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Historia da

Arquitetura
e Urbanismo
Material Teórico
O Neoclássico e a Sociedade Industrial

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Silvio Pinto Ferreira Junior

Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
O Neoclássico e a Sociedade Industrial

• Introdução;
• Contexto Histórico Pré-Industrialização;
• A Arquitetura Neoclássica;
• Considerações Finais.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar o movimento neoclássico do século XVIII e o horizonte que
se abriu para a Arquitetura e o Urbanismo com a sociedade industrial.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

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Nunca plagie
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Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE O Neoclássico e a Sociedade Industrial

Introdução
O classicismo em Arquitetura e Urbanismo se refere aos padrões e soluções es-
téticas desenvolvidas pelos antigos gregos e romanos, e que dominaram o cenário
construtivo por, pelo menos, cinco séculos.

O primeiro momento em que a linguagem clássica foi redescoberta e aplicada


aos projetos contemporâneos se deu na Renascença italiana. Durante o barroco,
essa linguagem não desapareceu por completo – foi repaginada e experimentada
em novas formatações, rompendo com todas as rígidas regras dos tratados
renascentistas e criando espaços movimentados, dramáticos, que exprimiam toda
a emoção à flor da pele da Igreja na Contrarreforma, e todo o luxo e a ostentação
dos detentores do poder.

Como reação aos excessos decorativos e à ostentação do barroco e rococó,


surgiu, a partir do século XVIII, um movimento na Arquitetura e nas artes em
geral de retomada do classicismo, chamado de neoclassicismo. O prefixo neo
exprime a ideia de novo, mas neste caso indica uma nova apreciação dos prin-
cípios clássicos em um período mais tardio. No entanto, o neoclassicismo do
século XVIII foi diferente do classicismo renascentista por uma série de motivos
que veremos nesta Unidade.

Contexto Histórico Pré-Industrialização


A Arquitetura Neoclássica é fruto de um contexto particular: o iluminismo.
Este termo denota um período bastante prolífico da história intelectual, marcando
significativos avanços nas Ciências em geral, na Filosofia, Sociologia, Política e
religião. De forma marcada, os intelectuais desse período defendiam o exercício da
razão para discutir e analisar os fatos.

As teorias e os avanços científicos propiciados pelo iluminismo catalisaram uma


série de acontecimentos políticos, sociais e econômicos que transformaram a so-
ciedade e deixaram um marco na História.
As discussões políticas levaram à revolta contra
a monarquia absolutista e à Revolução Francesa. Com a Revolução Francesa,
No âmago desse acontecimento, as discussões sobre deu-se início à noção de di-
uma nova sociedade francesa geraram textos impor- reitos humanos – e o bordão
igualdade, fraternidade e
tantes para a nossa sociedade, tal como a Declara- liberdade acabou se tornan-
ção Universal dos Direitos do Homem e do Cida- do um ideal universal.
dão, produzido em 1789.

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A própria ideia de nação começou a se consolidar nesse momento histórico.

A Europa, antes fragmentada em várias pequenas regiões – principados, conda-


dos, ducados –, começou a formar nações nos modelos que atualmente conhecemos.
Unidos em torno desse ideal, as diversas nações buscaram consolidar uma identidade
coletiva e construir os seus símbolos – tais como bandeiras, hinos e até a detecção e
conservação de seus monumentos históricos, autênticas relíquias nacionais.

Em termos de avanços nas diversas áreas do conhecimento, o impacto da atitude


humanista foi gigantesco. Várias Ciências surgiram ou se consolidaram: avanços na
Física Mecânica, na Química, além das primeiras teorias evolucionistas da Biologia
datam dessa época.

Para além da teoria, os avanços científicos levaram a uma série de inventos e


aprimoramentos tecnológicos que possibilitaram o acontecimento mais estrondoso
da Era Moderna, a Revolução Industrial.

Importante! Importante!

Com a Revolução Industrial surgiram as primeiras máquinas que substituíram o tra-


balho do homem, alavancando a produção e levando a sociedade a se reformular total-
mente no novo cenário do capitalismo.

O impacto, positivo e negativo, da Revolução Industrial foi sem precedentes


e afetou a Economia, a Política, a organização social, a Geografia Humana, as
relações de trabalho e também a própria Arquitetura – principalmente no tocante
ao espaço urbano.

Para operar as novas máquinas e os inéditos conhecimentos técnicos que surgiam


à medida que a indústria crescia, apareceram novos profissionais e atividades econô-
micas como, por exemplo, os engenheiros. A primeira escola dedicada à formação
desse, então, novo profissional foi a École des Ponts et Chaussés – Escola de Pontes
e Estradas –, fundada em 1747, na França. Era esse o profissional que dominava a
técnica da ferrovia, da construção de estruturas como estações de trens e fábricas,
por meio de novos materiais construtivos, tais como ferro e concreto armado.

