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Aquele cuja duração não exceda a 30h semanais, sem a possibilidade de horas
suplementares semanais; ou 26h semanais, com a possibilidade de acréscimo de
até 6h suplementares semanais. Em contrato de trabalho em regime de tempo
parcial que estabeleça jornada semanal inferior a 26h, as horas suplementares a
este quantitativo serão consideradas horas extras, estando também limitadas a
seis horas suplementares semanais.
As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com
o acréscimo de 50% sobre o salário hora normal; poderão ser compensadas
diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução.
O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas
mesmas funções, tempo integral.
As férias anuais dos empregados contratados a tempo parcial têm duração
normal de 30 dias corridos, podendo excepcionalmente a duração ser reduzida
dependendo do número de faltas injustificadas que o empregado tiver durante o
período aquisitivo.
Sobreaviso
Empregado permanece fora de sua jornada de trabalho em local previamente
ajustado com o empregador, aguardando eventual convocação para
execução de serviços.
Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a
controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados,
permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer
momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.
A remuneração é 1/3 do salário normal, mas se o empregado for chamado
ao serviço, deverá ser remunerado de acordo com a remuneração normal,
com a incidência dos adicionais cabíveis. Cada escala de sobreaviso será, no
máximo, de 24h.
Prontidão
O empregado fica nas dependências da empresa, aguardando ordens.
A remuneração é 2/3 do salário-hora normal e a escala de prontidão será de,
no máximo, 12h.
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Os estabelecimentos com mais de 20 empregados são obrigados a efetuar o controle de horário de
entrada e saída dos trabalhadores. O controle de horário pode ser feito de forma manual, mecânica
ou, ainda, eletrônica.
Na hipótese de reclamação trabalhista através da qual o trabalhador alega trabalho em horas extras e
pleiteia o respectivo pagamento, a não apresentação injustificada pelo empregador dos registros da
jornada de trabalho gera presunção relativa de veracidade da jornada alegada pelo trabalhador, a
qual poderá ser elidida por prova em contrário.
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos
diários.
É aquela prestada além da jornada normal de cada empregado, máxima ou especial. A jornada
extraordinária deve ser prestada apenas excepcionalmente: a) existência de acordo de prorrogação de
jornada – deve ser necessariamente escrito e pode ser celebrado individualmente (entre empregado e
empregador) ou coletivamente (negociação coletiva de trabalho); b) cumprimento de no máximo 2h
extras; c) pagamento das horas extras – as horas extras deverão ser remuneradas com, no mínimo,
50% a mais do que a hora normal (adicional de horas extras).
11.4.1. Compensação da jornada de trabalho
Ocorre compensação de jornada sempre que o acréscimo de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, desde que não seja ultrapassada a jornada semanal.
Havendo compensação não será devido o adicional de horas extras.
Com o “banco de horas”, a compensação de jornada pode ser feita no período máximo de um ano,
não podendo neste período ser ultrapassada a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem
ser ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
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Recuperação Em razão de força maior ou de causas acidentais pode ocorrer a paralisação
de horas temporária das atividades da empresa. A jornada normal de trabalho pode ser
prorrogada pelo número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido com
a interrupção, até o máximo de 45 dias por ano. Esta compensação não poderá
exceder de 2 horas por dia.
11.4.3. Integração das horas extras
As horas extras habituais devem ser integradas à remuneração do empregado para o fim de cálculo
de FGTS, férias, 13º salário, repouso semanal, aviso-prévio e indenização de 40% dos depósitos do
FGTS.
11.4.4. Supressão das horas extras
A prestação de serviços em horas extras pode ser suprimida pelo empregador, caso em que o
empregado deixará de receber o pagamento pelo trabalho extraordinário.
Na hipótese de supressão total ou parcial, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com
habitualidade durante pelo menos um ano, o empregado terá direito a uma indenização
correspondente ao valor de 1 mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou
fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal.
11.4.5. Empregados excluídos das regras de limitação de jornada
Não fazem jus à percepção de horas extras:
a) empregado que exerce atividades externas incompatíveis com a fixação de horário de trabalho;
b) os gerentes aos quais se equiparam os diretores e chefes de departamento ou filial (só ocorrerá
quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, não for inferior ao
valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%);
c) os empregados em regime de teletrabalho.
