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Em 1929, iniciou-se nos Estados Unidos da América uma grave e trágica crise, que se
propagou para todos os países que, com os Estados Unidos, tinham laços económicos
e financeiros.
Portugal: o Estado Novo (autoritário; começa com Salazar acaba com Caetano)
O triunfo das forças conservadoras; a progressiva adoção do modelo fascista italiano
nas instituições e no imaginário político.
Da ditadura militar ao Estado Novo (pág. 152-153)
A 28 de maio de 1926, um golpe de Estado promovido pelos militares pôs fim à 1ª.
República parlamentar portuguesa. O pronunciamento, marcaria a integração do
nosso país na esfera dos regimes ditatoriais. A democracia só voltou a Portugal
decorridos quase 50 anos.
Para começar instalou-se uma ditadura militar (1933). Esta fracassou nos seus
propósitos de “regenerar a pátria” e de lhe devolver a estabilidade. Desentendimentos
entre os militares provocaram uma sucessiva mudança de chefes do Executivo. A
impreparação técnica dos chefes da ditadura resultou no agravamento do défice
orçamental e, adesão entusiástica dos primeiros tempos esmoreceu.
*devido a um golpe de Estado (1ª. República vai abaixo com Gomes da Maia); 28 de
maio de 1926)
Em 1928, António de Oliveira Salazar sobraçou a pasta das finanças, com a condição
de superintender (cortes) nas despesas de todos os ministérios
*de cima para baixo; períodos de fome e miséria agravaram; populações
sobrecarregadas de impostos.
Com Salazar nas Finanças, o país apresentou, saldo positivo no Orçamento. Este
sucesso financeiro, conferiu prestígio ao novo estadista e explica a sua nomeação, para
a chefia do Governo.
Em 1930, lançaram-se as Bases Orgânicas da União Nacional (único partido) e
promulgou-se o Ato Colonial. Em 1933, foi a vez da publicação do Estatuto do Trabalho
Nacional e da Constituição de 1933, submetida ao plebiscito nacional. Ficou
consagrado um regime político conhecido por Estado Novo, tutelado por Salazar, do
qual sobressaíam o forte autoritarismo do Estado e o condicionamento das liberdades
individuais (para funcionarem os organismos acima) aos interesses da Nação.
Plebiscito- Voto expresso diretamente pelo povo. Este assim como o referendo são
formas de consulta popular que ocorrem através da votação secreta e direta. Porém
não são sinónimos, no plebiscito o cidadão pronuncia-se sobre assuntos antes de uma
lei ser constituída; no referendo, o cidadão manifesta-se sobre uma lei que já foi
aprovada pelo parlamento.
*quis mostrar ao estrangeiro que era liberal, mas isso não era verdade.
Repetindo os slogans de um “Estado Forte” e de “Tudo pela Nação, nada contra a
Nação”, Salazar repudiou o liberalismo, a democracia e o parlamentarismo e
proclamou o carácter autoritário, corporativo, conservador e nacionalista do Estado
Novo.
O ditador contou com o apoio da hierarquia religiosa (devido a laicização, etc.), dos
devotos católicos, dos grandes proprietários agrários e da alta burguesia ligada ao
comércio colonial e externo, da média e da pequena burguesias pauperizadas, dos
monárquicos, dos integralistas e dos simpatizantes do ideário fascista, dos militares.
Integralistas- Defendem o regresso a uma monarquia tradicional nacionalista, na qual
o monarca seria o chefe do Estado e concentraria em si as funções governativas e
executivas (regresso ao absolutismo).
O Estado Novo não deixou de abraçar um projeto totalizante para a sociedade
portuguesa. A concretização do seu ideário socorreu-se, de fórmulas e estruturas
político-institucionais decalcadas dos modelos fascistas, particularmente do italiano.