Já pelo lado mais humanístico, nesse período também ocorreram avanços em


áreas como a História da Arte, a Arqueologia e as Ciências Sociais.

Foi desse momento histórico a publicação das enciclopédias, ou compêndios


onde estudiosos desenvolviam diversos tópicos. A primeira, intitulada Encyclopèdie
ou dictionnaire raisonné de Sciences, des Arts e des Métiers, data do século XVII
e foi publicada até 1772. Trata-se de vasta obra, com 33 volumes, compreendendo
71.818 artigos, de autoria de importantes iluministas, tais como Voltaire,
Montesquieu e Rousseau.

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Enfim, havia uma concepção racionalista e cartesiana do conhecimento que,


inclusive, possibilitou que algumas dessas áreas do saber se organizassem e se
embasassem em metodologia científica.

Método cartesiano refere-se ao método investigativo proposto pelo filósofo, físico e


Explor

matemático francês René Descartes (1596-1650), que deu as bases da Ciência Moderna.
Descartes é considerado um dos mais importantes e influentes intelectuais da história.

A principal contribuição nesse sentido veio do historiador de arte prussiano


Johann Joachin Winckelmann (1717-1768), o qual, com a sua obra Geshichte
der Kunst des Altertums – História da Arte Antiga –, publicada em 1764,
inaugurou uma metodologia objetiva para o estudo da História da Arte. É também
reconhecido como o “Pai da Arqueologia” por suas considerações metodológicas
acerca da exploração de sítios históricos, em 1755, surgidas de sua experiência na
escavação das cidades romanas de Pompeia e Herculano.

Ambas as cidades romanas foram completamente soterradas pela erupção do


vulcão Vesúvio, em 79 d.C., sendo descobertas e escavadas apenas em meados do
século XVIII. O que os arqueólogos descobriram corresponde a espaços do Império
Romano praticamente intactos, o que possibilitou avanços no estudo da civilização
romana, principalmente quanto à sua arquitetura e ao seu urbanismo.

A Arquitetura Neoclássica
O neoclassicismo se pautou, principalmente, em um processo de ruptura com o
próprio classicismo. “Na arquitetura, este espírito científico leva a uma interrupção
na tradição clássica, uma revisão conceitual da arquitetura do barroco e uma busca
da natureza própria da arquitetura” (PEREIRA, 2010, p. 182). Essa busca pela
“essência” da natureza e a noção de que o classicismo – por ter suas raízes na
Antiguidade, portanto, na natureza, era “naturalmente correta” (SUMMERSON,
2006, p. 90) – levou os intelectuais a desenvolverem uma série de estudos e
levantamentos da arquitetura clássica grega e romana.

Além desse fato, é interessante levantar outro dado: segundo Pevsner (2002),
franceses e ingleses, até o século XVII, construíam ainda as suas obras no estilo
gótico, tradicionalmente associado às suas identidades. A maior parte dos arquitetos
dessas regiões desconhecia os feitos e avanços plásticos e projetuais dos italianos
ao longo do Renascimento. A linguagem clássica da arquitetura renascentista
apenas passou a ser absorvida pela sociedade em geral muito mais tarde, mais
precisamente dentro do contexto do iluminismo.

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A busca por um estilo construtivo que expressasse os ideais iluministas levou
à natural associação à arquitetura clássica, até por uma natural associação com a
grandeza do Império Romano, muito cultuado à época como modelo de sociedade
ideal (SUMMERSON, 2006; PEVSNER, 2002).

Ademais, duas questões levaram à consolidação do neoclassicismo como lingua-


gem amplamente adotada no século XVIII: as viagens de estudo, o “grande tour”
e a descoberta de novos sítios históricos.

Com relação às viagens que acabaram por originar a ideia contemporânea de


“turismo”, Glancey (2007, p. 120) assim nos explica:
Ao longo de todo o século XVIII, um pequeno exército de arquitetos,
artistas e seus clientes excursionaram pelas ruínas e monumentos da
Grécia e de Roma, o que ficou conhecido como o grande tour. Eram
turistas e, a partir de meados do século XVIII, os arquitetos começaram
a agir mais e mais como turistas que estudavam os edifícios famosos
ao longo da história e queriam recriá-los ao voltar. Enquanto apenas
mostramos fotos e vídeos de templos gregos e romanos, os arquitetos
europeus e americanos do século XVIII e início do século XIX efetivamente
os construíram (GLANCEY, 2007, p. 120).

