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EDITORIAL

Sumário
CAPA:
Por Alte Ricardo Antônio da Veiga Cabral Oficiais brasileiros na Guerra
Presidente da ADESG da Tríplice Aliança
Foto: Fundação Biblioteca Nacional
William Waack - Foto: Adesg SP

Revista Adesg – Novembro/Dezembro de 2015 – N° 291 – Ano 40

LIÇÕES DO PRESENTE, Destaques da edição


CONEXÃO COM O FUTURO 4 XIII CONVENÇÃO NACIONAL DA ADESG – O BRASIL NO SÉCULO XXI

7
E
A CRISE POLÍTICA BRASILEIRA – IVES GANDRA MARTINS
chegamos ao fim do ano de 2015. Com ele, concluímos A busca por novos associados, em um quadro de
8
n
nossa jornada de dois anos na presidência da ADESG. gradativo declínio de contribuintes. Para tanto, reali- HÁ 150 ANOS, A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA - MARCO TADEU BETTEGA BERGO
Foi um período de concretização de uma intensa e pro- zamos, com a participação da Diretoria Executiva, pa-
veitosa (pelo menos para mim) ordenação de ideias e pro- lestras acerca de nossas atividades nos diversos cursos 14 DEFESA CIBERNETICA – RUBENS FERREIRA DE ARAÚJO A Retirada
da Laguna:
jetos. A condução de tal Associação demanda criatividade,
esforço, dedicação e entrega aos seus objetivos. A tarefa é
da ESG, inclusive no PAM (Programa de Atualização da
Mulher). Como resultante, elevamos um pouco o nú- 18 PARIS, DOR E TERROR um capítulo
épico da
enorme e não poderíamos, em tão curto lapso de tempo,
realizar tudo que desejaríamos. Porém, alguns projetos con-
mero de contribuintes.
n A realização dos almoços mensais de confraternização em
20 OLIMPÍADA - OS DESAFIOS DA SEGURANÇA – ENTREVISTA COM O GEN LUIS
Guerra da
Tríplice
FELIPE LINHARES, CHEFE DA ASSESSORIA ESPECIAL DE GRANDES EVENTOS (AEGE) Aliança.
seguimos levar a bom termo: vários clubes cariocas, inclusive na orla da Lagoa Rodrigo de
n A aprovação do novo Estatuto da ADESG Nacional, com Freitas e nos Clubes Militares (Naval, Militar e de Aeronáutica), 28 JORNALISMO E CONFLITO: COMO ATUAM OS CORRESPONDENTES DE GUERRA
reflexos em toda a rede de Delegacias e Representações. Um com o propósito de difundir a marca “ADESG” e, com isso, an-
tema há bastante tempo em pauta e que não conseguíamos gariar novos sócios. 34 EM TEMPO: NOTÍCIAS DA ADESG – EDSON SCHETTINE DE AGUIAR
levar ao desfecho final. n As homenagens prestadas às associações de classe
n A elevação ao status de Delegacia de determinadas (exemplificadas em instituições como Rotary, Lions, FCCE, Invasão de
Representações que, por sua relevância regional, se des- ACDL-Rio), reconhecendo seu trabalho em prol da socieda- computadores:
tacavam no cenário estadual, tanto no aspecto político, de brasileira, assim como a formalização de convênios com um crime do
Século 21
como no social e econômico, desvinculando-se mesmo elas celebrados.
de suas respectivas capitais. Fizemos isso apoiados no n A criação do Centro de Estudos Estratégicos na sede nacio-
novo Estatuto aprovado em 2014. Tal foi o caso das ci- nal, com frutos já sentidos nas Delegacias.
dades de Uberlândia, Uberaba e Juiz de Fora, todas em n A atenção especial na apresentação gráfica de nossa Revis-
Minas Gerais. ta ADESG - Defesa e Desenvolvimento, assim como na qua-
n A realização de inúmeras visitas às sedes de importantes lidade, diversidade e atualidade dos assuntos nela tratados. Correspondentes de
Gen Luis Felipe guerra: Forte Duque de
delegacias regionais, prestigiando seus delegados e real- n A motivadora visita a Portugal e à Inglaterra, onde tive- Linhares: o Caxias promove semi-
çando os eventos de instalação e encer- mos a grata oportunidade de estar com nossos representan- guardião da nário sobre a cobertura
Rio 2016. jornalística em zonas
ramento de CEPEs, todas efetivadas tes e instituições equivalentes (AACDN e IDN) em Lisboa e
de conflito. Na foto, o
sem ônus para a sede nacional, na cidade do Porto. repórter-fotográfico
graças ao mérito e ao empe- n E, finalmente, a realização, em outubro passado, da XIII Joel Silva, que participou
dos debates.
nho administrativo de seus Convenção Nacional, em São Paulo, com a presença expres-
delegados. Bem assim, a siva de vários delegados e de um público bastante interes-
criação de novas delega- sado. Ressaltamos aqui a qualidade de nossos conferencis- Diretor Responsável Endereço:
Palácio Duque de Caxias
cias. tas, bem como dos painelistas participantes do importante Gen. Bda. Umberto Ramos de Andrade
Praça Duque de Caxias, nº 25
n A constante atenção evento. Devemos, por inteira justiça, reconhecer o trabalho Editor Centro - Rio de Janeiro - RJ / CEP - 20221260
José Esmeraldo Gonçalves Tel: (21) 2262-6400 / Fax: (21) 2223-1834
com a estabilidade do primoroso dos integrantes da Delegacia de São Paulo, hos- (JJ Comunicação)
Endereço Eletrônico
orçamento da institui- pedeira do nosso encontro. Arte e Diagramação www.adesg.org.br
STF

ção, bastante aquém O número atual da Revista ADESG dedica em suas pági- CONSELHO EDITORIAL Sidney Ferreira http://adesg-an.blogspot.com
Email: adesg@adesg.org.br
V. ALTE. RICARDO ANTÔNIO DA VEIGA CABRAL
de nossas pretensões nas espaço privilegiado à Convenção, destacando algumas

REVISTA ADESG
GEN.Bda. UMBERTO RAMOS DE ANDRADE Coordenação
e produção gráfica Os artigos são de inteira responsabilidade
administrativas, dificul- intervenções lá ocorridas. DESEMB. ANTÔNIO CARLOS ESTEVES TORRES
Juvenil Siqueira dos autores, não representando necessaria-
BRIG. ENGº MANOEL ANDRADE REBELO mente a opinião da revista
dade que compartilho Uma boa leitura e até a próxima oportunidade. PROFº EDSON SCHETTINE DE AGUIAR Publicação bimestral
com meus dignos ante- Com os nossos agradecimentos, deixo-lhes um afetuoso PSIC. MARIJANE DE VASCONCELOS TAVARES Novembro/Dezembro de 2015 Impressão
ENG.º CLÁUDIO ROBERTO FERREIRA CUNHA Ano 40 – N°291 Edigráfica e Editora Ltda
cessores. e adesguiano abraço.

www.adesg.org.br 3
econômico, como o Transpacífico (40% do PIB mundial), terior. A ciência e a tecnologia perderam espaço. Perde-
como uma iniciativa antagônica. Assumimos uma postura mos valores, princípios e qualidades morais”, apontou. Ao
de potência subalterna. O mundo multipolar que se forma falar sobre as perspectivas do setor produtivo, o professor
é muito mais perigoso do que o mundo do passado recen- Roberto Macedo lamentou que a questão política deixe o
te”, analisou. Waack avaliou que o país continua em berço ajuste fiscal em segundo plano. “O desperdício de recursos
esplêndido, sem se dar conta do enfrentamento que tem públicos é enorme, o que é visível na má aplicação e na
pela frente. “A política externa dos últimos anos, fortemen- paralisação custosa de obras. O capitalismo de estado não
te antiamericana foi equivocada e não se pautou na busca funciona, é preciso privatizar o máximo possível e estimu-
dos interesses nacionais. Populismo fiscal e bolivarianismo lar forças e iniciativas individuais no sentido da atividade
engendraram uma destruição no campo do comércio ex- produtiva. O professor Tharcísio Bierrenbach de Souza
Santos traçou um quadro igualmente preocupante. “Os in-

FOTOS: Adesg SP
dicadores econômicos são estarrecedores (queda do PIB,
inflação, déficit em conta corrente, variação cambial) e as
projeções são pessimistas. Os problemas se apresentaram
a partir da crise de 2008 quando o consumo se exacer-
XIII CONVENÇÃO NACIONAL A XIII Convenção
bou e não se produziram reformas estruturais. Enquanto,
da ADESG ocupou naquela ocasião, os países mais avançados reduziram o

O BRASIL NO
o salão do Nacional consumo, nós o estimulamos. Carecemos de investimen-
Club, em São Paulo.
tos em educação, em transportes, logística, energia e o
orçamento prevê apenas 2% para investimento enquanto

SÉCULO XXI
reserva 40% para pagamento de juros. Necessitamos de
reformas amplas (política, tributária, trabalhista e previ-
denciária)”, alertou.

