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• As famílias que buscam ajuda em geral estão preocupadas com um problema específico.
Já os terapeutas familiares costumam olhar além dos elementos específicos desses
problema. Isso leva à dinâmica da interação.
• Em Nova York também se formou como psicanalista. O que lhe deu embasamento para trabalhar
como psiquiatra infantil em uma instituição de recuperação de crianças chamada Wiltwyck;
• No período de 1954 e 1062, Minuchin desenvolveu um tipo de terapia para crianças que incluía a
família. Ele colocou o foco de atenção em um sistema dinâmico;
• Permitiu que cada sessão pudesse ser observada por outros psiquiatras por meio de uma sala de
espelho. Através dessas dinâmicas inovadoras, Minuchin acabou desenvolvendo a terapia familiar
estrutural.
• Após formular suas novas teorias, Minuchin viajou para Palo Alto, na Califórnia. Lá, ele trabalhou com Jay Haley
na clínica de orientação familiar. Esse célebre terapeuta foi um dos fundadores da terapia breve e familiar, e o
mentor que o ajudaria a aperfeiçoar e amadurecer ainda mais sua inovadora teoria.
• Desse trabalho com Jay Haley , surgiu o importante livro Families of the Slums (1967).
• A reputação de Minuchin como terapeuta familiar cresceu e, em 1965, ele se tornou diretor da Philadelphia Child
Guidance Clinic. Minuchin criou uma das clínicas de orientação infantil mais importantes e prestigiadas do mundo.
• Em 1976, Minuchin deixou de ser diretor da Clinic Philadelphia mas continuou como chefe do programa de
formação até 1981.
• Após deixar a direção da clínica, Minuchin montou seu próprio centro em Nova York, onde continuou praticando e
ensinando terapia familiar até 1996, quando se aposentou e se mudou para Boston. Embora tenha se aposentado o
Dr. Minuchin ainda viaja e ensina pelo mundo todo.
FORMULAÇÕES TEÓRICAS
• Refere-se ao padrão organizado em que os membros da família interagem. Já que as transações familiares
se repetem, criam expectativas que estabelecem padrões duradouros. Depois que os padrões são
estabelecidos, os membros da família usam apenas uma fração do leque completo de comportamentos
disponíveis para eles;
• A estrutura familiar é reforçada pelas expectativas que estabelecem regras na família;
• A estrutura familiar é moldada em parte por questões universais e em parte por limitações idiossincráticas.
• O que a família traz é o problema, é necessário descobrir o subtextos. Dois pontos são necessários: ter um
sistema teórico que explique a estrutura e ver a família em ação.
2º SUBSISTEMAS:
No entanto meio à tais decisões, o casal precisará também negociar a criação das
fronteiras, seja entre eles e/ou as que os separa dos demais. As fronteiras então
serão as regras que definem quem participa e como, protegendo dessa forma a
diferenciação do sistema, e para que o funcionamento dessa família seja adequado
essas fronteiras precisam ser nítidas para todos. Cada um precisa compreender o
lugar que ocupa dentro do sistema.
FRONTEIRA DIFUSA = FAMÍLIA EMARANHADA = POUCA
AUTONOMIA.
Passam pouco tempo juntos, quartos separados, tiram férias separadamente, contas
separadas no banco e ambos investem mais na carreira ou relacionamentos externos
do que no casamento.
FRONTEIRA NÍTIDA = AUTONOMIA.
PAI MÃE
MARIDO MULHER
FILHO IRMÃO
FUNÇÕES DIFERENTES
Todas as famílias enfrentam situações que estressam o sistema, não há linha
divisória clara entre uma família sadia e não sadia é possível através dessa teoria,
afirmar que as famílias sadias modificam sua estrutura com o intuito de acomodar
circunstâncias modificadas, já famílias disfuncionais acabam aumentando a rigidez
de suas estruturas frente à esse estresse deixando assim de serem efetivas cada vez
mais. (MINUCHIN, 1974).
Portanto, caso aconteça algo com a genitora e a filha, a relação entre marido e mulher
também alterará.
