Você está na página 1de 16

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

Relação entre HIV e os Vícios

Sandra Arlindo Vilanculos


Código N0: 708214277

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Habilidades de Vida, Saúde Sexual, Reprodutiva, Género e HIV/SIDA
Ano de Frequência: 20 ano. Turma O.

Docente:

Milange, Outubro, 2022


0
Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Sub total
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

1
Recomendações de melhoria:

__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

2
Índice

1.Introdução......................................................................................................................... 4

1.1.Objectivos: .................................................................................................................... 4

1.2. Metodologias do trabalho: ............................................................................................ 4

2.Relação entre HIV e os Vícios ......................................................................................... 5

2.1.HIV-SIDA ..................................................................................................................... 5

2.2.Transmissão do HIV...................................................................................................... 5

2.3. Sintomas do HIV-SIDA .............................................................................................. 6

2.4.Diagnosticado do HIV ................................................................................................... 7

2.5.Tratamento e Prevenção do HIV ................................................................................... 7

2.6.As outas Medidas de Prevenção do HIV/SIDA ............................................................ 8

3.O HIV em Moçambique ................................................................................................... 8

4.Conceito de Vício ............................................................................................................. 9

4.1.Diferenças entre Vício e Dependência .......................................................................... 9

4.2.Tipos de Vício ............................................................................................................. 11

4.3.Causas de Vícios ......................................................................................................... 11

4.4.Consequência de Vícios .............................................................................................. 12

5.Vícios contribuem para a prevalência do HIV/ SIDA em Moçambique........................ 12

6.Medidas de Mitigação dos Impactos dos Vícios ............................................................ 13

6.7.Medidas de Mitigação para a Redução de Vícios caso de vícios de Cigarro .............. 13

6.2.A Dependência do Smartphone ................................................................................... 13

7.Conclusão ....................................................................................................................... 14

8.Referências bibliográfica................................................................................................ 15

3
1.Introdução
Duma forma clara, objectiva e concisa, dizer que o presente trabalho de Habilidades de Vida,
Saúde Sexual, Reprodutiva, Género e HIV/ apresenta o tema principal “ Relação entre HIV e
os Vícios ˮ. Porém, concernente ao tema do trabalho, a mentora deste pretende de forma cabal
e suscita trazer abordagens claras que julga serem de relevo e pertinentes em relação ao tema
do trabalho em curso. Em linhas gerais, o trabalho apresenta os seguintes objectivos:

1.1.Objectivos:
 Objectivos Gerais: Compreender os Direitos Sexuais e Reprodutiva; Gravidez Indesejada
no contexto Moçambicano.
 Objectivos Específicos:
Definir HIV, Vícios, Dependência;
Diferenciar Vícios de Dependência;

Identificar os tipos e as causas dos Vícios;

Descrever as Causas e Consequências dos Vícios;

Fazer uma abordagem clara e objectiva entorno da Relação entre HIV e os Vícios,
sobretudo não se esquecendo das medidas de mitigação dos Vícios.

1.2. Metodologias do trabalho:


Tal como define Marconi & Lakatos (2010), “Método é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo
(conhecimentos válidos e verdadeiros) traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do cientista ” (p.82). É com este ponto de partida, em que para a
realização deste trabalho, a mentora vai explorar as melhores obras literárias que retratam do
tema e que tenham passado numa análise cautelosa.
Para a elaboração deste trabalho vai se pautar das recomendações restabelecidas pelo docente
da cadeira, pela universidade Católica de Moçambique e com mais rigor a exploração das
normas APA.Por fim dizer que, segundo a orientação da organização de trabalho científico,
este trabalho vai-se apresentar na seguinte sequência: Capa, folha de feedback e de
recomendação de melhoria, Índice, Introdução, desenvolvimento, conclusão e Referências
bibliográficas.

4
2.Relação entre HIV e os Vícios
2.1.HIV-SIDA
O HIV foi descoberto e identificado como causador do SIDA (Síndrome de Imunodeficiência
Adquirida) por Luc Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi da França e Odete Ferreira de
Portugal em 1983 no Instituto Pasteur na França.
O HIV foi descoberto por Odete Ferreira de Portugal em Lisboa em 1985.

