereiro de 2020

5.4 Dos saques do FGTS

DECRETO Nº 99.684 DE 08 DE NOVEMBRO DE 1990


5.5 Do Recolhimento Mensal do FGTS
Os recolhimentos do FGTS devem ser efetuados através da Guia de Recolhimento
do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), da Guia de Recolhimento
Rescisório do FGTS e Informações à Previdência Social (GRFP) ou do Documento
Específico de Recolhimento do FGTS (DERF).

A GFIP, cujo prazo de recolhimento é até o dia 07 do mês subsequente ao da


remuneração do trabalhador, será utilizada nos casos de recolhimento que atendem
os requisitos das leis ns. 8.036/90 e 9.601/98. Ela pode ser apresentada permeio
magnético, obtido nas agências da Caixa, bancos conveniados ou no qual é
emitida, mensalmente, pela Caixa, e encaminhada aos empregadores/contribuintes
cadastrados no sistema FGTS, devendo ser preservada a competência para a
qual foi pré-emitida; de forma avulsa, através do formulário disponível no comércio
ou na site da Caixa, devendo ser totalmente preenchida pelo
empregador/contribuinte .

A GRFP, por sua vez, de verá ser utilizada nos casos de multa rescisória e de
recolhimento dos depósitos do FGTS efetuados na conta vinculada do trabalhador
no mês de rescisão e no mês imediatamente anterior.

Deverão ser informados neste documento as remunerações e os recolhimentos ao


FGTS referentes ao mês da rescisão, ao mês imediatamente anterior, quando estes
não tiverem sido recolhidos na GFIP do mês correspondente, as verbas
indenizatórias e o valor da multa rescisória, assim como os fatos geradores de
contribuições para a Previdência Social e valores devidos ao INSS, referentes à
rescisão.

A GRFP pode ser recolhida de dois modos, sendo o primeiro o de forma pré-emitida,
onde o documento, emitido pela CAIXA/CEF, já consta dos dados necessários para
a identificação do empregador e do trabalhador no cadastro do FGTS e na
Previdência Social, bem como o saldo da conta vinculada; e o segundo o da GRFP
adquirida no comércio, nos casos em que o empregador não utilizar a GRFP pré-
emitida.
A GRFP observa os prazos descritos no artigo 6.2 da Circular CEF n.188, de 24
de março de 2000. De verá ainda ser preenchida em três vias, tendo a primeira
como destinação o banco arrecadador, a segunda o empregador e a terceira o
empregado, sendo indispensável à presença do carimbo CIEF, que contém os
dados do receptor e a autenticação mecânica, tendo a empresa à obrigação de
arquivar seu comprovante pelo prazo de trinta anos.

5.6 Plano de Integração Social (PIS)


Os trabalhadores deverão ser cadastrados no PIS no ato da contratação para seu
primeiro emprego, para efeito de identificação junto ao FGTS.
Caso o empregado não for cadastrado no PIS, o empregador deverá preencher o
formulário Documento de Cadastro do Trabalhador (DCT) disponível no site da
Caixa Econômica Federal, a qual terá um prazo de 5 dias úteis para efetuar o
cadastramento do empregado.

5.7 Cadastro Geral de Empregados e Desemprega dos(CAGED)


As empresas que dispensarem ou admitirem empregados estão obrigadas a fazer a
respectiva comunicação às Delegacias Regionais do trabalho, em relação nominal
por estabelecimento, que deverá conter a indicação da Carteira de Trabalho e
Previdência Social ou dados indispensáveis à identificação da pessoa.

O CAGED deve ser entregue nas agências do correio até o dia 15 do mês seguinte
ao da movimentação. A segunda via do formulário tem como função a de
comprovante de entrega, de vendo a empresa conservá-la por trinta e seis meses,
contados a partir da data de sua postagem. As instruções para seu preenchimento
se encontram na Portaria nº 2.115, de 29.12.99.

Faculta-se às empresas a utilização de meio eletrônico ( Internet, disquete ou fita


magnética) para fornecimento de informações ao CAGED, uma vez atendidas as
orientações do Manual de Instrução, o qual deve ser solicitado ao Departamento de
Emprego e Salário do MTE, às Delegacias Regionais do Trabalho ou às
Subdelegadas do Trabalho.
5.8 Previdência Social (INSS)
A empresa deve recolher mensalmente no dia 2 do mês seguinte ao da
competência, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subsequente quando não
houver expediente bancário nesse dia (art. 216 , inc. l do RPS ).

