1º Guerra Mundial

O mundo estava dividido em 2 grupos: a Tríplice Aliança- França, Rússia,

Grã-Bretanha e a Tríplice Centente- Alemanha, Austro-Húngaro, Império
Otomano, devido ao maior conflito até ao momento vivido.
Os EUA entraram em 1917, aliados da Tríplice Aliança, devido aos
Alemão terem atingido um barco da Inglaterra.
O fim da guerra deu-se em 11 de novembro de 1918 com o Armistício-
contrato em que a Alemanha declarava a sua rendição da guerra.
Wilson (presidente americano) criou 14 princípios para instaurar a
convivência internacional pacifica, onde referia:
 Prática de uma diplomacia transparente;
 Liberdade de navegação e trocas;
 Redução dos armamentos;
 Respeito para com as nacionalidades;
 Criação de uma ligação das nações.

A geografia política após a primeira guerra mundial

A conferencia de paz teve início em janeiro de 1919 e estavam presentes
as potências vencedoras (França, Grã-Bretanha, Estado Unidos e a Itália).
Surgiu uma nova ordem internacional e uma nova geografia política, com
claras implicações no mapa Europeu e do Médio Oriente:
 Colapso dos impérios;
 Nascimento de novos estados;
 Ampliação de fronteiras.
Houve grandes perda nos territórios derrotado como a Áustria, Bulgária,
Turquia e Alemanha que sofreram grandes perdas definidas no Tratado de
Versalhes, como uma parte do seu território, população, colónia e
marinha, minas de carvão, exército, arma e carros blindados.
Para além das perdas geográficas e económicas e a aniquilação da
capacidade militar, a Alemanha foi obrigada a reparar financeiramente os
prejuízos causados pela guerra.
Sociedade das Nações
Proposto pelo Presidente Wilson no Pacto da Sociedade das Nações
(SDN).
Objetivo: manter a paz e fomentar a entreajuda a nível internacional,
através da cooperação económica e financeira, promoção do
desarmamento e a resolução dos conflitos pela via pacífica.
Esta organização estava condenada ao fracasso, devido:
 Os países vencidos serem excluídos do tratado de paz e da SDN;
 Insatisfação por parte de alguns países vencedores relativamente ao
tratado de paz não beneficiaram com a guerra, definição de
território;
 Os Estados Unidos fizeram de participar na SDN, pois não
concordaram com os países vencidos pagar aos Países vencedores.
no fundo os Estados Unidos lucravam mais com os países vencidos
(construção das cidades, alimentos).

A difícil a recuperação económica na Europa e a

dependência dos Estados Unidos da América
A primeira guerra mundial provocou o declínio da Europa e elevação à
categoria da primeira potência mundial dos Estados Unidos
Declínio da Europa
A primeira guerra mundial deixou a Europa arruinada, no plano humano
e material:
 a população ativa foi substancialmente ceifada;
 os campos não produziram;
 as fábricas minas e as frotas destruídas.
A Europa durante a Guerra tornou-se extremamente dependente dos
EUA continuando a importar bens e serviços americanos, assistindo ao
endividamento agravar-se.

Para multiplicar os meios de pagamento e face às dívidas, os europeus

recorreram a emissão massiva de notas embora como não acompanhava
o aumento da produção provoca uma desvalorização monetária e uma
inflação galopante.
Ascensão dos Estados Unidos da América
Os Estados Unidos apresentavam uma prodigiosa capacidade de
produção e na prosperidade da sua balança de pagamentos.
Os EUA sofreram como todos os outros países uma crise breve, mas
violenta, relacionada com a dimensão da procura externa. Mas esta crise
não travou a ascensão dos Estados Unidos. Empréstimos avultados
surgiram para Europa, especialmente para a Alemanha permitindo-lhes
pagar as reparações de vidas à França e a Itália. A dependência da Europa
em relação aos Estados Unidos estava consagrada.
Entre 1925 e 1929, surgiu a recuperação da Europa, sob o lema de uma
produção de massa para um consumo de massa, viveram-se os anos de
prosperidade americana e os “felizes anos 20” na Europa, caracterizados
por um clima de otimismo e de confiança no capitalismo liberal.

A implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia

Em outubro de 1917, a Rússia tornou-se o primeiro estado socialista do
mundo devido a uma revolução. Inspiram-se em Marx e encontraram um
líder, Lenine, que implantou as ideais do marxismo-leninismo.
Antecedentes da revolução russa
A Rússia descontente com a autocracia do Czar Nicolau II, iniciou um
movimento e estabeleceu os sovietes (assembleia). Entre estes estava os
membros do Partido Operário Social-Democrata russo, de influência
marxista. O partido acabou por se dividir nos:
 bolcheviques- fração maioritária, violentos; proletariado e operários
 mencheviques- fração minoritária, pacíficos; burguesia
Toda a sociedade estava descontente. Os camponeses clamavam por
terras, concentradas nas mãos dos grandes senhores de latifúndios
(Kulak). O operariado, escasso, exigia melhores condições de vida e de
trabalho. A burguesia e a nobreza liberal desejava a abertura politica e a
modernização dos país.
Revolução de fevereiro
No Petrogrado, entre 23 e 27 de fevereiro de 1917, surgiram grandiosas
manifestações e reuniões na assembleia. Mais tarde o czarismo chega ao
fim e a Rússia torna-se uma república.
A revolução foi liderada por Lvov e Kerensky membros da fração
minoritária, os mencheviques. Estes são defensores do capitalismo.
Instala-se um Governo Provisório que aplicou algumas medidas, como:
 abolição da pena de morte;
 amnistia para presos políticos e exilados;
 abolição das diferenças entre a etnia e a religião;
 convocação de uma assembleia constituinte: sufrágio universal,
direito, igual e secreto;
 abolição da censura;
 propriedade privada;
 república parlamentar: partido social democrata;
 abdicação do Czar;
 Exército Branco.
Revolução de outubro
Os sovietes de Petrogrado descontentes com o Governo Provisório dão
início a uma nova revolução. Esta foi liderada por Lenine, Trotsky e Stalin
defensores dos bolcheviques que são idealistas de um governo comunista.
Assim que Lenine regressou em Abril, depois de se encontrar exilado na
Suíça, criou a “Tese de Abril” que declara medidas como:
 Saída imediata da guerra, que ocorre no Tratado de Brest-Litovsk
em 1918;
 Nacionalização e coletivização da economia;
 Ditadura do proletariado- Marxismo e Leninismo (republica dos
deputados operários, assalariados, agricultores e camponeses);
 Polícia política de Tcheka;
 Sociedade sem classes;
Exército vermelho.

Guerra Civil
 O governo bolchevique assinou o Tratado de Brest-Litovsk em 1918 onde
declara a saída da Rússia da 1º Guerra Mundial. Com esta saída a Rússia
perdeu:
 População e terras cultiváveis;
 Minas de ferro e carvão.
Os Kulak (grandes proprietários) e os empresários estavam descontentes
com o governo.
Esta resistência aos bolcheviques, resultou na terrível guerra civil (1918-
1920), ocupando as seguintes frações:
 Brancos- opositores aos bolcheviques; foram apoiados pela
Inglaterra; França e Estados Unidos;
 Vermelhos- defensores do governo bolchevique, organizado pelo
Trostsky

Comunismo de guerra, face da ditadura do proletariado

A ditadura do proletariado assume-se como uma etapa transitória no
processo de construção da sociedade socialista antes do comunismo.
Servindo-se da “supremacia politica”, o proletariado retiraria o capital à
burguesia e centralizaria todos os instrumentos de produção nas mãos do
Estado, fazendo as diferenças sociais se apagavam e o Estado que deixava
de fazer sentido e se extinguia também: surgindo o comunismo.
Comunismo- forma mais alta de organização da sociedade, o ser humano
alcançaria o verdadeiro bem-estar e liberdade.
O Lenine não esconde o seu propósito de implementação imediata da
ditadura do proletariado.

