Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Turma J Codigo-708210256
Personalidade
Docente:
_____________________
Nampula
Novembro
2022
Benilda Francisco Vieira
Codigo-708210256
Turma: J
Personalidade
Nampula
Novembro
2022
1
Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota Subtotal
máxima do
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
Conteúdo domínio do discurso
académico (expressão 2.0
escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão
discussão textual)
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados
2.0
Conclusão Contributos teóricos
práticos 2.0
Normas APA
Referências 6ª edição em Rigor e coerência das
Bibliográficas citações e citações/referências 4.0
bibliografia bibliográficas
2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
3
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 5
Objectivos ................................................................................................................................... 5
Geral ........................................................................................................................................ 5
Específicos .............................................................................................................................. 5
Metodologias .............................................................................................................................. 5
1.Personalidade ........................................................................................................................... 6
2. Conclusão ............................................................................................................................. 25
4
Introdução
Sabendo que não a personalidade idêntica como não existe duas pessoas idênticas embora
muitas pessoas possuam traços em comum. Personalidade e temporal pertencem a uma pessoa
que nasce vive e morre.
Objectivos
Geral
Específicos
Metodologias
5
1.Personalidade
Para Carver & Scheier (2008), personalidade é uma organização interna e dinâmica dos
sistemas psicofísicos que criam os padrões de comportar-se, de pensar e de sentir
característico de uma pessoa. Esta definição de trabalho salienta que personalidade:
Para Freud, a personalidade ocorre em sete fases: oral, anal, fálica, latência, adolescência,
maturidade e velhice. Afirmando que em cada fase, a pessoa deve aprender a resolver certos
problemas específicos, originados do próprio crescimento físico e da interacção com o meio.
A solução dos diferentes problemas, que em grande parte depende do tipo de sociedade ou
cultura, resulta na passagem de uma fase para a outra e na formação do tipo peculiar de
personalidade. No decorrer das fases, o indivíduo expressa seus impulsos e suas necessidades
básicas dentro de moldes que visam a continuação da cultura, seu próprio crescimento e busca
do prazer pessoal.
I. Fase Oral
7
A percepção da criança, nos primeiros meses após o nascimento, é de totalidade, não
distinguindo ainda o “eu” do “não eu”. Se o seio (ou substituto) for gratificante, a imagem de
aceitação será projectada, e as expectativas futuras do mundo, em termos projectivos, serão
optimistas, o que é conhecido como o “objecto bom”, e o seu oposto irá gerar insegurança e
desconfiança.
Por volta dos seis meses, já há uma percepção da mãe “como uma pessoa total”, integrada em
seus aspectos bons e maus, e a relação da criança com a mãe é mais realistas, aprendendo a
controlar sua ansiedade e seus impulsos frente às demandas do meio, preparando-se para
enfrentar os novos desafios da fase seguinte de seu desenvolvimento.
Para Erikson (1974 ), a primeira coisa que se aprende na vida é receber; e a criança recebe não
só com a boca mas com os sentidos, com os olhos, ouvidos e com o tato. A atitude
psicossocial básica que se aprende, neste estágio, é “saber” se pode confiar no mundo a sua
volta, se será alimentada nos horários adequados e na quantidade correta, deixando-a
confortável. Irá desenvolver, a Confiança X Desconfiança.
É importante salientar que, de acordo com Erikson, desconfiança na dose certa é importante,
pois desenvolve a prontidão frente ao perigo, assim como a antecipação do desconforto
desenvolverá o instinto de protecção, que ajudará a criança a tornar-se mais autónoma.
No final do primeiro ano de vida estão presentes habilidades como virar-se, sentar,
engatinhar, às vezes andar, assim como o início da comunicação verbal, ora para pedir coisas,
ora como forma de sociabilização. Nessa fase inicia-se a capacidade de julgar a realidade e
antecipar situações, possibilitando maior tolerância às tensões do quotidiano, e normais no
desenvolvimento.
