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Processo de construção e reconstrução permanente
Indivíduo Família
Sociedade
O QUE VOCÊ ENTENDE POR FAMÍLIA?
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1.1. HISTÓRICO SOCIAL DA FAMÍLIA
• ORIGENS DA ORGANIZAÇÃO FAMILIAR: Esta, é encontrada em outras espécies,
além da humana. Ex. Peixes, aves, abelhas, macacos, leões.
• Caráter universal dos agrupamentos familiares: Murdock (apud Osorio,
1996, p. 26) enfatizou a família nuclear: “Nenhuma cultura ou sociedade pode
encontrar um substituto adequado para a família nuclear”, tendo esta, as
funções: sexual, reprodutiva, econômica e educativa
• Existem críticas à universalidade da família nuclear. Ex. Kibbutz (Israel):
Comunidade inteira cuida das crianças
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L. H. Morgan (1818-1881):
pesquisas com aborígenes,
1) Consanguínea criou a seguinte tipologia
familiar:
2) Punaluana 8
3) Sindiásmica, sindesmática ou de
casal
4) Patriarcal
5) Monogâmica
1) FAMÍLIA CONSANGUÍNEA
Irmãs com os maridos das outras irmãs e irmãos com as esposas dos
irmãos. Ou seja, membros de um casal com os de outro grupo, mas não com
os do seu grupo. Grupos inteiros casam entre si. “Família por grupo”
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O casamento de várias irmãs, carnais e colaterais, com os
maridos de cada uma das outras; e, os irmãos também se
casavam com as esposas de cada um dos irmãos. O grupo de
homens era conjuntamente casado com o grupo de mulheres;
Surgimento da interdição do relacionamento sexual entre pais e
filhos e posteriormente entre irmãos através do tabu do incesto.
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Excluído o matrimônio entre irmãos e irmãs (uterinos),
posteriormente entre irmãos colaterais (primos filhos das tias), e
por fim entre os primos legítimos filhos dos tios;
Matriarcado, casamento por classes;
Surgem as gens – um círculo de parentes consangüíneos por
linha feminina (direito materno) que não podem casar-se entre si.
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3) SINDIÁSMICA, SINDESMÁTICA OU DE CASAL
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Autoridade centrada no homem que geralmente era polígamo, com
mulheres isoladas ou confinadas em determinados locais (gineceus,
haréns)
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5) FAMÍLIA MONOGÂMICA
Pessoa tem apenas um parceiro amoroso ou sexual. Duas pessoas
com obrigação de exclusividade sexual
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OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA MONOGÂMICA
(OSORIO & VALLE, 2000)
▪ CÔNJUGE: Com + jugo, domínio
▪ Sentimento de posse: Relação de poder entre parceiros (homem x
mulher)
▪ Poder masculino sobre os filhos
▪ Esposa abdica do prazer e amante usufrui das fantasias sexuais
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OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA MONOGÂMICA
(OSORIO & VALLE, 2000)
▪ Paternidade inconteste (não existência do exame de DNA).
▪ Hereditariedade da propriedade privada: garantia de descendência
por consanguinidade, ou seja, de herança aos filhos legítimos
(primogênito). É necessário ter certeza da paternidade e que o
patrimônio se manterá na família.
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5) FAMÍLIA MONOGÂMICA (ENGELS, 1995)
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MONOGAMIA MATRIMONIAL
▪ Começa a ser adotada na Idade Média (apoio da Igreja Católica).
▪ Ganhou impulso quando o casamento foi elevado à condição de
sacramento, (século XII).
▪ Historiadores: Tentativa de disciplinar o comportamento sexual.
▪ A monogamia não é um princípio do direito estatal de família, mas uma
regra à proibição de múltiplas relações matrimonializadas.
▪ É um imperativo cultural.
MONOGAMIA MATRIMONIAL
▪ “A monogamia sempre foi considerada função ordenadora da família.