P
O jornalista William Um dos painéis que mais mobilizou a plateia foi o que
ensar, refletir, para agir em perspectiva. Esse foi o da instituição como indutora de estudos consistentes Waack falou sobre
conceito presente nos salões do Nacional Club, em sobre o Brasil, especialmente em momentos críticos, e a percepção que o expôs a atual situação da indústria de defesa. Um dos
São Paulo, de 15 a 17 de outubro, quando a Associa- como polo de análises sobre os mais diversos campos. mundo tem do Brasil. palestrantes, o C. Alte Paulo Ricardo Médici, da Amazul,
ção dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) Em seguida, o Desembargador Antonio Carlos Esteves
realizou a sua XIII Convenção Nacional Adauto Rocchetto. Torres, 2° vice-presidente da ADESG, anunciou o que,
Em torno dos tópicos principais – “O Brasil no mundo atu- de certa forma, foi a diretriz da Convenção. “Oferecer a Dom Bertrand de
al, uma visão prospectiva”; “O ambiente político brasileiro todos a oportunidade para uma discussão de questões Orleans e Bragança foi
um dos palestrantes.
e as implicações constitucionais”; “Perspectivas econômi- relevantes, respeitando o pensamento de cada qual”, re-
cas: setor produtivo”; “A Indústria de Defesa”; e “O Brasil sumiu, destacando que a presença de todos e a disposi-
frente às ameaças e desafios do Século XXI” – palestran- ção para o debate reforçava precisamente essa oportuni-
tes e moderadores conduziram debates que lançaram um dade para o diálogo e para a compreensão do delicado
olhar acentuadamente crítico sobre o presente, mas com momento institucional que o país vive.
a preocupação de apontar rotas para o futuro. Como se, Para o jornalista William Waack, que falou sobre a pos-
simbolicamente, trocassem o foco monocular, de curto tura do Brasil no mundo e os rumos da sua política ex-
alcance, por uma visão ampliada das alternativas estraté- terna, se não mudar a percepção que se tem do Brasil, o
gicas que a médio e longo prazo se apresentam ao país. país não terá um lugar de destaque na cena internacional.
Para os conferencistas, tal abordagem não significou que “A vida me levou a analisar os atuais problemas do Brasil
há tempo para esperar. Ao contrário, o Brasil vive uma gra- na qualidade de repórter. Nesse sentido, a percepção das
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ve crise, o que torna ainda mais premente a necessidade pessoas é que é relevante”, disse o jornalista, ao criticar o
de desenhar, agora, o mapa do caminho para questões que chamou de “anestesia” que toma conta da sociedade.
cruciais e urgentes. “O Brasil está distante dos conflitos existentes nas dife-
Na abertura dos trabalhos, o presidente da ADESG, V. rentes regiões do planeta. Sequer entendemos a disputa
Alt. Ricardo Antônio da Veiga Cabral, enfatizou a missão por recursos naturais. Vemos a formatação de um bloco

4 www.adesg.org.br www.adesg.org.br 5
Análise

350sav.fotomaps
Presidente eleito da ADESG O presidente da ADESG, V.
para o biênio 2016-2018, Alt Ricardo Antonio da Veiga

A CRISE POLÍTICA
o professor Gustavo Heck Cabral, à frente da mesa que
atuou como moderador. conduziu os trabalhos.

lamentou o contingenciamento dos recursos voltados BRASILEIRA E


para o programa de construção do submarino nuclear,
essencial para a defesa da nação, após alertar que toda AS IMPLICAÇÕES orçamentário que levou às “pedaladas” e ao rebaixamen-

CONSTITUCIONAIS
to do grau de investimento no exterior.
riqueza gera cobiça e impõe o ônus da proteção. “Na par-
A isto se acresce a notória inabilidade da presidente
ceria com a França, o programa nos permite adquirir a
em dialogar e sua fantástica tendência a falar de impro-
capacitação técnica na produção de submarinos que po-
viso, sem pensar, e decidir com rapidez, sem medir as
derão ser exportados em futuro não muito distante. As
consequências, o que terminou por gerar conflitos com
empresas brasileiras, ao final do programa, estarão capa-
O professor o Legislativo.
citadas para atuar no campo da defesa de alta tecnolo- Roberto Macedo A própria sociedade, quando se deu conta do estelio-
gia. Mas a falta de recursos está comprometendo o ritmo discorreu sobre as
perspectivas do nato eleitoral praticado, reagiu, baixando sua popularida-
do desenvolvimento do programa. Aplicamos pouco em
setor produtivo. de à expressão quase nenhuma.
defesa, apesar do retorno de investimentos que o setor
Esta incapacidade de governar e sua falta de credibi-
propicia”, completou. Na mesma linha, o Dr. Sérgio Va- Andrade, 1° vice-presidente da ADESG, CMG Paulo Albu-
lidade acarretou a fuga de investimentos, o aumento do
quelli, do Comdefesa (Fiesp), classificou o investimento querque (ABIMDE). Brig. Eng. Manoel Andrade Rebelo, 3°
desemprego e inflação e a redução, mês após mês, do PIB.
no setor como uma alternativa econômica para o Brasil. vice-presidente da ADESG, e do Príncipe Imperial Dom Por Ives Gandra Martins (*)

A
A presidente só tem apoio de grupos radicais, contuma-
“A missão do Comdefesa está voltada para o desenvolvi- Bertrand de Orleans e Bragança.
concepção de que o futuro da pátria estaria em zes agressores da ordem jurídica, como o MST e o MTST.
mento da indústria nacional e defesa dos interesses das Durante o evento, foi expressiva a participação das
prestigiar o eixo Sul-Sul, com oferta de benesses O “impeachment” (artigos 85 e 86 da CF/88) é instru-
Forças Armadas. A indústria de defesa já teve expressiva Delegacias Regionais e Representações da nossa ins-
às cambaleantes economias de Venezuela, Cuba, mento democrático e constitucional, sendo apenas mais
participação no PIB do país, e hoje está caindo. O merca- tituição que, na ocasião, relataram suas atividades ao
Bolívia, Equador e Argentina, e concessões praticamente traumático que o voto de desconfiança de um governo,
do de defesa tem características específicas, com eleva- longo de 2015, especialmente a realização de 17 CEPES,
sem contrapartidas, fragilizou nossa participação no ce- nos sistemas parlamentares. Por isto, sempre fui parla-
da demanda tecnológica, com demanda única do setor workshops e semanários, relacionamento com outras
nário internacional. A própria demolição do Ministério das mentarista.
governo. Mas a classe política, hoje, está interessada no instituições da sociedade. Como iniciativas importantes
Relações Exteriores por consultor da presidência de nítida Se, em curtíssimo prazo, a presidente não readquirir
tema defesa, um aspecto visto como fundamental para a para a difusão da ADESG foram apontadas, entre outras
formação marxista, terminou por neutralizar uma das ins- credibilidade, só há dois caminhos possíveis para o bem
soberania (energética, alimentar e militar)”. propostas, a busca de parcerias com o setor universitá-
tituições, que, nos momentos de crise, sempre foi de parti- do Brasil: “renúncia” ou “impeachment”.
Crise política, gestão temerária, ausência de lideran- rio, o que propiciaria a realização de CEPES com presença
cular importância para o país.
ças, corrupção, ética, caminhos e soluções setoriais foram de jovens, a consequente oferta de um diploma da pós- (*) Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIP, UNIFIEO, UNIFMU,
Por outro lado, o inchaço da máquina burocrática para do CIEE/O ESTADO DE SÃO PAULO, das Escolas de Comando e Estado-Maior
outros pontos abordados pelo palestrantes e moderado- -graduação (Latu Sensu).
abrigar os amigos dos reis (113.000 comissionados, contra do Exército - ECEME, Superior de Guerra - ESG e da Magistratura do Tribunal
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res. A XIII Convenção Nacional da ADESG contou, ainda A XVIII Convenção prestou homenagens especiais Regional Federal – 1ª Região; Professor Honorário das Universidades Austral
4.000 nos EUA e 600 na Alemanha), exigindo uma auto- (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor
com as participações do CMG Adalberto de Souza Filho, ao nosso companheiro Adauto Rocchetto, delegado da Honoris Causa das Universidades de Craiova (Romênia) e da PUC-Paraná,
fágica política tributária (carga de aproximadamente 36% e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal); Presidente do Conselho
Prof. Ives Gandra da Silva Martins, Dr. Luís Flávio Borges ADESG/SP, que participou ativamente da organização do
do PIB contra 24% dos EUA e Coréia do Sul, 29% do Japão, Superior de Direito da FECOMERCIO - SP; Fundador e Presidente Honorário
D’Urso, Dr. José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, Dr. evento, e veio a falecer a poucas semanas antes da reali- do Centro de Extensão Universitária – CEU-Escola de Direito/Instituto Inter-
28% da Suiça – dados da OCDE), gerou um desequilíbrio nacional de Ciências Sociais - IICS
Claudio Silveira Brisolara, Gen Bda. Umberto Ramos de zação do encontro.

66 www.adesg.org.br www.adesg.org.br 7
História

marxismo. O colonialismo ainda era pleno em várias par- comerciantes liberais, a favor do Império. Após a unificação
1864-1870 ou Guerra da Tríplice Aliança - 150 anos tes, os armamentos recebiam inovações tecnológicas, da Argentina em torno de Buenos Aires (que também dava

UMA TEMPESTADE vicejavam alianças e pactos secretos.


