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"PENDURE NA LANTERNA"
E Mikhail Bakunin, que se afastou do marxismo e fundou o
anarquismo, escreveu em 1871 no panfleto "Relações Pessoais
com Marx": "Todo este mundo judeu, que forma uma seita
exploradora, um povo sanguessuga, um único parasita devorador,
próximo e íntimo não apenas além das fronteiras do Estado, este
mundo judeu está hoje em grande parte à disposição de Marx, por
um lado, e Rothschild, por outro".
E Ruth Fischer, conhecida comunista alemã e líder do Partido
Comunista da Alemanha (KPD), declarou em uma reunião
estudantil em 1923: "Qualquer um que clame contra o capital
judeu, senhores, já é um lutador de classe, mesmo que não saiba.
Eles são contra o capital judeu e querem combater os
trabalhadores do mercado de ações. Está correto.
Atropelar os capitalistas judeus, pendurá-los no poste." Isso
levanta a questão: qual é a diferença entre a comunista Ruth
Fischer e o nacional-socialista Adolf Hitler?
É certo que muitos revolucionários bolcheviques eram judeus
(como Trotsky), mas uma vez que Stalin estava firmemente na
sela, ele reprimiu impiedosamente os judeus, a quem descreveu
como "cosmopolitas sem raízes". Em dezembro de 1952, ele disse
ao Presidium do Comitê Central: "Todo nacionalista judeu é um
agente do serviço secreto americano". Quando o político
trabalhista e ex-prefeito de Londres Ken Livingstone proclamou
recentemente que Hitler era sionista, ele estava apenas repetindo
o que a propaganda stalinista havia apresentado nas décadas de
1940 e 1950 para justificar a perseguição sistemática aos judeus
na União Soviética: expurgos, tortura, julgamentos, prisão e
execução.
Portanto, há uma razão simples para o ódio da esquerda aos
judeus: o judeu é visto como o símbolo perfeito do inimigo de
classe. Mas já posso ouvir a objeção: "O antissemitismo não serve
à esquerda porque é uma expressão da política de direita". Sim, se
isso significa a direita fascista e não a direita libertária. Mas o
fascismo tem muito mais em comum com a esquerda do que com
a direita conservadora.
CAPITALISTAS E PARASITAS
Benito Mussolini, que Hitler tomou como modelo, foi um
revolucionário socialista que foi um dos fundadores do
movimento fascista após a Primeira Guerra Mundial. Ele e muitos
outros socialistas tinham percebido que as pessoas estavam mais
ligadas ao seu país do que à sua classe.
Ele jogou o socialismo internacional ao mar e fundou o nacional-
socialismo, que ele chamou de fascismo. Hitler referiu-se à sua
versão como nacional-socialismo.
Costuma-se dizer que o fascismo não pode ser uma ideologia de
esquerda porque os fascistas não acreditavam na luta de classes.
Mas eles acreditavam na luta de classes – não entre o proletariado
e os capitalistas, mas entre produtores (de qualquer classe) e
parasitas (de qualquer classe).
Socialistas internacionais e nacional-socialistas afirmavam que o
mundo era controlado por uma conspiração judaica internacional.
Para uns, era inimigo da Internacional, para outros, inimigo da
nação. Os socialistas (como os marxistas se autodenominavam
antes do comunismo) viam o judeu como o epítome do capitalista,
os fascistas o viam como o epítome do parasita. Depois de tudo
isso, não é à toa que a esquerda de hoje tem tanto ódio de Israel.
Traduzido do inglês por Matthias Fienbork