5.9 Guia de Previdência Social (GPS)

Instituída pela Resolução INSS/PR n.657, de 17.12.98 (DOU d e 14.01.99), a GPS -


Guia da Previdência Social entrou em uso a partir da competência de março de
1999, para pagamento a partir de 01.04.99. O recolhimento da contribuição junto aos
agentes arrecadadores pode ser feito das seguintes formas:

a) por intermédio da Guia da Previdência social utilizando a GPS, que pode ser
obtida em meios comerciais, na Internet ou confeccionada pelo próprio interessado,
conforme instruções específicas;

b) através do pagamento de débito em conta corrente e demais meios eletrônicos de


transferência de fundos;

Os bancos de verão sempre fornecer o comprovante de quitação aos contribuintes,


de vendo nestes constar todos os dados digitados da GPS, inclusive autenticação
eletrônica ou similar.

A GPS deverá ser preenchida em duas vias, sendo a primeira destinada ao INSS e a
segunda via ao contribuinte. Os originais das GPS quitadas devem permanecer no
local onde a empresa centraliza os livros e documentos contábeis para
apresentação à fiscalização do INSS, pelo prazo de 10 anos.

As empresas são também obrigadas a enviar, ao sindicato representativo da


categoria profissional mais numerosa entre seus empregados, até o dia 10 de cada
mês, a cópia da GPS relativamente à competência anterior.
5.10 Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais

Registrar mensalmente os acidentes do trabalho ocorridos na empresa nos quadros


III e IV de informações para o Ministério do Trabalho.
.

5.11 Salário Família

O Salário Família é o benefício previdenciário que têm direito os segurados


empregados, inclusive os domésticos, e aos trabalhadores avulsos que
tenham salário de contribuição inferior ou igual a remuneração máxima da tabela
do salário família. É um benefício previdenciário do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) para empregados de baixa renda que têm filhos de até 14 anos ou
filhos com deficiência.

Tratando-se de aviso prévio indenizado pago na rescisão de contrato, não há


pagamento de salário-família em relação a esse período, uma vez que o direito a
esse benefício cessa automaticamente pela cessação do contrato de trabalho,
produzindo o respectivo período efeitos só para pagamentos de verbas rescisórias.

Cessação Automática do Salário-Família.

O art. 88 do Decreto nº 3.048/99 dispõe que o direito ao salário-família cessa


automaticamente:

a) por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;

b) quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se


inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário;

c) pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar


do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou

d) pelo desemprego do segurado.

Ressaltamos que no caso do empregado, quando o seu salário não for mensal, o
salário-família será pago juntamente com o último pagamento relativo ao mês.
Para o trabalhador avulso, o pagamento do salário-família independe do número
de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor
integral da cota.

Quando o empregado se afastar do trabalho no decurso do mês, em virtude de


auxílio-doença ou aposentadoria, o salário-família relativo àquele mês será pago
integralmente pela empresa ou pelo sindicato ou o órgão gestor, conforme a
situação.

Ocorrendo a cessação do auxílio-doença durante o mês, o pagamento do


salário-família será feito pelo INSS integralmente, cabendo à empresa ou ao
sindicato o restabelecimento do pagamento a partir do mês seguinte àquele em que
se deu o retorno do empregado ou do trabalhador avulso à atividade.

O pagamento do salário-família, ainda que a empregada esteja em gozo de


salário-maternidade, é de responsabilidade da empresa, condicionado à
apresentação pela segurada empregada da documentação relacionada no item 10
deste trabalho.

Início do Pagamento

O salário-família será devido a partir do mês em que for apresentada à


empresa, ou, ao órgão gestor de mão-de-obra, ou ao sindicato dos trabalhadores
avulsos ou ao INSS, a documentação a seguir:

- Carteira Profissional (CP) ou Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);

- Certidão de nascimento do filho (original e cópia);

- Caderneta de vacinação ou equivalente, quando dependente menor de sete


anos, sendo obrigatória nos meses de novembro, contados a partir de 2000;

- comprovação de invalidez, a cargo da Perícia Médica do INSS, quando


dependente maior de 14 anos;

- comprovante de frequência à escola, quando dependente a partir de sete anos,


nos meses de maio e novembro, contados a partir de 2000.
A comprovação de frequência escolar será feita mediante apresentação de
documento emitido pela escola, na forma da legislação própria, em nome do aluno,
onde consta o registro de frequência regular ou do atestado do estabelecimento de
ensino comprovando a regularidade da matrícula e frequência escolar do aluno.

