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Material Teórico
Barroco e Rococó
Revisão Textual:
Prof. Esp. Kelciane da Rocha Campos
a
Barroco e Rococó
• Introdução;
• Barroco e Rococó: Características Gerais;
• Exemplares do Estilo Rococó: Arquitetura e Decoração;
• Considerações Finais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· O objetivo principal desta unidade é estudar a influência das artes
na arquitetura e os novos métodos de projeção e da gestão urbana
emergentes na Europa que entremeiam o renascimento e a moder-
nidade, como o Barroco e o Rococó.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Barroco e Rococó
Introdução
Costuma-se designar com o nome de Barroco o estilo no qual se dissolveu a
Renascença ou também o estilo que resultou da degeneração da Renascença.
A Renascença é a arte da beleza tranquila, que nos oferece aquela beleza liber-
tadora experimentada como um bem-estar.
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Explor
Barroco: a palavra “barroco” é originária da língua portuguesa. Dentre seus vários signifi-
cados, o que parece ter sido mais comum entre os artistas e teóricos da arte remonta ao
termo usado para designar uma pérola irregular, ou seja, “barroco” significava “imperfeito”.
O termo remete, portanto, à ideia de irregularidade.
Rococó: derivado da palavra francesa rocaille (rocha). A palavra “rococó” aparece em
princípios dos anos de 1700 sendo muito usada nas marcenarias francesas para designar as
formas sinuosas e ornamentadas do mobiliário Luís XV (estilo associado à corte durante o
reinado de Luís XV, que durou de 1715 a 1774). Resulta de uma associação do termo rocaille
em francês, para denominar uma ornamentação que imitava pedras naturais e formas que
evocavam conchas.
O Barroco foi concebido como uma expressão artística que teve sua origem
principalmente em Roma, por influência da Companhia de Jesus (Cornelius Gurlitt,
apud HATZFELD, Helmut,1988, p. 14), para fortalecer a autoridade católica e
garantir a evangelização do Novo Mundo. Mas não só isso, nos primeiros anos
do século XVII na Itália, particularmente em Roma, acham-se concentrados os
melhores artistas europeus, sendo a sede do papado o lugar privilegiado da eclosão
de um estilo em acordo com a Contra-Reforma.
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UNIDADE Barroco e Rococó
Segundo Bazin,
o chamado período barroco é, de fato, o período da civilização ocidental
mais rico em variedade de expressão – é o momento em que cada um dos
povos da Europa inventou as formas artísticas que melhor se ajustam ao
seu próprio gênio. A variedade ampliou-se graças a um intenso trânsito e
intercâmbio de formas; nunca a civilização ocidental conheceu tamanha
troca entre nações no campo intelectual. (BAZIN,1993, p. 3.)
Como tantos outros estilos, foi desenvolvido por artistas e encontrou sua expres-
são de forma bela e eficaz, tanto em pequenas obras particulares como nas grandes
e de caráter público.
O intenso vínculo com a religiosidade por certo estabelece o modo como a arte
barroca dirige um apelo à mente através das emoções.
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A arte da talha esteve presente em toda a arte sacra do período barroco.
A decoração no interior das igrejas era carregada de ornatos, e nas salas dos palácios
se fazia com móveis e tapeçarias de elevado custo. A opulência e ostentação eram
obtidas em boa parte pela “acumulação da máxima quantidade de material”.
O urbanismo é uma das características mais fascinantes e inovadoras do Barroco.
A cidade barroca é dotada de algumas especificidades, entre elas a abertura
do espaço urbano por meio da implantação de perspectivas infinitas. Embora um
instrumento herdado do Renascimento, a perspectiva foi utilizada e valorizada no
que se refere ao traçado e composição das cidades à época barroca.
A perspectiva implica contemplar o mundo de um único ponto de vista, com um
único olho que abrange todo o panorama.
Nesse aspecto, a visão focal ou centralista coincide com a organização monár-
quica do Estado.
Todas a residências reais da Europa do século XVIII correspondem a este tipo
de organização perspectiva, em cujo ponto focal se situa o palácio real e a cidade
converte-se na expressão de uma realidade política.
