2022)
Discente: Anna Victória Souto Lessa
Desse modo, para que o processo histórico possa ser compreendido, o historiador
marxista coloca em segundo plano o conceito de consciência e prioriza a concepção
de produção, que concebe a hipótese materialista do ser social. Pois, segundo o
teórico, não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, o contrário,
é o ser social que determina sua consciência. É então o modo de produção que
condiciona a vida social e política das sociedades.
O lugar do sujeito nessa teoria diz respeito ao conjunto de suas relações sociais,
visto que a essência humana não é uma concepção inerente ao indivíduo isolado.
Antes, é um produto dos contextos histórico-sociais no qual os indivíduos estão
inseridos, perdendo assim qualquer caráter de imutabilidade. O Materialismo
Histórico defende a tese de que a elaboração do pensamento está intrincado ao
intercâmbio material estabelecido entre os indivíduos, apesar de também
reconhecer uma certa autonomia do desenvolvimento do conhecimento. Desse
modo, “A consciência é, portanto, de início, um produto social e o será enquanto
existirem homens”, ou seja, a consciência é primordial para a organização social e,
portanto, toda controvérsia que se desenrola em meio a luta de classes passa pelo
desenvolvimento da consciência.
Referências
Paulo, 1996.