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Turma J Codigo-708210256
Docente:
_____________________
Nampula
Novembro
2022
Benilda Francisco Vieira
Codigo-708210256
Turma: J
Nampula
Novembro
2022
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Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota Subtotal
máxima do
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
Conteúdo domínio do discurso
académico (expressão 2.0
escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão
discussão textual)
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados
2.0
Conclusão Contributos teóricos
práticos 2.0
Normas APA
Referências 6ª edição em Rigor e coerência das
Bibliográficas citações e citações/referências 4.0
bibliografia bibliográficas
2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 5
Objectivos ................................................................................................................................... 5
Geral ........................................................................................................................................ 5
Específicos .............................................................................................................................. 5
Metodologias .............................................................................................................................. 5
2. Conclusão ............................................................................................................................. 32
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Introdução
A saúde sexual e reprodutiva representa uma das principais preocupações da Saúde Pública,
pois afecta a saúde e o bem-estar dos indivíduos e compromete o nível social e económico das
sociedades. Muitos problemas relacionados a este tema são acentuados em grupos
socialmente desfavorecidos, como os imigrantes
Objectivos
Geral
Específicos
Metodologias
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1. A Importância do Planeamento Familiar na Saúde Sexual e Reprodutiva
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 120 milhões de mulheres em todo
mundo desejam evitar a gravidez. Por isso, a lei do Planeamento Familiar foi desenvolvida
pelo Governo Brasileiro, com intuito de orientar e conscientizar a respeito da gravidez e da
instituição familiar.
O planeamento familiar permite que as pessoas atinjam o seu número desejado de filhos e
determinem o espaço de tempo entre as gestações. E é alcançado através do uso de métodos
contraceptivos e do tratamento da infertilidade (esta ficha técnica foca na contracepção).
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1.1.2. Benefícios do planeamento familiar/contracepção
O planeamento familiar pode impedir gravidezes inoportunas e partos com um curto período
de tempo entre eles, que contribuem para algumas das mais altas taxas de mortalidade infantil
do mundo. Filhos de mães que morrem ao dar à luz também têm um maior risco de morte e
problemas de saúde.
O planeamento familiar reduz o risco de gravidezes não desejadas entre as mulheres que
vivem com o HIV, resultando em menos bebés infectados e órfãos. Além disso, preservativos
masculinos e femininos fornecem dupla protecção contra a gravidez indesejada e contra as
DSTs, incluindo o HIV.
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Capacitar as pessoas e melhorar a educação
O planeamento familiar permite que as pessoas façam escolhas informadas sobre a sua saúde
sexual e reprodutiva. O planeamento familiar representa uma oportunidade para as mulheres
de prosseguir seus estudos adicionais e participar na vida pública, incluindo trabalho
remunerado em organizações não-familiares. Além disso, ter famílias menores permite que os
pais invistam mais em cada criança. Crianças com menos irmãos tendem a permanecer mais
tempo na escola do que aqueles com muitos irmãos.
Adolescentes grávidas são mais propensas a ter bebés prematuros ou de baixo peso ao nascer.
Os recém-nascidos de adolescentes têm maiores taxas de mortalidade neonatal. Muitas
meninas que engravidam têm de deixar a escola e isto tem implicações de longo prazo para
elas como indivíduos, para suas famílias e suas comunidades.
O uso de anticoncepcionais
As barreiras de género.
A necessidade não atendida de contracepção continua a ser muito elevada. Essa desigualdade
é alimentada tanto por uma população crescente, quanto por uma escassez de serviços de
planeamento familiar. Na África, 23,2% das mulheres em idade reprodutiva têm uma
necessidade não atendida de contracepção moderna. Na Ásia, na América Latina e no Caribe
(regiões com alta prevalência de contraceptivos) os níveis de necessidades não satisfeitas são
de 10,9% e 10,4%, respectivamente (World Contraceptive Reports 2013, Departamento de
Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas).
