História curiosa da Medicina – Apreciação crítica.

Introdução:

Porque é que Hipócrates é considerado o pai da medicina? Que aptidões ganharam os médicos
durante a Alemanha nazi? É verdade que os Beatles foram fundamentais no desenvolvimento
técnico do primeiro scanner? Responder a estas perguntas e muitas outras e contar a história da
medicina desde o início dos tempos é uma tarefa árdua e complicada. Através da editora “A esfera
dos livros”, Pedro Gargantilla, médico, escritor e divulgador científico, executa então esta tarefa ao
publicar em 2019 a “História curiosa da Medicina”.

Desenvolvimento:

Em poucas palavras, a obra trata-se de um resumo dos mais relevantes de cada época para que
possamos compreender melhor uma das muitas áreas do conhecimento ligado à manutenção e
restauração da saúde. Focando-se na evolução da medicina em termos mundiais desde os homens
pré-históricos, que cauterizavam com fogo as suas feridas, até às guerras biológicas, referindo as
grandes epidemias, remédios milagrosos, os primeiros hospitalares e médicos mais conhecidos. É
descrita uma evolução com base num “polinómio de quatro variáveis: o conhecimento, a
experiência, a atitude e a curiosidade”.
Ao ler o livro o leitor fica a conhecer intrigantes curiosidades como, por exemplo, a da mais antiga
cirurgia ser a trepanação, que consistia em fazer um furo em algum dos ossos do crânio para que o
espírito maligno que tinha invadido a cabeça do paciente pudesse ser libertado.
Este facto e muitos outros satisfatória organização por temas como: ética e a medicina, mulher e a
medicina ou até mesmo o Ensino da Medicina, que é evidente na capa que é parte do quadro “A
lição de Osteologia do Dr. Sebastiaen Egbertsz”.
O autor pega nesta área de “mistérios insondáveis que se perdem na escuridão dos tempos e na
origem da humanidade” e desmistifica-a de uma forma clara, utilizando uma linguagem simples e
acessível. A leitura é, também, facilitada pela presença das notas de rodapé que apontam o
significado de muitos do termos presentes, o que ajuda, pois, o livro tem um vocabulário bastante
rico e vasto.
É possível fazer uma analogia de cariz científico acerca da descoberta que salvou mais vidas com as
medidas existentes num mundo moderno e desenvolvido, assolado por uma pandemia global.
Temos então neste slide a recriação do que seria a carta aberta que fala pela primeira vez sobre a
importância de lavar as mãos. Esta descoberta feita por um médico húngaro que inicialmente não foi
aceite pela comunidade científica do séc. 19. Ainda que desprezada foi a que preveniu mais mortes.
Do outro lado outra peça informativa com estrutura não desconhecida que faz alusão á higienização
das mãos que perante o vírus que enfrentamos, salva e salvará vidas.

Conclusão:

Assim, este exemplar leva o leitor a olhar para trás refletir sobre as práticas médicas de outros
tempos. Agradável e didática, a obra “Historia curiosa da medicina” é indicada para os que são
curiosos e que buscam conhecimento geral ou para quem goste da área da saúde.