Em essência, os arquitetos viajavam e analisavam minuciosamente a arquitetura


grega e romana. Havia na época, inclusive, um debate intelectual: qual das duas civi-
lizações era a “melhor” ou teria dado as maiores contribuições à arquitetura clássica?

Por um lado, alguns intelectuais defendiam a supremacia da arte e arquitetura


gregas, como é o caso de Winckelmann – que citamos anteriormente.

Profundo conhecedor da arte grega, Winckelmann era um defensor das ideias


de belo e harmonia dos helenos, exaltando a maestria de sua arte em sua obra
História da arte antiga. Foi o primeiro estudioso a estabelecer distinções entre arte
grega, greco-romana e romana, e a comprovar uma antecedência dos gregos em
relação aos romanos. Além desse, foram significativos os estudos de Le Roy, com
a obra Ruínas das mais belas antiguidades da Grécia (1758), que trazia desenhos
técnicos e mensurados, exaltando as glórias da arquitetura grega; e de James Stuart
e Nicholas Revett, com Antiguidades de Atenas (1762).

Por outro lado, muitos eram os entusiastas da Roma Antiga, afirmando a sua
supremacia arquitetônica. O mais exaltado era Giovanni Battista Piranesi (1720-
1778), famoso gravurista e arquiteto italiano. Sua obra Della magnificenza ed
architettura de’ romani – A magnificência da arquitetura romana –, publicada em
1761, era uma celebração da arquitetura italiana, trazendo desenhos requintados e
extremamente detalhados das ruínas romanas, assim como de obras renascentistas.

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O estilo de Giovanni foi muito copiado pelos seus contemporâneos, de modo


que seus desenhos orientaram em muito a prática de conservação dos monumentos
históricos do período, por retratarem com fidelidade o seu estado de conservação à
época. Além disso, era um detalhado documento da arquitetura italiana, fornecendo
modelos da arquitetura clássica italiana aos arquitetos mais distantes, tal como se vê
nos seguintes exemplos:

Figura 1 – Representação das ruínas do Arco de Tito no século XVIII,


por Piranesi (posteriormente este arco foi reconstruído)
Fonte: Wikimedia Commons

Figura 2 – Gravura representando a Praça de São Pedro, obra barroca de Bernini, com a
Basílica de São Pedro ao fundo (aqui, Piranesi retrata a arquitetura renascentista e barroca italiana)
Fonte: Wikimedia Commons

A celebração da arquitetura romana foi coroada com a descoberta da Cidade


de Pompeia, em 1748. Quase tudo o que conhecemos sobre as diferentes cons-
truções romanas, seus programas, espaços, suas formas e aparência surgiram
dessa descoberta.

Ao contrário do processo de retomada do classicismo romano pelos arquitetos


do Renascimento, no neoclassicismo do século XVIII, o estudo das formas do
passado não leva à inventividade e criatividade projetual, mas a indagações críticas
e à aplicação significativamente didática das formas do passado.

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Os tratados de Vitrúvio e dos renascentistas foram analisados e estudados mi-
nuciosamente, e seus preceitos foram aplicados diligentemente em novas constru-
ções – porém, sempre atualizados em função dos inéditos programas e materiais
construtivos. “Muitos arquitetos ainda estavam convencidos [...] de que as regras
estabelecidas nos livros de Palladio garantiam o modelo ‘certo’ para construções
elegantes” (GOMBRICH, 2008, p. 476).

Os estudiosos passaram a estudar as ordens clássicas e reproduzi-las em novas


gravuras; propondo critérios para seus usos e investigando diferenças entre cada
uma das ordens, como o tratado de Claude Perrault.

Mais tarde, a obra do abade Laugier, Essai sur l’architecture – Ensaio sobre a
arquitetura –, publicada em 1753, procurou estabelecer uma natural progressão
da “cabana primitiva” até as formas da arquitetura clássica – ou seja, o tradicional
sistema de colunas que apoiam uma cobertura. Para esse autor, as ordens gregas
eram uma evolução do uso de troncos de madeira para a construção das colunas e as
vigas da cabana primitiva. Essa teoria revolucionária mudou a base do pensamento
arquitetônico ao longo dos séculos XVIII e XIX.

Embora na aparência nada parecesse mudar, pois as formas e os conceitos


clássicos continuaram sendo utilizados, a ruptura foi profunda: a linguagem
arquitetônica passou a ser esvaziada de seu sentido essencial.

Até então, cada período e civilização particular encontrava uma linguagem


própria – que era aplicada universalmente, pois expressava a sua relação intrín-
seca com aquela época e aquele lugar. Contudo, no período aqui estudado, não
mais. A linguagem clássica fora retomada em período completamente diverso,
em vários lugares inteiramente diferentes, sendo utilizada como fosse apenas um
estilo arquitetônico.