Não foi instituída em favor do amor. Trata-se de mera convenção
decorrente do triunfo da propriedade privada sobre o estado
condominial primitivo. Serve muito mais a questões patrimoniais,
sucessórias e econômicas. Embora a uniconjugalidade disponha de
valor jurídico, não passa de um sistema de regras morais” (DIAS,
2021, P.61).
▪ O Estado considera crime a bigamia (CP 235). Pessoas casadas são impedidas de
casar (CC 1.521 VI) e a bigamia torna nulo o 2º casamento (CC 1.548 II e 1.521 VI) e
é anulável a doação feita (CC 550).
▪ STF (Set/2020) proibiu a pensão por morte para amantes, porque, segundo
ele, a lei brasileira não admite bigamia (dois casamentos ou uniões estáveis ao
mesmo tempo). O CASO: um homem de Sergipe que queria ter direito à pensão por
morte por manter uma relação homoafetiva com outro homem, que, ao mesmo
tempo, tinha uma união estável reconhecida juridicamente com uma mulher.
▪ POLIAMOR: CNJ recomenda que
os tabeliões não registrem as
uniões poliafetivas (escritura
pública). Os integrantes (poliamor)
assumem deveres pessoais e de
natureza patrimonial via
documento particular.
RELAÇÕES NÃO MONOGÂMICAS
▪ Atualmente, muito se fala em relações não monogâmicas
▪ Brigitte Vasallo: O desafio poliamoroso: por uma nova política dos afetos.
▪ (2013) discute o discurso da monogamia. Investiga como migrar desse
regime sem reproduzir a mesma violência em nome do amor romântico,
quais são os desafios e medos que surgem ao se trata de desmantelar as
relações a dois, e que formas estão adquirindo relações não monogâmicas
como poliamor, amor livre, vínculos múltiplos.
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RELAÇÕE S NÃO MONOGÂMICAS
Vasallo: Concebe o amor ou amores como “redes afetivas” com base em
três princípios básicos:
INCLUSÃO, CONVIVÊNCIA E COOPERAÇÃO, e também o cuidado
mútuo, a coletivização dos afetos, desejos e dores, sem competições ou
hierarquias.
A chave é perguntar a nós mesmos: como podemos fazer isso?
Exemplo das comunidades na pandemia M
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TIPOS DE ORGANIZAÇÃO DA FAMÍLIA
1) ORGANIZAÇÃO MATRIARCAL:
▪ Desconhecimento do papel do pai na reprodução. Ex. Melanésios
(Malinovsky): Tio Materno – avúnculo - exerce a autoridade paterna,
concedendo a mão das sobrinhas aos pretendentes.
▪ Decorrente da vida nômade dos povos primitivos: Homens
desconheciam técnicas de cultivo da terra: caça
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2) ORGANIZAÇÃO PATRIARCAL
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RELAÇÕES DE PARENTESCO
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RELAÇÕES DE PARENTESCO
1) CASAMENTO: Relações determinadas pelas convenções sociais.
Marido e Mulher “parentes” por contrato social
Relações de Parentesco tidas como Primárias ou Fundantes: Marido e
Mulher, Pais e Filhos e Irmãos.
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ESTRUTURAS ELEMENTARES DE PARENTESCO (LÉVI-STRAUSS)
• Estudou quais as relações constantes na estrutura familiar que
determinam sua aparência e as modificações ao longo do tempo
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• INTERDIÇÃO/TABU DO INCESTO: Surge com o papel avuncular, em que
o tio materno doava as sobrinhas à geração seguinte, desde que não
pertencessem ao círculo endogâmico (pai e irmãos).
• É a regra da reciprocidade, pois assegura a circulação das esposas e
filhas do grupo.
• Marca a passagem do fato natural da consanguinidade ao fato
cultural da afinidade
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• TABU DO INCESTO E EXOGAMIA: Estão nas raízes da sociedade
humana.