Passa a viver outro conflito, pois embora tenha prazer em agradar os adultos que a elogia
quando acerta, não poderá esvaziar a bexiga e o intestino imediatamente para, então, obter o
alívio da tensão, pois tem local próprio e “hora certa” para fazê-lo. Deve aprender a reter
8
quando desejaria eliminá-los, mas descobre que também pode ter prazer durante esse
processo.
Os impulsos, nesta fase, levam a criança a vivenciar a busca do domínio do ambiente, e das
pessoas que estão a sua volta, para obter o máximo de prazer possível. É a fase das “birras”,
crises de nervos, parecendo necessitar de limites claros, para então se acalmar.
O período que vai dos 3 aos 5/6 anos, a criança já tem maior consciência de si mesma,
percebendo com maior clareza o mundo que a rodeia, interessando-se pelo ambiente e
indagando sobre o significado e as causas dos fatos.
Aumenta o interesse pelo próprio corpo, principalmente pelos genitais, tornando-se mais
exibicionista, masturbando-se e buscando contacto físico com outras crianças.
Na chamada iniciativa existe a busca dos objectos que lhe dê a satisfação, e é o que move a
criança a ligar-se ao “objecto de amor”, tentando identificar-se como o modelo entendido
como “adequado”. A culpa surge como consequência dos sentimentos de omnipotência,
rivalidade, competição e ciúmes que acompanham o desejo de obter os fins procurados.
A conduta social básica que pode manifestar-se nessa fase é a de tentar sempre “tirar
vantagem”, bem como o ataque frontal as pessoas que tentam colocar limites, tendo prazer na
9
competição e na conquista, insistência em alcançar uma meta e, embora, demonstre segurança
e tenha atitude resoluta, pode carregar traços de inferioridade. Por outro lado, nessa fase a
criança torna-se amigável, colaboradora, amorosa, sendo capaz de proporcionar bem-estar as
outras pessoas uma vez que é capaz de ter empatia, podendo se colocar no lugar do outro.
Dos 5 aos 10 anos a criança utiliza sua energia psíquica para o fortalecimento do ego, o qual
se tornará melhor equipado para lidar com os impulsos que virão nos próximos anos, e para
adaptar-se aos novos ambientes. Volta-se para o mundo externo, como escola, jogos,
amizades e outras actividades, fora do ambiente familiar, passando a buscar novos ídolos e
heróis, fora de casa.
Se ocorreram turbulências nas fases anteriores, poderá ser uma criança irritada, agressiva,
exibicionista, com excessiva curiosidade sexual, apresentando mau aproveitamento escolar,
podendo ter pavores nocturnos, endure-se, ou dificuldades alimentares.
Nesse período da vida sua auto-estima já não depende exclusivamente da aprovação externa,
tendo a própria crítica ao proceder de forma “certa ou errada”. A sensação de acerto provoca
sentimento de segurança, prazer e auto valorização, e ao contrário, a sensação de erro traz
culpa e remorso.
Segundo Freud aparece neste momento o superego, herdado do complexo de Édipo, podendo,
a partir da auto crítica, surgir o medo excessivo de doenças, de acidentes, de perder o amor
das pessoas, da morte e da solidão.
Passa a ter importância vestir-se como os de sua idade, o conhecimento intelectual, os valores
sociais, os bens materiais, bem como a imagem de perfeição que construiu para si mesma. O
ego procura manter esta imagem evitando o sofrimento vindo dos sentimentos de
inferioridade e da diminuição da auto-estima que aparecerão sempre que os ideais forem
frustrados.
É a fase onde a transição está ocorrendo e não é mais criança, mas ainda não é jovem (fase
infanto-juvenil), desejando em alguns momentos permanecer num estado de despreocupação,
liberdade e aventura, e em outros total inércia.
V. Adolescência
Os adolescentes são desajeitados em seus movimentos, sendo que a fala fica alterada, a voz
vibrante, desafinada e alta. O humor fica extremamente lábil, com crises de raiva, choro e
risos, alternados e exagerados, além da insatisfação constante, e oposição a tudo o que o
adulto sugere.