O Império do Brasil vivia o Segundo Reinado, conso-
suporte aos colorados), o governo paraguaio proclamou
apoio aos blancos: qualquer intervenção, brasileira ou ar-

NA BACIA DO PRATA
lidando sua unificação territorial e política. A população gentina, resultaria em guerra.
era majoritariamente rural, usufruindo quase nenhuma O Paraguai era um país isolado, agrícola e pouco desen-
infraestrutura. Como regime de trabalho e “motor” da volvido, que vivia sob um regime autoritário. A burguesia
economia, a escravidão. País agrícola, monocultor, tinha mercantil desejava uma república única, semelhante ao an-
Vivemos o sesquicentenário do maior Por Gen Bda R/1Marcio Tadeu Bettega Bergo (*)
a cana de açúcar como principal produto, porém com tigo Vice-Reinado do Prata. A navegação no rio Paraná so-

O
Cone Sul da América vivia à época as “contra- sinais da ascensão da lavoura cafeeira. Com incipiente mente foi liberada pela Confederação Argentina em 1852.
conflito armado do continente crescimento econômico, assistia a um princípio de cons- Quando Francisco Solano López assumiu o governo,
dições platinas”, pleno processo de construção
sul-americano. Nesta rememoração dos estados nacionais. Populações há pouco trução de estradas de ferro e estabelecimento de empre- pensou em tornar seu país uma potência regional, com
separadas de potências coloniais, Portugal e Espanha, sas industriais, bancos e companhias de navegação. acesso ao mar, por Montevidéu. Argumentando a defesa
dos 150 anos da guerra que opôs herdaram destas as rivalidades e o período constituiu A Argentina era uma república em unificação, da independência uruguaia, firmou aliança com os blancos
recém-saída de um conflito entre Buenos Aires e “La uruguaios e os federales argentinos. A intervenção brasileira
Brasil, Argentina e Uruguai ao mais uma etapa nas suas consolidações políticas. O con-
flito representou a ebulição de pressões acumuladas em Confederación”. Dirigida na realidade por elites oligár- em apoio aos colorados, que tomaram o governo uruguaio
Paraguai, um marco na história do face das diversas disputas internas e entre os próprios quicas, sua política se dividia entre liberais (unitários) em 1865, lhe deu o pretexto que buscava para se lançar a
países ou, talvez melhor dizendo, “embriões de países”. e autonomistas (federales). O novo governo tencio- uma luta para a qual já se preparava há algum tempo.
continente, buscamos entender suas A região platina sofria influências de fatores vigen- nava consolidar o estado centralizado, eliminando os A guerra, então, eclodiu. Não era esperada nem deseja-
causas da guerra, colher ensinamentos tes no mundo na década de 1860, como conflitos em apoios externos aos federalistas, proporcionado pelos da pelo nosso País. A vitória brasileira era pensada como rá-
diversas partes, nos quais a guerra era o método prin- blancos uruguaios e pelo Paraguai. A economia girava pida e poria fim aos litígios fronteiriços entre os dois países.
e expor problemas atuais que, se não cipal de resolução. Em adição, propagavam-se ideias em torno da criação de ovelhas (lã) e de gado. Ela também eliminaria ameaças à livre navegação e permi-
liberais, a era industrial demandava recursos naturais, O Uruguai se encontrava em guerra civil entre blancos, tiria depor Solano López. O nosso Exército era pequeno, mal
receberem devida atenção, podem se proprietários rurais, que eram contra o Brasil, e colorados, equipado e mal adestrado. O governo central nele pouco
cresciam ideologias sociais como o anarquismo e o
converter em fatores determinantes
ou favoráveis ao surgimento de
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novos confrontos. Batalha do Tuiuti: o então


Tenente-Coronel Emílio Mallet
comanda o 1° Regimento
A abordagem deste complexo de Artilharia a Cavalos. Óleo
sobre tela de J.S.Cunha.
tema deve ser multifacetada, pois
uma guerra envolve aspectos
políticos (suas causas e objetivos),
psicossociais (vontade, coragem,
ânimo), econômicos (logística),
ambientais (terreno, teatro de
operações) e tecnológicos (produtos
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e serviços oferecidos e consumidos
na campanha). Todos estes sistemas
são interligados em alta sinergia.

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Engenharia

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brasileira
na Tríplice
Aliança: em
ambiente
inóspito, a mineral, que era importado. As necessidades fisiológicas dos como estados-tampões entre o Brasil e Argentina, que
construção
de vias para eram satisfeitas no mato. Tudo acontecia sem quaisquer rivalizam no Prata. Na Argentina, consolidou-se o estado
suprimento preocupações ambientais. centralizado. E neste país se verificaram os maiores ganhos
e movimen- Considerável parcela dos artigos era entregue por for- financeiros, pelos comerciantes que atuaram na guerra.
tação das
tropas. necedores contratados, principalmente argentinos. Estes Chegou-se a pilheriar, com a alcunha “Rio do Ouro” sendo
apresentavam um fluxo irregular, resultante das disponibili- aplicada ao Rio da Prata.
investia, dedicando-lhe parcos recursos, deixando mesmo de (seus membros e clientes pertenciam às elites), era pre- dades e da sua boa (ou má!) vontade. Os preços eram muito
arcar com o fornecimento básico para seu funcionamento. O sença regional, sob a autoridade das oligarquias locais. Era variáveis, decorrentes de fatores como distância, época do Ensinamentos
recrutamento era forçado, sendo que os praças provinham auto financiada e recebia melhores recursos. No esforço da ano, local de entrega etc. Eram feitos afretamento de barcos Decorrem 150 anos daqueles tempos tempestuosos...
das classes mais baixas, constituindo-se em verdadeira escó- guerra, foram criados os corpos de Voluntários da Pátria e e carretas (“comitivas”), organização de tropas de cargueiros, e agora? Os desafios são portentosos: precisamos reduzir
ria social. verificados recrutamentos de escravos. O quadro a seguir com contratação de peões e condutores. No afã logístico, a as desigualdades (em oportunidades, educação, emprego,
Num processo de divisão do poder, a Guarda Nacional mostra o total de efetivos terrestres brasileiros que atua- atuação da Marinha foi crucial: todo o transporte da Corte renda), recuperar e modernizar a infraestrutura do País,
gozava de maior prestígio. Com recrutamento censitário ram no conflito: até o Prata era marítimo. Na região, os rios (Paraguai e Para- buscar inovação e desenvolvimento científico-tecnológi-
ná) eram os eixos de suprimento, as embarcações se conver- co, além de combater a corrupção e a impunidade. Há que
Exército Voluntários da Pátria Guarda Nacional Recrutamento/Escravos SOMA tiam em transporte, depósitos e “bases”, os ancoradouros se se resgatar o orgulho nacional! É imprescindível, também,
configuravam em terminais de transferências para carretas. cooperar para a paz e o entendimento entre as nações, não
18.000 54.000 59.500 8.500 140.000 se esquecendo, contudo, de fortalecer o poder militar, im-
Consequências possível sem adequada base industrial de defesa.
Um dos principais resultados dos conflitos armados, Se naquela época as causas das guerras eram dispu-
fora as perdas de vidas e os sofrimentos a que são subme- tas territoriais e desentendimentos políticos, o mundo

E
m paralelo, a Armada Nacional (como era denominada a variados e prestavam assistência), profissionais de saú- tidos tanto os combatentes como as populações atingidas, atual não mudou muito e o que não faltam são fontes de
Marinha de Guerra, na época), era poderosa e mais mo- de, comerciantes diversos etc. Os animais eram outra é o elevado custo em materiais/serviços e em perdas por conflitos! Os maiores obstáculos à paz se apresentam em-
derna. Dispunha de 42 navios e de 4.000 homens, bem preocupação de vulto, exigindo cuidados, pastos, água, destruições patrimoniais. A campanha da Tríplice Aliança butidos em nacionalismos atávicos, políticas extremistas,
treinados. Estava, em sua maioria, estacionada no Rio da Pra- forragem (milho, alfafa) e medicamentos. Estes compre- custou caro e quem “pagou a conta” foi o Império Brasileiro movimentos populistas e ações de organizações crimino-
ta, em consequência dos conflitos anteriores na região. endiam cavalos (“ferramentas” de combate), muares (car- ou, em última instância, seu povo. Estima-se um gasto total sas, além do terrorismo, dos conflitos urbanos de baixa in-
ga e tração de veículos e canhões) e bovinos (conduzidos de aproximadamente onze vezes o orçamento anual do Im- tensidade e fluxos migratórios, frutos de miséria e pobreza.
A Campanha vivos, para serem abatidos e usados na alimentação). As pério, ou o dobro das receitas a cada ano. O resultado foi um As nações sofrem com tensões sociais, étnicas e religiosas,
O conflito aconteceu em regiões remotas, longe dos grandes “armas” foram a resignação, a sobriedade e o pa- brutal endividamento, coberto por meio de aumento nos temos mudanças climáticas, com previsível falta de água e
grandes centros, em completa ausência de infraestrutura e triotismo. Era o ardor do brasileiro a lutar pela sua pátria! impostos e de empréstimos. alimentos, disputas por matérias primas, crises de energia.
comunicações bastante precárias. O ambiente era extrema- A rotina das operações impôs acampamentos de longa Outras consequências fazem deste episódio um enor-

