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Antissemitismo
Diferença entre antissemitismo como ideologia e antissemitismo como ódio religioso aos judeus.
Após a destruição do Templo de Jerusalém (70 a.C) os judeus nunca mais possuíram território próprio, e
sua existência sempre dependeu da proteção de autoridades não judaicas.
Só nos séculos XIX e XX o antissemitismo veio a ter importância para a preservação do povo judeu, pois
só então os judeus passaram a aspirar a serem aceitos pela sociedade não judaica.
Quando um povo privilegiado perde seus privilégios frente a uma sociedade, o povo começa a enxerga-lo
como um parasita a ser combatido.
O antissemitismo alcançou o seu clímax quando os judeus haviam perdido as funções públicas e a
influência, quando nada lhes restava senão sua riqueza.
Os judeus, ao serem envolvidos nos conflitos gerais da época, podiam facilmente ser acusados de
responsabilidade desses conflitos e apresentados como autores ocultos do mal.
Um antissemita afirmava que um Judeu havia causado a Grande Guerra.
A diferença fundamental entre as ditaduras modernas e as tiranias do passado está no uso do terror não
como meio de extermínio e amedrontamento dos oponentes, mas como instrumento corriqueiro para
governar as massas perfeitamente obedientes.
O Estado-nação concedeu aos habitantes judeus a igualdade de direitos.
Do colapso da ordem feudal surgiu o conceito revolucionário de igualdade, segundo o qual não se podia
mais tolerar uma “nação dentro de outra nação”
As restrições e os privilégios dos judeus tinham de ser abolidos juntamente com todos os outros direitos
especiais.
Quando a partir do Século XVII a expansão econômica estatal aumenta a necessidade de créditos e o
alargamento da esfera de influência econômica do Estado, era natural que se recorresse ao auxílio dos
judeus, velhos e experimentados emprestadores de dinheiro.
Não formavam uma classe nem pertenciam a qualquer das classes nos países em que viviam.
Sua riqueza parecia fazer deles membros da classe média, mas não participavam do seu
desenvolvimento capitalista; mal eram representados nas empresas industriais.
O povo judeu do Ocidente europeu desintegrou-se juntamente com o Estado-nação nas décadas que
precederam a deflagração da Primeira Guerra Mundial.
Cada monarca da Europa, já possuía seu judeu da corte para administrar as finanças.
Na França, na Baviera, na Áustria e na Prússia os judeus privilegiados recebiam títulos de nobreza.
A partir de meados do século XIX, os judeus mantiveram posição de destaque porque ainda
desempenhavam papel importante, intimamente ligado à participação nos destinos do Estado.
Um antissemitismo liberal colocava judeus e nobreza no mesmo nível, por alegar que ambos se aliavam
financeiramente contra a burguesia em ascensão.
Os judeus eram fornecedores em tempos de guerra, mas não participavam dos conflitos.
Os judeus se tornaram consultores financeiros e assistentes em tratados de paz.
Cada classe social que entrava em conflito com o Estado virava antissemita, porque o único grupo que
parecia representar o Estado era o judeu.
Os judeus eram identificados como o próprio poder.
Eram suspeitos de maquinagens e destruição desta sociedade e de suas estruturas.
O moderno antissemitismo possui causas políticas e não econômicas.
As posições judaicas criavam obstáculo ao desenvolvimento capitalista.
O antissemitismo flamejou primeiro na Prússia, imediatamente após a derrota ante Napoleão em 1807,
quando a mudança da estrutura política levou a nobreza à perda de seus privilégios e a classe média
conquistou o direito à ascensão.
Os primórdios do movimento antissemita moderno datam, em toda parte, do último terço do século XIX.
O surgimento simultâneo do antissemitismo foi precedido por uma série de escândalos financeiros e
negócios fraudulentos.
Para o pequeno lojista, o banqueiro judeu parecia ser o mesmo tipo de explorador que o proprietário da
grande empresa industrial era para o trabalhador.
Assim, o movimento esquerdista da classe média inferior e toda a propaganda contra o capital bancário
tornaram-se antissemitas.
Mas descobrira que os slogans antissemitas eram altamente eficazes para mobilizar amplas camadas da
população.
A pretensão dos partidos antissemitas de estarem “acima de todas as ideias” claramente anunciava sua
aspiração de passar a representar toda a nação.
Antissemitismo como projeto pra aniquilação do próprio Estado.
No final o século XIX, os efeitos antissemitas já haviam passado e uma era de prosperidade e bem-estar
geral, especialmente na Alemanha, pôs um fim às agitações, que seriam retornadas após a Grande
Guerra. (A Idade de Ouro da Segurança)
É pelo fato de a igualdade exigir que eu reconheça que todo e qualquer indivíduo é igual a mim que os
conflitos entre grupos diferentes assumem formas tão cruéis.