Erikson aponta com sendo a fase da Identidade X Confusão de Papéis, uma vez que há um
grande desejo de ser valorizado por possuir ou realizar algo que seja só seu, algo inédito, que
lhe traga um destaque no grupo; porém o medo de não ser capaz está sempre presente. É uma
fase de muita criatividade, com críticas ao que acontece ao seu redor, ou no planeta como um
11
todo, tendo necessidade de falar sobre o que pensa, mas só quando desejar, como se
precisasse constantemente provar sua liberdade de falar ou calar.
VI. Maturidade
Poderíamos dividir esta fase em dois momentos: o Jovem adulto, período que vem logo após a
adolescência, e a Meia-idade.
Para Erikson o jovem adulto passa pela fase da Intimidade X Isolamento, onde deseja um
relacionamento afectivo íntimo, duradouro e continuo, através de relações profundas,
buscando, também nessa fase, a construção de uma carreira profissional que lhe dê
estabilidade e boa condição financeira.
A chamada crise dos 40 ocorre quando se avalia que não se tem mais todo o futuro pela
frente, e que o recomeço não é tão simples, pois sair do conhecido, e lançar-se no escuro
amedronta, torna-se mais preocupante do era que antes.
Jung (1988), no entanto, vê esta fase como extremamente criativa dizendo ser o “início do
libertar-se do aprisionamento do ego” e em vez de representar a última chance, como pensam
12
alguns, é sim um período especial, com significativas possibilidades para a maturação
saudável.
VII. Velhice
Erikson descreve esta fase como sendo aquela onde se desenvolve a Integridade X
Desesperança, onde ocorre naturalmente a avaliação do que foi vivido, com a percepção clara
de que não é possível mudar muitas das coisas que já passaram. É um fato real que a pele já
não tem a mesma elasticidade, que os olhos enxergam diferente, que dentes e ossos são mais
frágeis, e que se o idoso ficar preso a essas perdas haverá muito inconformismo, revolta ou
depressão.
Em contra partida, é fácil observar que pessoas de idade avançada realizam tarefas de grande
importância em várias áreas de actividade humana, quer na política, ciência ou nas artes, e
que muitos sábios, músicos, escritores, pintores e escultores realizaram suas conquistas já
bastante idosos.
Erikson entende que se o idoso conseguir manter a “integridade do ego” para adaptar-se às
mudanças pessoais e sociais, conseguirá satisfazer seus anseios, com maior tolerância para
com as ocorrências da vida atingindo, como resultado de toda experiência vivida, o dom da
sabedoria.
1.2. Temperamento
O temperamento pode ser conceituado como a qualidade das respostas emocionais da criança.
É mensurado na infância e tem a tendência de se manifestar em traços mais específicos, sendo
influenciado pelos componentes biológicos ou genéticos mais do que pela experiência (Caspi,
2005).
13
Para Strelau (1998), o temperamento consiste em uma característica formal do
comportamento, sendo expresso através do nível de energia e de factores temporais. São
traços básicos e relativamente estáveis, presentes desde cedo nas crianças. É primariamente
determinado por mecanismos biológicos e, ao longo do tempo, está sujeito a mudanças
causadas tanto pela maturação quanto pela interacção do indivíduo com o ambiente.
De forma geral, o temperamento é atribuído a bebés e crianças pequenas – até cerca de sete
anos de idade –, destacando-se por sua forte influência biológica, sendo que a tendência de
integração dos comportamentos culmina na formação da personalidade adulta.
I. Sanguíneo
A pessoa que tem o temperamento sanguíneo é caracterizada por ser mais extrovertida e optimista.
São pessoas alegres, esperançosas, calorosas, amáveis e simpáticas. De modo geral são
explosivas, instáveis emocionalmente, impulsivas e até egoístas.
Sabe aquele seu amigo que tem uma certa dificuldade de ficar quieto? Que está sempre fazendo uma
piada ou que te interrompe sempre que você está falando? Então, essas são características de um
sanguíneo.