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mente inóspito, principalmente para os brasileiros prove- duração. Havia exploração dos recursos locais, pelas pró- me campo de estudos e de coleta de ensinamentos. Ocor-
nientes de regiões de clima mais quente. O apoio logístico prias forças, mais ou menos como nas guerras da anti- reu fortalecimento e maior prestígio do Exército e da Mari-
era bastante difícil, demandando transporte, alimentação, guidade.Vegetais eram colhidos no local, inclusive com nha, desencadeou-se o processo do fim da Guarda Nacional
alojamento, água (para consumo humano e animal, além elevado consumo de frutos não amadurecidos. A água e se consolidaram a unificação e o sentimento de nacionali-
de serviços como cozinha, limpeza etc), fardamento, equi- era proveniente dos rios e córregos, de fontes e de poços. dade no âmbito da população brasileira. No campo político,
pamentos, armamento, munição, saúde, coleta de mortos e Havia filtros improvisados, com lonas, ou utilizava-se o desgaste do regime monárquico, com incremento do abo-
sepultamento, entre muitas outras necessidades. Uma pe- processo de decantação. Tudo isso acarretava um eleva- licionismo e se verificou aumento na recepção de imigran-
Acampamento
culiaridade da época era que as tropas marchavam acom- do número de doenças gastrointestinais. O combustível tes. Confirmou-se a necessidade de integração do extremo aliado: desenho
panhadas por significativo contingente civil, como famílias principal era lenha, captada nas matas. Quando possível, Oeste, então isolado. O Paraguai perdeu territórios para a de Miranda
(esposas e crianças), mulheres (que realizavam trabalhos fazia-se o preparo de carvão vegetal, para substituir o Argentina e o Brasil. Paraguai e Uruguai foram consolida- Junior.

1864 1865 1865/67 1866 1867 1868 1869 1870

REVISTA ADESG
CRONOLOGIA
DOS PRINCIPAIS
ACONTECIMENTOS Ofensiva guarani, Tomada de Episódio da Força Expedicionária de Mato Grosso, quando um contingente Invasão do Paraguai, Manobra de flanco Passagem de Humaitá, Tomada de Assunção Morte de Lopez
DA CAMPANHA com o apresamento Corrientes e invasão do militar terrestre de aproximadamente 3.000 homens (mais acompanhantes) pelo Passo da Pátria, e em Humaitá; batalhas da “Dezembrada” e campanhas de e fim da guerra.
do vapor “Marquês de Rio Grande do Sul; partiu de São Paulo em 10 de abril de 1865 e chegou à região da Fazenda passagem de Curuzu; Retomada de Corumbá. (Itororó, Avaí, Lomas Peribebuí e das
Olinda” e a invasão do Assinatura do Tratado da Laguna, no Paraguai, onde combateu a 6 de maio de 1867; com a escassez de Batalha de Tuiuti. Valentinas e Angostura) e Cordilheiras.
Mato Grosso. Tríplice Aliança; Batalha gêneros, munições e armamentos e, pior, acossada por doenças, a cólera em bombardeio de Assunção
naval do Riachuelo; especial, a coluna iniciou, no dia 08, a épica “Retirada da Laguna”, resultando pela Esquadra Brasileira.
Retomada de Uruguaiana em cerca de 700 sobreviventes chegados a Cuiabá em 19 de outubro de 1867.
11
Arquivo Pessoal
Perfil Adesguiano

Os recursos naturais são finitos e distribuídos desigualmen-


te, sendo consumidos em escala superior à capacidade de
o planeta se recuperar. O domínio de tecnologias de ponta Gustavo Alberto Trompowsky Heck
é uma competição ferrenha e os instrumentos de conexão,
em especial a internet, fazem com que os ânimos se alter- A NOVA MISSÃO DE UM
nem e alterem em ondas rápidas e não sincronizadas. Com-
pletando o quadro, cada vez mais ocorrem ações bélicas es-
ESPECIALISTA EM DEFESA,
tratégicas informatizadas. No mundo atual, os perigos têm SEGURANÇA E PLANEJAMENTO
propagação veloz, enorme amplitude geográfica e atuação ESTRATÉGICO

O
em conjunto.
Quanto ao nosso espaço, o sul-americano, este segue presidente eleito da ADESG para o biênio 2016-2018, pro-
No desenho de
cheio de incertezas. Há debilidades no processo de inte- Thales S. Pimenta, fessor Gustavo Alberto Trompowsky Heck, é economista,
gração, a presente crise financeira traz, entre as principais o cansaço do formado pela Faculdade de Economia da Universidade do
consequências, elevado senso de autopreservação. A visão combatente.
Estado da Guanabara, em 1966. Possui cursos de mestrado na área da
nacional prevalece em detrimento da visão regional, notan- Engenharia da Produção, pela COPPE/UFRJ, e em Segurança e Defesa
do-se certa postura ideológica nos organismos regionais. trocas comerciais benéficas a todos. Queremos pontes e Hemisférica pela Universidad del Salvador (Argentina) e Colégio Inte-
Ainda subsistem, mesmo que poucos, ranços do passado vias que nos liguem e não muros ou cercas que nos man- ramericano de Defesa (Washington DC).
e ideias revanchistas. Sofremos com debates ideológicos tenham apartados! Iniciou sua atividade profissional na Eletrobrás, ainda como es-
ultrapassados, má distribuição de renda e, finalmente, ame- Contudo, para se conquistar e manter a paz é neces- tagiário, passando a economista, após a formatura. Foi assessor do
aças de catástrofes naturais. sário preparo para a guerra. Além de estudá-la profunda- ministro da Agricultura Dr Ivo Arzua. Ocupou o cargo de Secretário-
O Brasil prossegue com sua estratégia de cooperação, mente, há que se investir permanentemente em aperfei- -Geral do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF).
esperando-se, dos irmãos sul-americanos, posturas seme- çoamento de pessoas e no desenvolvimento de meios Mais tarde, foi diretor-financeiro da Companhia de Habitação do Es-
lhantes e compatíveis, num processo de salutar convivên- materiais. Forças de Defesa (aí se incluindo as Forças Arma- tado do Rio de Janeiro, o que resultou em convite para atuar como
cia, em busca de uma zona de paz sul-americana. Incenti- das, as polícias e demais entidades de segurança) são ga- assessor no Banco Nacional da Habitação (BNH), quando foi indicado
vamos mecanismos de consulta e confiança, com esforços rantia de paz e segurança, são instrumentos de dissuasão para os cargos de assistente da Presidência, gerente e diretor interino
conjuntos nos foros internacionais e diálogo para solução e de prevenção. Elas não se improvisam, devem ser man- na área de Habitação Popular. DIRETORIA ELEITA DA ADESG
pacífica de conflitos. tidas aprestadas e motivadas. Corolário ancestral dita que Em 1973, cursou o Ciclo de Estudos em Segurança e Desenvolvi- PARA O BIÊNIO 2016-2018
A posse dos novos dirigentes da ADESG será no dia
As probabilidades maiores, nos dias atuais, não são de “Um exército pode passar um século sem ser empregado; mas mento da ADESG-RJ e, em 1998, foi estagiário do CAEPE/ESG. A partir 8 de dezembro de 2015, às 19h, na Escola Superior
conflitos militares diretos. Desta maneira, as ações objeti- não pode ficar um dia sem estar preparado”. dai tornou-se conferencista da ADESG em várias delegacias. de Guerra (ESG), que fica na Avenida João Luiz Alves,
vando a integração e o desenvolvimento regional podem Como diziam os antigos romanos, “si vis pacem, para Na ESG, atuou na antiga Divisão de Pesquisa e Doutrina e no Cen- s/n – Urca – Rio de Janeiro.
ser enfatizadas no campo econômico, em especial com bellum” - se queres a paz, prepara-te para a guerra. tro de Estudos Estratégicos. Ainda na ESG, foi um dos responsáveis Diretoria Executiva
obras de infraestrutura e com incremento comercial. pela criação do Curso de Gestão de Recursos de Defesa – CGERD -, Presidente
(*) Gen Bergo é Chefe do CEPHiMEx. Adesguiano, cursou o CAEPE/ESG em tendo sido diretor e coordenador do referido curso. Professor - Gustavo Alberto Trompowsky Heck
Conclusão 2005 e foi 2º vice-presidente da ADESG em 2012/2013. 1º Vice-Presidente
Hoje, Gustavo Heck é professor e coordenador de cursos ligados
C. Almirante - Mauro França Albuquerque Lima
O tema “guerra” é amplo e complexo, as medidas tran- à área de Segurança e Defesa, em diversas universidades, além de ser 2º Vice- Presidente
sitam por todos os campos do poder, em especial os da Conferencista Emérito e professor da Escola Superior de Guerra e das Brig-do-Ar Eng - Manoel Andrade Rebelo
Referências Bibliográficas: 3º Vice-Presidente
política e da economia. Se no âmbito interno desejamos escolas de Estado-Maior das Forças Armadas. Escreveu livros e artigos
u BERGO, Marcio T. Bettega. Explicando a Guerra. Polemologia:
tranquilidade e bem-estar geral, com desenvolvimento e abordando as questões ligadas à Habitação, Planejamento Estratégi- Gen Brig - Glenio Pinheiro
O Estudo dos Conflitos, das Crises e das Guerras. Rio de Janeiro:
1º Secretário
segurança, externamente almejamos inserção internacio- DECEX/CEPHiMEx, 2013. co e Segurança e Defesa. É comentarista da Globo News e da Rádio Psicóloga - Marijane de Vasconcelos Tavares
u A Guerra da Tríplice Aliança - 1864/1870 - Contextualização: an-
nal, com respeito mútuo e harmonia entre as nações. Assim, CBN. Possui 16 condecorações. 2º Secretário
tecedentes, operações, consequências e ensinamentos - Anais do
temos uma longa caminhada adiante, afastando conflitos VII Encontro Internacional de História Sobre as Operações Bélicas Sempre esteve ligado à ADESG, seja como conferencista ou mem- Engenheiro - Ricardo Luiz Guimarães Azevedo
e animosidades. Somos povos felizardos, abençoados pela na Guerra da Tríplice Aliança, Rio de Janeiro: Instituto de Geografia bro da diretoria. Na nova missão, o futuro presidente terá como vice- 1º Tesoureiro
REVISTA AGESG