Os terapeutas estruturais fazem avaliações primeiro reunindo-se à família para criar uma
aliança e, depois, pondo a família em movimento pelo uso de encenações, diálogos na
sessão que permitem ao terapeuta observar como os membros da família realmente
interagem.
A melhor maneira de fazer uma avaliação é focalizar o problema apresentando e, então,
explorar a resposta da família a ele.
Para serem efetivos, os movimentos do terapeuta não podem ser pré-planejados ou
ensaiados. Bons terapeutas são mais do que técnicos. As estratégias da terapia, por outro
lado, precisa ser organizada. Em geral, a terapia familiar estrutural segue estes sete
passos:
União e acomodação:
Encenação
Mapeamento estrutural
Focalização e modificação de interações
Criação de fronteiras
Desequibração
Desafio de suposições improdutivas
UNIÃO E ACOMODAÇÃO
A busca pela terapia familiar dificilmente é realizada pelo sistema completo e sim por uma das partes
deste sistema. Deste modo, entende-se que o terapeuta familiar é um estranho importuno, afinal de
contas, porque ele insistiu para conversar com toda a família?
Diante isto, os membros convidados da família estão a espera de ouvir algo que estão fazendo de
errado e já estão prontos para se defender. A família portanto é um grupo de não pacientes que se
sentem ansiosos e expostos; eles estão determinados a resistir.
Desta forma primeiro, o terapeuta precisa desarmar defesas e aliviar a ansiedade realizando uma
aliança de entendimento com cada membro da família. Saudando cada um pelo seu nome fazendo
isso de forma amigável.
As crianças também tem preocupações e capacidades especiais. Elas devem ser saudadas
gentilmente e questionadas com perguntas simples e concretas.
Depois da encenação começar, o terapeuta pode descobrir muitas a estrutura familiar. Por quanto
tempo duas pessoas podem conversar sem serem interrompidas, isto é o quão clara é a fronteira?
Alguém ataca e o outro defende? Quem é o central quem é o periférico? Os pais envolvem os filhos
em suas discussões? Isto é, eles estão emaranhados ?
As famílias demonstram emaranhamento quando se interrompem com frequência, falam por outros
membros, fazem coisas para os filhos que estes podem fazer sozinhos ou brigam constantemente.
MAPEAMENTO ESTRUTURAL
Desta forma, o terapeuta estrutural tenta avaliar a inter-relação entre todos os membros da
família. Com os conceitos de fronteiras e subsistemas a estrutura de todo o sistema é
descrita de maneira que aponta para mudanças desejáveis.
FOCALIZAÇÃO E MODIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES
Embora a terapia familiar estrutural não seja uma abordagem primariamente cognitiva,
seus praticantes as vezes desafiam a maneira pela qual os membros da família veem as
coisas. Mudar a maneira de eles se relacionarem oferece visões alternativas de suas
situações.
Desta forma, mudar a maneira pela qual eles veem sua situação lhes permite mudar sua
maneira de se relacionar.
Os terapeutas estruturais também utilizam ficções pragmáticas para dar aos membros da
família um novo enquadre para experienciar. O objetivo não é educar ou enganar, mas
oferecer um pronunciamento que ajude a família a mudar. Por exemplo, dizer aos filhos
que eles se comportam como se fossem menores do que são é uma maneira muito
eficaz de fazer com que mudem. “Quantos anos você tem?” “Sete.” “Oh, eu pensei que
você fosse mais jovem; a maioria das crianças de 7 anos não precisa mais que a mamãe
entre com elas na escola.”
Paradoxos são construções cognitivas que frustram ou confundem os membros da
família, levando-os a buscar alternativas. Minuchin usa pouco o paradoxo, mas às
vezes ele ajuda a expressar ceticismo sobre as pessoas mudarem. Embora isso possa
ter o efeito paradoxal de desafiá-las a mudar para provar que você estava errado,
não é tanto um estratagema esperto quanto é uma declaração benigna da verdade. A
maioria das pessoas não muda –elas esperam que os outros façam isso.
REFERÊNCIAS