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Nome: Alexandre Silva de Mello Junior

T: 3121

HOLOCAUSTO

O Holocausto não foi um acontecimento casual e repentino. O genocídio dos judeus pela
Europa foi resultado de um longo caminho de perseguição contra essas pessoas e foi
consequência direta do forte antissemitismo que existia em todo o continente. No caso da
Alemanha, o antissemitismo era muito forte desde o século XIX. Primeiramente existem
historiadores que argumentam que genocídios como o Holocausto foram baseados em ações
do neocolonialismo. A crueldade e os assassinatos em massa cometidos contra diferentes
povos na África deram força prática a ideias antissemitas. Os alemães, inclusive, foram os
responsáveis pelo genocídio do povo hererós, que habitava a região da atual Namíbia. No caso
dos judeus na Alemanha, o primeiro momento de todo esse processo de extermínio deu-se por
meio do discurso de ódio. A retórica contra eles fortaleceu-se no pós-Primeira Guerra e
transformou-os em bode expiatório da derrota alemã. Todo tipo de teoria conspiratória passou
a ser destilado contra os judeus, e quando os nazistas alcançaram o poder, o discurso virou
ação. Assim os judeus foram expulsos do serviço público, depois tiveram suas lojas boicotadas
e atacadas. A perseguição nas ruas aumentou consideravelmente, e os casos de violência física
começaram a acontecer. Depois eles foram proibidos de casar-se com não judeus, pedidos de
cidadania para judeus estrangeiros foram negados, e os judeus alemães tiveram sua cidadania
retirada. Os judeus foram privados de liberdade e de todos os direitos enquanto cidadãos.
Quando a guerra começou, os nazistas intensificaram o roubo de seus bens e começaram a
agrupá-los em guetos, em algumas partes da Europa. Do alto comando do Partido Nazista veio
a ordem de extermínio, e daí vieram todos os horrores do Holocausto. Dois momentos
marcantes no antissemitismo na Alemanha deram-se com as Leis de Nuremberg e a Noite dos
Cristais. Ambas serviram como termômetros importantes do grau de ódio e preconceito contra
os judeus e delimitaram o avanço sistemático contra eles na Alemanha.
Antissemitismo na Alemanha

• Leis de Nuremberg

As Leis de Nuremberg, com características antissemitas, foram aprovadas em 1935. A Lei de


Proteção do Sangue e da, por exemplo, proibia os judeus de casarem-se ou manterem relações
sexuais com não judeus. Além disso, proibia os judeus de usarem as cores do Reich (vermelho,
preto e branco) bem como ter empregada doméstica com menos de 45 anos de idade. Era uma
forma de os nazistas manterem a “pureza” da raça ariana.
Outra lei era a da Cidadania do Reich, que excluía qualquer direito aos judeus. Quem tivesse
¾ de sangue judeu ou praticasse o judaísmo não teria direito à cidadania. Aos judeus caberia
apenas o cumprimento severo das suas obrigações, e eles estavam excluídos de qualquer
direito.
• Noite dos Cristais

Um estudante judeu de 17 anos assassinou o diplomata alemão Ernst Vom Rath na embaixada
da Alemanha, em Paris, em 1938. O ato foi uma resposta à expulsão dos seus pais da
Alemanha. Hitler ordenou que ações violentas fossem feitas contra judeus como forma de
punição ao ato ocorrido em Paris contra o diplomata. Na noite do dia 9 de novembro do mesmo
ano, começaram os ataques contra os comércios judeus. Era a Noite dos Cristais. O nome deu-
se por causa dos vidros quebrados das lojas durante as ações de repressão por parte do governo
nazista.
A Noite dos Cristais é chamada também de pogrom — ataque violento contra um grupo
específico. Além da destruição das lojas, vários judeus foram presos nessa ação e levados para
campos de concentração. Saiba mais informações sobre esse episódio lendo o texto: Noite dos
Cristais.
Solução Final

Em 1939, a Alemanha invadiu a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. O conflito
fez com que os nazistas pensassem em uma solução para a “questão judaica”, ou seja, de que
forma eliminar os judeus da Europa já que os campos de concentração não estavam prontos
quando a guerra começou. Os judeus foram agrupados em guetos e neles aguardavam qual
destino seguir: campos de concentração ou de extermínio.
Nos guetos, os judeus sofreram com a discriminação, mas também com a falta de condições
básicas de sobrevivência. Muitos perderam a vida por causa de doenças ou foram para os
campos de concentração enfraquecidos. O mais famoso foi o Gueto de Varsóvia, localizado
na Polônia e organizado logo após a invasão nazista. Os judeus desse gueto tentaram rebelar-
se contra os nazistas, mas foram derrotados. Leia mais detalhes sobre essa decisão dos nazistas
em: Solução Final: o plano de extermínio dos judeus.

Grupos de extermínio

Os grupos de extermínio foram criados para exterminar os judeus. Integrantes desses grupos
pretendiam matá-los para promover a “limpeza” dos alemães. Os judeus eram fuzilados e
enterrados em valas ou também usados como cobaias para experimentos feitos por médicos
nazistas. A matança de judeus foi tanta que os próprios fuziladores tiveram problemas
psicológicos por causa dos assassinatos em massa.
Campos de concentração
Os campos de concentração são os maiores exemplos do Holocausto. Milhões de judeus foram
encaminhados para esses locais, onde eram forçados a trabalhos desumanos ou encaminhados
diretamente para a câmara de gás. Auschwitz, na Polônia, é o campo mais lembrado. Viktor
Frankl, psiquiatra judeu e sobrevivente de um campo de concentração, relata em seu livro, Em
busca de sentido, o sentimento daqueles que desembarcavam dos lotados vagões de trem em um
desses campos.

Logo após a derrota nazista na guerra, os soldados aliados obrigaram os alemães que moravam
perto dos campos de concentração a entrarem e verem o que o os nazistas fizeram contra os
judeus. Cineastas foram chamados para gravarem imagens nos campos de concentração a fim de
registrar o crime contra a humanidade praticado por Hitler e obter provas para o julgamento
do alto-comando alemão que aconteceria, anos depois, em Nuremberg.
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