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Atividade Avaliativa: Análise de filme

Direito Internacional Público

Hotel Ruanda. 2004. Drama/ Guerra. 121 m. Terry George. Disponível no Amazon
Prime.

Resumo
O presente trabalho tem como intuito analisar a obra de Terry George, Hotel
Ruanda, filme de 2004. O filme é analisado do seu ponto de vista histórico e por
meio do Direito Internacional, trazendo pontos quanto ao que se refere a história de
Ruanda e os direitos fundamentais, ainda aborda o papel dos Estados
Internacionais frente ao conflito.
Palavras-chave: Hotel Ruanda; Direito internacional; Direitos fundamentais.

1. Análise do filme e contexto histórico


A presente análise tem por objetivo fazer uma breve inspeção acerca do filme
Hotel Ruanda e consequentemente um estudo no que se refere ao genocidio que
ocorreu em Ruanda, país africano, no ano de 1994 e que resultou na morte de mais
de 800 mil pessoas.
Filme lançado em 2004, tendo como roteiristas Keir Pearson Terry George,
sendo o último também diretor do filme. Hotel Ruanda conta a história de Paul
Rusesabagina, personagem vivido pelo ator Don Cheadle, o filme aborda como os
conflitos entre as etnias em Ruanda surgiu até chegar no ano de 1994 na data de 6
de abril, quando as rádios ruandesas noticiaram que o avião onde estava o
presidente do Burundi, havia sido derrubado e não havia sobreviventes. A frente
patriótica Ruandesa, movimento tutsi de oposição armada, liderada por tutsis, foi
responsabilizada pelo atentado e este foi o estopim, sendo o pretexto para que
todos os hutus se unissem com o objetivo de matar os tutsis.
Paul é gerente do hotel Mille Collines, hotel considerado um dos mais
luxuosos da Capital Kigale, sendo este um hotel pertencente a um grupo
empresarial belga. Paul era de etnia hutu, etnia dominante na época, tal etnia iniciou
campanha para a eliminação física da oposição política dos tutsis, porém a esposa
de Paul era de etnia tutsi.
Nesse contexto, o filme retrata a história real de como Paul Rusesabagina
conseguiu sobreviver por intermédio de compra de favores de militares e da milícia
interahamwe e, subsequente do General Bizimungul.Paul quando o mundo ao seu
redor explode em matança tenta proteger sua família e hóspedes, usando de suas
habilidades negociais e seu bom relacionamento com ambos os lados do conflito. O
hotel virou refúgio para 1.268 pessoas e nenhuma delas foi morta, pela coragem de
Paul estas pessoas conseguiram resistir por mais de 100 dias.
O filme retrata, ainda, o fracasso da Missão de Paz da ONU em Ruanda, que
não foi capaz de impedir e interromper as barbáries perpetradas, por falta de tropas,
as quais agiram somente no momento de resgatar os estrangeiros.
Portanto, se faz necessário o estudo sobre o genocidio que marcaram
Ruanda, pois um genocidio representa a violação máxima de todos os direitos do
ser humano inserido na sociedade,sendo assim é de extrema importância que se
tenha prudência, devendo contar com o maior número de estados possíveis. Os
interesses econômicos e políticos não podem ser a base das relações
internacionais, pois deve-se respeitar a primazia dos direitos humanos.
A rivalidade entre hutus e tutsi é antiga e já dava sinais de sua existência
desde o processo de colonização. A minoria da população pertencente à etnia tutsi
sempre foi privilegiada pelos colonizadores, que exaltavam sua superioridade em
relação aos da etnia hutu e reservavam para eles os melhores postos da
administração colonial.
Em 1959, após anos de opressão, os hutus deflagraram a chamada
“Revolução Social”, cuja finalidade era sua ascensão ao poder. Durante esse
processo foi cometido um massacre contra a população tutsi, provocando um
enorme fluxo de refugiados para os países vizinhos. O objetivo da revolução foi
atingido e os tutsis passaram décadas tentando retornar ao poder.
Em 1990, o Frente Patriótico Ruandês (FPR), formado principalmente por
civis tutsis refugiados em Uganda e impedidos de retornar a seu país, invadiram
Ruanda de forma inesperada. A invasão representou uma ameaça tão séria ao país
que obrigou o governo a requerer ajuda militar à França e à Bélgica. Com a ajuda
externa, o governo Ruandês conseguiu conter os opositores tutsi.
O episódio terminou com o primeiro acordo de cessar fogo entre o governo e
a FPR. De outubro de 1990 até agosto de 1993, o governo de Ruanda travou uma