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1.2. Tipos de métodos contraceptivos
Por fim, existem outros dispositivos, como o diafragma vaginal — feito de borracha, que
impede a entrada de espermatozóides no útero — e o anel vaginal — também feito de
borracha, faz a liberação progressiva de harmónios.
De acordo com a OMS, a saúde sexual é um ―estado de bem-estar físico, emocional, mental e
social em relação à sexualidade‖. Ou seja, estar saudável sexualmente abrange diversos outros
factores que não somente a ausência de uma doença. É um conceito que incorpora aspectos
positivos quanto à aceitação da sexualidade e suas relações. Ter experiências sexuais
prazerosas, seguras e livres de qualquer tipo de violência também é cuidar da saúde sexual.
Portanto, mais do que prevenir-se contra ISTs ou gestação precoce, cuidar da saúde sexual é
importante para a saúde mental, psicológica e emocional.
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1.4. Infecções sexualmente transmissíveis
A saúde sexual abrange, ainda, outro ponto bastante preocupante: as Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs).
Existem também as ISTs virais, como o HIV (vírus causador da Aids), vírus
herpes simples genital (HSV), hepatite viral B, papilomavírus humano (HPV)
O HIV continua sendo a maior ameaça dentro das ISTs, cujo número de casos está voltando a
aumentar nos últimos anos. A infecção pelo HIV não tem cura e o tratamento requer a
utilização de vários medicamentos pelo resto da vida para controle da carga viral. Além
disso, não há vacina contra o HIV.
Por outro lado, existem vacinas contra a hepatite B, uma infecção que pode levar a doenças
como a cirrose e o câncer de fígado. O HPV é outro IST que actualmente possui vacinas com
boa eficácia para sua prevenção.
No entanto, é preciso compreender que a melhor forma de se proteger é por meio do uso de
preservativos. Independente da vacinação e tratamento, o uso da camisinha, além de oferecer
autoprotecção, diminui o risco de disseminação dessas doenças, já que muitas são silenciosas
e não apresentam sintomas aparentes.
A saúde sexual e reprodutiva deve ser tema de conversas entre pais (ou responsáveis legais)
e seus filhos.
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Jovens e adolescentes são impactados física e psicologicamente, durante a puberdade, e
o apoio familiar e profissional é fundamental para vencer todos os possíveis conflitos
internos. Nessa fase, deve-se estimular o autoconhecimento e a auto-aceitação, bem como
facilitar a construção de um ambiente de respeito e apoio.
Conforme Quisumbing (1996), mesmo os estudiosos por vezes se confundem no emprego dos
termos sexo e género.
Enquanto sexo se refere às categorias inatas do ponto de vista biológico, ou seja, algo
relacionado com feminino e masculino; o género diz respeito aos papéis sociais relacionados
com a mulher e o homem (Moser, 1989).
Toda sociedade é marcada por diferenças de género, havendo, ainda, grande variação dos
papéis associados em função da cultura e do tempo em que se vive. Ressalte-se, contudo, que
a determinação social de género pode ser alterada por uma acção consciente tomada –
inclusive por meio de políticas públicas.
Em suma, enquanto sexo é uma categoria biológica, género é uma distinção sociológica.
Sexo é, em regra, fixo; já o papel de género muda no espaço e no tempo (principalmente com
a tomada de consciência de distinções que são construídas socialmente, e que podem e devem
ser em inúmeros casos ‗desconstruídas‘, para que haja igualdade do ponto de vista social).
Quanto aos direitos sexuais, cada pessoa é livre para escolher seu parceiro sexual e viver e
expressar livremente sua sexualidade, independente da orientação sexual. As pessoas não
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devem sentir medo, vergonha ou culpa, e possuem o direito de escolher ou não se querem ter
uma relação sexual.
É direito universal ter acesso a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e
atendimento adequado para o cuidado da saúde sexual e prevenção de ISTs.
Embora o ser humano seja um ser sexuado, a sexualidade é diferente consoante a idade. As
crianças, os adolescentes, os adultos e as pessoas idosas têm interesses sexuais, manifestando
a sua sexualidade através de determinados comportamentos. Contudo, a sexualidade muda
com a idade, verificando-se características próprias que estão associadas a cada fase da vida.