Nesse contexto surgiu o fenômeno do palladianismo: a reapreciação da obra


do arquiteto italiano Andrea Palladio por um grupo de jovens arquitetos liderados
por lorde Burlington (1694-1753). Por considerarem a arquitetura palladiana como
exemplo de perfeição, esses jovens arquitetos baseavam-se, principalmente, no
tratado de Palladio, os Quattro libri, que teve nova edição publicada na Inglaterra.

Inspirado por esse texto, o arquiteto Colin Campbell (1676-1729) escreveu o


seu Vitruvius britannicus, publicado em 1715 e que pretendia ser um guia para a
“correta” arquitetura britânica aos moldes de Vitrúvio.

Tanto Campbell quanto lorde Burlington projetaram casas de campo prestando


homenagem à famosa Villa Capra de Palladio, em cópias quase idênticas, como
podemos observar nas seguintes figuras:

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Figura 3 – Mereworth Castle (1722-1725), Kent, Inglaterra. Arquiteto, Colin Campbell


Fonte: Wikimedia Commons

Figura 4 – Chiswick House (1723-1729), Londres, Inglaterra. Arquiteto, lorde Burlington


Fonte: Wikimedia Commons

Assim como a Villa Capra de Palladio buscava uma fluidez entre os espaços in-
terno e externo, fundindo a casa na paisagem, as versões inglesas costumavam ser
rodeadas pelo jardim tipicamente britânico. Embora possa parecer uma contradi-
ção a princípios – casas formais palladianas em meio a um informal jardim inglês –,
isso fazia parte de princípio marcadamente antifrancês (PEVSNER, 2002, p. 355).

No paisagismo do século XVIII foram dois os estilos icônicos e antagônicos: por


um lado, os rígidos e geométricos jardins franceses, como o do Palácio de Versalhes,
na França; por outro, os jardins românticos ingleses. Estes jardins eram inspirados
nas pinturas de artistas como Claude Lorrain e Nicolas Poussin, que geralmente re-
tratavam ruínas clássicas ou góticas em um cenário idílico, de suaves gramados em
colinas ondulantes, quase sempre com a presença de uma pequena lagoa.

Tal cenário, digno de ser representado em um quadro, recebeu a denominação


de “pitoresco”.

Tratavam-se de cenários “naturais” que eram recriados artificialmente por paisa-


gistas como William Kent (1685-1748) a fim de acompanhar a arquitetura palladia-
na, como vemos no caso da própria Chiswick House, projetada por lorde Burlington:

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Figura 5 – Os jardins da Chiswick House, com uma lagoa artificial em frente a uma pequena
réplica de uma rotunda, ou templo circular romano (desenhado por William Kent)
Fonte: artfund.org

O arquiteto Colin Campbell também projetou a sua própria casa de campo no


estilo palladiano, o imponente Houghton Hall, em Norfolk.

Nota-se que as variantes inglesas das construções de Palladio são mais pesadas
e dispõem de formas e composição mais livres que as do arquiteto italiano.

Figura 6 – Houghton Hall (1722-1726), casa de campo em Norfolk, Inglaterra. Arquiteto, Colin Campbell
Fonte: Wikimedia Commons

Os simpatizantes da arquitetura grega também construíam obras dentro desse “espí-


rito de revivescência”. Assim como os admiradores de Palladio erigiam cópias de suas
casas de campo, alguns arquitetos faziam referência a famosas construções gregas.

Inspirados pela teoria do abade Laugier, de que os templos gregos eram uma
evolução natural da cabana primitiva, o padrão grego foi interpretado como uma
arquitetura, ao mesmo tempo, natural e racional, o modelo de perfeição a ser
seguido e aplicado em qualquer tipo de construção.

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Um exemplo evidente dessa corrente neoclássica é a Igreja de São Pancrácio,


em Londres, construída pelos arquitetos William Inwood e seu filho, Henry.

A igreja paroquial inglesa traz, em sua extremidade oriental, um pórtico com


cariátides parecidas com as do templo grego Erecteion, em Atenas; já a torre da
igreja remete ao Templo dos Ventos, igualmente em Atenas.

Figura 7 – Igreja de São Pancrácio (1819-1822), Londres, Inglaterra.