• EXOGAMIA: Casamento fora do grupo familiar, funda-se na troca, que é
a base de toda instituição matrimonial.
• “A afinidade com uma família diferente assegura o domínio do social
sobre o biológico, do cultural sobre o natural” (Osorio, 1996, p. 29).
• Para Lévi-Strauss: o tabu do incesto marca a passagem da natureza
à cultura
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• EXOGAMIA: Dá origem à instituição matrimonial. Possibilita a
comunicação com os outros.
• Idéia de TRANSAÇÃO OU TROCA se faz presente com o advento da noção
de propriedade privada (capitalismo): COMPRA DA NOIVA (mercadoria),
principalmente nas organizações patriarcais.
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• PAÍSES DE LÍNGUA ESPANHOLA: partícula DE entre o nome próprio da
mulher (seguido ou não do sobrenome de solteira) e o sobrenome do
marido, indicando a quem ela pertence.
• Atualmente, qualquer nubente pode adotar o sobrenome do outro (CC
1.565 parágrafo 1º)
• DOTE para ressarcir o noivo dos gastos futuros com a manutenção da
esposa
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DIFERENTES ESTRUTURAS E MODELOS AO LONGO DOS TEMPOS
• Povos da Mesopotâmia
• Antigos Egípcios
• Primitivos Hindus
• Grécia arcaica e clássica
• Esparta e Atenas
• Romanos
• Chineses/China medieval
• Japoneses
• América pré-colombiana: Astecas, Maias e Incas
• Europa Pré-Feudal (Celtas, Germânicos)
• Feudalismo
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OSORIO (1996)
• Família Aristocrática
• Família Camponesa
• Família Burguesa
• Família Operária
• Família da Aldeia Global do limiar do século XXI
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FAMÍLIA ARISTOCRÁTICA
Casamento: Acordos interclãs = manutenção da herança
Valores individuais buscados: astúcia
Papéis Sexuais:
H: promover alianças latifundiárias
M: servir às alianças latifundiárias
Estruturação do grupo:
Preservação do patrimônio herdado
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“O parentesco consiste numa relação entre pessoas que se vinculam
pelo casamento ou cujas uniões sexuais geram filhos ou ainda que
possuam ancestrais comuns” (OSORIO, 1996, p. 15).
Segundo Osório (1996) a condição neotênica da espécie humana, ou
seja, a impossibilidade de sua descendência sobreviver sem cuidados
ao longo dos primeiros anos de vida, foi responsável pelo surgimento
do núcleo familiar como agente da perpetuação da vida humana.
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“A família torna-se o modelo natural para assegurar a
sobrevivência biológica da espécie; a par desta função básica,
propicia simultaneamente a matriz para o desenvolvimento
psíquico dos descendentes e a aprendizagem da interação
social” (OSÓRIO, 1996, p. 16).
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Assim a família pode ser definida como:
“uma unidade grupal onde se desenvolvem três tipos de relações
pessoais – aliança (casal), filiação (pais/filhos) e consanguinidade
(irmãos) – e que a partir dos objetivos genéricos de preservar a espécie,
nutrir e proteger a descendência e fornecer-lhe condições para a
aquisição de suas identidades pessoais, desenvolveu através dos tempos
funções diversificadas de transmissão de valores éticos, estéticos,
religiosos e culturais” (OSORIO, 1996, p. 16).
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DIFERENÇA DE ENFOQUES COMPREENSÃO DA FAMÍLIA
1) LINE AR:
2) CIRCULAR: Feedback
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FORMATOS DE FAMÍLIA OSORIO(1995):
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FORMATOS DE FAMÍLIA CERVENY(1994)