Teletrabalho
Prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a
utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se
constituam como trabalho externo. O comparecimento às dependências do empregador para a
realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento
não descaracteriza o regime de teletrabalho. A prestação de serviços na modalidade de
teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, podendo ser
realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo
entre as partes.
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O horário noturno é definido por lei, sendo diferenciado para os empregados urbanos e para os
empregados rurais.
a) Empregados urbanos e empregados domésticos – entre as 22h às 5h do dia seguinte
b) Empregados rurais – entre as 21h às 5h. O trabalho noturno dos que trabalham na pecuária é
aquele realizado entre as 20h às 4h horas do dia seguinte
O trabalho noturno é remunerado com o adicional noturno (hora diurna + adicional noturno). O valor
do adicional noturno é:
a) Para os empregados urbanos e empregados domésticos – pelo menos 20% sobre a hora diurna
b) Para os empregados rurais – 25% sobre a remuneração normal.
O empregado que deixa de trabalhar no horário noturno, sendo transferido para o horário diurno,
perde o direito ao adicional.
O adicional noturno pago com habitualidade integra a remuneração do empregado para todos os
efeitos: férias, 13º salário, aviso-prévio, FGTS, descanso semanal remunerado.
O trabalho em horas extras noturnas gera direito ao empregado de recebimento dos dois adicionais,
considerando-se, ainda, para o trabalhador urbano e para o doméstico, a hora extra reduzida. As
horas extras prestadas após o integral cumprimento da jornada normal no período noturno serão
remuneradas como horas extras noturnas.
Hora noturna reduzida
Para os empregados urbanos e para os empregados domésticos a lei instituiu uma ficção jurídica de
que a hora noturna é considerada reduzida: cada hora noturna trabalhada corresponde a 52 min e 30
s e não como uma hora de 60 min, constituindo uma vantagem ao empregado. Aos empregados
rurais não se aplica a redução da hora noturna.
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O intervalo concedido durante a jornada de trabalho é computado na duração da jornada de trabalho,
contando como tempo à disposição do empregador, sendo, portanto, remunerados.
a) Serviços de mecanografia: A cada 90 min de trabalho consecutivo haverá um intervalo de 10 min,
que não será deduzido da duração normal de trabalho.
b) Serviços frigoríficos: Após 1h e 40 min de trabalho consecutivos, haverá um intervalo de 20
minutos, que não será deduzido da duração normal de trabalho.
c) Trabalho em minas de subsolo: Após 3h de trabalho consecutivo, haverá um intervalo de 15 min,
que não será deduzido da duração normal de trabalho.
11.6.2. Intervalos interjornadas
Períodos de descanso que ocorrem entre o término de uma jornada de trabalho e o início de outra.
Intervalo interjornadas não remunerado
Entre duas jornadas de trabalho deve haver um intervalo mínimo de 11 horas consecutivas, que não
podem ser interrompidas.
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com
prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser
remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.
Intervalo interjornadas remunerado
Período de 24 horas consecutivas em que o empregado deixa de prestar serviços ao empregador,
uma vez por semana, preferencialmente aos domingos, mas continua recebendo a remuneração.
O trabalho aos domingos, seja total ou parcial, depende de prévia autorização do Ministério do
Trabalho.
O direito ao descanso semanal remunerado depende do cumprimento integral da jornada de trabalho
durante a semana, ou seja, as faltas injustificadas do empregado ao serviço durante a semana
implicam a perda da remuneração do descanso semanal, além do desconto da remuneração do dia da
falta.
Durante o período da Covid-19, a imposição de isolamento dispensará o empregado da comprovação
de doença por sete dias. No caso de imposição de isolamento em razão da Covid-19, o trabalhador
poderá apresentar como justificativa válida, no oitavo dia de afastamento documento de unidade de
saúde do SUS (SUS) ou documento eletrônico regulamentado pelo Ministério da Saúde.
Os feriados não se confundem com o descanso semanal. São dias sem trabalho em razão de
comemorações cívicas ou religiosas previstas em lei. Os feriados são remunerados da mesma forma
que se remunera o descanso semanal. O trabalho realizado no repouso semanal ou em dia feriado
civil ou religioso, desde que não compensado em outro dia, mediante a concessão de descanso,
deverá ser remunerado em dobro.
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