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REFORMA

TRABALHISTA

Fique atento às principais


mudanças da Lei n.º 13.467/2017
e às implicações na sua empresa

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2017. © Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas - SEBRAE/PB

CONSELHO DELIBERATIVO DIAGRAMAÇÃO


ESTADUAL Virginia Medeiros
Francisco de Assis Benevides Gadelha
Presidente Escritório Mouzalas, Borba & Azevedo

DIRETORIA
Walter Aguiar
Diretor Superintendente

Luiz Alberto Gonçalves Amorim


Diretor Técnico

João Monteiro da Franca Neto --------------------------------------------------------


Diretor de Administração e Finanças
SEBRAE PARAÍBA
UNIDADE DE ASSESSORIA Avenida Maranhão, 983
JURÍDICA Bairro dos Estados - 58030.261
Luana Passos Moreira de Almeida João Pessoa - Paraíba
Gerente www.sebraepb.com.br
83 2108 1100
Rafaela Torres Sarmento de C.Ferreira
Analista

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ÍNDICE
JORNADA DE TRABALHO, 4
Jornada 12x36, 5
Intervalo Intrajornada, 5
Compensação de Jornada, 6
Banco de Horas, 6
Horas “In Itinere”, 7
Tempo à Disposição, 7

OUTRAS MODALIDADES DE RELAÇÃO DE EMPREGO, 8


Trabalho em Tempo Parcial, 9
Trabalho Interminente, 9
Home Office ou Teletrabalho ou Trabalho Remoto, 10
Terceirização, 10
Trabalhador Autônomo, 11

TRABALHO DA MULHER, 12
Gravidez, 13
Intervalo antes da realização de hora extra, 13

CONTRATO DE TRABALHO E RESCISÃO, 14


Registro em Carteira, 15
Rescisão por Mútuo Acordo, 15
Arbitragem, 15
Homologação, 15
Verbas Rescisórias, 16
Dispensas Coletivas e PDV ou PDI, 16
Justa Causa, 16

AÇÕES TRABALHISTAS: DANO MORAL E CUSTAS, 18


Danos Morais, 19
Honorários de Sucumbência, Custas em Ações Trabalhistas, 20

REMUNERAÇÃO E OUTROS ASPECTOS, 22


Salário e Remuneração, 23
Equiparação Salarial, 24
Unifomes, 25
Termo de Quitação, 25

SINDICATO E REPRESENTAÇÃO EM EMPRESAS, 26


Contribuição Sindical, 27
Acordos e Convenções Coletivas, 27
Representação de Empregados na Empresa, 27
Ultratividade da Norma Coletiva, 28

OUTRAS ALTERAÇÕES, 30
Férias, 31
Desconsideração da Personalidade Jurídica, 31
Sócio Retirante, 31
Grupo Econômico, 32
Incorporação de Gratificação em Função de Confiança, 32

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JORNADA DE TRABALHO

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JORNADA 12X36
regra anterior: Apenas poderia ser pactuada mediante negociação
coletiva (acordo ou convenção coletiva). Feriados trabalhados deveriam
ser remunerados em dobro. Nos casos de atividades insalubres, a
prorrogação da jornada só poderia ocorrer com licença prévia de
autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho.

nova regra: Pode ser pactuada mediante acordo individual escrito.


A remuneração mensal inclui o repouso semanal remunerado e
os feriados, sendo considerados compensados os feriados e as
prorrogações de trabalho noturno. O intervalo intrajornada, na jornada
especial de 12x36, pode ser gozado ou indenizado, isto é, pago.

INTERVALO INTRAJORNADA
regra anterior : Nas jornadas superiores a seis horas, o intervalo
mínimo era de uma hora, não podendo ser reduzido, ainda que mediante
acordo ou convenção coletiva. Caso o intervalo para refeição e descanso
não fosse integralmente usufruído, era devido o pagamento do período
inteiro como extra, com natureza salarial, isto é, servindo como base
para os cálculos das verbas trabalhistas (FGTS, 13º, férias + 1/3).

nova regra: Nas jornadas superiores a seis horas, o intervalo poderá


ser reduzido para o mínimo de trinta minutos, mediante acordo e
convenção coletiva de trabalho. Se o intervalo não for integralmente
usufruído, é devido o pagamento apenas do tempo não gozado, com
natureza indenizatória, ou seja, não é utilizada como base para os
cálculos das verbas trabalhistas.