Arquitetos William e Henry Inwood (detalhe da elevação Norte)
Fonte: Wikimedia Commons

Figura 8 – Fachada principal da Igreja de São Pancrácio (St. Pancras)


Fonte: Wikimedia Commons

A Cidade de Edimburgo, capital da Escócia, chegou a ser conhecida como a


“Atenas do Norte”, tamanha a quantidade de construções no estilo helênico. Essa
força da arquitetura grega manteve-se até o final do século XIX, quando a Inglaterra
já havia migrado do neoclassicismo grego ao neogótico e aos estilos ecléticos.

O monumento neoclássico dessa corrente que mais se destaca na Cidade é a


Royal High School, uma escola de Ensino Médio oficial da Monarquia, projetada
por Thomas Hamilton (1784-1858).

À mesma maneira de sua fonte de inspiração, o Parthenon, a escola foi implan-


tada no alto de uma colina, com vista para toda a Cidade – como se estivesse em
uma acrópole.

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Figura 9 – Royal High School (1825-1829),
Edimburgo, Escócia. Arquiteto, Thomas Hamilton
Fonte: Wikimedia Commons

Ademais, foi na Alemanha – antiga Prússia – que a revivescência grega foi


mais evidente.

A linguagem arquitetônica dos gregos antigos foi o símbolo de Frederico, o


Grande. O ícone máximo de seu governo é o Portão de Brandemburgo, um
imponente monumento na entrada da Cidade de Berlim. Construído por C. G.
Langhans (1733-1808), a majestosa estrutura é baseada no Propileu, na Acrópole
de Atenas e chegou a ter uso prático como alfândega. No entanto, sua imagem é
comumente associada às marchas do exército nazista, já no século XX, e também
como símbolo da divisão e reunificação da Alemanha.

Figura 10 – Portão de Brandemburgo (1789-1793), Berlim, Alemanha. Arquiteto, C. G. Langhans


Fonte: Wikimedia Commons

O mais importante arquiteto neoclássico alemão, no entanto, foi Karl Friedrich


Schinkel (1781-1841), quem também se inspirou na arquitetura da Grécia Antiga,
porém, sem copiá-la literalmente; pelo contrário, atualizou a linguagem clássica.

A sua obra de maior destaque é o grandioso Altes Museum, em Berlim. Uma


edificação que reflete como nenhuma outra a essência da arquitetura do iluminismo.

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Por um lado, é o símbolo do Estado prussiano; por outro, atende às funções


pragmáticas de museu e galeria de arte.

A fachada principal da construção consiste em uma imponente colunata de


dezoito colunas jônicas refinadas. Correspondem às colunas, sobre o entablamento,
dezoito esculturas de águias, voltadas ora à esquerda, ora à direita.

O acesso à entrada se dá por uma imponente escada. Para cada um dos lados
ficam as galerias, iluminadas por cima. No centro, porém, surge uma rotunda de
dois pavimentos, com colunas e uma cúpula sem decoração, considerada um dos
espaços mais belos do mundo.

Por estar encerrada em um bloco retangular, a cúpula não é visível na área


externa do museu.

Figura 11 – Altes Museum (1823-1830), Berlim, Alemanha.


Arquiteto, Karl Friederich Schinkel
Fonte: Wikimedia Commons

Figura 12 – Planta do Altes Museum. Destaque para as


formas geométricas regulares e perfeitamente proporcionais
Fonte: Wikimedia Commons

Essa regularidade matemática das formas neoclássicas também pode ser vista
nas edificações dos arquitetos franceses.

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Por um lado, a arquitetura clássica é considerada ideologicamente adequada
à nova sociedade que surgia: ora representada pelos ideais dos novos Estados
democráticos, como os Estados Unidos da América; ora ideal para associar o
Império Napoleônico às glórias do antigo Império Romano.

Os Estados Unidos adotaram a linguagem neoclássica como arquitetura oficial,


que perdura até hoje nos edifícios cívicos.

A escolha por essa linguagem específica foi feita por Thomas Jefferson (1743-
1826), um dos fundadores da nação estadunidense e também o terceiro presidente
desse país.

Jefferson desenvolveu as suas ideias arquitetônicas durante um período em


que viveu na França, atuando como embaixador em Versalhes. Influenciado pelo
palladianismo, Jefferson também construiu uma casa para si em homenagem à
Villa Capra, em Monticello, no Estado da Virginia.

O padrão do Capitólio para abrigar as funções governamentais, tanto em nível


estadual quanto federal, foi criado por essa figura histórica.

Uma de suas concepções mais influentes foi o projeto para a Universidade de


Virginia, em Charlottesville, a primeira universidade estadual norte-americana.

Dentro do espírito iluminista, a biblioteca era o cerne do campus, com formas


que remetem ao Panteão de Roma.

