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Material Teórico
Culturas Globais -
Identidade de Gênero, Raça e Etnia
Revisor Técnico:
Prof. Dr.º Jane Garcia de Carvalho
Revisão Textual:
Prof. Dr.? Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Culturas Globais Identidade
UNIDADE e Gênero Raça e Etnia
*
Liberdade de Gênero;
O Sexo Biológico;
E
. Identidade de Gênero;
DE OBJETIVO DE APRENDIZADO
grupos específicos;
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
AN
O
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: edese manter
hidratado.
y Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu "momento do estudo";
Y No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Y Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Culturas Globais Identidade de Gênero, Raça e Etnia
Liberdade de Gênero
Os estudos nesta unidade partem da importância em discutir as diferenças de
gêneros na composição de uma sociedade sob o prisma das Ciências Humanas e
Sociais. Pretende-se também apresentar um estudo sobre raça e etnia e a sua rela-
ção com o gênero.
Iniciemos por indagar a origem das diferenças entre homens e mulheres. Para
muitos estudiosos, as diferenças são construídas a partir das influências sociais.
Dessa forma, partiremos da distinção entre sexo e gênero.
» dos casos,
ninguém é 100%
Algumas e. e
combinações mulher
uma coisa só. Somos nterpretações traves, transexual.
na sociedade vansgénero
um pouquinho disso
e daquilo.
O gráfico não é
Orientação sexual
capaz de definir
todas as Indica pelo que você sente atração. Mostra
A
1
Figura
Fonte: Adaptado de The GenderBread Person 2.0
Em Síntese
0 Sexo Biológico
Nascer homem ou mulher parece simples, e a princípio não requer muitas in-
dagações, porém, você já parou para se questionar "O que é ser um homem?
-
biológica. Essa categoria foi adotada pelas correntes filosóficas históricas que se
propunham a rachar com uma linha tradicional, e, ao mesmo tempo, ir além da
chamada história das mulheres ao explorar a relação estabelecida por homens e
mulheres ao longo do tempo.
masculina e o homem define a mulher não em si, mas relativamente a ele; ela
não é considerada um ser autônomo" (BEAUVOIR, 1970, p.10). Ao homem foi
delegado o papel privilegiado nesse sistema, que mesmo ao trazer prejuízos para
determinados indivíduos que fogem da lógica masculina, de forma geral, beneficia
os pertencentes ao gênero masculino.
Identidade de Gênero
À construção social das identidades é responsável também pela construção do
gênero. Portanto, nós fazemos o gênero, criamos a noção do que é ser menino
e menina desde a infância. Estabelecemos regras de comportamento, símbolos e
significados àquilo que deve ser caracteristicamente fator distinguível entre homens
e mulheres na fase adulta.
Essa construção social da identidade, para algumas pessoas, pode ser conside-
rada uma pressão para se tornar algo que a sociedade espera que cada um de nós
nos tornemos. No entanto, existem aqueles que enfrentam a pressão social para
encontrar um equilíbrio entre o corpo natural e a forma como enxerga a si próprio.
A maneira como cada um se sente ou gostaria que seu corpo fosse, estimula a bus-
ca por um equilíbrio entre o corpo e o psicológico.
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Utilizamos aqui a palavra 'enfrentamento" porque não é tarefa fácil buscar tal
equilíbrio, uma vez que a sociedade, pelo menos grande parte dela, não aceita que
o indivíduo tenha autonomia para alterar a natureza.
Quando se pensa sobre o assunto pelo viés da religião, essa questão se agrava
ainda mais. Pois "Deus, sendo o criador do homem e da mulher, seria insultado
por aqueles que não se contentam com o sexo de nascimento". Transformá-lo seria
pecado? Seria uma heresia ou uma ofensa? Para muitos religiosos, seria sim. Por
esse motivo atribuem o "pecado' àqueles que se identificam com sua sexualidade de
forma distinta da maioria.
Figura 3
-
Adão e Eva de Ticiano
Fonte: iStock/Getty Images
que lhe exigiam força, coragem, velocidade etc.; assim eram os caçadores das tri-
bos primitivas que defendiam seus iguais partindo para a querra contra os inimigos.
Em contrapartida, as mulheres ficavam responsáveis pelas tarefas ligadas à casa,
aos filhos, a plantar, colher, limpar, organizar, cozinhar etc. Ou seja, às mulheres se
atribuíam características menos agressivas e mais dóceis.
àquilo que é papel do homem e o que é papel da mulher. Essa visão estreita sobre
o gênero é grande causadora de preconceitos e discriminação nos tempos de hoje,
uma vez que há uma ideia de punição, ainda que subjetiva, para aqueles que dese-
jarem fugir às regras.
UNIDADE Culturas Globais Identidade de Gênero, Raça e Etnia
Cada indivíduo, desde a sua formação nos primeiros dias de vida, recebe uma
carga de normas, regras e aprendizados que serão interiorizados progressiva-
mente, na maioria das vezes atendendo às expectativas sociais sobre o seu sexo
e comportamento.
E importante lembrar que as pessoas são agentes ativos que modificam e criam
papéis para si mesmas.
Ainda que a família, a escola, os amigos sejam profundos influenciadores dos
papéis desempenhados na sociedade por meninos e meninas, homens e mulheres,
há que se registrar que uma série de outros fatores subjetivos também interfere na
construção de uma identidade de gênero.
Sendo assim, o próprio corpo está sujeito às forças sociais que o moldam, alte-
ram e transformam constantemente.