e História Militar do Brasil, 2015, p. 131-149. Cel Av - José Teixeira Louzada


natureza, detentores de um território magnífico e dadivoso. -presidentes o Contra-Almirante Mauro França de Albuquerque Lima,
u DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. Maldita Guerra: 2º Tesoureiro
Temos que protegê-lo e fazê-lo nos proporcionar felicidade, Nova História da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das O Brigadeiro Engenheiro Manoel Andrade Rebello e o General de Bri- Engenheiro - Marcio José Borges
a nós e aos nossos descendentes. As fronteiras com nos- Letras, 2002. gada Glenio Pinheiro.
sos vizinhos devem ser espaços de confraternização e de

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CIBERNÉTICA

Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Por Rubens Ferreira Araújo (*)

E
m meados de 2013, o ex-técnico de informação da vamos imaginar um agente “A” acessando um computador
Agência de Segurança Nacional Norte-Americana “B” no país “C”. Através do computador “B”, o agente “A” aces-
(NSA – sigla em inglês), Edward Snowden, revelou ao sa sequencialmente uma série de computadores “zumbis”
mundo o programa de espionagem conduzido pelo go- espalhados pelo mundo para finalmente, a partir do últi-
verno dos EUA. Segundo as informações divulgadas por mo computador “zumbi”, invadir silenciosamente a rede de
Snowden, os alvos foram governos, governantes, empresas, uma organização localizada no país “D”. Caso este ataque
empresários e cidadãos de vários países, aliados ou não dos seja percebido, como localizar sua origem? Como descobrir
EUA, tudo justificado pela égide do combate ao terroris- quantos computadores foram envolvidos? Como achar a
mo. Ainda segundo Snowden, empresas como a Microsoft, localização física de cada um deles? Como fazer a forense
Yahoo, Google, Facebook, Paltalk, Youtube, Skype, AOL e computacional em cada um deles? Qual país seria respon-
Apple fornecem acesso aos técnicos da NSA para alimenta- sável por fazê-la? Onde o crime seria julgado e por qual lei?
rem as bases de dados de programas como o “Prism2”, que Como descobrir o agente que executou tal ato? Hoje, ne-
é um programa de vigilância eletrônica altamente secreto nhuma destas perguntas é fácil de responder. Ataques ci-
mantido por aquela agência e que tem por finalidade o mo- bernéticos não são ficção, acontecem a todo momento. São
nitoramento e avaliação de mídias eletrônicas. silenciosos e as vítimas, sejam elas Estados ou organizações,

ARRASTÃO
A imprensa estima que a NSA dispõe de um orçamen- não alardeiam que foram atacadas.
to anual de 7 bilhões de dólares e conta com cerca de 60 Das 500 empresas citadas na revista Fortune, 97% fo-
mil colaboradores, mais que os efetivos e os orçamentos da ram “hackeadas” e os 3% restantes não podem afirmar que

DIGITAL:
CIA e do FBI juntos. Com números tão altos como estes tal- não foram (Singer; Friedman, 2014). A grande questão é sa-
vez a verdadeira profundidade dos programas conduzidos ber as dimensões que estes ataques podem alcançar. Um
pela NSA nunca seja de conhecimento público, talvez nem código malicioso, com capacidade de corromper transa-
mesmo dos governantes norte-americanos. O que é certo ções, instalado em um sistema bancário pode arruinar tanto
é que, além dos EUA, outros países possuem agências que os clientes como o próprio banco. O desafio para a equipe

UM CRIME DO SÉCULO 21 exercem atividades semelhantes à NSA.


Ataques cibernéticos não são novidades, há vários anos
de segurança da informação é saber como livrar-se de um
vírus que pode estar espalhado pelos computadores dos
as comunidades de hackers e crakers realizam ataques de funcionários, clientes e parceiros e que se reinfesta a cada
Conheça os invasores do seu computador pessoal negação de serviços contra servidores Web, distribuindo conexão. Quanto tempo levará a organização para identi-
programas maliciosos de computadores e explorando vul- ficar e restaurar o sistema? Os antivírus estão preparados
ou dos sistemas da sua organização nerabilidades no código-fonte de sistemas operacionais e para esta ameaça? Como serão recuperadas as transações
sistemas de gerenciamento de rede. A subtração não autori- financeiras corrompidas? E se as informações corrompidas
Como trabalho de conclusão do Curso de Altos Estudos Estratégicos, da Escola Superior de Guerra zada de informações ou a injeção de programas maliciosos não puderem ser recuperadas? (...)
(ESG), Rubens Ferreira de Araújo produziu, em 2014, a monografia “Política de Segurança da Informação causam sérios danos a governos e organizações, tais como:
– Instrumento de Defesa Cibernética”, que abordou a necessidade de as organizações se prevenirem das prejuízos à imagem, perda de vantagem competitiva, com- Os invasores
prometimento de sistemas informatizados críticos para a No Século VI A.C. Sun Tzu disse que se o general conhe-
ameaças cibernéticas. Entre outros pontos abordados no estudo, o autor analisou o perfil dos atacantes
população e roubo de pesquisas acadêmicas e de projetos ce tanto o inimigo quanto a si mesmo, não precisará temer
cibernéticos, as vulnerabilidades que permitem os ataques e as invasões a sistemas, as técnicas empre- industriais. As leis que regulam o Direito Cibernético no âm- o resultado de cem batalhas. Se ele conhece somente a si
gadas pelas organizações para se contraporem a estas ameaças, o estudo do planejamento de uma Po- bito internacional ainda são tímidas e não tratam da subtra- mesmo e não seu inimigo, para cada vitória conseguida
lítica de Segurança da Informação (PSI) e os controles que devem ser implementados por esta política. ção de dados realizada por outros Estados. Estas ações ma- também sofrerá uma derrota. Se ele não conhece nem a
Reproduzimos, aqui, alguns tópicos sobre o importante tema, particularmente aqueles que caracterizam liciosas são difíceis de serem descobertas e na maior parte si mesmo nem o inimigo, perderá todas as batalhas. Estes
das vezes a vítima só toma conhecimento que sofreu uma dizeres permanecem atuais nos dias de hoje e adaptam-se
REVISTA ADESG

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a atuação dos hackers, os agentes de um “arrastão” digital, e global, que é uma preocupação crescente de
subtração de informação quando vê seus dados publicados perfeitamente ao contexto cibernético. Conhecer o perfil
todos os países e de cada cidadão. em sites da Internet ou em outras mídias, de outra forma, psicológico, as motivações e o potencial dos atacantes é
Uma indicação aos leitores da Revista da ADESG: a monografia pode ser lida, na íntegra, com toda dificilmente saberá que foi alvo de um ataque cibernético. fundamental para a estruturação e implementação de uma
a sua fundamentação teórica, no banco de dados da ESG (http://www.esg.br/images/Monografias/2014/ARAUJO.pdf). Para que se possa ter noção da complexidade envolvida, Política de Segurança da Informação (PSI) eficaz. (...)