guerra civil contra o FPR, que culminou com a assinatura de um Acordo de Paz em
Arusha, Tanzânia. Através da Resolução 846, de junho de 1993, a ONU criou a
ONOMUR, uma missão de observação da paz na fronteira entre Ruanda e Uganda.
Além disso, através do capítulo IV da Carta da ONU (referente à manutenção
da paz), a instituição criou a UNAMIR, que consistia em uma missão de assistência
das Nações Unidas em Ruanda.Seu mandato, inicialmente de seis meses, se
resumia a supervisionar a observância do Acordo de Paz de Arusha,
proporcionando um ambiente seguro para que fosse posto em prática. O clima de
paz durou pouco. Com a derrubada de um avião que levava o presidente de Ruanda
e consequentemente com sua morte, teve início o massacre, que mais tarde seria
reconhecido pelo Secretário Geral das Nações Unidas como um verdadeiro
genocídio da população tutsi.
Diante desse cenário, ao invés de reforçar a ajuda humanitária, o Conselho
de Segurança da ONU aprovou a Resolução 912 (ONU, 1994, S/RES/912), na qual
friamente e por força do que havia recomendado o Secretário Geral da instituição,
decidiu reduzir o número de soldados em Ruanda, disponíveis por força da
UNAMIR. Dado o agravamento da situação no país, e por nova recomendação do
Secretário Geral, o Conselho de Segurança aprovou a Resolução 918 (ONU, 1994,
S/RES/918), agora com base no capítulo VII da Carta (referente à ameaça à paz e à
segurança internacional).
A resolução autorizou o envio imediato de soldados a Ruanda, e impôs um
embargo de armas e materiais ao país. No entanto, esse aparato militar somente
chegou em outubro de 1994, quando quase um milhão de civis já haviam sido
assassinados.
Com a demora no envio das tropas de paz pelas Nações Unidas, o Conselho
de Segurança aprovou ainda a Resolução 929 (ONU, 1994, S/RES/929), na qual
autorizava que uma força militar Francesa fizesse uso de todos os meios
necessários, inclusive militares, para alcançar seus objetivos humanitários. De
acordo com a ONU, de 6 de abril de 1994, até o fim de julho do mesmo ano, foram
mortas aproximadamente 800 mil pessoas em Ruanda, especialmente mulheres e
crianças, na tentativa de inibir a continuação da etnia tutsi.
Assassinatos em massa, estupro e outras muitas violações de direitos
humanos foram cometidos por extremistas hutus ligados de forma direta ou indireta
ao governo. Ao fim da primeira semana de conflito, EUA, França e Bélgica já haviam
fechado suas embaixadas no país.
Apesar de o episódio ter sido posteriormente reconhecido pela comunidade
internacional como o primeiro ato inequívoco de genocídio desde o holocausto, os
acontecimentos em Ruanda eram comumente tratados pela mídia internacional e
pelas grandes potências como meros atos de genocídio, ou como uma guerra civil
decorrente de conflitos étnicos, evitando-se ao máximo o uso da palavra genocídio.
A Convenção da ONU para a prevenção e a repressão do crime de genocídio
dispõe que este resta caracterizado quando atos são praticados com o intuito de
eliminar membros de um grupo específico, no todo ou em parte, tendo esse grupo a
mesma origem nacional, étnica, racial ou religiosa2 .
Estipula a ONU que os Estados signatários da referida Convenção têm o
dever legal de adotar as medidas necessárias para impedir a ocorrência de
genocídio.Assim, a utilização dessa palavra, por ser extremamente forte e
impactante, traz consigo além da obrigação legal, uma obrigação moral dos Estados
de atuar para impedir a continuação do massacre.
Não há dúvidas de que o descaso da comunidade internacional quanto a
Ruanda foi somente mais um exemplo das questões políticas e econômicas que
estão por trás da seletividade da autorização de intervenções humanitárias pelo
Conselho de Segurança da ONU.
A demora da comunidade internacional em responder a um conflito que já
vinha sinalizando sua explosão há anos fez com que uma população fosse
praticamente dizimada.Nas palavras do Secretário Geral da ONU à época Boutros
Ghali, todos devemos reconhecer que falhamos em nossa responsabilidade quanto
a Ruanda e fomos coniventes com a continuação de perdas humanas.
Nossas ações foram inadequadas e deploráveis, demonstrando uma
ausência de vontade política em relação ao incidente (ONU, 1994, S/1994/640).
Infelizmente, a atuação da comunidade internacional para impedir o genocídio em
Ruanda foi ineficaz e tardia.