De um lado: ressentimento social quanto os judeus, de outro, uma atração peculiar pelo exótico
(inspirada pelo humanismo)
Exigia-se dos judeus a assimilação. (os judeus-exceção)
Assimilação era maior entre judeus intelectuais, que não se viam pertencentes aos demais.
Os judeus da corte e seus sucessores, os judeus banqueiros e negociantes, nunca foram aceitos
socialmente nos países do Ocidente europeu.
Quanto menos se pensava neles como iguais, mais atraentes e mais interessantes se tornavam.
A sociedade burguesa, em sua busca de entretenimento e em seu apaixonado interesse pelo indivíduo
que diferisse das normas, descobriu a atração por tudo que poderia ser julgado misterioso, perverso ou
mau.
E foi precisamente esse febril e doentio interesse que abriu a porta da sociedade aos judeus.
O grande homem dos “judeus-exceção” foi Benjamin Disraeli, integrante do partido conservador inglês e
grande intelectual judeu do Reino Unido no século XIX.
Caso Dreyfus: aconteceu na França no fim do ano de 1894. Alfred Dreyfus, um oficial judeu do Estado-
Maior francês, foi acusado e condenado por espionagem em favor da Alemanha.
Conceito da ralé: um grupo no qual são representados resíduos de todas as classes. E isso que torna tão
fácil confundir a ralé com o povo, o qual também compreende todas as camadas social. Enquanto o povo,
em todas as grandes revoluções, luta por um sistema representativo, a ralé brada sempre pelo “homem
mais forte”, pelo “grande líder”.
Ralé é o analfabeto político, o que não se importa com política.
Com o imperialismo, os meios de se buscar recursos e acumular capitais aumentou. Assim, o estado
passou a encontrar mais interesse nas relações comerciais, e gradativamente, os judeus foram sendo
deixados de lados, e os governos passaram a depender menos dos judeus banqueiros e com importância
econômica.
Imperialismo
Emancipação política da burguesia.
Parecia que aqueles que se opunham ou ignoravam o imperialismo haviam perdido contato com a
realidade e não compreendiam que o comércio e a economia haviam envolvido todas as nações,
atrelando-as à política mundial.
Oposição dos estadistas. (Sabiam que só podia destruir o corpo político do Estado-Nação)
Imperialismo como assimilar e não integrar.
Expansão como objetivo permanente e supremo da política.
O imperialismo surgiu quando a classe detentora da produção capitalista rejeitou as fronteiras nacionais
como barreira à expansão econômica.
“expansão por amor à expansão”.
Luta de impérios em concorrência.
Diferente “da ideia de império no mundo antigo e medieval, [que] era a de federação de Estados, sob
uma hegemonia, cobrindo [...] todo o mundo conhecido.
Sempre que o Estado-nação surgia como conquistador, despertava a consciência nacional e o desejo de
soberania no povo conquistado.
É característico do imperialismo permanecerem as instituições nacionais separadas da administração
colonial.
Uma vez que os entrepostos marítimos e o acesso às matérias-primas eram realmente necessários a
todas as nações, eles passaram a acreditar que a anexação e a expansão contribuíam para salvar o país.
O que os imperialistas realmente desejavam era a expansão do poder político sem a criação de um corpo
político.
Imperialismo como escoador de capital “supérfluo” em excesso.
Primeiros financiadores: banqueiros judeus.
A riqueza tornou-se um processo interminável de se ficar cada vez mais rico.
Hobbes foi o verdadeiro filósofo da burguesia, porque compreendeu que a aquisição de riqueza só pode
ser garantida pela tomada do poder político.
Aliança entre o imperialismo e a ralé – imperialismo como uma cura abençoada para todos os males.
A expansão como tal tinha a aparência de possível interesse comum da nação como um todo.
O racismo reforçou a ideologia da política imperialista.
Arthur de Gobineau e o declínio da civilização.
As doutrinas da decadência parecem ter alguma conexão ideológica íntima com o sentimento racista.
O imperialismo teria exigido a invenção do racismo como única “explicação” e justificativa de seus atos.
Dois novos mecanismos de organização política e de domínio dos povos estrangeiros: raça e burocracia.
A raça foi uma tentativa de explicar a existência de seres humanos que ˜cavam à margem da
compreensão dos europeus.
Foi a burocracia a base organizacional do grande jogo da expansão.
Dois tipos de colonização: fundação de centros populacionais e entrepostos marítimos comerciais.
Situação dos povos apátridas, dos refugiados e dos povos sem nação pós dissolução dos diversos império
pós Primeira Guerra Mundial.
Declínio dos Estados-Nação e fim dos direitos do Homem durante o período entreguerras.
Os judeus acreditavam ser um povo eleito por Deus, e esse motivo mais fez com que os europeus
passassem a ter ódio dos judeus.
Reação entre política e violência.
Banalização da violência pelo poder política a partir do imperialismo.
Totalitarismo