HIV é o vírus que causa o SIDA, e este virus ataca o sistema imunológico e enfraquece-o.
Entretanto, a infecção pelo HIV torna o sistema imunológico deficiente, e a pessoa infectada
fica doente.

Os primeiros sinais de uma nova doença fatal, que, mais tarde, ficou conhecida como SIDA,
foram observados nos Estados Unidos da América, em 1981. O HIV foi isolado
cientificamente, no laboratório, em 1983.
Inicialmente, essa doença foi observada principalmente em homens homossexuais. Isto levou
ao equívoco de que o SIDA era uma doença apenas de homens gays. E seguiu-se uma nova
onda de preconceito e discriminação contra gays e lésbicas.

Desde a descoberta do SIDA, em 1981, mais de 60 milhões de pessoas foram


infectadas pelo HIV, e estima-se que cerca de 30 milhões de pessoas perderam a vida.
Segundo a ONUSIDA (2014), em 2013 o SIDA tirou cerca de 1.5 milhões de vidas, a
nível mundial. Estima-se que cerca de 2.1 milhões de novas pessoas foram infectadas
pela doença. A mortalidade e as novas infecções estão a diminuir no mundo, mas o
número de pessoas a viverem com HIV está a aumentar, devido ao tratamento e à mais
longa esperança de vida das pessoas a viverem com HIV. A nível mundial, o número
de pessoas a viverem, actualmente, com o vírus é de aproximadamente 35 milhões
(UNAIDS, 2014 cit. Hemma & Laissone, 2014,p.60).

Segundo Hemma & Laissone (2014,p.60) refere que,‟ O SIDA foi primeiro identificado no
mundo desenvolvido, em grupos marginalizados (entre homossexuais, trabalhadoras do sexo,
e entre pessoas que usam drogas intravenosas), e por isso rapidamente se tornou uma doença
estigmatizada ˮ . Muitos países e comunidades responderam com medo e preconceitos, e o
SIDA tornou-se a doença do outro.

2.2.Transmissão do HIV
O vírus é mais frequentemente transmitido pelo contacto sexual (característica que faz do
SIDA uma doença ou infecção sexualmente transmissível), pelo sangue (inclusive em
transfusões), durante o parto (mãe para o filho) ou, mais raramente, durante a gravidez.

5
No contacto sexual, pode ser qualquer tipo de sexo, como oral, vaginal e anal ou até em casos
mais raros como a língua, apesar de ser mais difícil de ocorrer (ainda sim, possível). A
transmissão do HIV durante o contacto sexual pode ser facilitada por vários factores,
incluindo:
1. A penetração anal ou vaginal sem protecção,
2. A presença concomitante de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente
aquelas que levam ao aparecimento de feridas genitais,
3. As lesões genitais durante a relação sexual e
4. A quantidade mais elevada de vírus no sangue da pessoa infectada.

Em beijos é raro, pois o vírus não sobrevive a certas substâncias da saliva.


As lâminas usadas, facas ou instrumentos cortantes ou penetrantes, também representam um
risco para a propagação do HIV.

Segundo Hemma & Laissone (2014) referem que:


É provável que o vírus do HIV tenha vindo pelo contacto com o macaco que tem o
vírus SIV (há variações de teorias de como teria ocorrido, como testes científicos).
Depois de o vírus ter infectado o ser humano, sofreu mutações genéticas. Nas pessoas
portadoras de HIV, o vírus pode ser encontrado no sangue e, de acordo com o sexo, no
esperma ou nas secreções vaginais e no leite materno (P.24).

Desta feita, pode-se afirmar que, uma pessoa pode adquirir o HIV por meio de relações
sexuais com parceiros portadores do vírus, de transfusões com sangue contaminado, pela
aplicação de injecções com seringas e agulhas contaminadas. Mulheres grávidas portadoras de
HIV podem transmitir o vírus para o feto através da placenta, como também pode vir a passar
o vírus para o bebé por meio da amamentação.

2.3. Sintomas do HIV-SIDA


Assim que se adquire o HIV, o sistema imunológico reage na vã tentativa de eliminar o vírus,
então, cerca de 15 a 60 dias após pode surgir um conjunto de sinais e sintomas semelhantes a
um estado gripal forte, este estágio é conhecido como síndrome da soro conversão aguda.