Agenda de obrigações trabalhistas e previdenciárias

Obrigações Mensais

Salários
O empregador deve efetuar o pagamento de salários aos empregados até o 5º
(quinto) dia útil do mês subsequente ao vencido. Para a legislação trabalhista o
sábado é considerado dia útil. Caso o 5º dia útil seja um sábado e a empresa não
trabalhe aos sábados, o pagamento deverá ser efetuado na sexta feira, de acordo
com o art. 465 da CLT.

O empregador doméstico tem até dia 07 do mês subsequente para pagar os


salários do mês anterior ao empregado doméstico.

DAE - DOCUMENTO ÚNICO DE ARRECADAÇÃO SIMPLES DOMÉSTICOS

O empregador doméstico tem até dia 07 do mês subsequente para recolher o INSS
(sobre a folha de pagamento e sobre 13º salário), FGTS e IRRF dos empregados
domésticos, de que trata o art. 35 da Lei Complementar 150/2015, mediante a
utilização do Documento de Arrecadação do eSocial (DAE). Para maiores detalhes,
acesse o tópico Salários - Prazo de Pagamento.

RAIS

RAIS significa Relatório Anual de Informações Sociais. Toda pessoa jurídica deve
apresentar esse relatório anualmente ao Ministério do Trabalho para que a
autoridade trabalhista tenha acesso aos dados estatísticos sobre o emprego no
Brasil e possa planejar ações governamentais baseadas nos resultados.
Instituído em 1975 por meio do Decreto nº 76.900, o RAIS também serve de insumo
para o controle do FGTS, Sistema de Arrecadação e de Concessão e Benefícios
Previdenciários, estudos técnicos e de natureza estatística e atuarial, identificação
do trabalhador com direito a abono salarial PIS/PASEP.

Para enviar o RAIS, é necessário utilizar dois aplicativos governamentais que podem
ser acessados pelo site do Ministério do Trabalho: o GDRAIS, que é o programa
gerador de arquivos RAIS; e o RAISNET, o programa transmissor de arquivos. O
prazo de transmissão do RAIS é o dia 28 de fevereiro do ano subsequente ao dos
dados que constam no relatório.

CAGED

Criado por meio da Lei nº 4.923/65, o CAGED — sigla de Cadastro Geral de


Empregados e Desempregados — é um banco de dados que toda empresa atualiza
mensalmente informando suas admissões e desligamentos para que o governo
saiba quem está empregado e quem está desempregado no Brasil.

Ele surgiu com a função inicial de suprir o Programa de Seguro-Desemprego com


dados sobre vínculos trabalhistas para que a oferta de benefícios fosse liberada.
Além disso, ele atua como fonte de informações para que o Governo elabore
estatísticas sobre o emprego no Brasil e, assim, possa planejar suas ações
relacionadas a trabalho e salário.

No CAGED a empresa deve declarar empregados contratados sob regime CLT,


trabalhadores regidos pelo Estatuto do Trabalhador Rural, aprendizes, e
trabalhadores temporários. Não devem ser declarados casos como servidores da
administração pública, trabalhadores avulsos, dirigentes sindicais, autônomos,
eventuais, ocupantes de cargos eletivos, estagiários, empregados domésticos
residenciais e outros casos específicos.

Para enviar o CAGED, o profissional de DP pode lançar mão de três instrumentos:


do aplicativo do CAGED informatizado (ACI); do Formulário Eletrônico do CAGED
(FEC); ou do Sistema própria de Folha de Pagamento, disponível em
www.caged.gov.br. O prazo de envio é até o dia 7 do mês subsequente àquele
sobre o qual as informações se tratam.

INSS

Recolher as contribuições relativas à Previdência Social de acordo com o


cronograma mensal.

PIS – CADASTRAMENTO

Cadastrar, imediatamente após a admissão, os empregados ainda não cadastrados


no PIS/PASEP.

FGTS

Para maiores detalhes acesse o tópico FGTS - Aspectos Gerais.


CIPA

Realizar as reuniões mensais em local apropriado e durante o expediente de


trabalho, obedecendo ao calendário anual.

EXAME MÉDICO

A periodicidade da realização dos exames médicos ocupacionais, conforme NR – 7.

