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Esse acordo deve ser feito entre uma pessoa física, o empregado, e uma outra
pessoa que pode ser física, jurídica ou entidade (empregador).
Onerosidade;
Subordinação;
Personalidade;
Não eventualidade.
Direito Contratual é aquele que lida com todo o ramo do direito dos contratos,
inclusive aqueles que estão presentes no serviço de sua empresa.
Alterações obrigatórias;
Impostas por lei ou por normas coletivas (Sindicato).
Art. 478 CLT que fala sobre á vontade das partes: “Nos contratos individuais de
trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições de mútuo
consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente,
prejuízo ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta
garantia”
Explicação: Esse artigo diz que só poderá ser mudado um contrato de trabalho
individual, se o empregado e o empregador concordar com essa mudança, além
disso, que essa mudança não seja prejudicial para o empregado (mesmo que ele
concorde com isso).
Caso uma das condições acima forem rompidas, a parte infringida no novo contrato
será nulificada.
Nulidade: É quando tem um erro no ato feito, nesse caso, pela alteração do contrato
de trabalho, e determina o impedimento de realizar a ação proposta.
Para que haja o estudo correto das alterações no Contrato de Trabalho, é preciso
que analisemos três fatores, sendo eles:
Exemplo: Todo dia de manhã, o empregador serve o café da manhã grátis (porém
isso não está no contrato de trabalho). Se ele quiser cobrar pelo café da manhã da
empresa, ele não poderá fazer isso, por conta dessa regra imposta acima.
É importante também falar, que uma alteração que de início se pareça vantajosa
para o empregado, mas que no futuro cause prejuízo, também é considerada na
hora do julgamento e não impede a alteração de ser nula. Ou seja, não é relevante
se os prejuízos forem mediatos ou imediatos ou se esses prejuízos forem previsíveis
ou não.
Alteração in pejus: É uma alteração que é pior do que a antiga, sendo “pejus” (pior)
vinda do latim. Essa expressão é muito utilizada no direito.
Então, toda vez que ocorre uma alteração essencial no contrato de trabalho, deverá
ser utilizado a regra genérica proibitiva descrita no art. 468 da CLT para resolver
esse problema.
Art. 468 da CLT: Esse artigo diz que só poderá ser mudado um contrato de trabalho
individual, se o empregado e o empregador concordar com essa mudança, além
disso, que essa mudança não seja prejudicial para o empregado (mesmo que ele
concorde com isso).
Assim, o contrato de trabalho deve ser maleável para que ele se adapte às
mudanças da empresa e do mercado. Isso causa uma forte discussão de como fazer
a junção desses dois princípios.
Art. 9 da CLT: Esse artigo prevê que qualquer ação que tente fraudar ou manipular
qualquer lei da CLT, irá ser considerado nulo.
Explicação: Esse artigo da CLT, diz que o empregador não pode transferir um
funcionário, sem que ele concorde com tal afirmação. Não se considera transferir o
funcionário, aquela onde para que ele chegue no novo local de trabalho, não
precisará transferir-se de sua casa.
Assim, segundo o Art. 444 da CLT, esse empregado, pode aceitar as alterações no
contrato de trabalho e caso elas forem prejudiciais, a alteração não será anulada
devido a estipulação de que esse empregado saiba o que ele está fazendo para si
mesmo.
Art. 444: As alterações do contrato de trabalho, podem ser livremente alteradas,
desde que não quebrem alguma regra estabelecida pelas convenções coletivas
(CCT ou Sindicato), CLT e algumas decisões dos órgãos competentes.
Variações feitas por ato unilateral do empregador, mas utilizando o ato do jus
variandi;
Alterações das condições essenciais do pacto, que quando são feitas de
modo unilateral, é considerado uma violação do contrato e quando feitas de
modo bilateral e que não traga nenhum prejuízo ao empregado, são
consideradas válidas.
Não existe nenhuma lei que diga exatamente como deve ser executado o jus
variandi, porém segundo o art. 2 da CLT que diz sobre os poderes e quem são os
empregadores, para tornar a atividade da empresa mais produtiva, ou para corrigir
um erro de planejamento, podem fazer alterações nas atividades dos seus
empregados, mas desde que não altere uma cláusula essencial do contrato de
trabalho.
Na aplicação do jus variandi, o empregador atinge alguns aspectos que não são
essenciais no contrato de trabalho, que são:
Porém, só caso for utilizado o jus variandi de forma abusiva, ou que seja feita uma
alteração no contrato de trabalho prejudicial ao empregado, que ele poderá fazer o
uso da ferramenta jus resistentiae.
7.2 CLASSIFICAÇÃO
Alteração subjetiva
Arts. 10 e 448 da CLT: Esses dois artigos dizem que quando há uma alteração na
estrutura jurídica da empresa, os contratos de trabalho não serão afetados. Eles
também dizem que a empresa sucessora toma como responsabilidade todas as
obrigações trabalhistas da outra, mas caso seja comprovado fraude na
transferência, a empresa antecessora responderá solidariamente por essas
obrigações.
Resposta solidária: Reposta solidária, é quando uma pessoa é afetada por algum
ato e as outras são responsáveis. Por exemplo: No CDC, tem a resposta solidária
pela comercialização de bens não duráveis quando há vício, ou seja, todos os
fornecedores daquele produto poderão ser responsabilizados, e não só o
comerciante. Outro exemplo, é nesse artigo da CLT, onde caso a empresa
sucessora não consiga pagar pelas obrigações, os sócios terão de pagar ou ex-
sócios se comprovada fraude.