A resistência aos decretos revolucionários e o clima de guerra civil

conduziram ao comunismo de guerra com caracter violento e implacável,
Lenine toma as seguintes medidas:
  Nacionalização da economia: tudo será de todos;
 Apelo ao heroísmo revolucionário: condições aos trabalhos;
 Promoção cultural: aposta na educação;
 Instituição do terror: perseguição dos opositores.
A ditadura do proletariado foi a ditadura do Partido Comunista.

Nova Política Económica (NEP)

Foi alto o preço a pagar com a vitória da Rússia bolchevista na guerra
civil. A economia do país estava arruinada:
 a produção de cereais desceu;
 os camponeses não produziram, escondiam ou destruíam as suas
colheitas;
 a produção industrial diminuiu;
 as minas de carvão e os caminhos de ferro estavam inutilizados.
Houveram revoluções contra o rumo que a revolução socialista tomara
reivindicando liberdade de expressão e de imprensa, eleições
democráticas e libertação dos prisioneiros políticos. Apesar do Exército
Vermelho ter derrotado esta oposição o comunismo de guerra cedeu
lugar à Nova Política Económica (NEP) um recuo estratégico que recorreu
ao capitalismo.
Embora as médias, as grandes indústrias e o comércio externo
continuassem sob controlo estatal, o regresso parcial ao capitalismo
traduziu-se:
 na agricultura- suspensão da coletivização agrária;
 no comércio- autorização para os camponeses venderem parte dos
seus excedentes;
 na indústria- desnacionalização das empresas com menos de 20
operários;
Estimulados pela possibilidade de venda no mercado interno, os
camponeses aumentaram as produções.
No entanto, esta política económica punha em causa o ideal comunista
de uma sociedade sem classes. Com efeito, uma classe de camponeses
abastados (kulak) e de pequenos comerciantes (nepmen) suscitou os
ódios e não tardaram a repor a ortodoxia marxista.

Mutações nos comportamentos e na cultura

O choque da guerra e a crise dos valores tradicionais
Quando a Grande Guerra terminou a brutalidade do conflito, que ceifou
a vida a milhões de homens, desfez impérios e deixou a Europa exausta,
abalou profundamente as consciências. Gerando um sentimento de
descrença e de pessimismo.
Instalou-se um clima de anomia, isto é, de ausência de normas morais e
sociais que distinguissem o ceto do errado.
Este relativismo de valores acelerou as mudanças já em curso que
invadiram o dia a dia das grandes cidades, destaca-se a emancipação
feminina.

Emancipação feminina
A emancipação feminina revestiu duas facetas distintas:
 Alteração dos padrões de conduta: permitir à mulher uma maior
liberdade de atuação e novas formas de sensibilidade.
 Luta pela igualdade jurídica: adquiriu especial relevância ao direito
ao voto.
A mulher adquire uma visibilidade, até ao momento impensável saem
para ir às compras, toma chá e refrescos, dançar num clube noturno. A
convivência entre os sexos torna-se mais livre e ousada e a prática de
desporto abre-se ao sexo feminino transfigura-se tal como os penteados.
FLAPPER- designa-se às raparigas que desafiam todas as regras (marca dos
"loucos anos 20")

A luta pela igualdade jurídica assume ao lugar central no movimento

feminino. As reivindicações centravam-se no direito das mulheres casadas
à propriedades bens, à tutela dos filhos, ao acesso à educação e um
trabalho socialmente valorizado.
 Mais tarde o direito de participação numa vida política passou a assumir
um papel importante nas reivindicações femininas. Organizaram-se
numerosas associações sufragistas.
As convulsões da guerra vieram alterar este estado de espírito. Com os
homens nas trincheiras, as mulheres tiveram de ocupar os seus trabalhos
(nas fábricas, na autoridade do lar e no sustento da família, na condução
de automóveis, no campo e na frente de batalha como enfermeiras). A
partir daí ganharam autoconfiança e valorização social.
Embora efetiva igualdade entre os dois gémeos tenha demorado a
concretizar-se e se depare ainda hoje, com algumas resistências o
movimento feminista do início do século derrubou as principais barreiras e
abriu à mulher uma nova etapa da sua história.

