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ROTEIRO: A PAIXÃO DE CRISTO

CENA 1: A CONSPIRAÇÃO
(Recinto onde estão reunidos os sacerdotes de pé em volta de uma mesa)
NARRADOR: Aproximava-se a festa dos Pães Ázimos, também chamada
Páscoa. E o principal sacerdote planejava como mataria Jesus, o homem a
quem chamavam de O Nazareno, que difundiam ideias perigosas entro o
povo e conquistava muitos seguidores. Por isso, temiam que ele pudesse
dar origem a uma revolta entre os judeus, por suas ideias. O diabo já havia
levado Judas a entregá-lo, Judas, de sobrenome Iscariotes, era um dos
doze discípulos de Jesus. E foi Judas ter com o sacerdote o plano de como
entregaria Jesus.
JUDAS (JHEAN): Aquele a quem eu beijar a face será o homem que
procuram.
SACERDOTE (DANIEL): Serás recompensado por isso. Trinta moedas
seriam o suficiente?
JUDAS (JHEAN): Sem dúvida.
NARRADOR: O sacerdote entrega a bolsa com moedas a Judas e ele se
retira, cabisbaixo e confuso.

Tempo de 3 minutos para a próxima cena

CENA 2: A ÚLTIMA CEIA


NARRADOR: A Páscoa havia chegado e Jesus, já sabendo de seu doloroso
destino de ser entregue aos judeus, cearia com seus discípulos pela última
vez.
JESUS (CAIO): Desejei muito cear com vocês está páscoa, antes que
padeça. Porque está ceia eu não comerei, até que ela se cumpra no Reino
de Céus. (PAUSA). Porém, um de vocês haverá de me trair.
(Todos se olham e perguntam entre si quem é.)
DISCIPULO 1(GABRIEL): Serei eu, Senhor?
DISCIPULO 2(CAUAN): Ou eu, Senhor?
JESUS (CAIO): Será aquele que põe a mão no mesmo prato que eu.
(Nesse momento Jesus e Judas levam suas mãos no mesmo prato.)
JUDAS (JHEAN): Serei eu, Mestre?
JESUS (CAIO): Tu é que estás dizendo. Pois faça o que tiver de fazer.

Tempo de 30 segundos

(Judas se retira rapidamente, envergonhado e triste. Depois disso, Jesus


ergue o pão, ora, reparte e o distribui metade para cada lado.)
JESUS (CAIO): Comam, comam todos. Pois este é o meu corpo que será
entregue por vós.

Tempo de 15 segundos

(Depois ele pega o cálice, novamente o ergue, ora e entrega aos discípulos
que bebem.)
JESUS (CAIO): Este vinho que bebem é o meu sangue, que por todos será
derramado pela nova e definitiva aliança, para que assim, sejam todos
redimidos dos seus pecados. (PAUSA) façam isso sempre, para que se
lembrem de mim.

Tempo de 15 segundos

NARRADOR: Jesus conversa com seus discípulos mais um pouco e logo em


seguida partem em direção ao monte das oliveiras.

Tempo de 3 minutos
CENA 3: NO HORTO DAS OLIVEIRAS
NARRADOR: Durante a caminhada jesus tem uma conversa com seus
discípulos.
JESUS (CAIO): Esta noite, todos vocês me deixarão quando eu for
aprisionado. Assim será, pois está escrito: “ferirei o pastor e as ovelhas se
dispersarão.
PEDRO (JOÃO PAULO): Eu não Mestre. Estarei pronto para te acompanhar
até a morte, se necessário!
JESUS (CAIO): Entendi. Pedro, que queres me seguir. Porém antes mesmo
que o gale cante, me negarás... três vezes.
PEDRO (JOÃO PAULO): Nunca! Irei contigo até o fim!
NARRADOR: Tendo chegado a um lugar chamado Guetisêmani, Jesus
pediu a seus discípulos que se sentassem e o esperassem enquanto ele ia
orar. Também pediu a Pedro, Tiago e João que o acompanhassem.

