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MÔNICA DE MELO
monicademel@gmail.com
ALGUMAS REFLEXÕES INICIAIS
A SUPREMACIA
MASCULINA
NA SOCIEDADE
CAPITALISTA
TRÊS ESQUEMAS BÁSICOS DE DOMINAÇÃO-EXPLORAÇÃO
PATRIARCADO
PRECONCEITO RACIAL
CLASSES SOCIAIS
PATRIARCADO
Diz-se, a boca miúda, que no Brasil ha democracia racial. Nada seria mais
inverídico do que esta afirmação. Basta examinar as estatísticas para se
verificar que os negros estão nas ocupações menos prestigiadas e mais mal
remuneradas, que apresentam graus baixos de escolaridade, que não
participam do poder político.
CLASSES SOCIAIS
História sem a experiência histórica real das mulheres e com sua exclusão
da interpretação dessa experiência. NÃO SÃO OBJETO, NÃO SÃO SUJEITAS,
NEM FAZEM A HISTÓRIA.
PATRIARCADO
O patriarcado não é um evento, mas foi
estabelecido por um longo processo histórico que
se desenvolveu por pelo menos 2.500 anos, de
3.100 a 600 a.C. Aconteceu em ritmo e momentos
diferentes em sociedades distintas.
Há um foco central no patriarcado de CONTROLE
SEXUAL E REPRODUTIVO DAS MULHERES.
Gerda Lerner
“A criação do patriarcado: história da opressão das
mulheres pelos homens”
PATRIARCADO
O patriarcado como SISTEMA:
Vertente mais limitada e tradicional: derivado do direito greco e romano, em que o homem
chefe de família, tinha total poder legal e econômico sobre seus familiares dependentes,
mulheres e homens; Por essa perspectiva o patriarcado começou na Antiguidade clássica e
terminou no século XIX, com a outorga de direitos civis para as mulheres, em particular as
casadas;
Vertente mais ampla: a dominância patriarcal de chefes de família homens sobre seus parentes
é muito mais antiga que a Antiguidade clássica; ela começa no terceiro milênio a.C. e
encontra-se bem estabelecida na época em que foi escrita a Bíblia Hebraica. Dominância que
vai tomando novas formas, sem ter conhecido seu fim até os dias de hoje.
DEFINIÇÃO DE GERDA LERNER: Manifestação e institucionalização da dominância masculina
sobre as mulheres e crianças na família e a EXTENSÃO da dominância masculina sobre as
mulheres na sociedade em geral. Os homens tem o poder em todas as instituições importantes
da sociedade e que mulheres são privadas de acesso a esse poder. Mas não significa que as
mulheres sejam totalmente impotentes ou privadas de direitos, influência e recursos.
Gerda Lerner
“A criação do patriarcado: história da opressão das
mulheres pelos homens”
O grupo dominado troca submissão por proteção, trabalho não remunerado por sustento. Em
suas origens históricas, o conceito vem das relações familiares conforme se desenvolveram sob o
patriarcado, nas quais o pai tinha total poder sobre todos os membros da família. Em troca,
tinha a obrigação de prover sustento econômico e proteção. Como se aplica às relações
familiares observa-se que as responsabilidades e obrigações não são distribuídas igualmente
entre o grupo protegido: a subordinação dos filhos meninos à dominância do pai é temporária,
dura ate que eles mesmos se tornem chefes de família. A subordinação das filhas meninas e das
esposas dura a vida inteira. As filhas só podem escapar tornando-se esposas sob a
dominância/proteção de outro homem. A base do paternalismo é um contrato verbal de troca;
sustento econômico e proteção do homem em troca de subordinação em todos os aspectos,
servidão sexual e trabalho doméstico não remunerado da mulher.
Gerda Lerner
“A criação do patriarcado: história da opressão das
mulheres pelos homens”
MACHISMO
IDEOLOGIA DA SUPREMACIA MASCULINA, de superioridade masculina e de
crenças que a apoiem e sustentem. Machismo e patriarcado se reforçam
de forma mútua. O machismo pode existir em sociedades onde o
patriarcado institucionalizado tenha sido abolido. Enquanto existir
machismo como ideologia, as relações patriarcais podem ser
restabelecidas com facilidade, mesmo que tenham ocorrido mudanças
legais que os proscreveram. Legislação de direitos civis é ineficaz
enquanto existirem crenças racistas. O mesmo vale para o machismo.
Código Civil Brasileiro de 1916 v. Código Civil Brasileiro de 2002
Art. 2. Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil.
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
O sexo do Direito
Frances Olsen