Evolução da tecnologia
Os transportes e meios de comunicação contam-se entre os progressos
que mais contribuíram para alterar o estilo de vida e as mentalidades.
Quando Henry Ford tornou o automóvel um bem de consumo corrente, o
gosto pela velocidade e uma sensação de liberdade inteiramente nova
impregnaram os espíritos.
Ao mesmo tempo que o automóvel e o avião encurtavam as distâncias
físicas, outras tecnologias revolucionárias aproximavam os cidadãos do
mesmo país e do mundo inteiro.
Surgiu o telefone que veio acentuar ainda mais a sensação de rapidez e
imediatismo. Este trouxe enormes impactos:
 Melhorou a eficiência da administração pública
 Permitiu acudir emergência
 Beneficiou empresas e negócios
 Contribuiu para a difusão das notícias

O advento dos mass media

A possibilidade de difundir rapidamente todo o tipo de informação
impulsionou os meios de comunicação de massas. Dirigidos para um
público essencialmente urbano e escolarizado, as mass medias
homogeneizaram valores, gostos e comportamentos, operando uma
verdadeira revolução nas mentalidades.
A imprensa, a rádio e o cinema foram os principais meios de
comunicação em massas.
Dotados de novas técnicas de impressa, os jornais conhecem um período
dourado, pois atraem os clientes, recheiam-se de histórias de escândalo e
crime, títulos bombásticos e fotografias. Também proliferam as revistas,
com as temáticas mais diversas.
O aperfeiçoamento da telegrafia sem fios abriu caminho à radio que se
torna o meio de comunicação mais popular e se torna acessível a todos,
permitindo transmitir notícias, música, novelas radiofónicas, anúncios
publicitários, debates e obras literárias.
O cinema surgido na França pelos irmãos Lumières rapidamente se
universaliza tornando-se um sucesso na Europa, América e Ásia. O cinema
contribuiu para a difusão de modelos socioculturais, influenciar a moda, as
atitudes e valores.

A ciência testa os seus limites

Houveram novas e desconcertantes descobertas científicas como:
 Albert Einstein
Teoria da relatividade- abala princípios fundamentais da física
clássica ao negar o caracter absoluto do espaço e do tempo.
 Max Plank
Mecânica quântica e o mundo da microfísica- no qual mais tarde
Niels Bohr e Werner Heisemberg consideram que é impossível determinar
o que está a acontecer e prever o que acontecerá.
Surgiu o relativismo que aceita o mistério eu desordem com partes
integrantes do universo.
 Sigmund Freud
Psicanálise- funcionamento da mente humana- revelou a existência,
no psiquismo humano, de uma zona obscura e irracional que o indivíduo
não controla, mas que manifesta permanentemente no comportamento
(o inconsciente).
SÍNTESE
Velha cultura
 Valoriza a produção;
 Valoriza o caracter;
 Valoriza a poupança;
 Privilegia o trabalho;
 Defende o papel tradicional da mulher;
 Privilegia a tradição;
 Valoriza os laços familiares;
 Privilegia a cultura de elite.
Nova cultura
 Valoriza a abundância;
 Privilegia a imagem;
 Valoriza o consumo;
 Valoriza o ócio;
 Defende a emancipação feminina;
 Olha para o futuro;
 Valoriza a individualidade;
 Valoriza a cultura de massas.

Falência da primeira república

A 5 de outubro de 1910, em Portugal, uma revolução põe fim à
monarquia e colocava os republicanos no poder. Nos primeiros tempos, o
Partido Republicano procurou unir a população portuguesa nas áreas da
economia, política e ensino. Embora uma sucessão de problemas internos
e externos levou ao fim da primeira república portuguesa (1910-1926).

