Você está na página 1de 35

“A brutalidade inspira respeito.

As massas têm necessidade de quem lhes incuta


temor, que as converta numa mole temerosa e submissa. Não quero que os campos
de concentração se transformem em pensões familiares. O terror é o mais eficaz
dos instrumentos políticos… Os descontentes e os insubmissos, quando souberem o
que os espera nos campos de concentração, pensarão duas vezes antes de nos
desafiarem. Agrediremos os nossos adversários com uma feroz brutalidade, não
hesitando em vergá-los ao interesse da nação”.

Adolf Hitler, discurso em Março de 1933 aquando da inauguração dos dois primeiros campos de concentração –
Oranienburg e Dachau.
O nazismo, em nome da pureza da raça ariana, iniciou uma campanha de eliminação
em massa dos seus “inimigos”: opositores políticos, seguidores de seitas religiosas,
doentes mentais, sem-abrigo, pequenos criminosos, alcoólicos, ciganos e judeus.
Em consequência deste programa de “limpeza étnica”, 10 milhões de pessoas
foram exterminadas, especialmente nos campos de concentração nazis entre 1942
e 1945. Estima-se que o número de judeus mortos se tenha aproximado dos seis
milhões, enquanto os outros quatro milhões se repartem por todos os países
ocupados, por indivíduos de todos os credos, raças, níveis sociais e etnias. Em
suma, no seu passeio pela Europa os nazis deixaram atrás de si uma marca
indelével de terror.
Embora tivessem sido utilizados os mais diversos métodos de execução, o sistema
desenvolveu uma tecnologia própria para concretizar a “solução final para o
problema judaico”: a morte em câmaras de gás com capacidade para eliminar
centenas de vítimas de uma só vez, seguida de cremação em fornos especialmente
concebidos para a destruição de cadáveres em massa (no campo de concentração
de Auschwitz, por exemplo, o número diário de mortos parece ter sido superior a
20 mil).
As inscrições significam «O TRABALHO LIBERTA», o que não deixa de ser verdade: as pessoas
efectivamente morriam de excesso de trabalho e nessa perspectiva libertavam-se do sofrimento
imposto, em forma de fumo, uma vez cremadas.
O início do pesadelo: a perseguição e a deportação forçada.
Enquanto milhares de prisioneiros foram imediatamente
executados por pelotões de fuzilamento…
…milhões de outros, foram enviados para os campos de extermínio, onde os esperou uma curta
existência de sofrimento e trabalho forçado até à morte.
Estação de Auschwitz: os que sobreviviam à viagem de comboio eram inspeccionados por médicos.
Os que eram considerados aptos eram postos a trabalhar...
…os outros, os que não podiam servir a “máquina nazi”...
...eram condenados às câmaras de gás, sem distinção de sexo ou idade.
Depois de assassinados os seus corpos eram levados, por outros prisioneiros, para...
…grandes fornos crematórios, na tentativa de “destruir as provas”.
Para além da tortura, das agressões, do trabalho forçado e da fome, muitos prisioneiros foram obrigados a
submeter-se a experiências médicas...
…como, por exemplo, queimaduras, injecção de vírus, esterilização, cirurgias sem anestesia…
Quando as tropas aliadas começaram a descobrir os campos de concentração ficaram chocados
com a macabra realidade encontrada...
…e com os relatos daqueles que conseguiram sobreviver à barbárie nazi.
Mapa do terror que mostra os principais campos de concentração nazis – os Lager -espalhados
pela Europa.
Apesar de alguns fanáticos racistas e anti-semitas, infelizmente talvez demasiados
nos tempos que correm, continuarem a defender que todo o holocausto não passou
de uma enorme mentira fabricada pelos Aliados, após a 2ª Guerra Mundial, esta é a
triste história da real barbárie nazi, bem visível pelo rasto de dor e morte que
deixou por quase toda a Europa na demente tentativa de extermínio em massa dos
seus opositores e de genocídio do povo judeu.
No entanto, a responsabilidade por esta monstruosidade não deve ser atribuída à
totalidade do povo alemão que, na sua maioria, desconhecia o que se passava nos
campos de morte, mas que nada podia fazer para contrariar o maior crime colectivo
da História.
FIM

Rui Manuel da Costa Neto

Você também pode gostar