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Educação a distância
Matericl Teórico
Cultura e Globalização

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Silvio Pinto Ferreira Junior

Revisor Técnico:
Prof.º Dr.º Jane Garcia de Carvalho

Revisão Textual:
Prof. Dr. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
O Princípio da Globalização;
4
. À Globalização Contemporânea;

Acentuação das Desigualdades


*

Sociais e Globalização.

DE OBJETIVO DE APRENDIZADO
« Estudar os aspectos principais da globalização e a acentuação das desigualdades
socioculturais. Iniciaremos a partir de uma perspectiva histórica desde o Renasci-
mento até os dias de hoje;

« Estudar os impactos da globalização nas relações sociais.


Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas: Conserve seu
material e local de
fre
estudos sempre
organizados.

Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
AN
O
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: edese manter
hidratado.
y Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu "momento do estudo";

V Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar;


lembre-se de que uma
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

Y No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Y Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Cultura e Globalização

0 Princípio da Globalização
A partir do século XVI, os europeus começam a vislumbrar um novo horizonte
além do velho continente e, com as navegações marítimas, oportunizaram a explo-
ração de um mundo até então desconhecido.

O mercado competitivo de mercadorias comercializadas em centros importantes


como Veneza, Gênova, Pisa, Constantinopla, Barcelona, Marselha e Delft, nos Pa-
íses Baixos, já estava bastante saturado e transbordou para outras espacializações
geográficas como a América, recém-conhecida, e a Ásia.
O contato do europeu com uma natureza exuberante e com os povos autóctones
de cultura exótica abriu novas possibilidades de relações econômicas, políticas, so-
ciais e culturais entre pessoas das mais diversas e contrastantes regiões do mundo.

Às potências europeias que, tecnolo-


gicamente, estavam prontas para desbra-
var oceanos eram Inglaterra Espanha,
Holanda, França e a ousada Portugal.

Plantas, ervas, especiarias e animais


que os europeus exploravam das regiões
colonizadas eram expostos e disponibi-
lizados à venda no mercado europeu,
apresentando uma cartela de novidades
e produtos tão procurados que estimu-
lavam frequentes viagens, estabelecendo
Figura 1

o que conhecemos como mercantilismo. Fonte: iStock/Getty Images

À Mercantilismo: é o conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Mo-

Z derna a partir do processo de colonização.

À medida que a exploração das terras ocupadas ocorria, extraía-se o que servia
ao comércio de venda e troca na Europa, mas, em contrapartida, cada vez que as
embarcações europeias chegavam aos novos territórios, traziam também muito de
uma cultura até então desconhecida aos nativos.

À partir do mercantilismo, originou-se a primeira rede global de troca de infor-


mações, experiências e conhecimentos, mas também um cruel processo de explo-
ração de mão de obra nas colônias que incluiu o escravo como produto mercantil
de grande valia. Assim, a primeira onda da globalização se desenhou cada vez mais
abrangente entre os cinco continentes: Europa, América, Ásia, África e Oceania.

Enquanto a Europa experimentava o doce gosto do Renascimento, os territó-


rios colonizados, explorados e saqueados sentiam o gosto amargo da escravidão,
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catequização, expulsão ou extermínio em nome da civilização. A esse processo de


exploração de mercado e acúmulo de riquezas dos países mais fortes em detrimen-
to dos mais fracos, chamaremos de capitalismo.

O que nos interessa aqui, no entanto, não é nos aprofundarmos no processo


histórico, mas constatar que as idas e vindas das embarcações levaram e trouxeram
muitas transformações para ambos os lados, seja para os colonizadores, seja para
os colonizados. Aos poucos, as línguas foram se misturando, bem como as diferen-
tes etnias, e logo alguns hábitos foram incorporados cá e lá.

A Globalização Contemporânea
Como alguns estudiosos descrevem, a segunda fase da globalização diz respeito
à reconfiguração geopolítica e econômica a partir do final dos anos 1980.

O final da Guerra Fria entre capitalistas e comunistas teve como ponto crucial a
queda do simbólico muro de Berlim em 1989, que separava a Alemanha oriental
comunista da Alemanha ocidental capitalista. A destruição do muro pela própria
população alemã definiu um marco para o processo global recente.
Voltemos um pouco na história para compreender a Guerra Fria. Para tanto,
devemos lembrar que a Guerra Fria foi um pacto entre as potências americana
e soviética no final da Segunda Guerra Mundial, quando elas uniram forças para
derrotar a Alemanha nazista.

Sabemos que a Segunda Guerra Mundial foi um conflito entre as principais po-
tências do mundo em defesa de mercado para suas indústrias e hegemonia política.