Figura 13 – Biblioteca da Universidade de Virginia – Rotunda (1817-1826),


Charlottesville, Estados Unidos. Projetada por Thomas Jefferson
Fonte: Wikimedia Commons

A estética neoclássica que domina a paisagem de Washington, D.C., em


construções como a Casa Branca e o Capitólio, foi extremamente influente no
restante do mundo. “Desde que foram erigidos esses primeiros edifícios norte-
-americanos, sociedades novas – tentando apresentar uma fachada respeitável ao
mundo – tomara emprestado o estilo de Jefferson” (GLANCEY, 2007, p. 124).

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Afinal, para Jefferson, o neoclássico expressa a autoridade da natureza e o


poder da razão, o espírito da democracia.

Já para Napoleão, a construção de arcos do triunfo em Paris, à moda daqueles


erigidos pelos césares romanos como celebrações às suas vitórias, associaria
inevitavelmente a glória de seu próprio império com o romano.

Figura 14 – Arco do Triunfo Carousel (1806-1808), Paris. Construído pelos


arquitetos Percier e Fontaine (imitava o Arco de Septímio Severo, em Roma)
Fonte: Wikimedia Commons

A associação do Império Napoleônico com a arquitetura neoclássica era


intencional: Napoleão desenvolveu um estilo poderoso, criando uma espécie de
imagem corporativa por meio da arquitetura. Para a sua corte, o “[...] arquiteto
Charles Percier (1764-1838) foi o favorito do imperador e desempenhou um papel
central no estilo império, pelo qual, excetuando as batalhas, o reinado de Napoleão
é lembrado” (GLANCEY, 2007, p. 126).

A arquitetura neoclássica tornou-se o “estilo do Império Napoleônico”, sendo


ensinada oficialmente nas academias de belas artes fundadas pelo próprio.

Alguns dos mais importantes símbolos da arquitetura neoclássica foram


construídos na França, como suportes dos ideais revolucionários desse país.

Um exemplo desse tipo de monumento é o Panthéon de Paris, construído entre


1755 e 1792. Inicialmente, fora projetado para ser a Igreja Sainte Geneviève;
porém, com a eclosão da Revolução Francesa, a igreja acabou sendo convertida
em um panteão dos heróis da Revolução.

Com planta em cruz grega, coroada por um imenso domo assentado sobre um
tambor formado por colunas, a construção foi um projeto revolucionário para a
França da época. Os quatro braços também são coroados por domos mais baixos,
à maneira das igrejas bizantinas. Apoiada quase que inteiramente sobre colunas
elegantes, Soufllot criou um espaço interno amplamente iluminado e translúcido.

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Soufflot, inclusive, almejava recriar a luminosidade, o ambiente espaçoso e as
proporções de uma igreja gótica, contudo, utilizando a linguagem clássica para tal
(FRAMPTON, 2004, p. 14).

Figura 15 – Panthéon (1755-1792). Paris. Figura 16 – Interior do Panthéon,


Arquiteto, Jacques-Germain Soufflot à altura do transepto
Fonte: Wikimedia Commons Fonte: Wikimedia Commons

Vemos, a seguir, a imagem da sede da Assembleia Nacional Francesa, o Palais


Bourbon, deixando também evidente as suas inspirações nos templos gregos:

Figura 17 – Palais Bourbon (1722), sede da Assembleia Nacional Francesa


Fonte: Wikimedia Commons

Porém, as iniciativas mais interessantes desse período na França foram exercícios


mais utópicos, que imaginavam uma sociedade ideal baseada nos princípios
iluministas da Revolução Francesa.

Um dos arquitetos mais criativos desse cenário foi Etienne-Louis Boullée (1728-
1799), quem construiu pouco, mas foi autor de uma série de projetos de monu-
mentalidade tamanha que jamais poderiam ser executados pela técnica da época e,

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talvez, mesmo a de hoje. Suas formas geométricas puras, sem adornos, combina-
das a uma monumentalidade extrema provocam, ao mesmo tempo, vempolgação
e ansiedade.

Segundo Frampton (2004, p. 14), mais do que qualquer outro arquiteto ilumi-
nista, Boullée era obcecado pela luz como metáfora para o divino, e explorava os
recursos de luz em seus projetos.

Dentro dessas fantasias, podemos destacar o Cenotáfio dedicado ao físico Isaac


Newton. O projeto desse túmulo monumental tinha a forma de uma esfera de propor-
ções gigantescas, com 150 m de altura, sobre um cubo de duas camadas. “A esfera
representava o Universo, e o sarcófago de Newton, na mente de Boullée pelo menos,
seria abrigado nesse espaço enorme e aterrador” (GLANCEY, 2007, p. 127).