II. Colérico
Pessoas com temperamento colérico são mais explosivas e agressivas do que as demais.
São pessoas dominadoras, ambiciosas, determinadas, impulsivas, comandam e lideram e são bons
planeadores. Em algumas situações são intolerantes, egocêntricos e impacientes.
III. Fleumático
Sabe aquela pessoa que faz de tudo para evitar um conflito? Então, essa é uma das características de
um fleumático.
São pessoas dóceis, pacíficas, sonhadoras, positivas e disciplinadas. Geralmente essas pessoas são
confiáveis e equilibradas.
IV. Melancólico
O temperamento mais profundo é o melancólico. Os melancólicos são sensíveis em suas emoções, são
pessoas detalhistas, que gostam de ficar mais quietinhas.
14
Possuem dificuldade de expor as suas emoções e sentimentos, são fiéis e desconfiados. São pessoas
leais, sensíveis e dedicadas.
Não há alguém que tenha um temperamento puro, embora o mais comum é que haja a
predominância de um único temperamento. Se você leu até aqui pode ter percebido características
semelhantes às suas em mais de um temperamento, a realidade é mais complexa do que todas as
categorias especulativas. Isto se dá porque todos nós somos constituídos dos quatro elementos,
contudo há a predominância geralmente de um deles.
Um outro ponto importante para apontar é que existem os chamados “temperamentos mistos” e estes
constituem na união das características de dois temperamentos, sendo que um ainda se sobrepõe ao
outro.
Segue abaixo, lista das especialidades dos elementos que compõem as capacidades humanas.
15
1.3.1. As capacidades humanas podem ser divididas em três categorias.
E neste ponto cabe uma reflexão importante: diante das adversidades, especialmente aquelas
que nos exigem mais, as capacidades existentes e as capacidades acessadas diminuem ou
ficam totalmente bloqueadas, como se a ponte de acesso se quebrasse ao meio. Porque é
exactamente isso que acontece com grande parte das pessoas quando elas estão frente a uma
adversidade. O problema é que frente a uma adversidade, as capacidades requisitadas
aumentam, justamente para que sejamos capazes de passar por ela de forma assertiva.
Branden (2002) cita 06 atitudes fundamentais as quais denominou “os seis pilares da auto-
estima” que devemos desenvolver.
Barreto (2010) comenta que auto-aceitação envolve se perceber com valor próprio, poder
dizer que “tenho valor”, “que sou capaz” e poder me afirmar e de dizer não, é estar a meu
favor, ser coerente com o que sinto. Quando calamos, com certeza o corpo vai falar através de
vários sintomas: gastrites, úlceras, etc. Quem se rejeita e não se aceita não tem futuro
promissor. Todo ser humano é imperfeito, todos cometemos erros, e muitas vezes somos
possuídos por sentimentos negativos. Se desejarmos nos livrar deles temos que primeiro
aceitar que erramos. Se tenho raiva, aceito ter raiva, se tenho medo, aceito que tenho medo. A
auto-aceitação envolve a ideia de ser amigo de si mesmo, aceitando as imperfeições, os
conflitos e até mesmo a nossa grandeza.
17
necessário sermos atores de nossas próprias vidas. A auto-afirmação é aceitar ser o que se é
com suas qualidades e defeitos, sem precisar esconder ou falsificar a si mesmo para poder ser
aceito pelos outros. Precisamos agir sem agressividade, prestando atenção ao contexto,
nutrindo em nós a confiança e a segurança naquilo que se é, sem medo de represálias.
6º- Pilar- “A atitude da integridade pessoal” Integridade é a integração dos ideais, das
convicções, dos critérios, das crenças e dos comportamentos. Integridade é a congruência dos
nossos actos, dos nossos valores, compromissos e prioridades. É ter autoconsciência e auto-
responsabilidade. É ser íntegro consigo mesmo, admitir nossas falhas sem culpar os outros,
entender o porquê daquilo que fazemos, reconhecer nossos erros e pedir perdão, reparar os
danos causados e se comprometer intencionalmente a agir de forma diferente. É agirmos com
os demais de forma como gostaríamos que agissem connosco, de forma gentil, delicada e
justa.