2. O filme sob o ponto de vista do direito internacional


Quanto ao direito internacional no filme, este se apresenta na forma como a
ONU e os outros países se portam a partir da situação que se alastra em Ruanda.
Durante o filme é apresentado de forma clara como a situação se passou no que se
trata da história que inspirou tal filme. A presença da ONU é abordada apenas como
um “mantedor da paz”, nunca interferindo no conflito e com poucos soldados no
território apenas com o intuito de ajudar as pessoas que precisavam de abrigo
contra os massacres. Quanto aos outros Estados Internacionais, estes não
interferiram no conflito, poucos sabiam do que estava acontecendo no país, ou se
sabiam não se importavam, assim como se refere o jornalista em uma cena ao
afirmar que os outros países até poderiam ver as notícias sobre Ruanda, mas que
apenas se chocariam e voltariam a continuar o seu jantar como se nada estivesse
acontecendo.
Hotel Ruanda apresenta ao telespectador de forma sutil como a mídia lidou
com a situação e como reportou os acontecimentos no período, quase invisível.
Pouco da mídia é retratado no filme, sendo seu aparecimento breve e apenas no
começo do longa-metragem, assim como aconteceu na história do genócidio de
Ruanda. A mídia internacional tratou o episódio como mero massacre tribal, que
aconteciam de forma espontânea, não tratavam o ocorrido como um genócídio. Por
conta disso, apenas três semanas após o início dos eventos que os noticiários
conseguiram de forma clara e completa descrever o que acontecia, demonstrando o
descaso e a indiferença do mundo ocidental quanto se trata de países africanos. O
fracasso das mídias na exposição dos acontecimentos fez com que nenhuma
pressão da opinião pública fosse estabelecida sobre os membros-chave da ONU.
As ações tanto das Organizações, Estados e mídia levanta um ponto
interessante, quando e deve outros Estados interferirem em conflitos de outros
Países?
Sobre este questionamento pode-se levantar dois pontos, o primeiro no que
se refere a intervenção humanitária e a soberania, já o segundo sobre a violação de
direitos fundamentais.
A intervenção humanitária de um Estado é um tema bastante debatido,
principalmente quando pautado no princípio da não intervenção que está
diretamente ligado à soberania estatal.
A soberania do Estado está relacionada à ideia de independência de
determinado Estado, Francisco Rezek a define como a exclusividade e plenitude de
competências que o Estado possui sobre seu território e sobre seu povo. Portanto, o
Estado “não se subordina a qualquer autoridade que lhe seja superior, não
reconhece, em última análise, nenhum poder maior de que dependam a definição e
o exercício, de forma plena e exclusiva, de suas competências” (REZEK, 2011). A
intervenção humanitária se caracteriza como a ameaça ou o uso da força por um
Estado contra outro, para a prevenção ou impedimento de violações graves dos
direitos humanos que não sejam parte de sua nação.
A intervenção humanitária acontece, portanto, quando a partir da destituição
de um Estado por não possuir mais um de seus elementos que o compõe,
deslegitimando seu poder de governo estatal, fazendo com que este perca sua
capacidade habitual de exercício de poder, seguido pela ausência de representantes
válidos e por sua desintegração a partir de uma catástrofe humanitária, todos estes
pontos presentes na história de Ruanda. Esta intervenção somente pode ser feita
por meio de autorização do Conselho de Segurança, que autoriza o uso da força por
razões humanitárias quando há alguma ameaça à paz e à segurança internacional.
No entanto, assim como exposto no filme, o Conselho de Segurança se
mostra ineficaz quanto aos acontecimentos em Ruanda e as violações de direitos
humanos, enviando poucas tropas somente para auxílio de refugiados. Abordando
de forma clara como as intervenções são feitas também a partir de decisões que se
pautam nos interesses alheios, principalmente, de países ocidentais.
É clara a violação de direitos fundamentais presentes no filme, direitos estes
relacionados à liberdade, segurança, integridade física, moral e psíquica. Todos
respautados em Convenções e Pactos que Ruanda ratificou antes de 1994, como o
Pacto de Direitos Civis e Políticos, que abordam a proteção dos direitos humanos,
assim como, a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. Os
direitos humanos asseguram a proteção dos direitos e garantias individuais,