Tal construção simultaneamente aterrorizante e tranquila evoca o sentimento


do sublime, condição tão apreciada pelos românticos do período. A luz, aqui,
penetrava no interior dessa esfera imensa em pontos perfurados na parede; à
noite, Boullée imaginou uma pira suspensa, com fogo, simbolizando o Sol.

Figura 18 – Cenotáfio para Isaac Newton (1785), projeto


não executado. Arquiteto, Etienne-Louis Boullée
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons

Boullée tinha planos grandiosos – projetos de uma cidade monumental, refletindo


o poder de Napoleão, repleta de obras que estimulassem a fé – projetos para
grandes igrejas – e o saber – projetos de museus, óperas, bibliotecas e universidades.

Arquiteto influenciado pelas ideias do iluminismo, Boullée acreditava no poder


transformador social da Arquitetura – a capacidade de transmitir aos cidadãos

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os princípios humanistas e encontrar as formas ideais para o homem racional.
Membro da Academia Real da Arquitetura, muitos dos projetos possíveis de serem
edificados foram executados por alunos de Boullée.

Figura 19 – Projeto para a Biblioteca Nacional (1784).


Não executado. Arquiteto, Etienne-Louis Boullée
Fonte: Wikimedia Commons

Claude-Nicolas Ledoux (1736-1806) foi arquiteto do rei em 1773, tendo a sua


carreira finalizada e chegando a ser preso e quase morto durante a Revolução
Francesa. Alguns dos edifícios europeus mais grandiosos de seu tempo foram
construídos durante esse intervalo em que atuou para o antigo regime. Uma
compilação de seus projetos foi publicada em 1804, com o título L’Architecture
considerée sous le rapport de l’art, des moeurs et de la législation – Arquitetura
considerada em relação à arte, à moral e à legislação –, e serviu de inspiração para
gerações de arquitetos que o seguiram.

Porém, foi na utopia urbana de Arc-et-Senans que residiu a sua contribuição mais
interessante. Trata-se de uma vila industrial projetada em torno das Salinas Reais,
que havia construído em parte entre 1773 e 1779. Inicialmente semicircular – e
posteriormente oval, em seus projetos –, a cidade se orientava em torno do edifício
da fábrica, construído na ordem dórica mais pesada possível. Na concepção de
Ledoux, cada construção deveria refletir em suas formas e matéria o seu caráter,
de modo a expressar as suas funções por meio das próprias formas.
[...] os arquitetos iluministas franceses, como Etienne-Louis Boullée
ou Claude-Nicolas Ledoux, defendem e propõem diversas propostas
de cidades ideais e formas ideais. As formas puras e os volumes puros
(o cubo, a esfera, o cone ou o cilindro) vêm a ser bases e essência da
Arquitetura (PEREIRA, 2010, p. 183).

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UNIDADE O Neoclássico e a Sociedade Industrial

Figura 20 – Projeto para a cidade ideal de Chaux (1804), parte deste projeto foi construído
entre 1773 e 1979. Arc-et-Senans, França. Arquiteto, Claude-Nicolas Ledoux
Fonte: Wikimedia Commons

Na França, no interior de escolas de Engenharia, como a École des Ponts e


Chaussés, e no âmbito da Revolução Científica perpetrada pelos ideais iluministas,
surgiu a necessidade de incorporar no processo construtivo alguma forma de
sistematização pragmática, como ocorrera com as outras Ciências.

Dito de outra forma, houve a necessidade de aplicar à Arquitetura uma


metodologia e codificação científica de seus termos e componentes. Assim, iniciou-
se um processo de classificação das diferentes edificações conforme cada gênero e
finalidade: religiosa, civil ou militar, ou arquitetura pública ou privada.

Surgiu o conceito de tipo, associando um padrão formal a um programa espe-


cífico – ou seja, determinada forma é correspondente a uma função. No entanto,
a classificação dos tipos apenas evidenciou o quanto esses eram escassos e insufi-
cientes para a enorme variedade de programas arquitetônicos surgidos em decor-
rência da Revolução Industrial.

Nesse período não era rara a transferência de usos dos mais diferentes de
uma mesma construção, chegando mesmo a casos curiosos, como a Igreja de
La Madeleine (1804-1809), construída por Pierre Vignon, o inspetor geral das
construções da República, designado por Napoleão.

Primeiramente, foi concebida como templo dedicado para a grande armada,


por Napoleão, em 1806; em 1837, quase foi transformada na primeira estação
ferroviária de Paris; e, em 1842, foi consagrada como igreja. Ou seja, qual seria a
sua classificação tipológica? Religiosa, cívica ou técnica?