1. DE ORIGEM: Ascendência e descendência (laços sangüíneos). Pais, avós.
2. EXTENSA: Vertical (Com 3 ou + gerações) ou Lateral (adoção de outras
unidades nucleares). Parentesco sangüíneo ou afinidade no tempo e no
espaço
3. NUCLEAR: Pais e filhos (biológico). Desconsidera o espaço físico
(Bell,1975)
3.1 NUCLEAR INTACTA: Cônjuges em 1º casamento com seus filhos
biológicos (McGoldrick e Gerson, 1985)
4. SUBSTITUTA: Assume a criação de 1 ou + pessoas sem laços de
parentesco 61
FORMATOS DE FAMÍLIA
OSORIO(1995) CERVENY(1994)
1. NUCLEAR
1. DE ORIGEM: Ascendência e descendência (laços sangüíneos). Pais, avós.
(Conjugal): Pai, Mãe, Filhos
2. EXTENSA
2. EXTENSA: Vertical (Com 3 ou + gerações) ou Lateral (adoção de
(Consangüínea): Inclui
outras unidades nucleares). Parentesco sangüíneo ou afinidade no tempo
outros membros com laços
e no espaço
de parentesco
• CONJUGAL • MADRASTA
• PARENTAL • PADRASTO
• FRATERNAL • ENTEADO
• FILIAL • ...???
PAPÉIS FAMILIARES
• Nem sempre são desenvolvidos pelos que nele são depositadas as
expectativas. Não são de competência exclusiva dos indivíduos a
quem se atribui nominalmente
• Exemplos: papel da materno: avó; papel fraterno: avô confidente;
papel filial: cônjuge infantil, etc.
• Sofrem influências culturais. Ex. Tio materno (papel avuncular)
• Um membro pode assumir papéis diferentes simultaneamente ou
em tempos alternados
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1) PAPEL CONJUGAL:
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1) PAPEL CONJUGAL:
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2) PAPEL PARENTAL: Inicialmente, eram decorrentes da função
reprodutora. Atualmente, relativizou-se.
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3) PAPEL FRATERNAL
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FUNÇÕE S DA FAMÍLIA
1) BIOLÓGICAS:
• Garantir a sobrevivência da Espécie: Cuidados ao recém-
nascido
• Não é a reprodução. Pois esta pode ser feita fora da família e
até prescindir da relação sexual (fertilização “in vitro”,
clonagem, etc.)
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FUNÇÕE S DA FAMÍLIA
2) PSICOLÓGICAS:
• Nutrição Afetiva para sobrevivência emocional e dos
demais membros da família (Spitz, 1935: estudos sobre privação
afetiva)
• Continência às ansiedades existenciais. Ex. Crises vitais.
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FUNÇÕE S DA FAMÍLIA
3) PEDAGÓGICA:
• Proporcionar o ambiente adequado para aprendizagem
vivencial
4) SOCIAL:
• Transmissão da cultura
• Preparação para o exercício da cidadania
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NOVAS CONFIGURAÇÕE S FAMILIARE S
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FAMÍLIA: articulação entre o DIREITO e a PSICOLOGIA
• CONSTITUIÇÃO DE 1988: três modelos de família:
1) Casamento civil ou religioso com efeitos civis (até 1988 era o único vínculo familiar
reconhecido no Brasil);
2) União estável: relação entre homem e mulher que não tenham impedimento para o
casamento. Principal característica: informalidade. Em regra, ser não-registrada, embora
possa obter registro.
Código Civil Art. 1.723: “É reconhecida como entidade familiar a união estável
entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e
estabelecida com o objetivo de constituição de família”. 83
FAMÍLIA: articulação entre o DIREITO e a PSICOLOGIA
3) União monoparental: é a relação protegida pelo vínculo de parentesco de
ascendência e descendência. É a família constituída por um dos pais e seus
descendentes.
CF (1988. Artigo 226, §4º): “Entende-se, também, como entidade familiar a
comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”. Projeto do Estatuto
das Famílias (artigo 69, §1º): “é a entidade formada por um ascendente e
seus descendentes, qualquer que seja a natureza da filiação ou do parentesco”.
