Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Reacções Orgânicas e Hidrocarbonetos

Lazaro Marcos Witinesse


Witinesse: Cód. 708216052

Curo: Licenciatura em Ensino de Química


Disciplina: Química Orgânica
Ano de Frequência: II° Ano

Tutora:
Mela Pedro João Ferrão

Lichinga, Novembro de 2022.


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Recomendações de melhoria:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 5
1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 5
1.1.1. Objectivo Geral ............................................................................................................. 5
1.1.2. Objectivos Específicos .................................................................................................. 5
1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 5
2. Reacções Orgânicas e Hidrocarbonetos .............................................................................. 6
2.1. Tipos de reacções orgânicas ............................................................................................ 6
2.1.1. Reacção de substituição ................................................................................................ 6
2.1.2. Reacção de adição ......................................................................................................... 7
2.1.3. Reacção de eliminação.................................................................................................. 8
2.1.4. Reacção de rearranjo ..................................................................................................... 8
2.2. Hidrocarbonetos ............................................................................................................... 8
2.2.1. Classificação dos Hidrocarbonetos ............................................................................... 8
Hidrocarbonetos alifáticos................................................................................................... 8
Hidrocarbonetos cíclicos ..................................................................................................... 9
Hidrocarbonetos saturados .................................................................................................. 9
Hidrocarbonetos insaturados ............................................................................................... 9
2.2.2. Ocorrência na natureza ............................................................................................... 10
2.2.3. Isomeria ...................................................................................................................... 10
Isómeros estruturais........................................................................................................... 10
Estereoisômeros ................................................................................................................ 10
2.2.4. Propriedades ................................................................................................................ 11
2.2.5. Nomenclatura .............................................................................................................. 11
2.2.6. Obtenção e Aplicações ................................................................................................ 12
2.2.6.1. Obtenção .................................................................................................................. 12
2.2.6.2. Aplicação ................................................................................................................. 12
3. Conclusão.......................................................................................................................... 12
4. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 13
1. Introdução

A Química Orgânica é a subárea da Química que explora as propriedades, os aspectos


estruturais e a reactividade dos compostos orgânicos. Compostos orgânicos são formados
predominantemente por carbono e hidrogénio e são chamados hidrocarbonetos quando
formados unicamente por esses dois elementos.
Podendo ser reconhecida como química da vida, a Química Orgânica está presente nas
moléculas que compõem os organismos vivos, como proteínas, carboidratos e gorduras. Além
disso, compostos orgânicos são a base da vida moderna, constituindo os plásticos, as
borrachas, outros tipos de polímeros, os combustíveis, os fertilizantes, os alimentos, os
tecidos, os fármacos e muitos outros itens.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Compreender as Reacções Orgânicas e Hidrocarbonetos

1.1.2. Objectivos Específicos

 Apresentar os tipos de reacções orgânicas;


 Descrever os Hidrocarbonetos.

1.2. Metodologia

Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas. Que segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se
do levantamento, selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto
que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses,
dissertações, material cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto
directo com todo material já escrito sobre o mesmo.

5
2. Reacções Orgânicas e Hidrocarbonetos

2.1. Tipos de reacções orgânicas

As reacções químicas orgânicas são basicamente de quatro tipos gerais: substituição, adição,
eliminação e rearranjo.

2.1.1. Reacção de substituição

A reacção de substituição acontece quando dois reagentes trocam partes de suas moléculas
para formar dois novos produtos. Esse tipo de reacção é característica de compostos saturados
e dos compostos aromáticos.

Nucleofílica: Quando o composto recebe o ataque, na primeira etapa de um agente nucleófilo.


Pode ser de dois tipos:

 SN1: Quando a velocidade da reacção só depende da concentração de um dos


reagentes.
 SN2: Quando a velocidade da reacção depende das concentrações de ambos os
reagentes

Como exemplo de uma reacção de substituição nucleofílica, temos a reacção entre o cloreto
de etila e o hidróxido de sódio produzindo o álcool etílico e o cloreto de sódio.

Electrofílica: Quando o composto recebe o ataque na primeira etapa de um agente


electrófilo.

Como exemplo de uma reacção de substituição electrofílica, temos a reacção entre o benzeno
e o bromo molecular na presença do catalisador de Lewis FeBr3 , dando como produto
principal o brometo de benzila.
6
Radicalar: Quando a reacção é realizada pela acção de um radical.

Como exemplo de uma reação de substituição radicalar, temos a rea  ção entre o neopentano
e o cloro molecular na presença de luz ou calor como catalisador, dando como produto
principal o cloreto de neopentila.