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Na definição original, hackers, são indivíduos que utilizam seus conhecimentos para invadir sistemas, não com o intuito
de causar danos às vítimas, mas como desafio às suas habilidades técnicas. Eles invadem sistemas, capturam ou modificam
arquivos para provar sua capacidade e depois compartilhar suas proezas com os colegas. Eles não têm a intenção de pre-
judicar, mas apenas de demonstrar que conhecimento é poder. São exímios programadores e conhecedores dos segredos
que envolvem as redes e os programas de computadores e não gostam de serem confundidos com os crackers. Os crackers
são indivíduos que invadem sistemas com a intenção de roubar informações e causar danos às vítimas. Atualmente, com o
crescimento da Internet e a difusão do tema na mídia, a imprensa mundial generalizou o termo hacker. Nakamura e Geus
(2007) definem os seguintes tipos de hackers: rança, o que gera mais custos. A segurança é um processo (N.R: ataque conhecido como Distributed Denial of Service,
• Script Kiddies - Jovens inexperientes que conseguem caso de Kevin Mitnick é muito interessante. Após cumprir constante e talvez seja mais interessante a organização man- quando um computador mestre passa a gerenciar até milhões
ferramentas de hacker, principalmente na Internet, e as uti- pena na prisão por suas atividades notórias envolvendo ter um gestor de segurança dentro da própria organização. de computadores, chamados de zumbis); e invasões a siste-
lizam sem conhecimento dos conceitos e dos códigos que engenharia social e técnicas avançadas de apropriação de Porém, esta abordagem de utilizar um administrador de se- mas com objetivo de obter informações confidenciais.
elas implementam. Devido à grande facilidade em obter informações confidenciais de diversas empresas, ele pas- gurança interno pode representar riscos caso ele não possua
essas ferramentas na Internet, os script kiddies são conside- sou a ser um dos hackers mais requisitados para proferir os conhecimentos necessários para avaliar corretamente o A política de segurança
rados perigosos para um grande número de organizações. palestras sobre SI. Isso depois de conseguir uma aprovação nível de segurança dos sistemas. É importante lembrar que a da informação
Principalmente as que, por não terem uma PSI, apresentam formal para tal, pois ele estava proibido de utilizar compu- segurança é multidisciplinar, compreende diversos aspectos O estabelecimento e a implementação de uma PSI em
“brechas” de segurança geradas pela falta de atualização de tadores, procurar empregos como consultor técnico ou e as pessoas tendem a achar que estão seguras quando na uma organização são influenciados pelas suas necessidades,
patch18 (NR: programa que corrige e elimina disfunções de sof- mesmo escrever sobre tecnologia, sem a devida aprova- verdade não conhecem os riscos envolvidos. objetivos, estrutura organizacional, tamanho, processos or-
twares) do servidor. Isto é suficiente para que os script kiddies ção. Apenas em 2001 ele readquiriu o direito de utilizar um • Black Hat - São conhecidos como crackers. Esse grupo ganizacionais, requisitos de segurança, e recursos disponí-
executem as ferramentas e causem estragos consideráveis às telefone celular e, após vencer o período de observação, utiliza seus conhecimentos para invadir sistemas e roubar in- veis. Ao longo do tempo é esperado que estes fatores se mo-
organizações. (...) ele abriu uma empresa de consultoria e lançou um livro de formações secretas das organizações. Posteriormente tenta difiquem o que implicará na revisão da PSI. Segundo Singer
• Cyberpunks - Segundo Nakamura e Geus (2007), os cyber- engenharia social. vender as informações roubadas de volta para a vítima, ame- e Friedman (2014), quatro são as metas a serem perseguidas
punks são os hackers dos tempos românticos que se dedicam • White Hat - Os white hats são também conhecidos açando-a de divulgá-las caso o valor desejado não seja pago. em PSI: confidencialidade, integridade, disponibilidade e re-
às invasões de sistemas por puro divertimento e desafio. Eles como “hackers do bem”, “hackers éticos”, samurais ou sne- Qualquer ação prejudicial que visa afetar negativamente e siliência. Confidencialidade é a capacidade de manter a pri-
têm grande conhecimento técnico e são obcecados pela akers. Eles utilizam seus conhecimentos para descobrir causar prejuízos às vítimas pode ser considerada de autoria vacidade dos dados. Não somente os segredos organizacio-
privacidade de seus dados, o que faz com que todas as suas vulnerabilidades nos sistemas e aplicar as correções neces- de um black hat. nais e dados pessoais, mas também dados transacionais, que
comunicações sejam criptografadas. Sua preocupação prin- sárias, trabalhando de maneira profissional e legal dentro • Gray Hat - Os gray hats são black hats que fazem o papel podem revelar detalhes importantes sobre o relacionamento
cipal é o governo que, segundo o pensamento deles, pode das organizações que os contratam contra os black hats. de white hats a fim de trabalharem na área de segurança. Po- entre organizações e indivíduos. Assim, confidencialidade é
estar acessando as informações privadas dos cidadãos. Ge- Eles são os responsáveis pelos testes de invasões, em que rém, diferentemente destes, cuja formação tem base em co- de fundamental importância e é suportada tanto por ferra-
ralmente são eles que descobrem novas vulnerabilidades simulam ataques para medir o nível de segurança da rede, nhecimentos profundos sobre a segurança, os gray hats têm mentas e técnicas, como a criptografia e o controle de acesso,
em serviços, sistemas e protocolos e publicam as vulnerabi- e também pelas diversas análises de segurança necessá- conhecimento sobre atividades de hacking. Algumas organi- como por proteções legais. Integridade significa que o siste-
lidades encontradas. Desta forma, eles prestam um grande rias para a proteção da informação em uma organização. zações os contratam para realizar análises de segurança, po- ma e os dados não foram alterados ou modificados inad-
serviço às organizações, possibilitando que a indústria de A organização que contrata os serviços de um white hat rém diversos incidentes já demonstraram que o nível de con- vertidamente ou sem autorização. Disponibilidade significa
software corrija estas vulnerabilidades. deve deixar claro o escopo de atuação, como a definição fiança necessário para a realização de trabalhos tão críticos que os dados estarão disponíveis e os sistemas funcionando
• Insiders - Apesar do maior número de ataques terem dos limites de simulação dos ataques, a fim de não expor e estratégicos não é alcançado por meio desta abordagem. perfeitamente. Resiliência é a capacidade de se manter ope-
origem na Internet, são os ataques provenientes de dentro os dados sigilosos da organização. Também é recomendá- • Ciberterroristas - O termo ciberterrorista é utilizado para racional apesar dos ataques e incidentes, que acontecem em
da própria organização os que causam as maiores perdas vel garantir que as informações obtidas permanecerão em definir os hackers que realizam seus ataques contra alvos uma base contínua em qualquer organização. As medidas
financeiras. Estes ataques envolvem roubo de propriedade sigilo e que as vulnerabilidades descobertas serão corrigi- selecionados cuidadosamente com o objetivo de transmitir previstas em uma PSI devem preservar a confidencialidade,
intelectual e estão relacionados a funcionários descontentes, das. A utilização destes profissionais é importante para a uma mensagem política ou religiosa (hackvism), para der- integridade, disponibilidade e a resiliência da informação por
concorrentes ou governos estrangeiros. Assim, grande im- organização, mas deve-se ter cuidado em relação à utiliza- rubar a infraestrutura de comunicações ou para obter infor- meio da aplicação de um processo de gerenciamento de ris-
portância deve ser dada aos ataques originados na própria ção dos seus serviços. Um white hat pode encontrar uma mações que podem comprometer a segurança nacional de cos, dando confiança para as partes interessadas de que os

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rede interna, realizados por funcionários, ex-funcionários ou série de vulnerabilidades no sistema e querer cobrar para alguma nação. Os meios para que isso seja alcançado são: riscos são adequadamente gerenciados.
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pessoas que conseguem se infiltrar nas organizações. (...) fazer as correções necessárias. Como novas vulnerabilida- ataque semântico como consequência de uma pichação de
• Coders - Os coders são os hackers que resolveram com- des vão sendo descobertas com o tempo e como novas sites (defacement), no qual o conteúdo do site é alterado para (*) Rubens Ferreira de Araújo é Cel Cav. Este texto reproduz parte
partilhar seus conhecimentos escrevendo livros ou profe- funcionalidades implementadas trazem consigo novas disseminar informações falsas, mensagens políticas ou reli- de uma monografia apresentada pelo autor ao Departamento de Estudos
da Escola Superior de Guerra. Os conceitos emitidos neste trabalho são de
rindo cursos, palestras e seminários sobre suas proezas. O vulnerabilidades, são necessárias novas análises de segu- giosas; ataques distribuídos de negação de serviços, DDoS. responsabilidade do autor e não expressam orientação institucional da ESG.

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Vincent Gilardi/Fotos Públicas

EM FOCO

A DOR DE PARIS E O ALERTA MUNDIAL CONTRA O TERRORISMO Paris reverencia as vítimas dos
atentados terroristas de 13 de novembro.

E
m 2014, segundo levantamento divulgado pela Uni- de Paris são trágicos exemplos da nova onda de terror neste onde jogavam Alemanha e França. O fato está sob investi- entrevista com o chefe da Assessoria Especial de Grandes
versidade de Maryland, nos Estados Unidos, 32 mil pes- final de 2015. Boko Haram e e o chamado Estado Islâmico gação, mas aparentemente os terroristas desistiram em fun- Eventos, general Luis Felipe Linhares), a França redobra os
soas foram mortas em atentados terroristas, o número foram responsáveis por 51% dos ataques no ano passado. ção das dificuldades para entrar na arena sem condições de cuidados em relação à Eurocopa, que sediará entre 10 de ju-
mais alto já registrado para o período de um ano. Um prova Os dados de 2015 não foram computados ainda mas já se disfarçar armas longas e cintos explosivos. As autoridades nho e 10 de julho do ano que vem.
da escalada: em 2013, foram 18.011 vítimas fatais. Apesar prevê uma ascensão do EI nas estatísticas do terror. É precisa- francesas estão empenhadas na caça aos responsáveis pelos A dor da França acende um alerta para a luta global
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de altamente concentrados em cinco países - Afeganistão, mente essa ascensão que implica em grandes desafios para ataques de 13 de novembro, mas se voltam igualmente para contra uma assustadora modalidade de terrorismo, de di-
Iraque, Nigéria, Paquistão e Síria – os ataques estão se espa- as nações e na nova dinâmica das ações de contraterrorismo um grandioso evento esportivo marcado para 2016. Assim fícil detecção: o ataque dos “lobos solitários”, a maioria dos
lhando. O avião de uma companhia aérea russa abatido no em grandes eventos, em particular. Um dos comandos ter- como o Rio de Janeiro prepara as ações de segurança para quais jovens suicidas que, literalmente, moram ao lado
Egito e as operações suicidas coordenadas em pleno centro roristas que atacaram Paris tentou entrar no Stade de France, a Olimpíada, de 5 a 21 de agosto (leia nas próximas páginas dos seus alvos.