As dificuldades económicas e financeiras

Medidas da primeira república:
 Retirar o poder do clero
 Família de Bragança proscrita
  Lei do divórcio
 Casamento civil
 Registo civil obrigatório
 Descanso obrigatório ao domingo
 Criação de universidades
 Moeda: escudo
 Separação da Igreja e do Estado- Estado Laico
 Nova bandeira

Portugal entrava na Primeira Guerra Mundial aliando-se à causa dos

Aliados, com o objetivo de obter colónias, ser recompensada após a
guerra e para ser reconhecido o novo regime político.
A participação portuguesa no conflito mundial assentou os problemas
económicos e financeiros. A falta de bens de consumo e o racionamento
desesperaram a população em especial os mais desfavorecidos. Com a
produção industrial em queda o défice da balança comercial cresceu. A
dívida política aumentou aceleradamente.
Perante esta situação os governos multiplicaram a massa monetária em
circulação, o que desvalorizou a moeda e originou uma inflação galopante
e sucessivamente os custos de vida aumentaram devido ao aumento dos
preços.

A instabilidade política
A constituição de 1911 atribuiu ao congresso da República elevados
poderes sobre o governo e os presidentes, o que contribuiu para uma
crónica de instabilidade governativa. As lutas político-partidárias
acentuaram-se ainda mais com a fragmentação de Partido Republicano.
A Grande Guerra trouxe consigo agravamento de instabilidade política.
Em 1915 o general Pimenta de Castro dissolveu o parlamento e instalou a
ditadura militar. Pela via da ditadura enveredou igualmente Sidónio Pais
através do copo militar de 5 de dezembro de 1917. Considerando-se o
fundador de uma “República Nova”, destituiu o presidente da república
(Bernardino Machado), dissolveu o Congresso e fez-se eleger presidente
como o objetivo de restauração da monarquia.
 Com o assassinato de Sidónio Pais o país precipitou-se para uma guerra
civil, os monárquicos quiseram aproveitar-se da desagregação dos
partidos republicanos e ensaiaram uma efémera “Monarquia do Norte”
em janeiro de 1919.
O regresso da República fez-se logo em março, mas a “República Velha”
não lucrou a conciliação desejada.

A agitação social
Além da oposição dos monárquicos, a República também suscitou os
protestos dos católicos, das classes médias e do operariado.
O laicismo da República, separação da igreja e do estado, originou um
violento anticlericalismo trazendo a República a hostilidade da igreja e do
país conservador e católico.
As classes médias viram o seu poder de compra reduzida metade, a
mesma descrença chegou ao operariado, para quem a greve se afigurada
como a forma de luta mais eficaz contra a miséria que estavam sujeitos.
A agitação social chegou mesmo adquirir contornos violentos nas
grandes cidades, multiplicando-se os assaltos, os atentados bombistas e
atos violentos que envergonhavam o país para além-fronteiras. A primeira
república caminhava para o abismo.

O fim da primeira república

As fraquezas da primeira república abrir o caminho às ações da oposição.
O movimento operário intensificou a sua defesa contra o poder
instituído. As notícias da revolução da Rússia contribuíram para a difusão
do marxismo-leninismo entre as classes trabalhadoras. Os grandes
proprietários e capitalistas ameaçados pelo aumento dos impostos e pelo
surto grevista e terrorista, exploraram o tema da ameaça bolchevista.
Também a classe média deu amostras de apoiar um governo forte que
restaurasse a ordem e a tranquilidade e lhes devolvesse o desafogo
económico.
 Portugal sem sólidas raízes democráticas e a braços com uma grande
crise socioeconómica, tornou-se uma presa fácil das soluções autocráticas.
A 28 de maio de 1926 deu-se um golpe militar, comandado por Gomes
da Costa dando fim à primeira república.
Nos dias seguintes observou-se a demissão do governo democrático, o
encerramento do parlamento e a resignação do Presidente da República.
O caráter legalista do comandante viu-se ultrapassado pelo autoritarismo
de Gomes da Costa que assumiu a governação. Em julho, Gomes da Costa
seria disposto pelo general Óscar Carmona que passou a governar o país
em ditadura.