ACIDENTE DO TRABALHO

Comunicar à Previdência Social os acidentes do trabalho no 1º (primeiro) dia útil


subsequente ao da ocorrência.
VALE-TRANSPORTE

Fornecer o vale-transporte de acordo com a opção exercida pelo empregado.

SALÁRIO-FAMÍLIA

Preencher a Ficha de Salário-família e o Termo de Responsabilidade para os filhos


dos empregados nascidos durante o mês, juntando a certidão de nascimento ou
documentação relativa ao equiparado ou ao inválido.

GFIP - GUIA DE RECOLHIMENTO DO FGTS

GFIP é a Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social.


Ela tem a função de abastecer a Previdência Social com informações sobre os
segurados. Hoje em dia a GFIP é enviada ao governo por meio da SEFIP, aplicativo
digital disponível no site da Caixa Econômica Federal (www.cef.gov.br).

SEFIP – SISTEMA EMPRESA DE RECOLHIMENTO DO FGTS

O Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social


(SEFIP) é um aplicativo desenvolvido pela Caixa para o empregador. Disponível
gratuitamente, a ferramenta torna o processo de recolhimento regular do FGTS mais
ágil e seguro.

O sistema é destinado a todas as pessoas físicas, jurídicas e contribuintes


equiparados a empresa, sujeitos ao recolhimento do FGTS, e é responsável por
consolidar os dados cadastrais e financeiros dos contribuintes e trabalhadores para
repassar ao FGTS e à Previdência Social.

Também é utilizado para gerar a Guia de Recolhimento do FGTS (GRF), gerada


com código de barras para recolher o FGTS.
GPS - GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

O empregador deve encaminhar ao sindicato representativo da categoria profissional


mais numerosa entre seus empregados, até o dia 10 de cada mês, cópia da GPS,
das contribuições recolhidas ao INSS, relativamente à competência anterior.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS

Para maiores detalhes, acesse o tópico Contribuição Sindical dos Empregados .

PAT - PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR

A adesão ao PAT poderá ser efetuada a qualquer tempo e terá validade a partir da
data de registro do formulário de adesão na ECT ou via internet, por prazo
indeterminado, podendo ser cancelada por iniciativa da empresa beneficiária ou pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, em razão da execução inadequada do Programa.

OBRIGAÇÕES EM DETERMINADOS MESES DO ANO

Janeiro

No mês de janeiro, temos os seguintes compromissos, prazos e impactos, em caso


de não cumprimento das datas:

1. Folha de Pagamento

A folha de pagamento é uma obrigação mensal do empregador. Ela é importante


tanto para cumprir a legislação trabalhista, quanto para a organização interna da
empresa. O prazo para a emissão da folha é até o 5º dia útil do mês, assim como o
pagamento mensal.
Em caso de descumprimento, não há uma multa específica, somente se houver a
fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. Neste caso, haverá multa
por Unidade Fiscal de Referência (UFIR).

2. CAGED

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) é uma declaração de


admissão, dispensas e transferências executadas pela empresa. O CAGED precisa
ser enviado ao Ministério do Trabalho e Previdência Social até o dia da admissão do
empregado, caso este esteja recebendo seguro desemprego e sete do mês
subsequente ao mês de referência dos dados nos demais casos.

Em caso de descumprimento ao período estabelecido, a empresa poderá sofrer


multa que varia de acordo com dois aspectos: o tempo de atraso e a quantidade de
funcionários que deveriam estar no Cadastro.

Em caso de atraso na entrega de 1 a 30 dias: multa de R$ 4,47 por empregado que


constaria no CAGED. Atraso de 31 a 60 dias: multa de R$ 6,70 por empregado que
estaria no Cadastro. Atraso superior a 60 dias: a empresa pagará multa de R$ 13,40
por empregado que deveria estar no CAGED.

3. GPS

GPS é a sigla para Guia da Previdência Social, um documento para pagamento do


seguro recolhido pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O pagamento da
Guia garante a aposentadoria, entre outros benefícios como pensão por morte,
auxílio doença, auxílio maternidade, etc., ao contribuinte.

O recolhimento da GPS pode ser feito tanto pela empresa em que o funcionário
trabalha, cujo desconto é realizado no próprio salário, ou individualmente caso o
contribuinte não tenha vínculo empregatício, mediante o pagamento do carnê.

A multa por atraso no pagamento da Guia é calculada com taxa de 0,33% ao dia. O
valor será calculado a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo
previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição. O percentual de multa a ser
aplicado fica limitado a 20%.

