Alemanha em 1933, aquele país iniciou a institucionalização de uma ideologia mortífera. • Se por um lado a repulsa aos judeus e outras categorias já existia na Europa há séculos, seria inédita a postura assumida pelo governo para lidar com essa situação. •Sustentados por um pensamento pseudo- científico conhecido como darwinismo social, os nazistas perseguiram e executaram milhões de civis em um episódio que ficou conhecido como Holocausto. 1 - O Holocausto era sustentado por uma pseudo-ciência Uma pseudo-ciência que chegou a ser lecionada em universidades está diretamente ligada às práticas desumanas aplicadas durante o Holocausto: a Eugenia. Seu principal objetivo era desenvolver maneiras de manipular e otimizar a evolução humana de acordo com os princípios darwinistas aplicados à humanidade (darwinismo social). Na prática se tornou terreno para legitimar o racismo e defender práticas extremamente polêmicas, como a esterilização e extermínio de grupos genéticos inteiros. Por questões que envolvem ética e a prova da inexistência de diferentes raças humanas, a eugenia já não é mais considerada uma ciência, entretanto ainda nos dias de hoje é possível observar a aplicação e defesa de seus princípios principalmente em países europeus. 2 - O Holocausto começou antes da Segunda Guerra Mundial Desde o começo da década de 1930, quando os nazistas chegaram ao poder, começaram a surgir diversas leis de cunho racista que visavam limitar os direitos dos judeus, as novas regras proibiam desde a realização de casamentos entre judeus e arianos até mesmo a frequentar locais públicos (inclusive hospitais). Pode parecer estranho imaginar que a comunidade internacional conviveu com isso por anos, mas esta é a realidade. Enquanto os judeus mais ricos simplesmente fugiram para outros países, os mais pobres ficaram até o cerco se fechar. Sinagoga completamente destruída durante a Noite dos Cristais (Kristallnacht), Dortmund, Alemanha, 1938. A Noite dos Cristais foi uma onda de violência antissemita ocorrida após o assassinato de um embaixador alemão por um judeu na França. Praticamente sem qualquer interferência da polícia ou corpo de bombeiros, cidadãos alemães enfurecidos destruíram templos e saquearam lojas em um episódio que resultou na morte de dezenas de judeus em toda a Alemanha. O nome Noite dos Cristais faz referência ao grande número de vidraças (das lojas judaicas) quebradas pela população naquela madrugada. 3 - O Holocausto não se resumiu aos judeus Não há dúvidas que o povo mais perseguido pela Alemanha Nazista foi o judeu, mas não foram somente eles que sofreram perseguições, prisões e execuções sumárias. Entre os indesejáveis do Terceiro Reich também figuravam outros grupos étnicos não-arianos, como os ciganos e eslavos. Outras categorias como aleijados, homossexuais e inimigos políticos (comunistas, anarquistas, testemunhas de jeová, etc...) também acabaram em campos de concentração. Crianças ciganas em estágio avançado de desnutrição. Elas foram usadas como cobaias em experimentos médicos em Auschwitz, Polônia, 1943. 4 - Muitos prisioneiros foram usados como cobaias para experimentos médicos O uso de cobaias humanas hoje em dia é algo extremamente delicado e sua discussão sobre questões éticas acaba impondo limites às realizações de determinados testes. No contexto do holocausto alguns médicos nazistas realizaram experiências mortíferas que envolviam homens, mulheres e até mesmo bebês. O principal responsável por essas experiências foi Josef Mengele, conhecido como O Anjo da Morte, médico chefe do temido campo de extermínio Auschwitz-Birkenau. Fontes indicam o uso de milhares de prisioneiros em experiências quase sempre fatais, e quando a vítima sobrevivia, era executada para uma análise de seu cadáver. Entre as experiências realizadas podemos citar: exposição à radiação, congelamento, consumo exclusivo de água do mar e até mesmo dissecação de vivos para observar a evolução de doenças e infecções. 5 - A política de perseguição evoluiu gradualmente para um sistema de extermínio em proporções industriais Como já foi dito anteriormente, a perseguição começou de fato com a imposição de leis limitadoras cada vez mais incômodas. Os judeus foram afastados de todos os cargos públicos, suas crianças foram expulsas das escolas e se criaram instituições para expulsá-los do território alemão. Com o início da Segunda Guerra os cuidados para maquiar o anti- semitismo para a comunidade internacional cessaram, judeus agora eram obrigados a andar com uma estrela de identificação, gradualmente foram forçados a habitar regiões segregadas (os chamados guetos) onde faltava tudo, desde moradias suficientes até alimentação e ofertas de trabalho. Quando o conflito mostrou maiores dificuldades para a vitória nazista, entrava em cena a chamada Solução Final: prisioneiros eram levados para campos de extermínio, verdadeiras "fábricas de morte" movidas a envenenamento com um gás pesticida chamado Zyklon B. Trem lotado de judeus a caminho de Auschwitz, 1942. As paredes arranhadas transmitem o desespero de dentro de uma câmara de gás de Auschwitz. 