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Parque Olímpico,
na Barra da Tijuca:
um dos espaços da
Rio 2016 que serão
protegidos pelas
Forças Armadas.

Controle e vigilância
do espaço aéreo:
um dos fundamen-
tos para a garantia

Ricardo Cassiano/Prefeitura do Rio


da paz nos Jogos.

MD
ça integrada do evento, sob a coordenação da AEGE
O general Luiz e orientações do Estado-Maior Conjunto das Forças
Felipe Linhares é o Armadas. Foi criado, também, um Centro Integrado
chefe da Assessoria
Especial de Grandes de Enfrentamento ao Terrorismo (CIET) para definir

OLiMPÍADA 2016:
Eventos (AEGE). ações de tropas de elite, com poderes para desferir
operações de emergência. E oficiais das Forças Ar-

OS DESAFIOS
madas analisam e estudam, já há alguns meses, ata-
ques ocorridos em outros países, detalhando me-
todologias e características operacionais. As Forças

DA SEGURANÇA Armadas aguardam, contudo, nova legislação que


remova obstáculos à sua atuação. Há cerca de dois
meses, a Câmara dos Deputados aprovou penas de

E
m menos de um ano, no dia 5 de agosto de e o engajamento de militares e civis na estratégia até 30 anos para acusados de integrar organizações
2016, serão abertos, no Rio de Janeiro, os Jogos de proteção a um acontecimento que atrairá para terroristas ou praticar atos de terror. O pro-
MD
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Olímpicos 2016. Como chefe da Assessoria Es- o Brasil as atenções do mundo. O Ministério da De- jeto de lei seguiu para o Senado e a
pecial de Grande Eventos (AEGE), o general Luis Fe- fesa, junto com o Ministério da Justiça (MJ) e o Ga- expectativa é de que seja aprova-
lipe Linhares adianta, em entrevista, os preparativos binete de Segurança Institucional da Presidência da do e, em seguida, sancionado
para a atuação das Forças Armadas, o planejamento República (GSI/PR), será responsável pela seguran- nos próximos meses.

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MD

Forças Armadas
preparam ações
para garantir a
segurança dos
Jogos Rio 2016. sa nos Jogos Olímpicos: Enfrentamento ao Terrorismo, cuidadoso planejamento na concentração das tropas
Segurança de Dignitários e Família Olímpica, Polícia Os- e dos equipamentos. O espírito que permeia por todas
tensiva, Preservação da ordem pública e ordenamento as seções e repartições do Ministério da Defesa é o de
urbano, Defesa civil, Segurança das instalações, Polícia fazer acontecer. É buscar entregar o melhor em sua
marítima, aeroportuária e de fronteiras, Inteligência, área de trabalho, contribuindo para os Jogos Olímpi-
MARATONA Comando e Controle, Ações Marítimas e Fluviais, Ações cos, acelerando procedimentos, aperfeiçoando docu-

DE VIGILÂNCIA Aeroespaciais e Aeroportuárias, Ações de Transporte mentos, apresentando sugestões, enfim, participando,

E
Aéreo Logístico, Defesa Química, Biológica, Radiológica comprometendo-se com o objetivo comum que é o de
nquanto atletas e público ocupam estádios e Nuclear (DQBRN), Proteção de Estruturas Estratégicas, demonstrar para o mundo a capacidade do Brasil de
e quadras, buscam ou admiram conquistas e Segurança e Defesa Cibernética, Fiscalização de Explo- realizar um grande evento de sucesso.
As Forças Armadas já iniciaram os treinamentos
recordes esportivos, cerca de 100 mil homens sivos e Força de Contingência.
para atuação nos Jogos? Cada Força desempenhará
protegerão instalações, vias públicas, espaços aéreo A aproximação do início dos Jogos significa que, a
um papel específico?
e marítimo e zelarão pela segurança de 10.500 atle- Como será a coordenação da atuação da Defesa nos partir de agora, o trabalho de planejamento da atu-
General Linhares - Desde 2012, o MD intensificou os
tas de 206 países e de milhares de brasileiros e visi- Jogos Olímpicos? ação da Defesa será intensificado?
planejamentos para proporcionar a excelência como tantes que prestigiarão a Rio 2016. Veja os números
padrão de segurança para os Jogos Olímpicos, os pri- Como previsto na legislação, os Comandos Conjun- Desde 2012, trabalhamos segundo um cronogra-
de homens envolvidos no esquema: tos estão subordinados ao Ministro da Defesa. Cabe ao ma e aproveitamos a marca dos 365 dias que antece-
meiros a serem realizados em um país da América do
Sul. Inúmeras atividades foram selecionadas e conver- Forças Armadas 38 mil EMCFA a coordenação das atividades por intermédio da deram os Jogos para fazer um retrospecto das ativida-
teram-se em 65 projetos das três Forças Singulares e Força Nacional de Segurança 9 mil e 600 Chefia de Operações Conjuntas (CHOC) e de suas Sub- des, o que foi alterado, o que ainda está por fazer, o
do EMCFA, os quais foram estudados e priorizados, chefias, que atuarão nas áreas de operações, inteligên- que fugiu ao planejamento. Na nossa avaliação inicial,
Policiais Militares, Civis, Bombeiros 26 mil e700
considerando o espectro de um grande evento, extre- cia, comunicações e logística. constatamos que muito ainda tem a ser realizado, mas
Polícia Federal 3 mil e 500
mamente desafiador. Muito importante na elaboração que, graças ao trabalho de todos e também ao dos que
Polícia Rodoviária Federal 2 mil Qual é avaliação que o senhor faz sobre o engaja- nos antecederam, os planejamentos foram cumpridos
desses projetos foi considerar o legado dos grandes
Guarda Municipal 5 mil e 800 mento dos militares e civis da Defesa nestes prepa- em sua quase totalidade e as correções a serem imple-
eventos anteriores nas mais variadas áreas: experti-
se, gestão, equipamentos, capacitação dos recursos rativos? mentadas já foram identificadas. Dessa forma, estamos
humanos, entre outros, o que proporcionou uma ra- Como em todos os grandes eventos anteriores, é certos de que o Ministério da Defesa, mais uma vez,
cionalização efetiva dos meios e, ao mesmo tempo, Força terá seu quinhão de responsabilidades durante marcante a dedicação e o comprometimento de todos cumprirá seu papel de contribuir para a segurança e
facilitou serem aprovados pelos ministérios da área os Jogos Olímpicos, fazendo-se representar nos co- os envolvidos. As experiências anteriores estão sendo o sucesso desse grande evento de vulto internacional
econômica. Dentro do cronograma previsto, além mandos citados, constituindo Estados-Maiores Con- compartilhadas, assim como a discussão sobre a ra- que são os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
dos projetos de entrega de capacidades para a segu- juntos e desempenhando atividades em suas áreas cionalização dos meios em pessoal e em material e o (Fonte: MD)
rança, já começaram os planejamentos estratégicos, de competência.
operacionais e táticos dos comandos envolvidos nas
competições: um no Rio de Janeiro, onde ocorrerá o A exemplo do que ocorreu na Copa do Mundo FIFA SEMINÁRIO NA ESG ESTUDA
maior número de competições, e por isso subdividi- 2014, a atuação da Defesa e das Forças de Seguran- TERRORISMO E DEFESA CIBERNÉTICA

C
do em quatro comandos, um para cada setor de ins- ça será dividida por eixos de atuação?
talações desportivas (Barra, Copacabana, Maracanã, e Sim. Seguindo o modelo adotado na Copa FIFA om o objetivo de discutir questões de segurança que envolvem a participação das Forças Armadas
Deodoro); e outros cinco comandos para cada cidade 2014, o trabalho integrado com os órgãos de seguran- nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a Assessoria Especial para Grandes Eventos promoveu
do futebol (Manaus, São Paulo, Belo Horizonte, Sal- ça pública (OSP) federais, estaduais, municipais e com um seminário, na Escola Superior de Guerra, em meados de setembro. O encontro foi aberto pelo che-
vador e Brasília). Junto a esses comandos regionais a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), proporcio- fe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi e tratou de questões
outros cinco comandos conjuntos atuarão em áreas nará tanto a economia de meios, como a especializa- como o centro de enfrentamento ao terrorismo e defesa cibernética. Militares e civis conheceram as ações
especializadas (combate ao terrorismo, defesa ciber- ção dos esforços, respeitadas as áreas de competência de comunicação social propostas pelo MD para serem aplicadas antes e durante os jogos e os instrumentos
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nética, fiscalização de explosivos, ações aeroespaciais legal de cada ente. As atividades estão coordenadas no jurídicos que possam dar respaldo ao emprego militar no grande evento. O seminário foi concluído com um
e aeroportuárias e logística). Todos esses comandos Plano Estratégico de Segurança Integrada (PESI), que debate sobre “drones”. O chefe da AEGE, general Luiz Felipe Linhares, classificou o seminário como fundamen-
participarão dos eventos-teste que ocorrerão até maio retrata o trabalho integrado do MD, MJ, GSI e dos Co- tal para a atualização das atividades da Defesa. (Fonte: MD)
de 2016 para aprimorar os planos de emprego. Cada mandos Conjuntos (CC). São eixos de atuação da Defe-

