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 Escola Secundária Manuela da Fonseca

 Disciplina: Geografia C

Guião de Exploração – Hotel Ruanda

 Diogo da Silva Marchante – Nº10/12ºE

Santiago do Cacém, maio 2021


1 – O filme decorre no Ruanda, um país da África Central.

2 – Os países que fazem fronteira com o Ruanda são o Uganda, o Burundi, a República
Democrática do Congo e a Tanzânia.

3 – O conflito retratado no filme começou no ano de 1994, sendo que este faz parte de um
conflito bélico ainda maior que foi a Guerra Civil do Ruanda, que ocorreu entre 1990 e 1994

4 – O conflito bélico no Ruanda que é retratado no filme eclodiu devido a diversos motivos,
tais como o facto daquele território ter sido “abandonado” pelo belgas, no âmbito do processo
de descolonização, à mercê de qualquer grupo que pudesse tomar o poder; a existência de
uma antiga rivalidade entre dois grupos étnicos (Hutus e Tutsis) que foi promovida pelos
colonos belgas; a existência de rebeldes da minoria Tutsis que ambicionavam o poder; o
surgimento de um movimento supremacista Hutu, na sequência do aparecimento dos rebeldes
Tutsis, que promovia a violência contra o grupo étnico minoritário, defendendo o seu
extermínio; e também um boato que alegava que os Tutsis estariam a planear o genocídio
Hutu, sendo que isso motivou exatamente o oposto, dando início à fase mais violenta do
conflito.

5 – Étnico

6 – Três sinais de falta de democracia no país eram a existência de uma guerra civil; a ausência
de vários direitos fundamentais dos cidadãos, tais como a segurança e a liberdade; e a
existência de grupos rebeldes armados que promoviam a violência e a morte.

7 – Apesar de perturbados e sensibilizados face ao conflito, os militares da ONU que estavam


presentes naquele país, limitaram-se “apenas” a garantir a segurança dos Ruandeses
refugiados no hotel Mille Collines e a fuga do país dos turistas e cidadãos estrangeiros,
inerentes aquele conflito, que estavam no Ruanda naquela altura. O exército dos “capacetes
azuis” não interviu diretamente no conflito, sendo que a sua ação militar focou-se na proteção
dos civis.

8 – A posição oficial dos militares da ONU face ao conflito deveu-se, sobretudo, à alegada falta
de recursos humanos que não lhes permitia intervir diretamente no conflito por não terem
capacidade para pôr fim a este com os meios de que dispunham. Deste modo, a prioridade
estabelecida pelo corpo militar da ONU presente no terreno foi de garantir o êxodo de todos
os estrangeiros ali presentes, que em nada tinham a ver com o que se estaria ali a passar e,
também, garantir a segurança daqueles que estariam a ser perseguidos e se refugiavam no
Mille Collines.

9 – Face ao conflito, a comunidade internacional, até o tema “correr o mundo”, mostrou-se


bastante relutante em intervir militar e politicamente naquele território pois não teria
interesse em “gastar” os seus meios e recursos num território que não tinha qualquer tipo de
interesse, em nenhum aspeto, para estes países. Sendo algo que foi partilhado com bastante
desagrado pelo Coronel do exército da ONU a Paul Rusesabagina, que revelou o desinteresse e
o desprezo que os “Ocidentais” têm pelos africanos.

10 – A recusa em utilizar o termo “genocídio” para os acontecimentos no Ruanda, por parte


dos ingleses, prende-se com o facto de este ser um termo utilizado para catalogar massacres e
atrocidades extremas, que conferia aos ditos “países desenvolvidos” um dever ou
obrigatoriedade de terem que intervir no conflito, pois assim ficara definido após a Segunda
Guerra Mundial, para além de que a indiferença destes países face a um genocídio seria
sempre um golpe bastante duro nas suas imagens. Assim, face a estes dois fatores, os países
desenvolvidos, tal como a Inglaterra, recusavam o uso do termo “genocídio”, pois procuravam
ao máximo evitar uma intervenção no conflito que existia no Ruanda.

11 – Não, não existiam condições para as ONG ajudarem a população no meio de um conflito
bélico brutal em que a perseguição às pessoas era bastante intensa e constante e onde não
eram garantidas todas as condições de proteção e segurança por parte da ONU, devido à falta
de meios e recursos humanos no local, estando os voluntários também a pôr constantemente
a sua vida em perigo ao ajudarem na fuga dos populares perseguidos. Para além disso, a
relutância da comunidade internacional em demonstrar uma verdadeira preocupação para
com este conflito e disponibilizar ajuda, dificultava ainda mais o trabalho das ONG, como a
Cruz Vermelha, que careciam de uma estrutura de apoio sólida no local, dependendo apenas
da boa vontade dos poucos voluntários presentes.

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