18
para influenciar de forma positiva na formação da consciência do cidadão, de modo a regular
a agressividade instintiva do ser humano.
Do ponto de vista de Farr (1998), e olhando para os limites dos desejos humanos, é notório
que estes não são estabelecidos pela Biologia ou estado físico, mas sim, pelas regras sociais
que têm a função de definirem para cada cidadão, aquilo que legitimamente têm direito. Neste
caso, incorporadas à consciência do individuo, essas regras estabelecem e disciplinam as
aspirações dos homens e criam a possibilidade de um modelo de satisfação e realização.
Analisado as ideias deste autor, é notória que o cidadão é incorporado em duas estruturas
diferentes: estrutura cultural, que vem a ser o conjunto de valores normativos que governam a
conduta comum do cidadão, pertencente a uma sociedade, e a estrutura social que é o
conjunto organizado de relações sociais no qual o cidadão é implicado de várias maneiras.
Por isso, Almeida (2010), nas suas abordagens, podemos encontrar dois tipos de influências
completamente distintas que são exercidas sobre a formação da consciência humana ou da
personalidade.
Olhando pelas ideias de Wilbur O’Donavan (2013), cada um de nós reflecte as influências da
nossa cultura, experiências de infância, a experiência da parentalidade, educação, crenças,
visão do mundo e muitas outras coisas.
19
Para um cidadão moderno e educado, estas influências juntaram dois mundos muito
diferentes. Por um lado, existe a influência forte de uma cultura rural tradicional na qual
somos de origem, cuja existe há séculos. Por outro, as crenças, práticas, valores e visão do
mundo moderno, científico e a educação centrado as novas tecnologias de informação que
desempenham uma grande influência na vida do cidadão moderno. Estes dois mundos
exercem grande influência tanto no pensamento do cidadão como nas tomadas de decisões.
Neste caso, não existe relação necessária entre características físicas de grupos humanos e
suas formas culturais. A diversidade das culturas existentes corresponde à variedade da
história humana. Cada realidade cultural tem sua lógica interna, que faz sentido para os
indivíduos que nela vivem, pois é resultado de sua história e se relaciona com as condições
materiais de sua existência.
Os primeiros estudos desenvolvidos nesse contexto consideravam o sexo como uma variável
individual, de natureza biológica, e, assim, procuravam detectar as diferenças de
comportamentos, traços e habilidades entre homens e mulheres (Deaux, 1984).
O termo papéis de género refere-se a um tipo de papel social que determina a maneira pela
qual homens e mulheres na sociedade devem agir. Os papéis de género são baseados em
normas e padrões acordados pela sociedade sobre o que é masculinidade e o que é
feminilidade.
A diferença entre o conceito de género e o de sexo é que o sexo se refere à parte biológica,
isto é, às características primárias, como o sistema reprodutivo, e às características
secundárias, como a altura. Em outras palavras, o sexo biológico pode definir uma pessoa
com seios ou pelos faciais.
Porém, é a sociedade que determina que, por exemplo, o masculino está associado à cor azul e
o feminino à cor rosa, através das normas associadas aos papéis de género (aspecto social).
Como essas normas e expectativas associadas aos géneros dependem da sociedade em que as
pessoas estão imersas, isso mudará de acordo com a cultura específica e também de acordo
com outras características pessoais, como classe social, raça e etnia.
Os papéis de géneros são construídos sobre as noções que uma determinada sociedade tem
sobre masculinidade e feminilidade.
Esses são todos os comportamentos que se esperam que homens e mulheres realizem dentro
da estrutura de uma sociedade.
Os papéis de géneros não são estáticos, mas estão constantemente mudando em resposta à
evolução de uma determinada sociedade e à transformação do conceito associado a cada um
dos sexos.
21
Papéis de géneros e socialização
Socialização é a maneira pela qual a sociedade incute em seus membros quais são as funções
e expectativas associadas à masculinidade e à feminilidade. Dessa maneira, as crianças
aprendem quais são seus “papéis” (papéis) no “trabalho” da sociedade.