Além disso, há uma taxa referencial de juros do Sistema Especial de Liquidação e


custódia (SELIC), para títulos federais, acumulada mensalmente e calculados a
partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês
anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento.

4. SEFIP

O SEFIP é um sistema criado pela Caixa Econômica Federal, que é disponibilizado


para o envio de informações referentes aos dados cadastrais e financeiros da
empresa e dos colaboradores. Sua tradução é Sistema Empresa de Recolhimento
do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP).

Para evitar o pagamento de multas, o FGTS deve ser recolhido até o 7º dia do mês
seguinte referente à remuneração paga ao colaborador. Ou seja, se o pagamento foi
realizado referente a competência maio, por exemplo, o recolhimento deve ser até o
dia 7 de junho.

Existem três situações em que o empregador pode ser penalizado: quando não
transmite o arquivo SEFIP; quando transmite, mas oculta ou informa dados que não
condizem com a verdade e quando transmite o arquivo SEFIP com erros de
preenchimento.

Quer saber tudo sobre SEFIP? Confira nesse artigo!

5. DARF

O Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) é um documento para


pagamento de tributos embutido em operações. Ele é instituído pelo Ministério da
Fazenda e pela Receita Federal, sendo utilizado tanto para pessoa física quanto
jurídica. Existe a DARF Simples e a DARF Comum.
O prazo para o pagamento da DARF é de acordo com a agenda tributária da receita,
conforme com o prazo devido de cada tributo.

A multa para o não pagamento do DARF é a multa moratória, ou seja, não tem
caráter punitivo. Sua finalidade é desestimular o cumprimento da obrigação fora de
prazo. O percentual é de 0,33% por dia de atraso, a partir do primeiro dia útil
subsequente ao do vencimento.

6. GRCSU Patronal

A Guia de Contribuição Sindical Urbana (GRCSU) é um documento que contém as


informações da Contribuição Sindical Urbana, um tributo facultativo que pode ser
pago para entidades representativas de categorias profissionais, ou seja, sindicatos.
Após o preenchimento, a Guia é paga em qualquer agência da Caxias, casas
lotéricas e em estabelecimentos bancários.

O pagamento da GRCSU Patronal, quando optada pela empresa, deve ser emitida
no mês de janeiro. Nesse caso, ela é sobre o capital social da empresa e o
pagamento é feito até o dia 31 do mês.

O recolhimento da contribuição sindical patronal efetuado fora do prazo pode gerar


multa à empresa de 10% sobre os 30 primeiros dias, com o adicional de 2% por mês
subsequente de atraso, além de juros de mora de 1% ao mês e correção monetária.

7. eSocial

O eSocial entrou em vigor em 2018. Esta é uma obrigação de todas as empresas,


independentemente do seu porte ou segmento. Para facilitar o envio dos dados à
plataforma do governo, o eSocial foi dividido em três grupos e cinco fases.

Os grupo 1 é composto por empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões. O


grupo 2, por empresas com faturamento inferior a R$ 78 milhões e, o grupo 3, pelos
órgãos públicos. Assim, cada grupo tem um período determinado para enviar os
dados.
No mês de janeiro, a obrigação deverá ser enviada pelo grupo 1. Neste mês, é
exigido apenas as informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do
empregador e tabelas.

Fevereiro

No mês de fevereiro, a rotina é diferente da de janeiro (Folha de Pagamento,


CAGED, GPS, SEFIP e DARF), é a DIRF.

8. DIRF

A DIRF, Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, é a declaração


realizada pela fonte pagadora, ou seja, a empresa. As declarações são enviadas à
Receita Federal e o prazo de entrega é relativo ao ano-calendário anterior, isto é, a
Receita divulgará o período anualmente.

Quando ocorrer atraso na entrega da declaração ou ela não for apresentada, poderá
haver multa de 2% ao mês calendário ou fração, incidente sobre o valor total do
Imposto de Renda informado na DIRF, mesmo que o tributo tenha sido pago.
Contudo, a multa está limitada a 20% do montante integral do imposto devido.

Março

Em março, além das rotinas mensais como Folha de Pagamento, CAGED, GPS,
SEFIP e DARF, temos a entrega da RAIS e a segunda fase do eSocial. Confira:

9. RAIS

RAIS quer dizer Relação Anual de Informações Sociais. É um arquivo com


informações socioeconômicas requerido pelo Ministério do Trabalho e Emprego às
pessoas jurídicas e outros empregadores pessoa física. O documento é enviado
anualmente.
Os prazos de entrega da RAIS variam de um ano para o outro. Mas, normalmente, o
sistema está disponível para a declaração por três meses, entre janeiro e março.
Assim, março seria a data máxima para a declaração.