Alteração Objetiva
Quanto aos seus efeitos temporais: Quanto aos efeitos temporais das alterações,
temos duas caracterizações, sendo elas:
Pelo fato do empregador saber o que é melhor para a empresa, ele pode redistribuir
e alterar a função dos funcionários, desde que não cause prejuízo á eles.
Como descrito no art. 468 da CLT, a alteração de função só pode ocorrer quando
for de forma bilateral, e caso aconteça de forma unilateral, só poderá ser exercida
quando for utilizado o jus variandi.
Fazendo uma análise, é possível perceber que esse tipo de alteração pode causar
diversos tipos de prejuízos, podendo ser o principal que é no salário do funcionário,
ou até mesmo moralmente, pois esse empregado pode não se adaptar ou se sentir
humilhado em outro cargo. Também é importante falar, que em alguns casos, é
preciso analisar se o funcionário conseguirá se manter nesse novo cargo.
Esse tipo de alteração, tem como regra geral a permissão de ser executada, desde
que não cause prejuízos funcionais ou salariais. Essa alteração também é anulada,
caso o empregador à utilize para perseguir o funcionário ou para fazer uma
desclassificação profissional.
Esse artigo diz que não é possível transferir um empregado de localidade, caso ele
não concorde ou que cause prejuízo a ele. É importante falar, que caso aquela
unidade de trabalho dele seja fechada por algum motivo, é lícito que ele seja
transferido para outra.
Lembrando também, que não se aplica esse artigo, caso o empregado esteja sob
uma função de cargo de confiança, ou que no seu contrato, esteja escrito de forma
implícita ou explícita que se houver extrema necessidade de serviço, ele poderá
ser transferido sem adicionais.
Esse tipo de ato, não é admitido nem na CLT e nem na jurisprudência, já que é
muito evidente, os danos no salário do funcionário, e também pode acontecer danos
morais, pois quando rebaixado de sua função, ele pode se sentir humilhado perante
os seus colegas e superiores.
Esse artigo, fala que o empregado volta a sua posição original, quando ela é
provisória, podendo ser por comissionamento interino ou a substituição
temporária e eventual, que são funções destinadas para suprir a falta de
funcionários em uma certa região. Assim, quando essa nova função, seja pelo
comissionamento interino, seja pela substituição temporária e eventual, ele voltará a
exercer o seu antigo cargo, com seu antigo salário e benefícios.
Existe uma súmula que contradiz esse artigo:
Súmula 159, TST: “I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter
meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário
contratual do substituído. II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a
ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do antecessor”
Assim, quando o funcionário está substituindo outro, ele vai receber o mesmo salário
do cargo substituído, e quando acabar essa necessidade, ele voltará a receber o seu
salário, não afrontando o art. 468 da CLT, pois não causa nenhum prejuízo ao
empregado.
Esse artigo fala também, que caso tenha um retorno de função e a função seja de
um cargo de confiança, a alteração não é considerada unilateral.
A lei justifica não ser unilateral a decisão da retirada do cargo de confiança, pois
este, é baseado em um critério da confiança do empregador nessa pessoa, ou seja,
é um critério subjetivo.
Súmula 372, TST: “I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo
empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não
poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira.
Explicação: Quando essa súmula se junta com esse estudo acima, o primeiro
parágrafo que diz que caso a gratificação seja dada por mais de 10 anos, o
empregador não poderá tirá-la do empregado, é anulado e não passa a valer para
esse tipo de cargo de confiança, porém o segundo parágrafo que diz sobre não
diminuir essa bonificação enquanto o empregado estiver fazendo esse serviço de
cargo de confiança, é sim válido para esse tipo de situação analisada.
Extinção do cargo:
Pelo fato do empregador ser o responsável financeiro da empresa, e por tanto, tem
todo o poder de direção sobre a empresa, ele poderá fazer algumas alterações na
estrutura organizacional da empresa, caso haja necessidade, e para aumentar os
lucros da empresa.
Quando um cargo é extinto, o empregado que estava nesse cargo antigo, pode ser
transferido para outro, caso não haja nenhuma violação no art. 468 da CLT, ou seja,
que esse ato não cause prejuízos ao empregado que vai ter seu cargo remodelado.
Readaptação de função:
Quando algum trabalhador adquire uma doença física ou mental durante seu curso
na empresa, para que ele não seja demitido, que seria muito difícil para ele
conseguir arrumar outro emprego, a empresa pode utilizar essa alternativa de
readaptá-lo em uma nova função dentro da empresa.
§4 Art. 461 da CLT – Esse artigo, diz respeito à equiparação salarial quando as
condições de trabalho sejam iguais, quando trabalharem para o mesmo empregador
e quando o local de trabalho seja igual. Ou seja, casos essas condições sejam
iguais entre os trabalhadores, o salário também será o mesmo.
Esse artigo também gera suas exceções, como quando um trabalhador tem 4 anos
de trabalho na empresa, ou quando tem 2 anos à mais no cargo. Outra exceção, é
quando ele é readaptado de uma função, meio à algum tipo de deficiência física
ou mental.