Tempo de 20 segundos

JESUS (CAIO): Minha alma está dolorida e triste. Fiquem aqui e vigiem.
(Os três discípulos ficam parados observando Jesus.) Tempo de 30
segundos.
JESUS (CAIO): Pai, sei que para ti todas as coisas são possíveis... Pois afasta
de mim esse cálice! Porém, que sua vontade prevaleça e não a minha.
NARRADOR: Uma forte luz recai sobre Jesus e um anjo para a seu lado e
coloca sobre seus ombros sua mão para trazer-lhe paz.
(Nesse momento um anjo aparece e toca a música Angustia suprema.)
NARRADOR: O anjo se afasta de Jesus e este ao retornar para juntos de
seus discípulos os encontram dormindo.

Tempo de 40 segundos
JESUS (CAIO): Acordem. Não conseguem vigiar nem por uma hora? Agora
levantem, pois é chegada a hora em que serei entregue.
NARRADOR: Os discípulos então se levantam assustados e ao longe se
nota a silhueta de Judas acompanhado dos soldados e de outras pessoas.
Judas vinha a frente de todos e logo atrás haviam soltados portando
tochas e lanças.

Tempo de 2 minutos

NARRADOR: Ao se encontrar com jesus, Judas o cumprimenta.


JUDAS (JHEAN): Mestre! (E lhe dá um beijo no rosto.)
JESUS (CAIO): Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?

Tempo de 30 segundos

(Os soldados avançam para cima de Jesus, mas Pedro puxa sua espada e
corta a orelha de um dos soldados que ajoelha gritando.)
JESUS (CAIO): Pedro, guarde sua espada! Não vês que beberei agora o
cálice que meu Pai me deu?
NARRADOR: Jesus se aproxima do soldado o c ura tocando sua orelha.
Logo após, os soldados amarram Jesus e o leva até Anás.

Tempo de 4 minutos

CENA 4: ANTE ANÁS


(Jesus é levado até o sumo sacerdote, acompanhado de seus acusadores e
Pedro os seguiam a distância. Chegaram então ao local onde já eram
esperados.
NARRADOR: jesus, então é levado primeiro até Anás que era sogro de
Caifás, que naquela época era sumo sacerdote. Levaram várias acusações
contra Jesus, mas a maioria eram infundadas. Porém, precisavam de
acusações fortes, que o levassem a morte, escolheram as mais coerentes
para apresentar.
ANÁS (SAYMON): Então tu és o que dizem espalhar doutrinas e
conquistar seguidores? Que andas a pregar?
JESUS (CAIO): Eu ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos puderam
me ouvir. Para que perguntas a mim? Basta que perguntes aos que já me
ouviram e eles darão testemunho.
SOLDADO (NICOLAS): É assim que respondes ao sumo sacerdote?
(O soldado bate na cara e jesus)
JESUS (CAIO): Se falei mal, diga-me onde falei mal, mas se falei bem, por
que me feres?
NARRADOR: Sem ter mais o que perguntar, Anás encaminha Jesus a
Caifás, seu genro, que era o sumo sacerdote mandatário. Seus delatores
ainda queriam relatar todas as acusações que haviam elaborado contra
Jesus.

Tempo de 1 minutos

CENA 5: A NEGAÇÃO DE PEDRO


NARRADOR: Perto da casa do Sumo Sacerdote algumas pessoas
reconhecem Pedro.
SERVO 1(GIOVANA): Não é você um dos discípulos de Jesus?
PEDRO (JOÃO PAULO): Não, nem sequer o conheço.
SERVO 2 (NINA): Eu o vi no Horto. Ele está com Jesus! Feriu meu primo
Malco!
PEDRO (JOÃO PAULO): Engana-se! Jamais estive com aquele homem.
SERVO 1 (GIOVANA): Sem dúvida estava com ele. Vejam como ele fala. É
galileu.
PEDRO (JOÃO PAULO): Mulher, não sei do que estás falando!

(Ouve-se então de longe o canto de um galo. Pedro se retira cobrindo o


rosto e chorando.)

Tempo de 2 minutos

CENA 6: A ACUSAÇÃO
(Jesus chega à casa de Caifás com os soldados e os acusadores, onde o
apresentam para o interrogatório.)
NARRADOR: jesus e a comitiva de acusadores se apresentam a Caifás, o
sumo sacerdote, que controlava o templo e as ações de todos os que
vivam sob seu domínio.
CAIFÁS (?): Digam-me, para que trouxeram este homem até aqui?
ACUSADOR 1 (NINA): Ele diz que vai derrubar o templo e o reconstruirá
em três dias. Além de outras blasfêmias, também diz ser o filho de deus.
(PAUSA)
CAIFÁS (?): Nada respondes? De que te acusam? (Pausa) pois então me
responda: Tu és ou não o Filho de Deus?
JESUS (CAIO): (olhando nos olhos de Caifás) Eu sou. E verás ainda o filho
do Homem assentado à sua direita, e vindo sobre as nuvens dos céus.
(Caifás se levanta irritado e rasga as vestes de Jesus e uma agitação
começa entre os acusadores.)
CAIFÁS (?): Pois bem, ouçam o que ele diz! Não precisamos mais de
testemunhas. Que parece isso a vocês?
(Novamente um tumulto começa e todos saem de cena.)