Socialização familiar
A socialização ocorre em muitos níveis, mas o mais importante é o que ocorre na família, uma
vez que é o ambiente em que as crianças nascem e em que serão exclusivamente até
começarem a participar mais da sociedade. ir a escola.
Outra maneira pela qual as crianças aprendem a se comportar é observando a maneira como
os adultos ao seu redor reagem às suas escolhas de roupas, brinquedos e outros itens.
Por exemplo, verificou-se que os pais (mais que as mães) marcam suas expectativas mais
claramente em relação aos filhos do que em relação às filhas.
Esses sinais de aprovação ou desaprovação nem sempre ocorrem explicitamente, mas podem
ser observados em comportamentos como aproximação física, reforço verbal ou nível de
atenção (olhar, conversar) quando a criança executa o comportamento desejado.
Exemplos de socialização
Quando crianças pequenas são colocadas em roupas de cores diferentes. Nesses casos, a
escolha dos tópicos geralmente não é aleatória, mas se encaixa no que é considerado
masculino e feminino.
No caso dos meninos, suas características físicas relacionadas à força e velocidade são
frequentemente destacadas, e no caso das meninas, as características relacionadas à
fragilidade e afecto são mais enfatizadas.
Quando as crianças são solicitadas a ajudar nas tarefas domésticas, geralmente as crianças são
solicitadas a ajudar em tarefas que exigem força, como retirar lixo ou podar o jardim; As
22
meninas são convidadas a colaborar em tarefas que requerem atenção e cuidados, como
dobrar roupas.
No entanto, a maneira como o géneros é expresso varia muito entre as sociedades. Por
exemplo, existem culturas nas quais vestidos e saias são considerados roupas masculinas.
Isso levou à criação de campanhas para doar brinquedos não sexistas e a pressionar as lojas de
brinquedos a exibir imagens unissex em caixas e catálogos.
No sistema educacional, você também pode ver diferenças: desde escolas completamente
segregadas por sexo (escolas femininas e masculinas) até a separação que pode ser feita
durante as aulas em termos de assentos, assuntos ou eventos competitivos.
Isso pode afectar as oportunidades de emprego ou a participação em outras áreas para pessoas
que não são consistentes com os estereótipos da sociedade.
23
Exemplos de estereótipos de género
24
2. Conclusão
Com este trabalho pode-se constatar e avançar na ideia que a personalidade é um conjunto de
processos cognitivos e automáticos que nos fazem reagir sobre uma determinada forma, tendo
em conta os diversos contextos. Penso que actualmente, a personalidade deve ser entendida
como um misto de factores biológicos e ambientais, estando ambos intimamente relacionados.
É não menos importante de referir que ao longo dos tempos a personalidade começa a ser
considerada importante noutros domínios da psicologia, como na inteligência e nas emoções.
Personalidade é um termo abstracto utilizado para descrever e dar uma explicação teórica do
conjunto de peculiaridades de um indivíduo que o caracterizam e diferenciam dos outros.
25
3. Referencias Bibliográficas
Carver, Charles S.; Scheier, Michael F. (2008). Perspectives on personality (em inglês) 6ª
ed. Boston, EUA: Pearson/Allyn and Bacon.
Lindsey, L. (2005). Papéis de gênero: uma perspectiva sociológica. Nova Jersey: Pearson
Prentice Hall.
Roberts, B. W., Wood, D., & Caspi, A. (2010). The development of personality traits in
adulthood. In O. P. John, R. W. Robins, & L. A. Pervi (Eds.), Handbook of personality:
Theory and research (3rd ed., pp. 375-398). New York, NY: Guilford Press.
26
Spence, JT (1984). Masculinidade, feminilidade e traços relacionados ao gênero: Uma
análise conceitual e crítica da pesquisa atual. Em BA Maher (Org.), Progress in experimental
research (Volume 13, pp. 2-97). Nova York: Academic Press.
27