2.1.2. Reacção de adição

Ocorre quando dois reagentes se unem para formar um novo e único produto. Esse tipo de
reação é característico de compostos com ligações múltiplas.

Nucleofílica: Quando o reagente orgânico adiciona na primeira etapa um reagente


nucleófilo

Electrofílica: Quando o composto adiciona na primeira etapa um reagente electrófilo

Como exemplo de uma reacção de adição, temos a reacção entre o eteno e o bromo molecular
dando como produto o dibrometo de etila.

Radicalar: Quando a reacção é realizada pela acção de um radical.

7
2.1.3. Reacção de eliminação

Ocorre quando um único reagente se divide em dois produtos. Esse tipo de reacção fornece
um método para a preparação de compostos com ligações duplas e triplas.

Como exemplo deste tipo de reacção, temos a “reacção de desidroha  logenação”, em que um
haleto de alquila torna-se um alceno pela acção de uma base.

2.1.4. Reacção de rearranjo

Ocorre quando um único reagente passa por uma reorganização de ligações e átomos para
formar um produto isómero. Por exemplo, o tratamento do 1-bute  no com catalisador ácido
provoca a formação do 2-buteno isomérico.

2.2. Hidrocarbonetos

Hidrocarbonetos são todos os compostos formados unicamente por carbono e hidrogénio.


Costuma-se subdividir a função hidrocarboneto em outros conjuntos, dos quais os principais
são: alcanos, alcenos, alcinos, ciclanos, ciclenos e aromáticos. Neste tópico serão abordados
somente os alcanos.

2.2.1. Classificação dos Hidrocarbonetos

Quanto à forma da cadeia carbónica principal, os hidrocarbonetos são classificados em:


Hidrocarbonetos alifáticos

Formados por cadeias carbônicas abertas ou acíclicas, as quais possuem carbonos terminais.

 Alcanos
 Alcenos
8
 Alcinos
 Alcadienos
 Exemplo:

Hidrocarbonetos cíclicos

Formados por cadeia carbônica fechada ou cíclica as quais não possuem carbonos terminais.

 Ciclanos
 Ciclenos
 Ciclinos
 Aromáticos
 Exemplos:

Hidrocarbonetos saturados

Os compostos são formados por ligações simples entre os átomos de carbono e hidrogênio.

 Alcanos
 Ciclanos

Exemplo:

Hidrocarbonetos insaturados

Os compostos formados possuem ligações duplas ou triplas entre os átomos de carbono e


hidrogénio.

 Alcenos
 Alcinos
 Alcadienos
 Ciclenos
 Ciclinos
 Aromáticos

9
2.2.2. Ocorrência na natureza

Os hidrocarbonetos são encontrados na natureza na forma líquida, como o petróleo, ou


gasosa, como o gás natural. São importantes ffontes
ontes de combustível, mas também muito
conhecidos pelo seu potencial poluidor.

2.2.3. Isomeria

A geometria molecular dos hidrocarbonetos está dire


directamente
tamente relacionada com as
propriedades físicas e químicas destas moléculas. As moléculas que possuem a mesma
fórmula molecular mas diferentes geometrias moleculares são chamadas isómeros. Existem
duas classes principais de isómeros
isómeros: isómeros estruturais e estereoisômeros.

Isómeros estruturais

Exemplo de isômeros estruturais: butano e isobutano.

Nos isómeros estruturais os átomos em cada isómero estão conectados, ou


ligados, de maneiras diferentes. Como resultado, os isómeros estruturais
geralmente contêm grupos funcionais ou padrões de ligação diferentes.
Considere o butano e isobutano, mostrado acima: ambas as molé moléculas têm
quatro carbonos e dez hidrogénios,, mas o butano é linear e isobutano é
ramificado. Como resultad
resultado,
o, as duas moléculas têm diferentes propriedades
químicas (como o ponto de fusão e ponto de ebulição mais baixos do
isobutano). Devido a essas diferenças, o butano é geralmente usado como
combustível para isqueiros e tochas, enquanto o isobutano é frequentemente
freq
usado como refrigerante ou propelente em latas de spray.
spray.( Bruice, 2006).

Estereoisômeros

Nos estereoisômeros os átomos de cada isómero estão ligados da mesma forma, mas diferem
em como eles estão orientados no espaço. Existem muitos tipos de estereoisômeros, ma
mas

10
basicamente eles são classificados em dois grupos: enantiômeros e diastereômeros.
Os enantiômeros são estereoisômeros que são imagens espelhadas não sobreponíveis sobre si
("não sobreponíveis" significa que as duas moléculas não podem ser perfeitamente aalinhadas
uma sobre a outra no espaço). O enantiomerismo é visto muitas vezes em moléculas contendo
um ou mais carbonos assimétricos, que são átomos de carbono que estão conectados a quatro
diferentes átomos ou grupos.