A infecção aguda pelo HIV é uma síndrome não específica, a qual não é facilmente percebida
devido à sua semelhança com a infecção por outros agentes virais como amononucleose,
gripe, até mesmo dengue ou muitas outras infecções virais.

Febre, cansaço e erupção são os sintomas mais comuns, e muitos desenvolvem


linfadenopatia. Entretanto, nesta fase não há o que fazer - basta esperar que os
6
sintomas passarão. Os pacientes poderão ficar assintomáticos por um longo período,
variável entre 3 e 20 anos, alguns nunca desenvolverão doença relacionada ao HIV. Os
sinais e sintomas das doenças relacionadas ao HIV são extremamente individuais: o
que acontece a um paciente pode ou não acontecer com outro. Uma característica
importante é a contagem de Linfócitos T CD4: quanto menor a contagem piores os
sintomas da doença, pois tais sintomas estão relacionados com alguma doença causada
por organismos oportunistas. Assim os sintomas associam-se aos germes oportunistas
em questão: sinais e sintomas de tuberculose, neurotoxoplasmose, candidose,
penumocistose, doenças neoplásicas como Sarcoma de Kaposi ou Linfoma (Hemma &
Laissone, 2014,p.32-33).

Não obstante, os hábitos e a qualidade de vida são também importantes para velocidade de
progressão da doença: tabagismo, etilismo, uso de drogas ilícitas, stress emocional,
alimentação irregular, sedentarismo, são factores determinantes para progressão desta
enfermidade.
Os sintomas destas doenças são muito parecidos e somente um médico com experiência e em
local com apoio laboratorial poderá fazer o diagnóstico e tratamento de cada uma delas.

2.4.Diagnosticado do HIV
Testes rápidos: um teste de anticorpo, que pode ser executado fora do laboratório, é
barato e muito confiável (97%). Os resultados estão disponíveis, dentro de minutos. Em
Moçambique, estão em uso dois tipos de teste rápido: o Unigold e o Determine.
Teste de saliva: é novo, e ainda não está em uso em Moçambique. É um teste rápido e
fácil para HIV, usando saliva ele testa para os anticorpos do HIV.

2.5.Tratamento e Prevenção do HIV


O tratamento para o HIV é denominado de terapia anti-retroviral e é fundamental para
melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV, além de diminuir
significativamente as chances de transmissão a outras pessoas.

O termo „prevenção combinada‟ refere-se à estratégia adoptada por uma pessoa para se
prevenir do HIV, associando diferentes ferramentas ou métodos (ao mesmo tempo ou em
sequência) conforme a situação, risco e escolhas.

O tratamento como prevenção (TcP) é um termo usado para descrever métodos de prevenção
da transmissão do HIV, que utilizam ARVs, em pessoas HIV-positivas. Pessoas seropositivas,
que começam o tratamento antirretroviral e que aderem ao tratamento, terão melhor saúde,
redução da carga viral e redução da transmissão de HIV para outras pessoas.

7
Prevenção Pre-exposição = Tratamento, com ARVs, de parceiros não infectados. É
relevante para homossexuais, casais discordantes, trabalhadores de sexo, adolescentes, não
é ainda praticado em Moçambique, mas vai ser introduzido.

Segundo Hemma & Laissone (2014) referem que:


As ITSs ulcerativas, como a sífilis, herpes e cancróide, provocam nos órgãos genitais e
ânus lesões, que podem servir como portas de entrada para o HIV. As ITSs
inflamatórias, como a gonorreia ou a clamídia, não causam feridas, mas provocam
inflamação da mucosa. O que torna as mucosas mais frágeis e susceptíveis de se
romper e sangrar, o que aumenta o número de células receptivas do HIV, na área
inflamada. Os casos de ITSs estão a aumentar em África. Em caso de sintomas de uma
ITSs, dirige-te ao posto de saúde.