6 - A propaganda sobre o Holocausto foi muito explorada na Segunda Guerra Mundial Ao longo do conflito os rumores sobre o que os nazistas faziam com seus inimigos foram explorados ao máximo. Por anos essas informações eram vistas com muita desconfiança. Do lado nazista a mensagem que se passava era que os prisioneiros estavam em lugares agradáveis e o ódio antissemita só aumentava uma vez que a evolução da guerra deixou claro que a derrota seria inevitável. Do lado dos aliados se explorou o Holocausto como forma de convocar países em um esforço contra as atrocidades do eixo. O excesso de simbolismo usado pelo Terceiro Reich facilitava a propaganda: imensas bandeiras, suásticas, runas e a liderança caricata de Adolf Hitler despertavam emoções intensas que variavam entre amor e ódio. 7 - Apesar das denúncias e forte propaganda, a libertação dos prisioneiros não era prioridade dos Aliados Uma contradição amarga a ser lembrada é que os Aliados não direcionaram o esforço de guerra para a liberação dos judeus. Ao invés disso, se observou uma corrida pela aniquilação do Estado Nazista. Isso remete às divergências nos interesses políticos das duas partes que formaram as Potências Aliadas, o único elemento que ligava a União Soviética ao ocidente era o inimigo em comum (Hitler), no mais, eles eram adversários. Sendo o rápido avanço soviético no front oriental uma forte ameaça da dominação comunista no continente europeu. Judeu encarregado de distribuir braçadeiras com a Estrela de Davi. A lei nazista exigia que o judeu se identificasse com esse símbolo. 8 - Nem todos os aliados de Hitler colaboraram com o Holocausto Entre civis, diplomatas e até mesmo governantes, vale lembrar que nem todos aqueles que estavam alinhados com os interesses do Eixo ofereceram cumplicidade no Holocausto. Diferentemente de países como a Itália Fascista e a França Colaboracionista, que aplicaram leis antissemitas e deportaram seus cidadãos para campos de extermínio, houve casos de gente que ofereceu resistência e até se arriscou para salvar alguns judeus. A título de exemplo, diplomatas de diversos países como Portugal e Espanha abrigaram judeus e outras minorias em suas embaixadas. No caso da Espanha foi notável a maior resistência em entregar judeus, mas descobertas recentes evidenciaram que o ditador fascista Francisco Franco (ao contrário do que ele disse à comunidade internacional) entregou cerca de 6 mil judeus para Hitler. 99- -AApopulação populaçãoalemã alemãem emgeral geralnão nãosabia sabiaexatamente exatamenteooque que sesepassava passavanosnoscampos camposde deconcentração concentração AA demonização demonização da da ideologia ideologia nazista nazista éé um um tematema extremamente extremamente delicado delicado quando quando lembramos lembramos que que Hitler Hitler chegou chegouao aopoder poderde deforma formademocrática democráticaeeboa boaparte parteda da população população da da Alemanha Alemanha aprovava aprovava calorosamente calorosamente oo regime. regime. De Defato fatoooracismo racismoeraeraalgo algopresente presentenaquela naquelanação, nação,masmas isso isso não não significa significa muita muita coisa: coisa: sese você você observar observar com com cautela cautela osos principais principais jornais jornais circulantes circulantes na na Inglaterra Inglaterra ee Estados Estados Unidos Unidos naquele naquele período, período, vai vai perceber perceber que que oo racismo racismo ee aa segregação segregação também também existia existia nesses nesses países. países. Apesar Apesarde dehaver havercasos casosde deviolência violênciaexplícita explícitacontra contrajudeus judeus por porparte partededecivis civisalemães, alemães,asasatrocidades atrocidadescometidas cometidasnos nos campos campos de de concentração concentração eram eram mantidas mantidas em em sigilo sigilo pelo pelo alto comando nazista. Jovem alemã se assusta ao ver os corpos exumados das vítimas do Holocausto. Os Aliados chegaram a desenterrar centenas de cadáveres para obrigar a população a encará-los em troca de comida, Namering, Alemanha, Maio de 1945. •Entendida a posição Aliada, deve-se observar com atenção a postura dos chamados revisionistas. •Entre estudiosos e completos leigos, eles utilizam fontes duvidosas para questionar uma das atrocidades mais bem documentadas da história. •Eles são impulsionados por pensamentos simpáticos ao nazismo ou ódio religioso relacionado aos conflitos com a formação do Estado de Israel e a população palestina. •O xiita Mahmoud Ahmadinejad, ex-presidente do Irã, em uma declaração pública chamou o Holocausto de "mito", posicionamento comum entre os islâmicos mais radicais. •A revisão da história, quando feita com seriedade, é um papel muito importante para desconstruir certas ilusões. Prisioneiros do campo de concentração de Buchenwald, Março de 1945. Um álbum de fotos adquirido por um colecionador em um antiquário na Polônia mostrou ter uma origem cruel. O comprador notou que sua capa cheirava mal, além de conter uma tatuagem e cabelo humano. Então resolveu doar o objeto ao Museu de Auschwitz-Birkenau , que comprovou sua natureza macabra: análises apontam que a capa foi confeccionada com pele humana. FILMES SOBRE O HOLOCAUSTO EREM SILVA JARDIM HISTÓRIA – 3ºS ANOS III UNIDADE HOLOCAUSTO
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