asseguram a proteção de grupos individuais ou coletivos e asseguram a prestação
de condições mínimas de vida à pessoa humana, estes direitos têm por objetivo a
manutenção da segurança, liberdade e a integridade física, psíquica e moral. A
proteção destes direitos é predominantemente associada à ação da Cruz Vermelha,
que é um instituto destinado à proteção de populações de civis e militares que estão
fora de combate, protegendo a vida e a dignidade das vítimas de conflitos armados
e outras situações de violência. A Cruz Vermelha está presente no filme,
representada por Pat Archer, que consegue salvar a vida de crianças órfãs.
Outro ponto de vista é que as intervenções militares podem ser uma porta
para os países mais ricos se aproveitarem de situações calamitosas de outros mais
pobres para adquirir controle sobre a soberania destes países.
Os aspectos políticos e econômicos influenciam diretamente na tomada de
decisões, isso talvez explique o porquê, Ruanda tenha sido deixada de fora da visão
ocidental quanto a intervenção. Esta possui uma pequena extensão territorial e
poucos recursos naturais, sendo sua economia baseada em agricultura de
subsistência feita por trabalhadores locais. Portanto, as decisões tão tardias e
escassas quanto aos acontecimentos podem estar diretamente ligadas ao fato deste
país ser tão pequeno e com pouco a oferecer aos gigantes ocidentais, mas também
ao racismo sistemático presente no mundo, retratado pela ação de retirada de todos
os brancos do país quando o conflito começou a se alastrar.
A resposta às perguntas iniciais é, do um ponto de vista voltado para os
direitos fundamentais, a intervenção humanitária nesta situação é essencial, visto a
crise e o extermínio que acontecia no país, do ponto de vista soberano é discutível,
levando em conta a possível dominação de um país sob o outro. Mas tratando do
caso específico de Ruanda, a intervenção deveria ter sido imediata, levando em
conta a situação dos fatos, no entanto, e infelizmente, não foi isso que ocorreu. A
ineficácia das ações internacionais no episódio de Ruanda tiveram como resultado a
morte de milhares de pessoas, de forma cruel e fria, retratado muito bem no filme,
quando o personagem de Don Cheadle encontra vários corpos de civis espalhados
pelas ruas de Ruanda.
3. Conclusão
Ao final do trabalho pode-se concluir que o filme apresenta um importante
acontecimento na história da humanidade, que trata sobre a dignidade da pessoa
humana e seus direitos fundamentais.
O filme aborda um tema que foi pouco se falado pelas mídias durante o
episódio do acontecimento, o genocídio que ocorreu em Ruanda. Conta esta história
do ponto de vista de Paul Rusesabagina e seus esforços frente aos acontecimentos
de seu país. Terry George consegue produzir um filme com o intuito de ao mesmo
tempo documentar a história daquele povo, mas também de proporcionar ao
espectador uma relação de conexão com os personagens principais, aborda de
primeiro momento a vida cotidiana daquelas famílias e aos poucos vai introduzindo
ao público o massacre que ocorreu naquele país, o espectador ao final do filme se
relaciona com os personagens e por eles se cativa, e junto com eles passa pelas
emoções sofridas por aquelas pessoas, desde a perda dos parentes, ao desespero
de um ataque não previsível, e a felicidade no reencontro de famílias, deixando um
sentimento de esperança.
Quanto ao que se refere ao direito, o filme o aborda, mas não como tema
central. O direito internacional é apresentado em seus vastos tópicos de maneira
sútil, seja pela representação da ONU, da Cruz Vermelha ou pelos países que não
interferem no conflito. Inclusive, causa desconforto o descaso com a situação e
proporciona aquele que assiste um certo desespero a não saber o destino dos
personagens perante ao descaso das nações internacionais.
Por fim, é apresentado no trabalho de forma rápida, questionamentos quanto
à não intervenção de outros países frente à crise que se ocorria em Ruanda,
apontamentos acerca da soberania, e ao princípio da não intervenção e direitos
humanos são feitos. A conclusão que se tem é que, as intervenções internacionais
são feitas baseados sim na proteção dos direitos fundamentais estabelecidos, mas
também a partir de alianças e interesses econômicos e políticos de outros países
mais ricos.

4. Referências:

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