2.6.As outas Medidas de Prevenção do HIV/SIDA


São várias formas de prevenção do HIV e DTS, mas destacam-se:
Abstinência sexual: Todas as vezes que iniciarmos um novo relacionamento e
desejarmos ter relações sexuais sem protecção, teremos, antes, que solicitar ao nosso
parceiro para fazer um controle;
Fidelidade: Se decidirmos ter relações sexuais sem protecção com um parceiro que não
tenha uma DTS, então teremos de ter a certeza de que o nosso parceiro apenas tem
relações sexuais connosco o que é muito difícil. Se o nosso parceiro tem relações sexuais
sem protecção com uma outra qualquer pessoa, ele ou ela pode contrair DTS e transmiti-la
a nós;
Uso do preservativo: Prática do sexo seguro;
Evitar manter relações sexuais depois de consumir álcool ou outras drogas, pois pode
induzir ao sexo desprotegido;
Evitar a compartilha de agulhas e seringas;
Transfusão de sangue devidamente testado e negativo para o HIV;
Tratar o mais cedo possível as DTS;
Fazer amor sem manter relações sexuais;
Circuncisão - contribui para que a região em redor do pénis seja menos infectada devido
ao engrossamento da pele nesta região, bem como melhora a higiene. Mas o circuncisão
não evita a infecção pelo HIV.

3.O HIV em Moçambique


O primeiro caso de HIV, em Moçambique, foi diagnosticado, em 1986, na província de Cabo
Delgado, na Cidade de Pemba. Ainda nesse ano, nasceu uma forma de controlo epidemilógico
e recolha das taxas epidemilógicas do HIV, com base nas consultas pré-natais.

Este vírus afecta e enfraquece o sistema que defende o organismo das infecções e das
8
doenças: o sistema imunitário. Na fase inicial da infecção podemos, não ter sintomas da
doença, com o sistema imunitário a conseguir “controlar” o vírus, podendo variar de pessoa
para pessoa. Com o passar do tempo, o sistema imunitário fica enfraquecido e podem aparecer
as chamadas infecções oportunistas, que não causariam doença numa pessoa sem diminuição
da imunidade, e esta fase final é conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(SIDA).
Quanto à AIDS, em um primeiro momento pode-se dizer que é uma doença que vem
atingindo um número crescente de pessoas em todos os níveis da nossa sociedade,
independente de sexo, etnia, idade ou classe social. Através de dados epidemiológicos,
constata-se que os usuários de drogas estão em segundo lugar na categoria de
exposição ao vírus HIV entre 1998-1999 (Brasil, 1999). Além disso, o aumento dos
casos entre mulheres heterossexuais de parceiro único está relacionado com o fato
desse ser usuário de drogas injectáveis (Brito, 1997,p.63).

Segundo CNCS (2014) refere que:


Desde 1986, o número de casos tem vindo a crescer rapidamente. Até finais de 1992,
tinha sido registado um total cumulativo de 662 casos de SIDA, para cerca de 1.35
milhões em 2002, respectivamente. Em 2014, aproximadamente 1.5 milhões de
pessoas viveram com VIH; 200.000 dos quais crianças .Anualmente, ocorrem 120.000
novas infecções no país, principalmente em casais discordantes, trabalhadores de sexo
e seus clientes, e pessoas com múltiplos parceiros. As estimativas de prevalência do
HIV mostram que a epidemia está estável. Mesmo assim, Moçambique pertence aos
dez paises com a prevalência de HIV mais alta do mundo

4.Conceito de Vício
Apalavra Vício vem (do termo latino "vitium", que significa "falha" ou "defeito" é um hábito
repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem.

Segundo Cebrid (2000,p.37) ‟ Vício é uma disfunção crónica do cérebro que envolve o
sistema de recompensa ˮ. Sendo assim, podemos dizer que o vício é o desejo incessante do
corpo por uma substância ou atitude compulsiva, o que causa uma busca exagerada por isso.
Pessoas que têm algum vício podem estar em um ciclo de abuso. Desse modo, esse ciclo se
altera entre um uso moderado e o uso intenso do objecto. No entanto, é muito comum que o
vício piore ao longo do tempo e leve a complicações mais sérias.