Tempo de 2 minutos
CENA 7: NA PRESENÇA DE PILATOS
(Todos agora estão no palácio do Governador Pilatos, Jesus chega
amarrado e sendo maltratado pelos soldados.)

NARRADOR: Pôncio Pilatos, era o governador da Judéia e representante


de Roma. Neste período, toda a Judéia era província romana e o
governador estava à frente de todas as decisões, econômicas e judaicas.
Por isso acharam por bem levar Jesus a Pilatos, já que apenas roma
poderia condenar alguém à morte. E eles queriam isso para Jesus, a
qualquer preço.
(Os soldados, delatores e jesus aguardam no palácio, enquanto Pilatos
entra Juntamente com sua esposa.)
PILATOS (MAURICIO): Que acusações me trazem deste homem?
ACUSADOR 2(GIOVANA): Achamos ele difamando nossa nação, dizendo
que não devemos pagar tributos a Cézar e dizendo-se, ele mesmo, o Cristo
Rei.
PILATOS (MAURICIO): Tu és o rei dos Judeus?
JESUS (CAIO): Tu estás dizendo.
PILATOS (MAURICIO): isso me preocupa, pois aqui já temos César como
rei. (Sorri) não vejo nenhuma culpa neste homem.
ACUSADOR 1 (NINA): Mas ele incita o povo, espalhando sua blasfêmia por
toda Judéia. Começou na Galileia até aqui. Tu lamentarás profundamente
se deixar sair livre este homem perverso!
PILATOS (MAURICIO): Espere, ele é galileu? Sendo assim, está sob a
jurisdição de Herodes. E ele e encontra em Jerusalém. Levem-no até ele e
verá o que fazer com o galileu.

Tempo de 2 minutos
CENA 8: O ARREPENDIMENTO DE JUDAS
NARRADOR: Judas há muito já se via contrariado, vendo as consequências
que seu ato causava ao Mestre. Arrependido, procura pelo sacerdote para
devolver as trintas moedas e tentar reverter a situação.
JUDAS (JHEAN): pequei, entregando um inocente à morte. Aqui estão as
moedas que me deram. Tirem-no daquele suplício!
SACERDOTE (DANIEL): Isso agora é com você. Nada mais podemos fazer
JUDAS (JHEAN): Ele é inocente! O erro foi meu.
SACERDOTE (DANIEL): Pois, assuma as consequências dos seus atos.
NARRADOR: Judas joga a bolsa de moedas aos anciãos e sai atordoado
ruma ao campo. No meio do caminho é surpreendido pelo ANJO DA
MORTE, que lhe arrasta até uma árvore mais próxima e ali o prepara para
se matar.

Tem que ver o tempo de duração da dança que irá acontecer

CENA 9: HERODES RECEBE JESUS


NARRADOR: Conforme a ordem de Pilatos, jesus é levado até Herodes,
que comandava a Galileia e que seria, portanto, o juiz de seu destino. Ao
saber que receberia Jesus, Herodes ficou muito contente, pois há muito
tempo tinha curiosidade em conhece-lo e ver de perto seus prodígios.
HERODES (FERNANDO): jesus! Você é jesus?! Ora, imaginava você bem
diferente. Mas vamos, me mostre o que sabes fazer.
MULHER DE HERODES (TEIA): Este homem incita o povo, se diz rei e
blasfema contra Deus e nossas doutrinas!
HERODES (FERNANDO): Você tem mesmo o poder de curar, como falam?
Pode me fazer um sinal grandioso para que eu possa ver?
(PAUSA)
HERODES (FERNANDO): Ora, nada tens a me dizer? Não fazes nada de
extraordinário?
(PAUSA)
HERODES (FERNANDO): Tirem esse homem daqui... Só tomou meu
tempo. Rei dos judeus.... É um lunático, uma piada!
NARRADOR: Então decidiram que o melhor seria leva-lo mesmo a Pilatos,
tão determinados estavam em condená-lo à morte. Depois disso, Herodes
e Pilatos se tornaram amigos, pois até então havia inimizade entre eles.