Também em cada etapa da vida, as pessoas vivem a sua sexualidade de formas diferentes,
estando esta sujeita à influência de diversos factores socioculturais e às particularidades
individuais do desenvolvimento biofisiológico e psicoafectivo de cada pessoa.
Neste contexto, é difícil definir a sexualidade de uma forma sintética, pois cada período tem
as suas especificidades. Apesar disso, as maiores diferenças no desenvolvimento verificam-se
entre a fase da pré-puberdade e a fase da pós-puberdade. Nesta seção, pode encontrar
informação sobre as principais características que definem cada período da nossa evolução.
A sexualidade pré-pubertária
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sexualidade é vivida e desenvolve-se nas relações com as sensações corporais e em interação
com as figuras de apego.
Os estímulos tácteis sobre o próprio corpo são os que têm maior poder propiciador de
respostas fisiológicas sexuais.
Até aos dois/três anos, as crianças adquirem consciência da sua identidade sexual, ou seja,
reconhecem-se e identificam-se como rapaz ou rapariga. Simultaneamente, iniciam um
processo de aprendizagem e interiorização das funções que a sociedade considera próprias do
rapaz ou da rapariga, e que estão associadas ao papel de género.
A sexualidade na adolescência
A puberdade é uma época de transição entre a infância e a idade adulta, um período marcado
por profundas alterações biológicas, fisiológicas e psicológicas, durante o qual o corpo
adquire os caracteres sexuais (masculinos e femininos) associados ao sexo biológico, dando-
se igualmente a maturação do aparelho reprodutor e a aquisição da capacidade reprodutiva.
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A descoberta da sexualidade atinge o seu auge. O desejo sexual torna-se algo mais específico
e vários estímulos adquirem valor sexual. Com uma maior actividade hormonal, os jovens
passam por várias alterações ao nível do corpo, designadamente aumento dos órgãos sexuais,
ejaculação nocturna no caso dos rapazes e a primeira menstruação no caso das raparigas.
Habitualmente é neste período que ocorrem os primeiros contactos sexuais e as primeiras
experiências.
Vejamos de forma breve quais as mudanças que se produzem e que definem a adolescência
(López e Fuertes, 1999):
Mudanças biofisiológicas
Mudanças psicológicas
O adolescente adquire uma nova forma de pensamento que lhe permite formular hipóteses,
raciocinar sobre elas e extrair as suas próprias conclusões. Estas novas possibilidades
intelectuais também lhe permitem reflectir sobre os seus próprios pensamentos, bem como
orientar o seu afecto para determinadas ideias e valores.
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Manifestações anatómicas e fisiológicas
Nos rapazes
Fonte: Harris, Robie H. (1997). Vamos falar de Sexo - Crescimento, Corpos em Mudança, Sexo e Saúde Mental.
Terramar, Lisboa.
Nos rapazes, as transformações começam por volta dos 9 aos 14 anos e são muito mais
demoradas do que nas raparigas.
Crescimento da barba;
Voz grossa;
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Nesta fase os rapazes têm as primeiras ejaculações, que geralmente ocorrem durante o sono
(os chamados ―sonhos molhados‖).
Nas raparigas
Fonte: Harris, Robie H. (1997). Vamos falar de Sexo - Crescimento, Corpos em Mudança, Sexo e Saúde Mental.
Terramar, Lisboa.
Nas raparigas inicia-se, em geral, entre os 8 e os 13 anos, variando este período de pessoa
para pessoa. Em geral, a puberdade tem início com a primeira menstruação (menarca), que
coincide com o surgimento de uma série de transformações do corpo, que já se vinham
manifestando na fase conhecida como pré-puberdade.
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Em comparação com a adolescência, na idade adulta a sexualidade é vivida mais
tranquilamente. Porém, a sexualidade continua a ser é muito distinta de pessoa para pessoa,
como consequência do grau de diversidade que implicam as suas formas de vida.