O conflito armado se deu estruturalmente devido a interesses distintos de três


sistemas econômicos em evidência naquele momento. Vejamos:
*
De um lado, os alemães nazistas liderados por Adolf Hitler que não mais se
subordinariam às duras imposições que lhe foram conferidas pelo Tratado de
Versalhes assinado no final da Primeira Guerra Mundial, apoiados pelos países
fascistas que compunham o eixo Alemanha-ltália-Japão;
*
De outro lado, os capitalistas aliados liderados pelos EUA que se consolida-
ram, desde a primeira Guerra Mundial, como superpotência econômica;
* Em oposição aos dois modelos econômicos anteriores, o gigante comunista,
armado e isolado representado pela URSS União das Repúblicas Socialistas
-

Soviéticas contraponto mais incômodo à liderança norte-americana.


-,

E- Em Síntese

0 principal conflito do século XX se deu por motivos econômicos, geográficos e histórico-


-culturais dividido entre três sistemas econômicos: nazismo, capitalismo e socialismo.
UNIDADE Cultura e Globalização

Capitalismo: sistema econômico baseado na pro-


priedade privada, produção e consumo. À socie-
dade se divide em duas classes sociais: os bur-
gueses, detentores dos meios de produção, e os
proletários, trabalhadores assalariados.

Socialismo: sistema econômico transitório para


se atingir o comunismo. A sociedade não se
divide em classes, pois os meios de produção são
de propriedade comum de todos os cidadãos
controlados pelo Estado. Regime totalitário de
ditaduras que se mantém no poder até atingir o
estágio comunista desejado.

Fascismo: sistema econômico em que um líder


populista exalta a nação e o Estado, e usa moder-
nas técnicas de propaganda e censura para supri-
mir pela força a oposição política. A maior ex-
pressão do fascismo foi o nazismo.

Figura 2

O fim da guerra entre sistemas econômicos e regimes políticos armados e pode-


rosos só teria fim se dois deles se unissem para derrotar o terceiro.

Dentre todos estes sistemas que apresentamos, o mais cruel foi o nazismo, pois,
além de sua disputa política, estratificava a sociedade em raças classificadas em
superiores e inferiores.

Os nazistas exterminaram mais de 6 milhões de judeus em campos de concen-


tração, além de perseguir e também assassinar e escravizar ciganos, homossexuais,
eslavos e comunistas.

Por este principal motivo, a Segunda Guerra Mundial só poderia ter um fim
com a derrota dos nazistas, que finalmente ocorre em 1945, quando os capitalistas
americanos e os socialistas soviéticos aliaram-se vencendo a guerra e, posterior-
mente, pactuando uma outra, não armada, mas tecnológica guerra a Guerra Fria.
-

O sentido dado à Guerra Fria foi de uma disputa acirrada de mercado através
do desenvolvimento tecnológico que irá marcar as décadas seguintes. Americanos
e soviéticos influenciam o mundo todo numa bipolaridade capitalista-socialista im-
posta a países mais frágeis através de articulações políticas, como, por exemplo,
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as ditaduras militares na América Latina, que foram apoiadas pelos americanos


temerosos à ameaça socialista/comunista no continente.

À cortina de ferro que separava a URSS dos EUA se rompe com o governo
de Mikhail Gorbachev (1985-1991) no final dos anos 1980. Dentre as medidas
tomadas por Gorbachev para sustentar a economia soviética, estão a abertura dos
meios de comunicação, as novas medidas para atuar no mercado internacional
favorecendo exportação e importação etc.

Pouco a pouco, o mercado soviético foi se abrindo para o mundo, o que pro-
vocou Os primeiros movimentos separatistas da URSS, enfraquecendo paulatina-
mente o regime.

Já a Alemanha oriental-socialista e a Alemanha ocidental-capitalista decidem


acabar com a separação política em seu território e se unem com a queda do
muro de Berlim, símbolo do final da Guerra Fria e início do processo de globa-
lização contemporâneo.

Figura 3
Fonte: Wikimedia Commons

O final da Guerra Fria reconfigurou o mapa mundial. Uma vez que os EUA se con-
solidavam como potência hegemônica, os países que se dividiam entre capitalistas e
socialistas passaram a seguir um único rumo: o mercado capitalista globalizado.

Trocando ideias...

Como sobreviver num mercado capitalista liderado pela superpotência americana?


Bem, a possibilidade que se apresentou para sobreviver num mundo altamente compe-
titivo foi a que os americanos projetaram, ou seja, somente unindo forças regionais com
a formação de blocos econômicos como, por exemplo, a União Europeia, MERCOSUL, Ti-

gres Asiáticos, Caribean, ALCA, etc. Esses blocos reconfiguraram a política internacional
no âmbito legislativo, monetário, geográfico e cultural.