É possível, no decorrer da vida, que sejam atribuídos aos nossos corpos, novos
significados que desafiam o que é "natural". Os indivíduos poderão optar por re-
construir e reconfigurar seus corpos conforme a sua vontade. Há os que buscam
tratamentos hormonais, cirurgias plásticas, operações de sexo de acordo com a
escolha pessoal.
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Figura 4
Fonte: Getty Images
sigualdade de funções e salário que ocupam os estudiosos até os dias de hoje. Tais
desigualdades permanecem e são diferenciadas em cada país e em cada cultura.
Portanto, a desigualdade de gênero oferece um importante panorama de estudo,
no qual se debruçam progressivamente os pesquisadores.
Não se pode deixar de mencionar também o papel de submissão que foi re-
legado às mulheres nas sociedades ocidentais e orientais, principalmente dentro
de casa.
Ser uma mulher branca é igual a ser uma mulher negra? Ser um homosse-
xual branco de classe média é o mesmo que ser um homossexual negro e de
origem humilde?
Tomemos como exemplo para uma breve reflexão o caso da mulher em linhas
gerais. A mulher, durante muito tempo não teve direitos de cidadã, e lhe restava o
cuidado do lar, a reprodução e o cuidado com os filhos.
https: /itIy/2H002Yk
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Figura 5
-
Mulher negra e criança trabalhando no século XIX
Fonte: Marc Ferrez, 1875
Índias tupinambás trabalhando com o barro e a palha para produzir utensílios domésticos
https://www.gl/RFhh9v
A ideia de que tipos humanos distintos poderiam ser divididos em raças pro-
vém da Biologia. Especialmente, em 1859, as publicações se baseavam nas teses
de Charles Darwin, cuja célebre obra "Sobre a Origem das Espécies por Meio da
Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida" (On
the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of
Favoured Races in the Struggle for Life), deu origem ao darwinismo social e a
transferência das ciências naturais para as ciências humanas deu origem à teoria
evolucionista das espécies.
Feminilidades e Masculinidades
no Estudo de Gênero
Sendo as feministas as primeiras a se ocuparem com a desigualdade e subordi-
nação das mulheres em relação aos homens, os estudos sociais se iniciam a partir
de tais problemáticas. No entanto, com o avanço da própria sociologia e das ciên-
cias, bem como as transformações sociais, outras questões relacionadas ao gênero
surgiram e estão presentes nas discussões em ciências humanas e sociais nos dias
de hoje. Vejamos algumas.
Hieararquia de Gênero
Masculinidade
Masculinidade Feminilidades
cúmplice subordinadas
Masculinidades Feminilidade
subordinadas enfática
Masculinidade Feminilidade
homossexual Resistente
Menos poder
Vejamos, a seguir, uma breve síntese do que nos apresenta a hierarquia de Giddens:
Em Síntese
longe de apresentar qualquer semelhança a este. Grande parte dos homens, que nada
apresentam como características da masculinidade hegemônica.
Masculinidade homossexual: é considerado o 'oposto' do verdadeiro homem. Estereotipa-
do, é caracterizado como afeminado. Foi durante muito tempo tratado como uma patologia.
Feminilidade resistente: diz respeito as mulheres que não se submetem a normas, regras
e padrões de comportamento estipuladas pela sociedade e pelos veículos de comunicação
e resistem a isso tudo. Os exemplos de mulheres que não submetem seu modelo de vida
aos parâmetros pré-estabelecidos são as feministas, lésbicas, bruxas, parteiras, prostitutas,
À todas estas questões que aqui explanamos, somam-se diversas outras que de-
verão despertar a curiosidade do pesquisador como:
Como descrever os movimentos populares que lutam pelos direitos iguais inde-
pendente do sexo?
Por fim, notamos que a abordagem sobre gêneros nos deixa ainda muitas per-
guntas sem respostas. Neste sentido, alarga-se o campo de estudos e pesquisas
nesta temática que é de fundamental importância e de grande valia para a compre-
ensão da sociedade em sua complexidade.
Figura 7
Fonte: iStock/Getty Images
Para conhecer as políticas públicas e sociais das secretarias que se ocupam da questão de
gênero, raça e etnia, acessar o site da Prefeitura de São Paulo no seguinte link:
https://www.ly/2FrymrU
As diretrizes básicas do Estado brasileiro tem como desafios centrais das políti-
cas públicas e sociais implementar, prioritariamente, propostas que:
Tabela 1
LGBT
86
Figura 8
Fonte: Governo Federal do Brasil
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Em Síntese
Nesta unidade, procuramos apresentar uma reflexão a respeito das diferenças de gênero
desde a questão natural de diferença de sexos, relacionada ao corpo até as construções
sociais efâmeras que oferecem amplo campo de estudos para as ciências sociais.
Destaquemos aqui que o tema é bastante amplo e poderia se estender a questões rela-
cionadas à prostituição, às cirurgias plásticas, ao trabalho infantil etc. No entanto, obje-
tivou-se construir um pensamento básico, ainda que fundamental, sobre a importância
do estudo dos gêneros, raça e etnia para o Serviço Social.
UNIDADE Culturas Globais Identidade de Gênero, Raça e Etnia
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade
Leitura
https://www.ly/3YOIkdQ
https://www.ly/313Khv4
O vídeos
Referências
BEAUVOIR, S. O segundo sexo: a experiência vivida. São Paulo: Difusão Euro-
peia do Livro, 1967.