Na idade adulta, a maioria das pessoas encaram a sexualidade com normalidade. Isto advém
de uma maior maturidade resultante de uma vida familiar tendencialmente mais estável ou por
possuírem um/a companheiro/a fixo/a.
Levinson (1977, citado por López e Fuertes, 1999) refere que durante a primeira etapa da vida
adulta dão-se mudanças significativas que correspondem a um período definido:
Nascimento de filhos.
Fonte: López Sánchez, F. e Fuertes, A. (1999). Para compreender a sexualidade. Lisboa. APF
A sexualidade no envelhecimento
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a entrada numa idade adulta mais avançada
não significa colocar a vida sexual de parte.
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O envelhecimento é um processo indutivo de várias mudanças no indivíduo, nomeadamente
ao nível físico, mental e social. Estas mudanças tendem a afectar a expressão da sexualidade,
na medida em que se torna necessário para a pessoa ―idosa‖ redefinir objectivos, isto é,
reconhecer que está numa nova fase do ciclo vital e que, tal como as anteriores, está associada
a determinados ―acontecimentos padrão‖, assim como de crises de desenvolvimento próprias
da fase em questão.
Parece ser consensual e lógico que o sexo e a sexualidade fazem parte da vida da pessoa
idosa, mesmo que haja uma redução da frequência e da intensidade. Se por um lado há
diminuição de energia, força e vitalidade, por outro há tendencialmente um aumento do tempo
disponível e diminuição de preocupações profissionais.
A sexualidade das pessoas idosas continua a ser um tema que dá origem a diversos mitos, que
dominam as crenças da actualidade, pautadas pela ideia de que o homem e a mulher mais
velhos são sexualmente pouco atraentes, e incapazes de se interessarem por sexo (Murphree e
Neighbors, 2009).
Na obra Sexuality, Sexual Health and Ageing, Merryn Gott (2005) faz referência a um mito
designado ―the asexual old age‖, que corresponde a um estereótipo caracterizado por uma
incompatibilidade entre Sexualidade e Envelhecimento, e segundo o qual as pessoas idosas
não praticam sexo.
Além deste, é ainda possível fazer referência a outros mitos (Correia, 2003):
A vida pode ser prolongada pela abstinência na juventude e pela inactividade mais
tarde.
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A masturbação é uma actividade infantil que deve ser posta de parte quando se atinge
a idade adulta. Só é praticada por pessoas idosas se estas estiverem seriamente
perturbadas.
A maioria dos homens idosos perde o desejo e a capacidade para ter relações sexuais.
As pessoas idosas que estão vários anos sem ter relações sexuais não mais poderão vir
a tê-las no futuro.
No caso dos homens, os autores (López e Fuertes, (1999), fazem referência às seguintes
alterações biofisiológicas:
Diminuição da produção de esperma, que se inicia por volta dos 40 anos, mas sem
total desaparecimento;
A erecção é mais lenta e necessita de uma maior estimulação, sendo também menos
firme;
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Reduz-se a tensão muscular durante a relação e aparece um outro conjunto de
alterações fisiológicas que acompanham a resposta sexual;
Em suma, verifica-se uma perda nítida de vigor fisiológico nos comportamentos sexuais
coitais.
Diminui o tamanho da vagina, que também se torna mais estreita e perde elasticidade
(estas alterações na vagina podem tornar o coito doloroso se não se aplicam cremes
adequados); porém, a resposta clitoridiana não sofre alterações importantes;
É possível ainda referir outros factores psicossociais que condicionam a actividade sexual das
pessoas idosas (Lópes e Fuertes, 1999):
O medo de não ser capaz de ter relações sexuais coitais ou de proporcionar prazer ao
parceiro limita a capacidade sexual, devido à ansiedade e insegurança que provoca;
A atitude dos filhos e da sociedade em geral, habitualmente muito crítica face à ideia
de que os seus pais possam interessar-se por sexo, leva a que muitas pessoas idosas se
culpabilizem e fiquem assim limitadas na sua atividade sexual.