Tempo de 1 minuto

CENA 10: O DILEMA DE PILATOS


NARRADOR: Qual não foi a surpresa de Pilatos, ao ver que Herodes o
enviara de volta.... Não havia saída: a decisão estava mesmo em suas
mãos. Ele sabia do forte desejo dos acusadores de verem Jesus morto.
Sabia também da influência que esses homens tinham sobre o povo. Jesus
era uma ameaça para aqueles homens. E estes, se não atendidos por
Roma se tornariam uma ameaça para Pilatos, que se não sustentaria no
cargo de governador, caso houvesse uma revolta entre o povo judeu.
Pilatos precisaria, neste momento, de muita desenvoltura. Mas não queria
condenar um inocente. Como no tempo a Páscoa, em comemoração,
costumava soltar um prisioneiro. Pilatos utilizou-se desse artifício para
tentar libertar Jesus.
PILATOS (MAURICIO): E então, és mesmo o Rei dos Judeus?
JESUS (CAIO): Dizes isso por você ou ouviste o que os outros te contaram?
PILATOS (MAURICIO): Ora, e por acaso eu sou judeu? Tua própria nação e
seu povo te entregaram a mim. Que fizestes? Que reino é este, que
dizem?
JESUS (CAIO): Meu reino não é deste mundo, se assim fosse, meus servos
não permitiriam que eu fosse entregue aos judeus. Mas, meu reino não é
daqui.
PILATOS (MAURICIO): Espere. Então és mesmo um rei?
JESUS (CAIO): Tu estás dizendo que sou rei. Para isso nasci e para isso vim
ao mundo, para dar testemunho a verdade. E todo aquele que é da
verdade, me escuta.
PILATOS (MAURICIO): verdade? Que verdade? (Pausa, se dirige a
multidão). Parece que nem mesmo Herodes viu culpa neste homem. Pois
eu também não vejo. Portanto, vou castiga-lo e soltá-lo, já que vosso povo
tem isso por costume na festa da Páscoa.
POVO: Este não! Solte Barrabás!
NARRADOR: Barrabás era um dos rebeldes que lutavam contra os
romanos, e que havia sido preso por participar de uma rebelião onde um
soldado foi morto. Mas Pilatos tinha preferência em soltar Jesus, porém
precisava persuadir o povo a aceitar. Claudia, a mulher de Pilatos, já havia
tido um sonho, em que recebera um sinal sobre a inocência de Jesus.
Relatando o sonho ao seu esposo, pediu a ele que o libertasse.
CLAUDIA (RAISSA): Não pode condenar esse justo, se fizer isso, trará
desgraças ao nosso povo.
NARRADOR: Mas Pilatos sabia que, seja qual fosse sua decisão, esta seria
muito difícil. Dessa forma, ordenou então aos soldados que açoitassem
Jesus, para assim ganhar tempo e tentar comover aos seus acusadores e
então poder libertá-lo.
(Momento em que os soldados batem em Jesus.) Tempo de 30 segundos
para descer com ele
NARRADOR: Os soldados levaram Jesus para o centro, ali Jesus tem suas
roupas rasgadas é chicoteado, esbofeteado e chutado, após o
maltratarem, teceram uma coroa de espinhos e cravaram sobre sua
cabeça. (PAUSA DE 40 SEGUNDOS). Depois, improvisaram um manto
vermelho, que jogaram sobre seus ombros (20 SEGUNDOS). Feito isso, se
ajoelhavam diante dele, como chacota, ao mesmo tempo em que cuspiam
em sua face e o davam-lhe bofetões. (PAUSA DE 30 SEGUNDOS). Só assim,
levaram-no de volta a Pilatos.
Tempo de 30 segundos para a entrada de Pilatos.
PILATOS (MAURICIO): Eis o Homem!
POVO: Crucifica-o! Crucifica-o!
PILATOS (MAURICIO): Façam isso vocês, pois eu não vejo nele crime
algum.
SACERDOTE (DANIEL): Mas nós temos uma lei. E segundo essa lei, ele
deve morrer, pois se fez rei. Se o soltares, não será amigo de Cézar, pois
qualquer um que se faz rei é contra Cézar.
(Povo continua pedindo pela crucificação.)
PILATOS (MAURICIO): De onde és tu?
(PAUSA)
PILATOS (MAURICIO): Nada me dizes? Não vês que tenho o poder para te
crucificar ou para te soltar?
JESUS (CAIO): Não terias nenhum poder sobre mim, se este não lhe fosse
dado do alto. Mas quem me entregou a ti, tem maior pecado.
NARRADOR: Pilatos faz sinal para que um dos soldados buscasse Barrabás.
(PAUSA de 30 segundos) Barrabás é colocado ao lado de Jesus e Pilatos se
direciona a multidão.
PILATOS (MAURICIO): Eis aqui o vosso rei!
POVO: Fora com ele! Crucifica-o! E liberte Barrabás!
PILATOS (MAURICIO): Querem que seu rei seja crucificado?
Povo: Não temos outro rei, senão Cézar! Crucifica-o! Solte Barrabás!
NARRADOR: Pilatos pede que Claudia sua esposa trouxesse uma vasilha
com água para que ele possa lavar as mãos.
PILATOS (MAURICIO): Estou inocento do sangue deste justo. Que isto
fique bem claro.
NARRADOR: Pilatos então ordena aos soldados que libertassem Barrabás
e que levassem Jesus para ser crucificado.