2.2.4. Propriedades

Os hidrocarbonetos em geral são insolúveis em água, mas se solubilizam prontamente em


substâncias orgânicas como o éter e a acetona. Os primeiros termos das séries homólogas são
gasosos, enquanto os compostos de maior peso molecular são líquidos ou sólidos. Graças a
sua capacidade
dade de decompor
decompor-se em dióxido de carbono e vapor de água, em presença de
oxigénio,, com desprendimento de grande quantidade de energia, torna
torna-se
se possível a utilização
de vários hidrocarbonetos como combustíveis.

2.2.5. Nomenclatura

A nomenclatura dos hidrocarbonet


hidrocarbonetos
os é definida através dos seguintes termos:
PREFIXO INTERMEDIÁRIO SUFIXO
Indica o número de
Tipo de ligação
carbonos presentes na Identificação do grupo funcional.
encontrada na cadeia.
cadeia.
PREFIXO INTERMEDIÁRIO SUFIXO
1C MET
Apenas ligação simple
simples AN
2C ET
3C PROP
Uma ligação dupla EN O
4C BUT
5C PENT
Duas ligações duplas DIEN
6C HEX

11
PREFIXO INTERMEDIÁRIO SUFIXO
7C HEPT
Uma ligação tripla IN
8C OCT
9C NON
Duas ligações triplas DIIN
10 C DEC
2.2.6. Obtenção e Aplicações

2.2.6.1. Obtenção

A principal fonte dos hidrocarbonetos são o petróleo, a hulha e o gás natural. Tais substâncias
são misturas ricas em hidrocarbonetos e, a partir de sua manipulação e refino, os diversos
hidrocarbonetos podem ser encontrados.

O gás metano, o mais simples dos hidrocarbonetos, também pode ser


produzido através da decomposição da matéria orgânica. Há também os
organismos vivos chamados de metanogênios capazes de produzir metano a
partir de dióxido de carbono e água. Tais organismos já foram encontrados em
trincheiras oceânicas, lodo, esgoto e estômago de vacas. Já o gás eteno é
encontrado na natureza como forma de hormónios vegetal, sendo produzido
por frutas, como tomate e banana, para auxiliar no processo de
amadurecimento destas. (Solomons e Fryhle, 2005).
2.2.6.2. Aplicação

A principal utilização dos hidrocarbonetos é na produção de combustíveis, pois boa parte


deles tem bom potencial energético. Por isso, estão presentes na constituição do gás natural,
do gás liquefeito de propano (mistura de propano e butano), gasolina, diesel, além de
combustível para aviação e navios.

Também podem ser utilizados na confecção de óleos, tintas, resinas e asfalto. A partir dos
hidrocarbonetos também são feitos diversos polímeros, como o polietileno (PE) e o
polipropileno (PP).

Contudo, deve-se lembrar que a queima de combustíveis à base de hidrocarbonetos intensifica


a produção de CO2, um gás estufa. Os plásticos também são um sério problema, pois sua
reciclagem não é facilitada e o meio ambiente não consegue degradá-los. Por isso, algumas
cidades já repensam a sua utilização em diversos utensílios, como copos, sacolas e canudos, a
fim de diminuir a produção de lixo plástico.

3. Conclusão

12
Os compostos orgânicos se dividem em diversas funções orgânicas, de acordo com
propriedades químicas similares. Tais propriedades derivam da existência de um grupo
funcional específico que caracteriza cada função orgânica.
Por exemplo, os hidrocarbonetos são uma função orgânica cujas moléculas são formadas
apenas por carbono e hidrogénio. As cetonas se diferenciam dos hidrocarbonetos por
apresentarem um átomo de oxigénio unido a um átomo de carbono por uma dupla ligação. A
existência do oxigénio na molécula é suficiente para que muitas propriedades físico-químicas
sejam alteradas, como polaridade e elevação dos pontos de fusão e ebulição.

4. Referências Bibliográficas
13
Bruice, P. Y. (2006). Química Orgânica, vol. 1, 4ª ed., São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Mcmurry, J. (1996). Química Orgânica. 6. ed. vol.1. Rio de Janeiro: Livros Técni  cos e
Científicos.

Solomons, T. W. G., Fryhle, C. B. (2005). Química Orgânica. 8. ed., vol. 1, Rio de Janeiro:
LTC.

Volhard, K. P. C., Schore, N.E. (2004). Química Orgânica: Estrutura e função, 4. ed., Porto
Alegre: Bookman,.

14

Você também pode gostar