Não obstante estes factores, López e Fuertes (1999) consideram que existem outros factores
que podem contribuir de forma positiva, permitindo às pessoas mais velhas desfrutar de
experiências gratificantes do ponto de vista das relações sexuais, e também do ponto de vista
dos afectos.
É importante voltar a salientar que estas alterações não ocorrem nem na mesma altura nem da
mesma forma em todas as pessoas. Cada indivíduo tem o seu próprio ritmo e, para alguns,
estas mudanças não chegam a ser muito pronunciadas.
Também o modo como cada pessoa vive estas alterações é diferente. Algumas encaram-nas
como naturais, enquanto outras ficam alarmadas e preocupadas, pensando que vão deixar de
poder ter relações sexuais.
Para melhor lidar com o impacto destas alterações, a pessoa em questão pode falar com um/a
técnico/a de saúde (médico/a de família, por exemplo; ou ginecologista, para as mulheres;
ou urologista, para os homens) ou sexólogo/a, a fim de obter ajuda para ultrapassar eventuais
dificuldades sexuais que possam surgir nesta fase.
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Identidade de género – sentimento de ser do género feminino (mulher) ou do género
masculino (homem) independentemente da anatomia. Uma pessoa transgénero é alguém que
não corresponde às convenções sociais e categorias tradicionais de género associadas ao seu
sexo biológico. Uma pessoa transexual é alguém que sente que a sua identidade de género é
diferente do seu sexo biológico. Algumas pessoas transexuais desejam mudar o seu corpo
através de tratamentos e/ou cirurgias, mas nem todas.
Orientação sexual – refere-se ao que cada pessoa pensa e sente sobre si própria e sobre a sua
afectividade e sexualidade e por quem se sente atraído afectiva e sexualmente. Uma pessoa é
considerada:
Na reprodução humana, para que haja a gravidez natural, o sistema reprodutor dos dois devem
estar funcionando perfeitamente, o homem deve ejacular na vagina da mulher, permitindo que
os espermatozóides entrem na cavidade uterina através do colo do útero e do canal cervical.
Dentro do útero, os espermatozóides continuam até chegarem às trompas (aleatoriamente eles
se dividem e metade acaba entrando para a trompa direita e a outra metade para a trompa
esquerda).
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Imagem: Aparelho Reprodutor Feminino
Mas de nada adianta os espermatozóides alcançarem seu destino se durante esse processo o
ovário não funcionar, ―liberando‖ o óvulo. O fenómeno da ovulação ocorre por volta do
décimo quarto dia do ciclo menstrual, em que um dos ovários ―libera‖ um óvulo. Quando isto
ocorre, esse óvulo é captado pela trompa e fertilizado pelo espermatozóide dentro da trompa
que o captou.
Dessa maneira, ―nasce‖ um pré-embrião. Com a ajuda da musculatura das trompas, esse pré-
embrião é conduzido até a cavidade uterina (endométrio) na qual irá se desenvolver até virar
um feto. O processo de fecundação descrito está bem representado na figura abaixo.
Testículos: são as gónadas masculinas e estão localizados dentro do saco escrotal, também
conhecido como escroto. Eles são formados por vários tubos enrolados chamados de túbulos
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seminíferos, nos quais os espermatozóides serão produzidos. Além de produzir as gametas, é
nos testículos que ocorre a produção da testosterona, harmónio relacionado, entre outras
funções, com a diferenciação sexual e a espermatogénese.
Uretra: é o ducto que se abre para o meio externo. Ela percorre todo o pénis e serve de local
de passagem para o sémen e para a urina, sendo, portanto, um canal comum ao sistema
urinário e reprodutor.
Próstata: secreta um fluido que também compõe o sémen. Essa secreção contém enzimas
anticoaguladoras e nutrientes para o espermatozóide.
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Glândulas bulbouretrais: no corpo masculino observa-se a presença de duas glândulas
bulbouretrais. Elas são responsáveis por secretar um muco claro que neutraliza a uretra,
retirando resíduos de urina que possam ali estar presentes.