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FAMÍLIA: articulação entre o DIREITO e a PSICOLOGIA
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FAMÍLIA: articulação entre o DIREITO e a PSICOLOGIA
5) ANAPARENTAL: é a relação que possui vínculo de parentesco, mas não
possui vínculo de ascendência e descendência. “A convivência entre parentes ou
entre pessoas, ainda que não parentes, dentro de uma estruturação com
identidade de propósito, impõe o reconhecimento da existência de entidade
familiar batizada com o nome de família anaparental” (DIAS, 2007, p. 46).
Exemplos: a) dois irmãos que residem juntos; b) dois irmãos, residindo com seu
primo; c) tio (pato) Donald e seus sobrinhos (Huguinho, Zezinho e Luizinho).
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FAMÍLIA: articulação entre o DIREITO e a PSICOLOGIA
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FAMÍLIA: articulação entre o DIREITO e a PSICOLOGIA
• Composições familiares: apenas por dois irmãos; ter vários pais ou várias
mães; não ter pai nem mãe; ser formada por uma única pessoa; ter enteado que
pode ser adotado por padrasto e assim por diante.
01 homem e 02 mulheres (viviam em Tupã), registraram em cartório uma
escritura de união estável poliafetiva, em agosto/2013. A lei não diz que a
monogamia é obrigatória. Se uma família poliafetiva é reconhecida pela Justiça:
mudanças no Direito das Sucessões. Isso não é fácil, implica mudança de cultura.
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FAMÍLIA: articulação entre o DIREITO e a PSICOLOGIA
O Direito de Família passa por uma reformulação que envolve:
patrimônio, o que é ser pai, o que é ser mãe, entre outras questões.
A FAMÍLIA está inserida na base material da sociedade.
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• “As condições históricas e as mudanças sociais determinam a forma como
a família irá se organizar para cumprir sua função social, ou seja, garantir a
manutenção da propriedade e do status quo das classes superiores e a
reprodução da força de trabalho - a procriação e a educação do futuro
trabalhador - das classes subalternas” (BOCK, 2002, p. 248).
• Transmissora de valores ideológicos que encobrem a realidade:
culpabilizar crianças pelo seu fracasso escolar
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▪ Família e Casamento não são a mesma coisa
▪ NÃO EXISTE UMA FAMÍLIA IDEAL OU UM MODELO PRÉ-DETERMINADO DE
FAMÍLIA, EXISTEM FAMÍLIAS REAIS.
▪ Independente de sua configuração, a família continua sendo a instituição
social responsável pelos cuidados, proteção, afeto e educação das
crianças pequenas, ou seja, é o primeiro e importante canal de iniciação
dos afetos, da socialização, das relações de aprendizagem.
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REFERÊNCIAS
BOCK, Ana Maria (et alii). Psicologias. Uma introdução ao estudo da psicologia. 13.Ed. Reform. e ampl. São
Paulo: Saraiva, 2002.
CERVENY, Ceneide Maria de Oliveira. A família como modelo – desconstruindo a patologia. São Paulo:
Editorial Psy II, 1994 (Cap 1, p. 19-24).
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. São Paulo: Revista dos Tribunais, 4ª ed., 2007.
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. 13. ed. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1995.
OSORIO, Luiz Carlos. Família Hoje. Porto Alegre Artes Médicas, 1996 (Cap. 1,2,3 e 4).
OSORIO, Luiz Carlos & Valle, Elizabeth P. Terapia de Família: Tendências Atuais. Porto Alegre Artmed, 2000
(Cap. 1 e 2).
CORRÊA DE SOUZA, Daniel Barbosa Lima Faria. FAMÍLIAS PLURAIS OU ESPÉCIES DE FAMÍLIAS. Disponível em
http://www.faimi.edu.br/v8/RevistaJuridica/Edicao8/esp%C3%A9cies%20de%20fam%C3%ADlias%20-
%20daniel.pdf
https://elefanteeditora.com.br/quais-os-desafios-da-nao-monogamia/
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