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os guetos e as raças

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SEGREGAÇÃO
RACIAL NAZISMO

OS GUETOS
SEGREGAÇÃO RACIAL
Segregação racial é a exclusão política, social,
econômica e geográfica baseada na etnia.
A segregação racial consiste na separação de
determinado grupo social por conta de suas
características físicas, seu fenótipo. Essa
prática é baseada em ideários higienistas, que
classificam a humanidade em raças, atrelando
traços culturais, intelectuais e habilidades a
fatores biológicos e genéticos.
A eugenia gerou muitas catástrofes ao longo da história — guerras, colonizações, escravidão,
genocídio — como o nazismo, que exterminou mais de oito milhões de pessoas, entre judeus,
ciganos, negros, homossexuais. Os efeitos da segregação racial foram muito severos em países
como EUA e África do Sul
Formas de segregação
A segregação racial pode dar-se de maneira formal e informal, por meio de leis, repressão violenta
ou de regras culturais de convivência. Se observarmos países em que ocorreu segregação
institucional, como a África do Sul, veremos que, durante o apartheid, havia uma legislação
discriminatória nas mais diversas "áreas; remoções forçadas; detenções sem julgamento; repressão
estatal à livre circulação por meio de leis de passe, pelas quais só seria possível ir a determinadas
regiões portando autorização que deliberadamente não era concedida; e proibições sociais e
econômicas, como realizar casamentos inter-raciais, frequentar lugares públicos e candidatar-se a
trabalhos industriais.
As formas culturais de segregação manifestam-se
sem necessariamente valer-se de dispositivos legais
ou repressão para que sejam cumpridas. Sua força
reside em constranger indivíduos segregados a
compreenderem sua exclusão como consequência de
erros pessoais ou como um destino natural reservado
a eles. Elas se somam a mecanismos institucionais
que bloqueiam, por exemplo, a ascensão econômica,
intelectual e política de determinados grupos étnicos.
Consequências da segregação
Uma das principais consequências da
segregação racial é a desigualdade social. Isso
gerou uma profunda desigualdade social e
econômica naquele país e o mesmo ocorre em
outras experiências históricas de
segregação. Outro aspecto em que a segregação
racial incide é na mobilidade social da
população segregada. O acesso precário a
emprego, educação de qualidade, serviços
públicos e atividades culturais restringe as
possibilidades de ascensão social e faz com
que, por gerações, permaneça-se nas mesmas
condições materiais de vida
NAZISMO
O nazismo foi um movimento político e social
marcado por ideais nacionalistas e extremistas
que surgiu na Alemanha logo após a Primeira
Guerra Mundial e alcançou grande
notoriedade nesse país. Assumiu o poder
em 1933, quando Adolf Hitler tornou-se
chanceler da Alemanha. Foi classificado pelos
historiadores como um movimento da
extrema-direita.
Também conhecido como Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores
Alemães, o nazismo foi o grande responsável pelo extermínio de seis milhões de
judeus durante o Holocausto. Além dos judeus, outras minorias (como ciganos,
homossexuais e negros) foram perseguidas e aprisionadas em campos de
concentração. A suástica tornou-se o grande símbolo do nazismo.
Ao longo da década de 1920, o nazismo foi
ganhando força nos quadros políticos da Alemanha.
Os membros do Partido Nazista organizavam-se
como tropas militares extremamente disciplinadas
e devidamente uniformizadas. Essas tropas tinham
como ideia central a obediência cega e absoluta ao
chefe do partido. Ao longo da década de 1920,
realizaram passeatas como demonstração de força
e atacavam adversários políticos.
Em 1923, os nazistas organizaram uma tentativa de golpe na Baviera (estado do sul da
Alemanha). Essa tentativa de golpe, no entanto, foi fracassada, e muitos dos agitadores foram
presos, inclusive Adolf Hitler. Durante o período em que esteve preso, Hitler escreveu o livro
nomeado de Minha Luta (Mein Kampf), que organizou os preceitos básicos da ideologia
nazista: antissemitismo, antiliberalismo, antibolchevismo, racismo, exaltação da guerra,
nacionalismo extremado etc.
CONSEQUÊNCIAS DO NAZISMO
Uma das maiores consequências e que, em geral, é
atribuída aos nazistas foi o início da Segunda Guerra
Mundial. Esse conflito, que se estendeu durante seis anos
(1939-1945), iniciou-se por causa da política expansionista
alemã sobre nações vizinhas. O estopim para o início do
conflito foi a invasão da Polônia, realizada pelos alemães a
partir de 1º de setembro de 1939. A Segunda Guerra foi
responsável por aproximadamente 70 milhões de mortos.
Outra consequência foi a grande perseguição sobre os
judeus nas décadas de 1930 e 1940. Após Hitler ocupar o
poder da Alemanha em 1933, os nazistas iniciaram um
processo de perseguição aos judeus, sobretudo a partir de
1935, quando foram aprovadas as Leis de Nuremberg (leis
que amparavam juridicamente essa perseguição). Uma
das consequências dessa perseguição aos judeus foi a
construção de campos de concentração.
GUETO
O termo "gueto" originou-se da designação italiana
para o bairro judaico de Veneza, que foi criado em
1516 pelas autoridades venezianas para obrigar
os judeus da cidade a lá viverem. Durante os
séculos 16 e 17, diversas autoridades, desde
aquelas ao nível municipal até o imperador
austríaco Carlos V, ordenaram a criação de outros
guetos para colocar os judeus nas cidades de
Frankfurt, Roma, Praga e várias outras.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os guetos


eram regiões urbanas, em geral cercadas, onde os
alemães concentravam a população judaica local,
muitas vezes de outras regiões, e a forçava a viver
sob condições miseráveis. Os guetos isolavam os
judeus, separando-os não só das comunidades
envolventes mas também de outros grupos
judaicos. Os alemães estabeleceram pelo menos
1.000 guetos na Polônia e na União Soviética.
Os alemães exigiam que os judeus dos guetos usassem
crachás ou tarjas nos braços para facilitar sua
identificação, e também que executassem trabalhos
forçados para o Reich alemão. O cotidiano dos guetos
era administrado por um conselho judaico,
os Judenraete, cujos membros eram escolhido pelos
nazistas. A força policial dos guetos reforçava as ordens
das autoridades alemãs e dos conselhos judaicos,
incluindo a facilitação de deportações para campos de
extermínio. A criação de autoridades policiais judaicas e
dos conselhos judaicos servia para atender os
caprichos das autoridades alemãs, que não hesitavam
em matá-los quando achavam que suas ordens não
tinham sido cumpridas.
Após um mês de combates, os alemães explodiram a Grande Sinagoga de
Varsóvia, sinalizando o fim do levante e a destruição do gueto. Em 19 de abril de
1943, os alemães, sob o comando do general das SS Juergen Stroop, deram
início à destruição final do gueto e à deportação dos judeus remanescentes.

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