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Figura 21 – Igreja de La Madeleine (1804-1809). Paris. Arquiteto, Pierre Vignon
Fonte: Wikimedia Commons

Reagindo contra a classificação por tipos, e ao mesmo tempo buscando atender


à demanda construtiva do período que se seguiu à Revolução, Jean-Nicolas-Louis
Durand (1760-1834), professor de Arquitetura na Escola Politécnica de Paris,
buscou encontrar uma metodologia construtiva universal.

Sua pretensão era elaborar uma versão arquitetônica para o Código Napoleônico,
pela qual estruturas apropriadas e econômicas poderiam ser criadas por meio da
permutação modular.

Assim, pela combinação de elementos pré-determinados, poderia ser realizada


uma combinação de diversos módulos, gerando plantas e elevações variadas com
custo mínimo. Durand defendeu o seu método criticando o Panthéon de Soufllot
e suas 206 colunas e 612 metros de paredes; alegando que, com o seu método,
poderia propor um templo circular com área comparável à do Panthéon, porém,
com apenas 112 colunas e 248 metros de parede – uma economia considerável.

Sua abordagem pragmática e utilitária entende que o objetivo maior da Arquite-


tura é a sua função expressa por meio da conveniência e da economia. A economia
se daria através da simplicidade, regularidade e simetria dos elementos compositi-
vos de seu método.

Por sua vez, os elementos, tais como escadas, coberturas e aberturas, eram
classificados e apenas tinham sentido depois que inseridos em uma composição
coerente. Dessa forma, Durand fez da composição projetual do arquiteto uma
teoria combinatória que associa, entre si, os elementos arquitetônicos em formas
geométricas simples – o círculo e o quadrado, a esfera e o cubo.

Essas ideias de racionalização máxima do processo projetual foram, certamente,


as raízes do que veio a ser conhecido como o movimento moderno na Arquitetura
no século XX – mas isso veremos em uma próxima oportunidade!

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UNIDADE O Neoclássico e a Sociedade Industrial

Considerações Finais
Procuramos, nesta Unidade, apresentar as características do neoclassicismo e
sua evolução com a sociedade industrializada que se caracterizava no século XIX.

O neoclassicismo aplicou a linguagem clássica em usos diversos e abrangentes:


monumentos, igrejas, estações de trem, escolas, fachadas de fábricas, casas de
campo, prefeituras etc.

Não foi apenas a Arquitetura Antiga a ser revista, mas também as contribuições
de arquitetos renascentistas que passaram a ser referências para arquitetos ingleses,
franceses e até mesmo estadunidenses.

Na Inglaterra, como vimos, houve um movimento de inspiração na obra


arquitetônica de Palladio, que chegou a ganhar nome próprio, palladianismo.

Surgido inicialmente na França e Inglaterra, o neoclassicismo se tornou a


linguagem preponderante ao longo dos séculos XVIII e XIX, inclusive além-mar,
tornando-se a representação arquitetônica oficial de países como os Estados Unidos.

No Brasil, o neoclassicismo persistiu com força até as primeiras décadas do


século XX, como podemos ver na obra de nosso principal arquiteto neoclássico em
São Paulo, Ramos de Azevedo. Entre as suas edificações neoclássicas, podemos
destacar o Teatro Municipal e a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.

Finalmente, o neoclassicismo também teve novo ressurgimento nas últimas


décadas, sobretudo dando caráter historicista a uma série de edifícios considerados
de “alto padrão”.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Possibilidades de pesquisa em História
https://goo.gl/FyKX6G

Vídeos
Ecce Homo - A cidade
https://youtu.be/iVrZtaQp0r4
Artes – história da arte – neoclassicismo, romantismo e realismo
https://youtu.be/UqEs3TOMBWE

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UNIDADE O Neoclássico e a Sociedade Industrial

Referências
ARGAN, G. C. História da Arte como história da cidade. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.

FRAMPTON, K. Modern Architecture: a critical history. New York: Thames


& Hudson, 2004.

GLANCEY, J. A história da Arquitetura. São Paulo: Loyola, 2007.

GOMBRICH, E. H. História da arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

JOKILEHTO, J. History of conservation. 1986. Tese (Doutorado) - Universidade


de Iorque, Iorque, Inglaterra, 1986.

PEREIRA, J. R. A. Introdução à história da Arquitetura – das origens ao século


XXI. Porto Alegre, RS: Bookman, 2010.

PEVSNER, N. Panorama da Arquitetura ocidental. 2. ed. São Paulo: Martins


Fontes, 2002.

SUMMERSON, J. A linguagem clássica da Arquitetura. 4. ed. São Paulo:


Martins Fontes, 2006.

ZEVI, B. Saber ver a Arquitetura. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009. (Col.
Mundo da Arte).

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