Vimos até aqui que algumas características da globalização contemporânea são:


o gradativo fim do socialismo, a hegemonia do capitalismo, o fortalecimento de
UNIDADE Cultura e Globalização

blocos econômicos, a abertura de mercado a ser disputado pelas empresas trans-


nacionais e a abertura dos veículos de comunicação. Somemos a estes, outros dois
fatores que complementam o que descrevemos até aqui sobre a globalização: o
surgimento da internet como veículo de comunicação de massa no fim dos anos
1980 e o inglês como idioma universal.

Como surgiu a internet?


À internet surgiu de uma experiência militar norte-americana no período da Guerra Fria.
Inicialmente, criou-se uma rede de comunicação entre as bases militares através de cabos
subterrâneos de longo alcance protegida de qualquer ataque que pudesse destruí-la. Ao fi-
nal dos anos 1980, essa tecnologia foi incorporada pelas universidades, institutos de pesqui-
sas e, por fim, chegou às empresas para reduzir custos e agilizar negócios. Nos anos 1990, a
internet já era de uso comum no mundo todo.

Segundo Canclini:
À globalização pode ser vista como um conjunto de estratégias para rea-
lizar hegemonia de conglomerados industriais, corporações financeiras,
ca

majors do cinema, da televisão, da música e da informática, para apropriar-


-se dos recursos naturais e culturais, do trabalho, do ócio e do dinheiro
dos países pobres, subordinando-os à exploração concentrada com que
esses atores reordenaram o mundo na segunda metade do século XX.
(CANCLINI, 2003, p. 29)

Para o autor, a globalização culminou num processo de desigualdade e exclusão


social, conforme veremos a seguir.

Acentuação das Desigualdades


Sociais e Globalização
É indiscutível que muitos benefícios chegaram com a globalização, alterando pro-
fundamente as relações sociais contemporâneas, porém, uma grande parcela da
sociedade ficou fora dessas benesses sem alcançar um patamar mínimo de sobre-
vivência para uma vida digna e se sentir incluído neste processo de globalitarismo
(SANTOS, 2001).
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Globalitarismo: imposição da globalização como


À forma de relação política, econômica e sociocultural
Z
do mundo atual. Expressão utilizada pelo professor
Milton Santos, geógrafo e especialista na urbaniza-
ção e exclusão social nos países periféricos.

Figura 4
Fonte: Wkimedia Commons

Aparentemente, a maioria das pessoas no mundo possuem celulares, notebooks,


frequentam uma universidade, possuem moradia ou alcançam o sucesso profissional.
No entanto, a grande massa da sociedade está envolvida numa ideologia que a faz
acreditar que tudo isso está ao alcance de todos, ignorando o fosso desigual que se-
para aqueles que, ainda no século XXI, não conseguiram sair da linha da pobreza e
do problema do analfabetismo.

Ideologia: crenças compartilhadas que servem para justificar os interesses dos grupos do-
À minantes. Há ideologias em todas as sociedades em que existem desigualdades sistemáti-
Z cas enraizadas entre os indivíduos. 0 conceito de ideologia tem uma ligação estreita com o
de poder, uma vez que os sistemas ideológicos servem para legitimar o poder diferenciado
detido por grupos (GIDDENS, 2004, p. 694-695).

A globalização acentuou os problemas sociais que englobam a precarização da


educação, do trabalho, do acesso à moradia, da saúde e saneamento básico, além
de permanentes problemas continuarem sem solução como a fome, o desemprego
e a discriminação problemas enfrentados por países de todo o mundo (inclusive
-

países ricos).

VocêSabia?

Você sabia que um europeu no início do século XX vivia em média até 60 anos de idade?
Atualmente, sua expectativa de vida já passa dos 80. Voltando mais ainda na história,
até meados do século XVI, a média de vida das pessoas era de 40-45anos.Vivemoshoje
o dobro de tempo!

Os países mais desenvolvidos, principalmente aqueles que atingiram o Welfere-


-State (Estado de bem estar social), enfrentam, por exemplo, problemas com o
equilíbrio das contas do estado para arcar com as despesas de uma sociedade en-
velhecida e não sabem lidar com o crescente número de imigrantes que atravessam
suas fronteiras em busca de trabalho.
UNIDADE Cultura e Globalização

Welfare-State: Termo utilizado para designar o Estado assistencial que garante padrões
À mínimos de educação, saúde, habitação, renda e seguridade social a todos os cidadãos.
Z Somente países desenvolvidos atingiram este patamar.

Se, no passado, as epidemias, guerras, escravidão, extermínio etc. existiam sem


controle, hoje, podem ser controlados (de certa forma) pelos avanços da medicina,
da ciência, das leis, da educação, dos organismos internacionais como a ONU e a
UNESCO, OMC, FMI etc.
Tomemos como exemplo a epidemia da AIDS e os avanços da ciência para
controlá-la com excelentes resultados, avanços também na legislação para garantir
o direito às políticas públicas e sociais e a melhora da expectativa de vida do por-
tador do vírus HIV.