Pénis: é o órgão responsável pela cópula. Ele é formado por tecido eréctil que se enche de
sangue no momento da excitação sexual. Além do tecido eréctil, no pénis é possível observar
a passagem da uretra, pela qual o sémen passará durante a ejaculação.
Se quiser aprofundar mais no tema deste tópico, leia: Sistema reprodutor masculino.
Ovários: no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais são responsáveis
por produzir os gametas femininos. Nesses órgãos são produzidos também os harmónios
estrogénio e progesterona, relacionados com a manutenção do ciclo menstrual, sendo o
estrogénio relacionado também com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
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Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas uterinas, as quais
apresentam uma extremidade que atravessa a parede do útero e outra que se abre próximo do
ovário e tem prolongamentos denominados de fímbrias. A fecundação ocorre, geralmente, na
região das tubas uterinas.
Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores, os lábios
menores, a abertura vaginal, a abertura da uretra e o clítoris. Esse último é formado por um
tecido eréctil e apresenta muitas terminações nervosas, sendo um local de grande
sensibilidade.
1.7. Aborto
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O aborto espontâneo, isto é, quando a perda do feto não é consequência de alguma acção
voluntária, é uma intercorrência obstétrica bastante comum e tem motivos diversos, embora,
na maioria das vezes, a sua causa seja indeterminada.
Cerca de 20% das gestações terminam em um aborto, e umas das principais causas, quando
determinada, são anomalias cromossômicas. Quando o aborto ocorre até a 12ª semana de
gestação, ele é denominado de aborto precoce, a partir da 12ª semana de gestação, é
denominado de aborto tardio. Cerca de 80% dos abortos são precoces.
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5. Aborto infectado: o aborto infectado é caracterizado pela presença de restos do
produto da concepção no útero e a ocorrência de infecção. É observado, nesses casos,
um sangramento irregular, dor, febre, a presença de secreção purulenta, útero
amolecido. Se não tratada de forma rápida, a infecção pode se espalhar e evoluir para
septicemia. Esse tipo de aborto é comum em quem faz aborto de forma ilegal, devido,
principalmente, às condições adversas das clínicas clandestinas. Esse tipo de aborto
apresenta uma alta taxa de mortalidade materna.
Outros factores importantes também causadores de aborto são infecções, como toxoplasmose
e sífilis; alterações uterinas, como o útero septado (malformação onde ocorre a presença de
um septo que pode dividir toda a cavidade uterina e até mesmo o canal cervical); factores
imunológicos, como a síndrome do anticorpo antifosfolipídico (caracterizada por trombose
arterial e venosa, além de complicações e morte fetal); e endócrinos, como alterações na
produção de harmónios da tireóide.
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1.7.3. Factores de risco para o aborto
Alguns factores são considerados como factores de risco para o aborto. A seguir, listamos
alguns deles:
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2. Conclusão
O facto é que o acesso ao planeamento familiar reduz não só gravidezes não desejadas como
também a mortalidade materna e infantil, tendo um impacto claramente positivo nas
oportunidades educacionais e económicas das mulheres e das jovens. Surge de questões como
estas a centralidade do planeamento familiar voluntário para a actual e futura agenda de
desenvolvimento e direitos humanos: sem acesso a educação, serviços de saúde e
contraceptivos, dificilmente será conseguida a erradicação da pobreza, a igualdade de género,
o acesso das raparigas e mulheres ao sistema de ensino formal ou a redução da mortalidade
materna e infantil, uma das questões mais preocupantes na actual agenda.
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3. Referências bibliográficas
Elisabeth Badinter ; trad. Luís de Barros (1993). XY : a identidade masculina. Porto : ASA
Isabel, P. L. (1997). Sexualidade e parentalidade (pensar hoje o que se vem pensando) - Actas
do 1º Colóquio de Psicologia Social Clínica. Lisboa : Instituto Superior de Psicologia
Aplicada.
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