4.1.Diferenças entre Vício e Dependência


Em linhas gerais, o Vício é o resultado de uma condição em que o uso de substâncias por um
indivíduo se torna perturbador para sua vida diária. A natureza da interrupção pode ser
variada. Pode afectar os relacionamentos na vida, no trabalho e nas responsabilidades que
uma pessoa tem na vida. Isso é tanto psicológico quanto biológico. No entanto, a dependência

9
é um pouco diferente do Vício. É quando uma pessoa necessita de certa dose da substância
para seu bem-estar físico. Sem ele, o corpo tem uma reacção negativa.

O viciado tem uma dor emocional, uma falta de propósito de vida e busca se distrair
com o entorpecimento. O vício faz a pessoa se sentir melhor, já que sob o efeito das
substâncias dói menos. No primeiro momento, chamado “pré-contemplativo”, o
viciado não pensa em parar com o vício e não percebe o uso da substância como sendo
algo ruim (Castro,2004,P.26).

O uso abusivo não significa necessariamente a dependência.


Caracteriza-se a dependência pela dificuldade de a pessoa parar ou diminuir o consumo pela
simples decisão própria, sem o recurso de ajuda externa, seja de um especialista, de um
medicamento ou de outras pessoas.

A dependência inclui fenómenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos e leva o


indivíduo a dar prioridade ao uso da droga em detrimento de outros comportamentos que
antes tinham maior valor. Uma das características centrais da dependência é a “fissura” ou o
desejo irresistível de consumir a substância.

Muitas vezes, ao serem apontados ao adolescente os riscos que corre em razão do uso
de alguma droga, ele reage afirmando que não tem problema porque não é dependente.
A grande maioria dos adolescentes e mesmo dos adultos que consomem alguma
substância psicotrópica não é dependente dela. Isso não significa, no entanto, que esse
uso não esteja causando problemas para a sua saúde física ou mental ou para a sua
vida em sociedade.

A identificação da dependência está atrelada a uma gama de factores que se revela mediante
alguns comportamentos a serem observados em seu conjunto. Por essa razão, em vez de se
falar da dependência de drogas como uma doença, adotamos a referência à “síndrome de
dependência”, ou seja, um conjunto de fenómenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos
que se desenvolvem após o repetido consumo de uma substância psicoativa.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, considera-se dependente de uma droga a


pessoa que apresenta três ou mais das seguintes manifestações:
Forte desejo de consumir a droga;
Dificuldade de controlar o consumo (por exemplo, quanto à hora em que começa ou
para de fazê-lo, quanto à quantidade etc.);
Utilização persistente da droga apesar das suas consequências prejudiciais;
Maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras actividades ou
obrigações;

10
Aumento da tolerância à droga (necessidade de doses cada vez maiores para obter o
mesmo efeito);
Síndrome de abstinência (sintomas corporais como dores, tremores ou outros, que
ocorrem quando o consumo da droga é interrompido ou diminuído).

4.2.Tipos de Vício
Em linhas gerais, existem muitos tipos de vícios, sobretudo vamos indicar aqui alguns tipos
de vícios mais comuns, a saber:
Álcool;
Tabaco;
Maconha;
Internet e redes sociais;
Sexo;
Apostas;
Medicamentos.

4.3.Causas de Vícios
A causa de um vício depende de dois factores: a natureza da pessoa e o ambiente. Eis como:
No que toca à natureza da pessoa, há que mencionar a genética. Sim, é possível uma pessoa
ser viciada em algo por culpa dos seus genes. Mais concretamente, há quem nasça predisposta
para o vício e tudo por culpa da dopamina, hormona relacionada com a sensação de prazer,
que pode dar origem ao vício. Também os problemas psicológicos podem estar na origem do
aparecimento de um vício seja em álcool, drogas, comida, exercício.

Segundo Maleiros (2006), refere que:


Quanto ao ambiente que rodeia a pessoa, o site destaca os traumas de infância, muitas
vezes associadas a maus comportamentos e vícios em idade adulta. E aqui não há gene
que fale mais alto. Diz a publicação que os sobreviventes a traumas de infância são 1,8
vezes mais propensos a fumar, 1,9 vezes mais propensos a ser obesos, 2,4 vezes mais
tendentes a sentir ansiedade, e por aí adiante. Depressão, promiscuidade, álcool e
drogas são outras das consequências dos traumas de infância que podem estar na
origem do vício. As más companhias são, também, uma causa do vício (p.27).