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COMPENSAÇÃO
DE JORNADA
regra anterior : Era realizada por norma coletiva ou acordo individual
escrito. Horas extras habituais descaracterizavam a compensação.

nova regra: A realização de horas extras habituais não descaracteriza


o banco de horas, sendo autorizada, inclusive, a compensação por
acordo individual tácito. Se o empregado não realizar a compensação
nas condições legais estabelecidas, só haverá o pagamento das horas
extras que ultrapassarem a duração máxima semanal, sendo devido
apenas o adicional de horas extras.

BANCO
DE HORAS
regra anterior: Somente podia ser instituído por negociação coletiva.
O excesso de horas em um dia de trabalho podia ser compensado
em outro dia, desde que não excedesse, ao período máximo de um
ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem
ultrapassasse o limite máximo de 10 horas diárias.

nova regra: O banco de horas pode ser realizado por acordo


individual escrito, desde que a compensação ocorra no período
máximo de seis meses.

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HORAS “In Itinere”
regra anterior: Nos casos em que a empresa se situava em local de
difícil acesso, não servido por transporte público e fornecia transporte
aos seus empregados, o tempo de deslocamento no transporte para o
trabalho, fazia parte da jornada de trabalho.

nova regra:O tempo gasto para ir ou voltar do trabalho, por qualquer


meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, ou mesmo
caminhando, não será mais computado na jornada de trabalho.

TEMPO À DISPOSIÇÃO
regra anterior:O período em que o empregado estava à disposição
do empregador, aguardando ou executando ordens, era considerado
como tempo de efetivo trabalho e, assim, deveria ser considerado
como tempo de trabalho. As variações de horário no registro de ponto,
não excedentes de cinco minutos, limitados a dez minutos diários, não
eram descontadas e nem computadas como jornada extraordinária
e, caso ultrapassassem o limite de dez minutos diários, o total era
computado como extra.

nova regra:Não é considerado como tempo à disposição da empresa,


sem soma para efeitos de horas extras, mesmo nos casos em que
ultrapassar os cinco minutos, o tempo em que o empregado, por
escolha própria, ficar ou entrar na empresa para buscar proteção
pessoal, exercer atividades particulares, tais como práticas religiosas,
descanso, lazer, estudo, alimentação, troca de roupa ou uniforme
quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa,
dentre outras atividades.

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OUTRAS MODALIDADES
DE RELAÇÃO DE EMPREGO

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TRABALHO EM TEMPO
PARCIAL
regra anterior: Jornada de até 25 horas semanais, sendo proibido o
trabalho extraordinário. O trabalhador tinha direito a férias proporcionais
(a depender da quantidade de horas trabalhadas na semana) de no
máximo 18 dias e não podia vender os dias de férias.

nova regra: Jornada de 26 horas semanais ou menos (com a possibilidade


de até 6 horas extras semanais), ou até 30 horas semanais (sem a
possibilidade de realização de horas extras). As horas extras poderão ser
compensadas na semana seguinte com descanso proporcional e se não
forem compensadas, deverão ser pagas na folha de pagamento do mês
seguinte. Os empregados que trabalham em regime de tempo parcial
terão direito a 30 dias de férias, podendo vender um terço das férias.

TRABALHO INTERMITENTE
regra anterior: Não era previsto na lei essa modalidade de trabalho.

nova regra: Poderá ser realizado independentemente do tipo de atividade


do empregado e do empregador, com exceção dos aeronautas. O
trabalhador poderá ser contratado para atuar por períodos, recebendo
pelas horas ou dias trabalhados. Ficam assegurados as férias, FGTS,
13°salário e Previdência. No contrato deverá ser estabelecido o valor da
hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor do salário mínimo por
hora ou inferior à remuneração dos outros empregados que exerçam, na
mesma empresa, a mesma função.

O empregador deverá convocar o empregado com, no mínimo, três dias


de antecedência. Já o empregado terá um dia útil para responder se
aceita ou não a proposta. Caso uma das partes não cumpra o acordado
em contrato, há multa de 50% do valor da remuneração combinada
para o período.

No período de inatividade, pode prestar serviços a outros contratantes


empregadores.