A forma geométrica simples é centrada em torno da figura do monarca absolutista
que forma o núcleo, o centro de gravidade do sistema. Mas não é só, por detrás
da tendência cenográfica montada para a exaltação do príncipe, seu palácio e sua
estátua, igrejas e cenário monumental, outros empreendimentos denotam uma
grandeza de propósitos que não se pode esquecer (GOITIA, 1992, p. 137, 138).
Entretanto, nem todas as artes evoluem em sintonia. O que para a pintura e
para arquitetura já representavam conquistas maduras, não foi igual no campo
do urbanismo. É somente no século XVIII que a arte barroca da composição de
cidades atingirá todo o seu apogeu.
Um aspecto essencial do urbanismo barroco é a criação da capital. Para Goitia,
nesse período,
surge a capital como conceito de tal permanência; a capital, que é uma
criação inteiramente barroca, uma criação a que podemos chamar
barroca, dando a este termo a amplitude que se lhe confere geralmente
no campo da cultura. (GOITIA, 1992, p. 129.)
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UNIDADE Barroco e Rococó
Artistas do Barroco
• Itália: Gianlorenzo Bernini, Francesco Borromini. Giacomo Vignola;
• França: Louis Le Vau, Emmanuel Héré de Corny, Jules Hardouin-Mansart;
• Espanha: Bautista Crescenci, José de Churriguera Casas Novas;
• Portugal: Manuel da Maia, Carlos Mardel, João Frederico Ludovice - os dois
últimos, embora não fossem portugueses, eram radicados e trabalhavam
em Portugal.
Artista do Rococó
Gabriel-Germain Boffrand, Jean Courtonne, Jacques-Ange Gabriel.
Barroco Italiano
Arquitetura de Giacomo Vignola e pertencente à ordem dos Jesuítas, a igreja de
Jesus ou Il Gesù, em Roma, foi iniciada em 1568 e reúne elementos do Barroco.
A princípio não era uma decoração despojada, o que vai acontecer somente no
final do século XVII (de 1672 a 1683), quando foram pintados os afrescos, cúpulas
e nave, por Giovanni Battista Gaulli.
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Um dos marcos decisivos do Barroco é O Êxtase de Santa Teresa, combi-
nando escultura, arquitetura e pintura. Cria uma poderosa sensação de ilusão.
A natureza é trazida para a obra de arte mediante o uso de luz de uma fonte oculta
e o metal dourado imita os raios de sol.
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UNIDADE Barroco e Rococó
Barroco Espanhol
A arquitetura barroca se introduz na Espanha em fins do século XVI e de forma
mais contida e austera que a italiana.
O Palácio Real de Madri está entre os maiores palácios reais da Europa Oci-
dental, possuindo em torno de 135.000m². Foi construído em 1735-1764 por
Sacchetti, segundo projeto de Filippo Juvara, que ele modificou de maneira no-
tável. Juvara era italiano, mas desenvolveu sua carreira profissional na Espanha,
onde morreu em 1735. Discípulo do arquiteto e escultor italiano Carlo Fontana,
pertenceu a um grupo de arquitetos formado por italianos e franceses que introdu-
ziu o neoclássico na Espanha, extinguindo gradualmente a arte barroca.
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Figura 6 – Palácio Real de Madri, Espanha
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Barroco e Rococó
Barroco Francês
A Praça Vedôme, em Paris, antiga Praça Luis - o Grande, foi concebida em
1699 pelo arquiteto Jules Hardouin-Mansart. Trata-se de uma praça retangular
e chanfrada, onde todas as fachadas seguem o mesmo modelo. Em seu centro
foi erguida uma estátua equestre em bronze, de Luís XIV, destruída em 1792.
Atualmente no seu centro está a coluna Vendôme.
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Figura 9 – Praça Vendôme, Paris, França
Fonte: iStock/Getty Images
Diz-se que para que seguissem o mesmo padrão, primeiro foram construídas as
fachadas e só depois a parte posterior das edificações.