Tempo de 2 minutos

CENA 11: A VIA CRUCIS


(Jesus recebe a cruz sobre os ombros e começa a caminhada com os
soldados o açoitando.)

NARRADOR: Após todas as tentativas de Pilatos em libertá-lo fracassarem,


começa a caminhada de Jesus ao monte Gólgota, se significava O LUGAR
DA CAVEIRA. Naquele local ele será crucificado.
Caminha por 1 minutos

NARRADOR: Jesus já cansado de apanhar, não consegue suportar o peso


da sua cruz e cai pela primeira vez. Mais à frente vem Simão Cireneu
caminhando em direção contrária do cortejo e é parado pelos soldados.
SOLDADO (WALFRIDO): Hei você! Ajude este homem aqui!
CIRENEU (?): Venho do trabalho no campo. Estou indo para casa.
SOLDADO (WALFRIDO): Não entendes uma ordem? Quer ter o mesmo
fim?
CIRENEU (?): Pois bem, eu o ajudo. Mas que fique claro que fui
constrangido.
NARRADOR: Cireneu passa a carregar a cruz e Jesus o acompanha,
bastante debilitado e cansado. (30 segundos) Logo eles encontram um
grupo de mulheres que que choravam e batiam no peito.)
JESUS (CAIO): Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim, mas por vós
mesmas e vossos filhos. Pois haverá um dia em que dirão. Bem-
aventurados os ventres que nunca deram à luz e os peitos que nunca
amamentaram.
NARRADOR: Tendo Jesus se recuperado um pouco, Cireneu e dispensado
e Jesus volta a carregar a cruz.
NARRADOR: Mais a frente Jesus tropeça e cai novamente. Uma mulher se
aproxima e enxuga seu rosto, sendo logo retirada pelos soldados. O
semblante de Jesus fica estampado no tecido. Mais adiante, Maria, a mãe
de Jesus para diante dele, em prantos.
NARRADOR: A mãe de Jesus, com o coração aflito, pode apenas assistir ao
sofrimento que impuseram sobre seu filho. O breve encontro, de poucas
palavras, foi a despedida.
MARIA (PAULA): Meu filho, meu amado filho!
JESUS (CAIO): Minha mãe, querida mãe. Veja, eu renovo todas as coisas.
(Maria também é retirada e todos seguem o caminho)