As identidades culturais são, portanto, afetadas pela globalização configurando-


-se como efêmeras e híbridas.

Parece dicotômico dizer que a globalização, que envolve o mundo todo numa
rede, deixe tanta gente fora dela. Porém, na sociedade de massa, cidadania se
confunde com consumo. À principal causa da desigualdade na contemporaneidade
está justamente ligada à falta de trabalho, inexistência de renda e descrédito no
cidadão excluído.

Façamos aqui um parêntese, o termo 'exclusão social" ou "excluídos fica sem


sentido quando compreendemos que o capitalismo é um sistema que produz ricos
e pobres, burgueses e proletários, consumidores e não consumidores. Pois, se tudo
isso faz parte de um único sistema econômico, então, a própria pobreza é gerada
pelo acúmulo de capital e da má distribuição de riquezas. Portanto, como excluir o
próprio produto do capital, ou seja, os pobres e aqueles tratados com desigualdade?

Esse é o grande enfrentamento dos países do mundo. Quando os países pobres


não conseguem resolver seus problemas políticos, econômicos e sociais, os países
ricos precisam socorrê-los para evitar as constantes crises mundiais. Por outro
lado, os países ricos também vivem crises de desemprego, violência, urbanização
acelerada, alta densidade demográfica, escassez de recursos naturais, ameaças ter-
roristas etc.

Como vemos, a globalização envolve todo o mundo e as desigualdades só po-


dem ser combatidas com ações conjuntas entre os países.

Analisemos, por fim, um dos principais fenômenos da globalização -


o aumento
de indivíduos no mundo na condição de imigrante.

À medida que o capitalestá concentrado em uma determinada zona geográfica


do planeta, as ondas migratórias confluem nessa direção. Como o capital migra,
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ora investe em países ricos, ora em países pobres, ora numa determinada região,
o fluxo migratório também é mutante (HARVEY, 1992).

Dados sobre imigrantes no mundo: https://www.91/22qUv4

Os movimentos migratórios, de fato, sempre existiram, porém, a principal razão


para um indivíduo se deslocar de sua cidade, estado ou país em direção a outro
está, atualmente, direta ou indiretamente ligada ao trabalho. Neste sentido, conclu-
ímos que a principal razão para emigrar é a razão econômica.

Lembremos, aqui, que essa massa migratória é composta também, em cres-


centes percentuais, por refugiados e exilados que migram por questões políticas,
culturais e religiosas.

Esse contato com o 'outro" acaba por gerar choques culturais e atitudes extremas
como o surgimento do terrorismo, políticas racistas, discriminação, intolerância, ge-
nocídios etc.

Levantadas as questões que objetivaram uma reflexão sobre o dualismo provoca-


do pela globalização, ou seja, um lado bom e um lado ruim, conforme destacamos
acima brevemente, é importante direcionarmos nossa atenção para o futuro que
estamos construindo. Que atitudes e ações podem ajudar a minimizar as desigual-
dades aprofundadas pela globalização? A participação política de cada cidadão
pode ser um caminho para novos diálogos? Você já notou que há um crescente
levante popular que busca se organizar pelas redes sociais para protestar por cau-
sas em comum?

Essas perguntas podem nos ajudar a refletir um pouco mais sobre os caminhos
abertos pela globalização contemporânea.

Em Síntese

Nesta unidade, estudamos a formação do processo de globalização em duas fases, a

primeira no Renascimento, século XVI, e a segunda com o fim da Guerra Fria no final dos
anos 1980.
Procuramos relacionar os dois lados da globalização ressaltados amplamente quando se
trata deste tema: o lado positivo, ou seja, dos avanços tecnológicos, da comunicação em
rede, da internet etc.; e o lado negativo, ou seja, da desigualdade causada pelo abismo
que separa os "incluídos" dos 'excluídos, ainda que tanto uns quanto outros façam parte
de um único sistema político-econômico -
o capitalismo.

Objetivamos aqui apresentar a você, caro(a) aluno(a), argumentos para refletir sobre
tais aspectos, bem como desenvolver uma visão crítica da globalização contemporânea
quanto à ideologia otimista que, normalmente, apresenta apenas os aspectos favore-
cedores do capital, enquanto as desigualdades, muitas vezes, são apresentadas como

descompasso e atraso perante o encantador mundo globalizado, ao qual tantos pensam


ilusoriamente fazer parte.
UNIDADE Cultura e Globalização

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

O vídeos

Globalização Milton Santos O mundo global visto do lado de cá


-

https://youtu.be/-UUBSDW mnM
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Referências
CANCLINI, N. A globalização imaginada. São Paulo: Iluminuras, 2003.
CASTELLS, M. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

GIDDENS, A. O mundo na era da globalização. Lisboa: Editorial Presença, 2000.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.


HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. São Paulo: Record, 2001.

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