Outros dois célebres exemplos do urbanismo francês do século XVIII são as pra-
ças das cidades de Bordeaux e Nancy.
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UNIDADE Barroco e Rococó
Figura 11 – Praça da Bolsa, Bordeaux. Aberta em um dos lados para o rio Garonne.
Projeto do arquiteto Jacques-Ange Gabriel, foi inaugurada em 1749
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 12 – Praça Real de Nancy, França. Projeto do arquiteto Heré de Corny. “O mais belo eixo
do urbanismo monumental barroco, que relaciona diversos recintos, ligados uns aos outros com um
sentido requintado, oferecendo sensações de espaços diferentes [...]” (GOITIA, 1992, p. 141, 142)
Fonte: iStock/Getty Images
Com a transferência da corte do rei Luís XIV (século XVII), que decide mudar-
-se para os arredores de Paris, tem início a construção do Palácio de Versalhes,
com seu grandioso e exuberante jardim. São aproximadamente 800 hectares de
parques e jardins, com fontes, lagos, alamedas e 400 esculturas.
Projetado pelo funcionário de Luís XIV, André Le Nôtre, essa obra impressiona
por sua grandiosidade, beleza e a maneira como o projetista doma a natureza
encaminhando o olhar do observador para o horizonte distante, através dos
canteiros, passarelas e lagoas, que estabelecem entre si um jogo de simetria e
ilusão de ótica.
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E nesse sentido as próprias conquistas e avanços da ciência e da matemática
são refletidas na concepção deste jardim, na temática da geometria e das curvas
que comporta.
Barroco Português
Fora da França, floresce entre as melhores criações do urbanismo barroco o
conjunto urbanístico de Lisboa, que representa uma das composições mais admi-
ráveis de todo o século XVIII.
Essa criação urbanística teve início após 1755, quando o grande terremoto
devastou a cidade de Lisboa e se tornou urgente sua reconstrução. Sob determinação
de Sebastião de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, ministro do rei D.
José I, teve início a grandiosa obra, comandada pelo engenheiro-mor do reino
Manuel da Maia.
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UNIDADE Barroco e Rococó
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Exemplares do Estilo Rococó:
Arquitetura e Decoração
A arquitetura simples da fachada do Hotel de Soubise, em Paris, contrasta com
o seu interior.
A pintura do teto em azul, paredes brancas e moldagens folheadas a ouro per-
sonificam com exatidão o Rococó francês. A decoração foi realizada por Germain
Boffrand, entre 1738 e 1739.
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UNIDADE Barroco e Rococó
Os estilos Barroco e Rococó foram exportados para diversas partes do mundo, inclusive o
Explor
Brasil. Para conhecer mais, sugerimos um documentário sobre estas construções artísticas
no Brasil: Caminhos da Arte - Documentário sobre Aleijadinho. Vídeo disponível no YouTube:
https://youtu.be/yvLJH68SWSc
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Considerações Finais
Procuramos nesta unidade apresentar os estilos Barroco e Rococó no berço de
sua criação. Pudemos estudar alguns exemplares destes estilos em países como a
França, Espanha, Áustria, Portugal, etc.
No Brasil, o Barroco e o Rococó foram estilos bastante presentes nas ricas ci-
dades mineiras dos séculos XVII a XIX, como Ouro Preto, Mariana, Congonhas,
entre outras.
Finalizamos esta unidade com uma sugestão. Que tal, caro(a) aluno(a), visitar as
cidades mineiras para conhecer estas expressões de estilos de pertinho?
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UNIDADE Barroco e Rococó
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Leonardo da Vinci
DOCUMENTÁRIOS CIÊNCIA.
https://youtu.be/h2nNPm2Wy9c
Arte barroca e do Rococó ao Neoclássico – Parte 1
Grupo Cultural S.A. DVD-Vídeo.
https://youtu.be/oLMsU68HKeA
Leitura
História do Brasil Colônia – e-book
https://goo.gl/uKTKoF
História social e econômica moderna – e-book
https://goo.gl/PgkvsG
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Referências
BAZIN, Germain. Barroco e Rococó. São Paulo: Martins fontes,1993.
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