Quando uma pessoa é incentivada a algo e está frequentemente num ambiente que
proporcione o início do vício, é possível que não consiga resistir, especialmente se estiver
geneticamente predisposta para ser viciada.

11
4.4.Consequência de Vícios
A pior consequência dos vícios é que eles aprisionam as pessoas. Normalmente, pessoas
viciadas perdem o estímulo para a vida e começam a entrar numa degradação moral que,
quase sempre, as leva à depressão e a perdas como dinheiro, amigos, família, emprego, saúde
e, finalmente, perda da alma.

Não obstante o esforço de cientistas para novas descobertas que levem à cura, a dependência
química já é considerada uma doença, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso prova
que um viciado não é fraco, mas doente. No entanto, levando-se em consideração que o corpo
é templo do Espírito Santo, quem é viciado é também um pecador, porque está se
autodestruindo.

O Vício é a arma usada por satanás para escravizar o ser humano. Sabemos que não é fácil
abandonar um vício.

5.Vícios contribuem para a prevalência do HIV/ SIDA em Moçambique


HIV ou VIH é o Vírus da Imunodeficiência Humana.

“ Este vírus afecta e enfraquece o sistema que defende o organismo das infecções e das
doenças: o sistema imunitário” Https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-.
Na fase inicial da infecção podemos, não ter sintomas da doença, com o sistema imunitário a
conseguir “controlar” o vírus, podendo variar de pessoa para pessoa. Com o passar do tempo,
o sistema imunitário fica enfraquecido e podem aparecer as chamadas infecções oportunistas,
que não causariam doença numa pessoa sem diminuição da imunidade. Esta fase final é
conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA).

Quanto à AIDS, em um primeiro momento pode-se dizer que é uma doença que vem
atingindo um número crescente de pessoas em todos os níveis da nossa sociedade,
independente de sexo, etnia, idade ou classe social.

O aumento dos casos entre mulheres heterossexuais de parceiro único está relacionado com o
fato desse ser usuário de drogas injectáveis (Brito, 1997; Loureiro, 1997). Devemos atentar
também para a ocorrência da pauperização da epidemia de AIDS, que vem atingindo, em
números cada vez maiores, mulheres, crianças, pobres e usuários de drogas injectáveis
(Knauth et al.,1998; Víctora; Knauth; Britto, 2000). Assim, a crescente incidência dos casos
de AIDS ocorre entre pessoas pertencentes aos grupos populares.

12
6.Medidas de Mitigação dos Impactos dos Vícios

6.7.Medidas de Mitigação para a Redução de Vícios caso de vícios de Cigarro


Cigarro é um pequeno cilindro de folhas de tabaco de corte fino enroladas numa mortalha que
pode ser fumado. O cigarro é aceso numa das pontas, iniciando uma combustão lenta cujo
fumo pode ser inalado pela outra ponta.

A maior parte dos cigarros modernos produzidos em fábrica incluem um filtro numa
das pontas, e geralmente incluem tabaco reconstituído e outros aditivos. Algumas
pessoas inalam o fumo através de uma boquilha. A principal substância química
psicoactiva no tabaco é a nicotina, a qual é extremamente viciante. Um cigarro aceso,
num cinzeiro. O filtro corresponde à parte laranja (Ronzani & Silveria,2014,p.17).

Geralmente, o termo "cigarro" refere-se ao cigarro de tabaco, embora possa ser usado para
designar produtos semelhantes, como cigarro de cannabis. Maleiros, I & J. (2006). Um
cigarro é diferente de um charuto ou cigarrilha, uma vez que, ao contrário destes produtos, é
constituído por tabaco processado enrolado em papel, enquanto os charutos são constituídos
inteiramente por folhas de tabaco integrais. Fumar é prejudicial para a saúde.