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HOME OFFICE OU TELETRABALHO
OU TRABALHO REMOTO
regra anterior: Não era prevista na legislação essa modalidade
de trabalho.

nova regra: É aquele prestado, de forma preponderante, fora das


dependências da empresa. Deve ser pactuado por escrito e o funcionário
não está submetido ao controle de jornada, sendo o controle de trabalho
feito por tarefa. Os gastos (com energia e internet, por exemplo), uso de
equipamentos próprios, controle da produtividade e outros pontos devem
ser formalizados no contrato, de modo que essas utilidades (tecnologia
de informação e de comunicação) não integram a remuneração do
empregado. O comparecimento às dependências da empresa para a
realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado
no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho. O
empregador deverá instruir os empregados sobre precauções para evitar
doenças profissionais e acidentes de trabalho.

TERCEIRIZAÇÃO
regra anterior: Não havia regulamentação legal quanto à terceirização,
sendo o assunto regido pela Súmula 331 do Tribunal Superior do
Trabalho, a qual não previa possibilidade de terceirização na atividade-
fim da empresa.

nova regra: Torna explícita a possibilidade de terceirização das atividades-


fim da empresa. Veda a contratação de ex-empregado como terceirizado
no prazo de 18 meses a partir de sua demissão (período de quarentena),
com o objetivo de evitar que o trabalhador seja dispensado para ser
recontratado como terceiro. Os trabalhadores terceirizados deverão ter
as mesmas condições de trabalho dos outros empregados da empresa,
tais como atendimento em ambulatório, alimentação, segurança,
transporte, capacitação e qualidade de equipamentos.

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TRABALHADOR
AUTÔNOMO
regra anterior: Não era regulamentado.

nova regra:Afasta a condição de empregado


aos trabalhadores autônomos contratados
com ou sem exclusividade, de forma
contínua ou não, desde que cumpridas as
formalidades legais, devendo o contrato de
prestação de serviços ser escrito.

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TRABALHO DA MULHER

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GRAVIDEZ
regra anterior: A empregada gestante ou lactante deveria ser afastada
de atividades insalubres em qualquer grau.

nova regra: Autoriza a empregada gestante a trabalhar em condições


de insalubridade, salvo se o trabalho for prejudicial à gestação/
lactação, conforme atestado pelo médico de confiança da empregada
que recomende o afastamento.

INTERVALO ANTES DA
REALIZAÇÃO DE HORA EXTRA
regra anterior: Era devido às mulheres o intervalo de 15 minutos antes
da prorrogação da jornada.

nova regra: Não há mais previsão legal do referido intervalo.

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CONTRATO DE TRABALHO
E RESCISÃO

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REGISTRO EM CARTEIRA
regra anterior: Multa de um salário mínimo por empregado não registrado.

nova regra: A multa é de R$ 3 mil para cada empregado não registrado.


Para micro empresa ou empresa de pequeno porte, o valor será de
R$ 800 por funcionário irregular.

RESCISÃO POR MÚTUO ACORDO


regra anterior: Não havia previsão na
legislação para essa modalidade de rescisão
de contrato de trabalho.

nova regra: Rescisão em comum acordo,


garante ao trabalhador 20% sobre o saldo do
FGTS, saque de 80% do fundo de garantia e o
aviso prévio reduzido a 15 dias. Nesse caso,
não há opção de receber o seguro desemprego.

ARBITRAGEM
regra anterior: No âmbito das relações do trabalho, a Constituição
previa possibilidade de arbitragem apenas em conflitos coletivos. Para
questões individuais, inexistia essa possibilidade em qualquer caso.

nova regra: Possibilidade de arbitragem para conflitos individuais, mas


mediante cláusula compromissária firmada previamente entre patrão
e empregado, apenas para trabalhadores cuja remuneração seja duas
vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral
da Previdência Social.

HOMOLOGAÇÃO
regra anterior: Havia a necessidade de homologação do sindicato ou
do Ministério do Trabalho no pedido de demissão de empregados com
mais de um ano de serviço ou outro período previsto na convenção
coletiva da categoria.

nova regra: Não há mais a obrigação em haver a assistência e a


homologação de rescisões contratuais perante o sindicato da categoria
ou o Ministério do Trabalho, podendo ser feita na empresa, na presença
dos advogados do empregador e do funcionário.