O atraso no envio da RAIS pode ocasionar penalidades em forma de multas. O valor


inicia em R$ 425,64 e é acrescida de mais R$ 106,40 por bimestre de atraso.

10. eSocial

Fevereiro é o mês da segunda obrigação do eSocial para as empresas com


faturamento acima de R$ 78 milhões, ou seja, o grupo 1. Nesta fase, as empresas
passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus
vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos
e desligamentos.

Abril

Assim como os demais meses anteriores, em abril é preciso executar as seguintes


obrigações de rotina: Folha de Pagamento, CAGED, GPS e SEFIP. Além deles, é
necessário o pagamento da GRCSU.

11. GRCSU

Como citamos acima, a Guia de Contribuição Sindical Urbana (GRCSU) é um


documento que contém as informações da Contribuição Sindical Urbana, um tributo
facultativo que pode ser pago ou não para entidades representativas de categorias
profissionais, ou seja, sindicatos.

Porém, é em abril que a empresa que opta pelo pagamento deverá fazer o
pagamento da Guia. Ao colaborador, também quando optar pelo pagamento, o valor
é descontado em março. Para os que forem admitidos após o mês de março e
quiserem ter o valor descontado, a empresa deverá fazê-lo no dia 30 do próximo
mês.
Maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro

Durante o período de seis meses, compreendido entre maio e outubro, as


obrigações de rotina ao profissional de RH são as mesmas: Folha de Pagamento,
CAGED, GPS, SEFIP e DARF. O que há de diferente em questão de obrigação é
o eSocial.

Em maio, o grupo 1 torna-se obrigado a enviar a folha de pagamento ao eSocial. E,


em julho, deverá haver a substituição da GFIP e compensação cruzada. Isso em
2018.

Em julho também, iniciam as obrigações para o grupo 2 do eSocial. Assim, neste


primeiro mês, as empresas com faturamento abaixo de R$ 78 milhões deverão
informar os cadastros do empregador e tabelas.

A segunda obrigatoriedade do grupo 2 é setembro. Nesta fase, as empresas passam


a ser obrigadas a enviar informações referentes aos trabalhadores e seus vínculos
com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e
desligamentos.

Novembro e dezembro

Assim como nos demais meses, o pagamento da Folha, CAGED, GPS, SEFIP e
DARF continuam. Porém, nestes dois meses é preciso ficar atento, pois ocorrem os
pagamentos da 1ª e da 2ª parcela do 13º salário.

O prazo para o pagamento do 13º salário em novembro, é o dia 30 de novembro. Já


a segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro.

O não pagamento do 13º salário ou o seu atraso pode acarretar multa à empresa de
R$ 170, 16 por empregado contratado.

Também em novembro, ocorre a terceira fase do grupo 1 do eSocial. Neste mês,


torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento.
ATUALIZAR CERTIDÕES NEGATIVAS

É importante que os empregadores mantenham atualizadas as certidões negativas


de débito junto aos órgãos Federais a saber:

 Certificado de Regularidade do FGTS (CRF). A validade do CRF é de 30 dias a


contar da data da emissão. A regularização é individualizada por CNPJ e o
empregador poderá fazer a consulta através do site da Caixa Econômica Federal no
link Consulta Regularidade do Empregador;

 Certidão Negativa de Débito junto ao INSS (CND). A validade da CND é de 180


dias da data da emissão. A regularização é requerida pelo CNPJ da matriz do
empregador e este poderá fazer a consulta ou pedido através do site da Receita
Federal do Brasil no link Certidão relativa a Contribuições Previdenciárias (CNPJ e
matrícula CEI).

 Certidão Conjunta Negativa ou Positiva com efeitos de Negativa da Receita


Federal. A validade desta certidão é de 180 dias a contar da data de emissão. A
certidão poderá ser solicitada e emitida por meio da Internet, por meio do site da
Receita Federal do Brasil no link Certidão Conjunta de Débitos relativos a Tributos
Federais e à Dívida Ativa da União (exceto Contribuições Previdenciárias).
6. REFERÊNCIAS

http://www.caixa.gov
http://www.guiatrabalhista.com.br
https://plataforma.bvirtual.com.br
http://www.guiatrabalhista.com.br

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