6.2.A Dependência do Smartphone


A dependência do smartphone é como um vício qualquer, apresentando, portanto, potencial
aditivo e tendo como pressuposto a exclusividade, a tolerância e a abstinência, tendo
igualmente a participação da dopamina em seus processos bioquímicos.
Além disso, o uso exagerado do aparelho pode causar inúmeros problemas de saúde física
como: problemas de coluna, torcicolo, tendinites, insônia, estresse, ressecamento da retina,
perdas auditivas, dentre outros.
O uso Extremamente excessivo do telefone celular pode causar transtornos psicológicos já
citados como a depressão. Esses problemas a vida de estudantes, que já tem uma rotina muito
stressante, é muito pior, pois os alunos já tinham muitos problemas académicos como
seminários, provas e mais outros afazeres da escola, e ainda mais, alguns estudantes ainda tem
que conviver com o drama de uma reprovação, o resultado disso tudo é um estudante com
muitos problemas e prestes a explodir.

13
7.Conclusão
Numa formulação sintética e pormenorizada, o mentor do trabalho tem de forma minuciosa e
sistemática em dizer que, durante o percurso de elaboração do trabalho pautaram-se as
directrizes restabelecidas pelo docente da cadeira, pela Universidade Católica de Moçambique
e com maior rigor a exploração das normas APA. Entretanto, o tema do trabalho de campo foi
um tema extremamente importante, pois a mentora obteve um conhecimento sólido e que
julgo ser de relevo na sua formação como docente, não só, mas também como um ser de
carácter social e académico.

Contudo, o tema do trabalho foi cabalmente desenvolvido face a exploração de diversas obras
literárias julgadas mais relevantes em relação ao tema já incrementado.
Em linhas gerais, no que concerne ao tema do trabalho, a pesquisadora percebeu que, o HIV
foi descoberto e identificado como causador do SIDA (Síndrome de Imunodeficiência
Adquirida) por Luc Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi da França e Odete Ferreira de
Portugal em 1983 no Instituto Pasteur na França. O HIV foi descoberto por Odete Ferreira de
Portugal em Lisboa em 1985.Entretanto, HIV é o vírus que causa o SIDA, e este virus ataca o
sistema imunológico e enfraquece-o.

O vírus é mais frequentemente transmitido pelo contacto sexual. Em beijos é raro, pois o vírus
não sobrevive a certas substâncias da saliva. As lâminas usadas, facas ou instrumentos
cortantes ou penetrantes, também representam um risco para a propagação do HIV.

Vício é uma disfunção crónica do cérebro que envolve o sistema de recompensa. Sendo
assim, podemos dizer que o vício é o desejo incessante do corpo por uma substância ou
atitude compulsiva, o que causa uma busca exagerada por isso.
A dependência inclui fenómenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos e leva o
indivíduo a dar prioridade ao uso da droga em detrimento de outros comportamentos que
antes tinham maior valor. Uma das características centrais da dependência é a “fissura” ou o
desejo irresistível de consumir a substância.
Alguns tipos de vícios mais comuns, a saber: Álcool; Tabaco; Maconha; Internet e redes
sociais; Sexo; Apostas e Medicamento.
O Vício é a arma usada por satanás para escravizar o ser humano. Sabemos que não é fácil
abandonar um vício.

14
8.Referências bibliográfica
Castro, B. (2004). Do prazer à dependência. Revista de Burcher, Drogas e Drogadição no
Brasil, Porto Alegre, Editora Artes Médicas.

Canadian Public Health Association. (CPHA). (2012).Introduction to HIV New Prevention


Technologies .Ottawa.

Hemma T.H & Laissone, H. (2014). Habilidades de Vida, Saúde Sexual e Reproductiva,
Género e HIV&SIDA,disciplina Curricular; Manual-UCM-Moçambique.

Lakatos, E.M.Marconi, M. de A. (2007).Fundamentos de metodologia científica. (5ªed.)


São Paulo: Atlas.

Lourenço,A.L.P. (2014).Habilidades de Vida e HIV-SIDA. Manual de Tronco Comum; UCM-


Moçambique-Beira.

Maleiros, I. (2006). Uma Proposta Pedagógica Sobre Prevenção ao Uso Indevido De Dro-
gas, Rio de Janeiro.

Monteiro, M. (2006).Drug Users and the HIV/AIDS Epidemic: Old Problems, New
Perspectives. Cadernos De Saúde Pública: Reports in Public Health.

Ronzani, P & Silveria,C. (2014). Prevenção ao uso de álcool e outras drogas no contexto
escolar,Editora UFJF, Editora CEAD, Juiz de Fora.

Https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-

15

Você também pode gostar