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HOLOCAUSTO
Sacrifício por queima. Esse era o significado da
palavra Holocausto, usada por hebreus
(posteriormente judeus) que designava sacrifício
por expiação, perdão de pecados. Mas o
holocausto alemão começou bem antes dos
infelizes edifícios de pedra. A morte da liberdade
judia começou assim que Hitler destinou todo o
ódio e culpa da quebrada Alemanha aos judeus,
comunistas e ciganos. Enfim, todo aquele que não
fosse da raça ariana. O holocausto começo na lei
de Nuremberg, quando proibia relações entre
judeus e “puros”. Começou com a lei de Reich,
quando revogou a cidadania de judeus, quando
eliminou crianças do sistema educativo, quando
impediu médicos, juízes, professores e
advogados de exercerem sua função. O
holocausto começou com uma simples estrela de
seis pontas no peito. Essa simples estrela dizia
que eram seres sem direito, sem pátria, sem
presente, nem futuro.
Ao invadir a Polônia, os alemães descobriram uma
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comunidade de 3,5 milhões de judeus,


correspondente a 10% da população. Decididos a
acabar com o problema, inicia-se o ensaio do
holocausto, quando regiões do interior são
cercadas e nomeadas de Gueto, onde
permaneciam os judeus concentrados em um
único lugar, para facilitar o controle da população.
Ali, eram submetidos a trabalhos forçados, sem
higiene, sem alimento, em meio a doenças, em
meio ao frio. Entretanto, estes, ainda que
recebessem pouca alimentação, eram muitos, e
logo se tornaram um problema ainda maior para os
alemães, já que para mantê-los era gasto um
dinheiro que a Alemanha ainda não obtinha. A
medida que os Nazis avançavam, a população
judia se tornou ainda maior. E foi numa
conferência nazista que surgiu a solução, que foi
nomeada justamente de solução final: Reinhard
Hedrick sugeriu que os judeus fossem
exterminados no que hoje conhecemos por
campos de concentração. Antes mesmo de iniciar
a supressão, já existiam grupos de Nazis
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fanáticos pelo movimento. Estes eram chamados


Einsatzgruppen, e realizavam “limpezas”, que
separavam e assassinavam qualquer um que se
opunha às leis do Führer. Nas mãos do grupo,
escorria o sangue de mais de 2 milhões de judeus.
Assim prosseguiu as deportações e extermínios
por meio do “esquadrão da morte”, uma forma do
Einsatzgruppen. Essas deportações reuniam os
judeus espalhados em guetos, e os levava
principalmente para os campos de Belzec,
Sobibor, Treblinka e Auschwitz Birkenau, o maior
deles. E assim, mesmo que não soubessem, era
dado o sepultamento de muitos dali: os agora
prisioneiros, eram colocados em vagões que se
carregava gado, eram transportados em pé, com
dois baldes: um para suas necessidades
fisiológicas, e outro com água, mantimento esse
que durava horas, para uma viagem que duraria
dias.
Ao chegarem, alguns considerados inaptos ao
trabalho, eram exterminados ali mesmo: bebês,
crianças, mulheres, deficientes e idosos. Todos
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fracos e ineficientes para trabalhar. Os que


restavam eram divididos entre homens e
mulheres, obrigados a raspar sua cabeça,
despir-se em meio a centenas — milhares de
desconhecidos, e sobre seu pulso, carregaria
para sempre a marca de sua dor: um número de
identificação feito por uma espécie de carimbo
que rasgava a pele, e tinta era esfregada nas
feridas. Recebiam um fino pijama listrado, incapaz
de prover abrigo contra o frio, incapaz de prover
proteção contra os chutes, socos e balas vindas
das impiedosas armas nazistas.
Nos campos de trabalho, eram obrigados a fazer
toda categoria de trabalho braçal, como no de
Mauthausen, por exemplo, onde carregavam
pedras pesadas escadas à cima, literalmente até
a morte. Alguns trabalhavam em minas de carvão,
em que cerca de 3 mil homens recebiam uma
"vitamina química" para limpar os pulmões. Só
assim sobreviveriam para trabalhar no dia
seguinte. Outros trabalhariam nas lavouras, e
outros ainda, na produção de borracha sintética.
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Recebendo raramente uma sopa rala de repolho


por dia, dificilmente um ser humano sobreviveria
ao ‘show de horrores', e se não morresse de
inanição, morreria fuzilado ou nas tenebrosas
câmaras de gás, onde diariamente 6000 judeus
eram despidos, enfiados para o que diziam ser um
banho — o último banho daqueles pobres homens
— que encurralados como ratos em ratoeiras,
aspiravam sem nem mesmo saber, o mortal
Zyklon B, que levava 4 ou 5 minutos para matar
qualquer um que inalasse-o. A seguir, sem o
mínimo de dignidade, estes corpos eram
arrastados até os crematórios, onde seriam
queimados e a gordura misturada a soda cáustica
para virar sabão, e a fumaça, subiria negra pelas
chaminés, exaurindo um fétido odor, que uma vez
havia sido parentes, amigos e povo daqueles que
respiravam o ar. Por fim, devido a abundante
quantidade de mortos, os crematórios também
ficaram cheios, e assim, mais corpos foram
queimados, dessa vez, em pleno céu aberto, o
agora triste céu polonês.
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27 de janeiro de 1945. Este foi o dia mais feliz de


ao menos 7,500 judeus, quando o exército
vermelho chegou em Auschwitz. Infelizmente,
chegou tarde para os outros 60.000, obrigados a
marchar a "marcha da morte", rumo a outros
campos, como o de Bergen Belsen. Na
Caminhada, 15.000 morreram de exaustão ou a
tiros, por não conseguir acompanhar o ritmo dos
saudáveis soldados. Muitos no caminho do caos
alemão, foram metralhados, e no desespero da
raça pura, os oficiais queimaram, exterminaram,
assassinaram e explodiram toda e qualquer prova
— seja objeto ou ser humano — de seus terríveis
feitos, deixando um povo inteiro que antes não
tinha futuro nem presente, agora não tinha
também, um passado.
Milhares de judeus, ainda que libertos, morreram
por surtos de febre tifoide, corpos desnutridos
demais para serem nutridos, feridas abertas de
mais para serem saradas. Em 2 de setembro de
1945, 6 anos e 1 dia após começar, termina a 2°
Grande Guerra, e acaba com os holocaustos
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alemães, no maior crime contra a humanidade já


visto na história.
“Apesar de tudo eu ainda creio na bondade
humana.”-Anne Frank.

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