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VERBAS RESCISÓRIAS
regra anterior: O pagamento das verbas rescisórias era realizado no dia
subsequente ao término do aviso prévio trabalhado e, na hipótese de
aviso prévio indenizado, em dez dias, contados da data da notificação
da demissão.

nova regra: Independentemente se o aviso prévio for trabalhado ou


indenizado, o pagamento das verbas rescisórias deverá ser realizado
em dez dias, contados do término do contrato de trabalho.

DISPENSAS COLETIVAS
E PDV OU PDI
regra anterior: Havia necessidade de previsão em Convenção ou Acordo
Coletivo de Trabalho. Quanto aos desligamentos realizados mediante
adesão aos Planos de Demissão Voluntária - PDV ou Incentivada -
PDI, previstos em Convenção ou Acordos Coletivos de Trabalho, não
havia regulamentação para quitação plena e irrevogável dos direitos
trabalhistas.

nova regra: Não há necessidade de previsão em negociação coletiva


prévia para realização da demissão coletiva. O Plano de Demissão
Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou
coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação
empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes.

JUSTA CAUSA
regra anterior: Não havia previsão na CLT para aplicação de justa causa,
por conduta dolosa do empregado, quando da perda da habilitação ou
dos requisitos legais para o exercício da profissão.

nova regra: Foi acrescentada mais uma hipótese de aplicação da justa


causa, qual seja: perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos
em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa
do empregado.

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AÇÕES TRABALHISTAS:
DANO MORAL E CUSTAS

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DANOS MORAIS
regra anterior: O valor da indenização era
regulamentado pelo Direito Civil e definido pelo juiz, a
seu critério, ao analisar o caso.

nova regra:Há tetos para as indenizações, isto é,


a lei impõe limites ao valor a ser pleiteado. Para
casos mais leves, três vezes o valor do último
salário contratual. Para casos mais graves, teto
de 50 vezes o último salário definido em contrato.
Os mesmos parâmetros são seguidos caso o
empregador seja o ofendido.

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HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA, CUSTAS
EM AÇÕES TRABALHISTAS
regra anterior: As custas processuais e os honorários
periciais de sucumbência seriam devidos de acordo
com a condição financeira de quem ingressasse
com a ação; honorários periciais poderiam ser pagos
pela União. Não havia honorários advocatícios em
caso de o ex-empregado não estar representado por
advogado do sindicato.

nova regra: A parte que perder o processo terá


de arcar com as custas da ação, bem como
o pagamento dos honorários periciais, ainda
que beneficiário da justiça gratuita, se perder a
perícia. É prevista ainda punição, para a parte
que agir de má-fé, equivalente à multa de I % a
10% do valor da causa, além de indenização para
a parte contrária. Deve haver prova inequívoca
da insuficiência de recursos para a concessão da
justiça gratuita.

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REMUNERAÇÃO E
OUTROS ASPECTOS

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SALÁRIO E
REMUNERAÇÃO
regra anterior:Integravam o salário,
juntamente com a importância fixa
estipulada, comissões, percentagens,
gratificações ajustadas, prêmios,
abonos e diárias para viagens que
excedessem 50% do salário.

nova regra: Integram o salário a


importância fixa estipulada, as
gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador. As importâncias,
ainda que habituais, pagas a título de
ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro,
diárias para viagem (mesmo que
excedam 50% do salário), prêmios e
abonos não integram a remuneração
do empregado, não se incorporam ao
contrato de trabalho e não constituem
base de incidência de qualquer encargo
trabalhista e previdenciário.

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EQUIPARAÇÃO SALARIAL
regra anterior: Entre outros requisitos, além de trabalhar na mesma
localidade (município) empregados deveriam ter menos de dois anos
de diferença na mesma função e trabalhar para o mesmo empregador
para fazer jus à equiparação. Se os empregados fossem organizados
em quadro de carreira (plano de cargos e salários) homologado pelo
Ministério do Trabalho, a equiparação salarial não era devida.

nova regra: Além de ter menos de dois anos de diferença na função,


os empregados devem trabalhar no mesmo estabelecimento comercial
e ter menos de quatro anos de diferença de tempo de serviço para o
mesmo empregador para garantir a equiparação salarial. Possibilita a
criação de quadro de carreira por regulamento interno da empresa ou
por norma coletiva de trabalho, para evitar a equiparação salarial.

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UNIFORMES
regra anterior: Higienização de responsabilidade do empregador.

nova regra:Higienização é responsabilidade do colaborador.