Tempo de 2 minutos

CENA 12: A CRUCIFICAÇÃO


NARRADOR: Chegaram ao Monte Gólgota, onde Jesus e mais dois ladrões
seriam crucificados. Um à sua direita e outro à sua esquerda.
NARRADOR: Jesus tem sua roupa retirada, ele então é deitado sobre a
cruz e tem seus pés e mãos pregadas na mesma. (PAUSA). Depois ela e
levantada e fixada no chão.
NARRADOR: O povo permanecia ali, olhando tudo, enquanto alguns
caçoavam de Jesus, desafiando-o e lançando objetos.
JESUS (CAIO): Perdoa-lhes Pai, pois eles não sabem o que estão fazendo.
ACUSADOR 1 (NINA): A outros salvou. Por que não salva a ti mesmo?
ACUSADOR 2 (GIOVANA): Tu, que destrói templo e o reconstrói em três
dias. Se és mesmo o Filho de Deus, desça da cruz.
ACUSADOR 3 (NINA): Salve-se! Desça agora dessa cruz para que
acreditemos em ti!
NARRADOR: No alto da cruz, Pilatos fez de próprio punho, uma inscrição
que dizia: IESU NAZARENUS REX IUDAEORUM, INRI ou JESUS NAZARENO,
REI DOS JUDEUS. Um dos ladrões, que estavam a seu lado, também
começou a desafiá-lo.
LADRÃO 1 (?): Se és mesmo o filho de Deus, salva-te a ti mesmo e a nós.
Desça da cruz.
LADRÃO 2 (NESTOR): Nem mesmo nessa hora, tendo o mesmo suplicio,
temes a Deus? Nós sim, merecemos passar por isso, mas este homem...
esse homem era justo! Senhor, lembra-te de mim, quando entrares em
teu reino.
JESUS (CAIO): Tenha certeza, ainda hoje estarás comigo no paraíso.
NARRADOR: Maria mãe de Jesus, João e outros discípulos encontravam-se
próximos à cruz. Jesus, vendo-os, pronuncia lhes algumas palavras.
JESUS (CAIO): Mulher eis ao o teu filho, João, eis ai a tua mãe.
JESUS (CAIO): Pai, meu Pai! Por que me abandonastes?
SACERDOTE (DANIEL): Como ele pode suportar a tudo isso? Nenhum
homem poderia.

Tempo de 30 segundos

JESUS (CAIO): Tenho sede.


NARRADOR: Os soldados romanos tinham entre seus mantimentos uma
solução de vinagre e outras misturas de plantas, utilizada como
anestésico, para que fossem aliviadas as dores. Foi isso que deram a ele.
(Nesse momento o soldado leva a esponja a boca de Jesus,)
JESUS (CAIO): Tudo está consumado. (Pausa) pai, em tuas mãos entrego
meu espirito!
(Jesus abaixa a cabeça já morto.)
CENTURIÃO (MICHAEL): De fato, este homem era justo.
NARRADOR: Então, o véu do templo resgou-se de cima a baixo, a terra
tremeu e as pedras se racharam. Também, abriram-se vários sepulcros e
muitos mortos foram ressuscitados. (Pausa). Já era quase sábado. Os
judeus para que não ficassem corpos vivos na cruz no dia do sábado,
pediram que as pernas dos crucificados fossem quebradas, para que
assim, abreviassem suas mortes. Mas ao verem que Jesus já estava morto,
não lhe quebraram as pernas. Porém, um dos soldados transpassou-lhe a
lança no seu lado, de onde jorraram sangue e água.
Tempo de 30 segundos

NARRADOR: Um homem rico chamado José de Arimatéia, que seguia


Jesus secretamente por medo dos judeus, requisitou o corpo a Pilatos
para sepultá-lo. E Pilatos consentiu. Então, tiveram permissão para
retirarem o corpo de Jesus da cruz e darem-lhe repouso em um sepulcro.
(José de Arimatéia e alguns discípulos tiram Jesus da Cruz. Aos pés da crus
se encontra Maria, sua mãe, João e outros discípulos. O corpo é colocado
no colo de Maria, que chora.)

Tempo de 3 minutos

NARRADOR: Após prepararem o corpo, envolvendo-o em lençóis


perfumados, levaram-no para um sepulcro novo, pertencente a José de
Arimatéia, onde ninguém havia sido sepultado.
(Depois de enrolar o corpo de Jesus os discípulos saem com ele para
dentro da igreja.)

Tempo de 3 minutos

NARRADOR: Pilatos ordenou que soldados ficassem de guarda às portas


do sepulcro de Jesus por três dias. Fez isso a pedido dos sumo sacerdote e
doutores da lei, que temiam que o corpo fosse furtado pelos discípulos e
assim, dissessem que, de fato ele teria ressuscitado no terceiro dia, como
profetizava. E lá os soldados ficaram, até o fim daquele sábado, quando o
primeiro dia da semana já apontava.

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