TERMO DE QUITAÇÃO
regra anterior: Não havia previsão legal sobre o assunto.

nova regra: É facultado a empregados e empregadores, na vigência


ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual
de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da
categoria. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas
mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado,
com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas.

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SINDICATO E
REPRESENTAÇÃO EM
EMPRESAS

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CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
regra anterior: Contribuição era obrigatória para empregados e
empregadores. O pagamento era feito uma vez ao ano, por meio do
desconto equivalente a um dia de salário do trabalhador.

nova regra: Opcional e desde que haja autorização prévia e expressa.

ACORDOS E COVENÇÕES
COLETIVAS
regra anterior: Podiam definir condições diferentes das previstas pelas
leis trabalhistas, desde que garantissem vantagens aos trabalhadores
superiores àquelas previstas em lei .

nova regra: Passam a prevalecer sobre a legislação trabalhista, em


qualquer situação. Acordos individuais prevalecerão sobre o coletivo,
mas isso para empregados com nível superior e salário igual ou
superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do INSS. A Justiça
do Trabalho deverá interferir minimamente nos acordos, limitando-se
a analisar a conformidade dos seus elementos essenciais, só podendo
declarar a nulidade de cláusula coletiva, na hipótesse de previsão de
objeto ilícito em seu texto.

REPRESENTAÇÃO DE
EMPREGADOS NA EMPRESA
regra anterior: Não regulamentado pela CLT.

nova regra: Empresas com mais de 200 empregados, instalarão uma


comissão de empregados para promover o entendimento direto com o
empregador. Os membros da comissão terão mandato de um ano, não
podendo ser demitidos sem motivo durante o período compreendido
entre o registro da candidatura à comissão e o prazo de um ano após o
término do mandato.

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ULTRATIVIDADE DA
NORMA COLETIVA
regra anterior: O Superior Tribunal do Trabalho -
TST entendia que as normas coletivas, previstas em
Acordos ou Convenções, incorporavam os contratos de
trabalho, somente podendo ser modificadas mediante
nova negociação coletiva.

nova regra: As normas previstas em Convenção ou


Acordo Coletivo de Trabalho não poderão ter vigência
superior a dois anos, sendo, portanto, vedada a sua
estipulação por prazo indeterminado.

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OUTRAS
ALTERAÇÕES

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FÉRIAS
regra anterior: Não era permitido fracionar férias, apenas em casos
excepcionais, desde que um deles não fosse inferior a 10 dias, quando
podia ser dividida em dois períodos.Também permitia-se vender até
1/3 das férias.

nova regra: Mediante acordo com o funcionário, podem ser divididas


em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a
14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias
corridos, cada um. Continuam sendo de 30 dias, e a venda de 10 dias
continua permitida.

DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE
JURÍDICA
regra anterior: Após esgotamento de execução
patrimonial da empresa, o juiz redirecionava a
execução, automaticamente, para o patrimônio
dos sócios.

nova regra: Para que haja a desconsideração


da personalidade jurídica é necessária
instauração de incidente previsto no Código de
Processo Civil.

SÓCIO RETIRANTE
regra anterior: Não havia regramento específico
acerca do tema.

nova regra: O sócio retirante responde


subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
da sociedade relativas ao período em que
figurou como sócio, somente em ações
ajuizadas até dois anos depois de averbada a
modificação do contrato, observada a seguinte
ordem de preferência: I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes.

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GRUPO ECONÔMICO
regra anterior:A identidade de sócios entre duas ou mais empresas,
independentemente de estarem sob a mesma direção, controle ou
administração de outra, carcaterizava grupo econômico, ensejando a
responsabilidade solidária entre as empresas, no tange às obrigações
trabalhistas.

nova regra: Não caracteriza grupo econômico a mera identidade


de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a
demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses
e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.

INCORPORAÇÃO DE
GRATIFICAÇÃO EM FUNÇÃO
DE CONFIANÇA
regra anterior: Percebida a gratificação de função por dez ou mais
anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a
seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o
princípio da estabilidade financeira.

nova regra: Não é assegurado ao empregado o direito à manutenção do


pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada,
independentemente do tempo de exercício da respectiva função.

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VOCÊ POR DENTRO
DAS NOVAS LEIS DO
TRABALHO

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OBSERVAÇÕES
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