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22 www.adesg.org.br
BRASIL JÁ PODE FAZER PESQUISAS EM
ÁGUAS INTERNACIONAIS DO ATLÂNTICO SUL
PREVENÇÃO O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) assinou no
DA “CEGUEIRA

REPRIDUÇÃO
dia 9 de novembro o primeiro contrato para a explo-

ÉTICA” ração mineral no Atlântico Sul. O acordo foi firmado


com a Autoridade Internacional dos Fundos Mari-
nhos (ISBA, na sigla em inglês para International Sea-
A Escola de Direito de São Paulo, da
-Bed Authority), vinculada à Organização das Nações
Fundação Getúlio Vargas (FGV), promo-
Unidas (ONU), que regulamenta a exploração nos
veu a palestra “Muito Além do Com-
oceanos. O acordo permitirá ao Brasil explorar ferro,
pliance: Como prevenir que pessoas
manganês, tálio, telúrio, níquel, platina e cobalto, por
comuns se tornem eticamente cegas
15 anos, em águas internacionais. O país é o primei-
DIVULGAÇÃO

nas organizações”, que ocorreu em 26


ro do Hemisfério Sul a ter autorização para pesquisar
de outubro, a cargo do professor e con-
em áreas internacionais. O projeto envolve univer-
sultor Alexandre Di Miceli. A FGV consi-
sidades e a cooperação internacional e pretende
derou oportuno debater o tema já que,
explorar uma área de 3 mil quilômetros quadrados,
apesar da evolução de mecanismos de
em uma região conhecida como Alto Rio Grande, a
governança corporativa e de promoção
1.500 km do Rio de Janeiro. O Brasil tem sua área de
da transparência nas empresas, ainda
extensão continental, a Zona Econômica Exclusiva,
ESG LANÇA LIVRO há uma constante propagação de no-
tícias que envolvem atitudes antiéticas
mas o Alto do Rio Grande está na área internacional

EM PARCERIA COM em grandes proporções. O objetivo foi


demonstrar, no campo da ética com-
do oceano. A exploração se dará em três fases, com
duração prevista para 15 anos: realização de estudos
ANEPE (Chile) portamental, que a “cegueira ética” é um
de sonografia física e de ecologia e ambiental; avaliação das características mineralógicas, estruturais e
geomorfológicas; e estudo da viabilidade econômica, ambiental e técnica dos depósitos minerais iden-
conceito fundamental para compreen- No mapa, a posição
O Centro de Conhecimento Científico e Cultural (C4), setor tificados. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, o acordo estimulará o desenvolvimento científico e a do Alto Rio Grande
responsável na ESG pelas edições de periódicos científicos e pela der alguns dos chamados grandes es-
criação de novas tecnologias e equipamentos de ponta. A cerimônia de assinatura do documento contou em águas
disseminação do conhecimento produzido, lançou o livro “BRA- cândalos. Segundo Di Miceli, o conceito internacionais.
com a participação do Secretário-Geral da ISBA, Nii Allotey Odunton, do Secretário de Geologia, Mineração
SIL e CHILE: Posição Geopolítica no Contexto Mundial Contem- de governança tem como objetivo criar
e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira da Costa Júnior, do Secretário
porâneo”, de Guilherme Sandoval Góes e Héctor Villagra Massera. um ambiente no qual as pessoas procu-
da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, Contra-Almirante José Augusto Vieira da Cunha de
A obra é uma consequência da aproximação institucional entre rem voluntariamente cumprir as regras,
Menezes, entre outras autoridades. (Fonte: Agência Brasil)
o Centro de Estudos Estratégicos da Escola Superior de Guerra ter um comportamento ético e tomar
decisões no melhor interesse comum

MB
(ESG - Brasil) e a Academia Nacional de Estudios Políticos y Estra-
tégicos (ANEPE - Chile). A diferença de visões dos autores refe- de longo prazo da organização. “A go-
rente ao papel do Estado, principalmente na economia, e da atu- vernança também procura promover Navios da Marinha
a transparência e a meritocracia”, afir- do Brasil em formação
ação das potências extra-regionais, destacando os EUA, permite no Atlântico Sul.
ao leitor analisar pontos de vista contrastantes e tirar suas pró- mou o conferencista, que defende um
prias conclusões. Ambos convergem, contudo, na importância aprofundamento da boa governança,
dos oceanos Pacífico e Atlântico, respectivamente, para o Chile e que deve ser baseada em princípios
para o Brasil e na necessidade de implementar a conexão entre sólidos e em uma cultura organizacio-
eles como uma forma de contribuir para a integração regional. nal que inspire e extraia o melhor das
A ESG vê o livro como uma contribuição para o entendimento pessoas. “Para isso, é fundamental o en-
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geopolítico do sistema internacional contemporâneo e para o volvimento de lideranças que estejam
debate dos possíveis caminhos a serem percorridos pelos países sintonizadas com os novos tempos”,
da América do Sul, com ênfase nas relações entre Brasil e Chile, concluiu. (Fonte: FGV)
na busca do desenvolvimento econômico com justiça social das
nações sul-americanas. (Fonte: ESG)

24 www.adesg.org.br 25
MB

ESG
Mulheres SEDE DA ESG-BRASÍLIA TEM Brasília está prevista em documentos da Estratégia Nacional de Defesa
nas Forças ANTEPROJETO APROVADO
e no Plano Estratégico da Escola Superior de Guerra. A reunião contou

Armadas
com a presença do General de Brigada José Luiz de Paiva, Diretor de
O Comandante da Escola Superior de Guerra, Tenente-Bri- Projetos de Engenharia (DPE), e demais representantes do Departa-
Projeto em discussão no Senado visa assegurar à mulher palmente em áreas mais distantes dos grandes centros, gadeiro do Ar Rafael Rodrigues Filho, aprovou o anteprojeto de mento de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro (DEC), dos
o direito ao alistamento militar a partir dos 18 anos, equipa- como no caso da Amazônia, poderão contar com mu- construção das futuras instalações da sede do campus ESG-Bra- oficiais-generais que compõem a Direção da ESG, além dos integrantes
rando-as aos homens. A proposta, que aguarda aprovação lheres nessa atuação, além de funções operacionais em sília, no Distrito Federal, em ato formal realizado no dia 15 de técnicos da firma vencedora da licitação (Soares Barros Engenharia),
na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, prevê setores estratégicos da defesa do território nacional. outubro na sala de reuniões do Comando da ESG. A sede de Arquiteto Pedro Frota Dantas e Engenheiro Paulo Jorge Ribeiro da Silva.
que as mulheres tenham acesso a treinamento militar. Have- A presença feminina é cada vez maior nas organiza-
rá necessidade de uma Emenda, já que a Constituição prevê ções militares. A primeira mulher brasileira em combate
apenas o recrutamento de homens. A ideia é permitir às mu- foi Maria Quitéria de Jesus, em 1823, que lutou pela ma- PROTÓTIPO DO O primeiro
lheres a prestação optativa do serviço militar. nutenção da independência do Brasil. Ela é considerada GRIPEN EM FASE Gripen: em
fase de
Na hipótese de o projeto ser aprovado, será determinado
um tempo de implantação e adequação até que as Forças
a primeira a se engajar em uma unidade militar. Duran-
te a 2ª Guerra Mundial, 73 enfermeiras serviram como
DE MONTAGEM. montagem.

Armadas possam receber aquelas que decidirem prestar o voluntárias em hospitais do exército norte-americano. E O PRIMEIRO GRUPO
serviço militar. A regulamentação ficará a cargo do Ministério
da Defesa. Já existe um precedente nesse campo: em 1996,
As mulheres começaram a ocupar os quadros da
Marinha em 1980, quando foram admitidas por lei.
DE BRASILEIROS
o Exército instituiu o serviço militar feminino, voluntário, para Dois anos depois, a FAB recebeu seu primeiro contin- EM TREINAMENTO
médicas, dentistas, farmacêuticas, veterinárias e enfermeiras gente feminino. No Exército, a primeira turma recebeu NA SUÉCIA
de nível superior. formação na Escola de Administração do Exército. A
O site oficial da Saab já mostra fotos da mon-
A senadora Vanessa Grazziotin, autora do novo projeto, Aeronáutica é, atualmente, a Força que registra a maior
tagem das seções principais do primeiro Gripen
que amplia essa possibilidade, acredita que as Forças Armadas, participação feminina em seus quadros, inclusive como

FOTOS: Saab AB
NG, o futuro caça da Força Aérea Brasileira (FAB).
que já prestam um serviço social importante no Brasil, princi- pilotos de caça.
De acordo com o cronograma, o protótipo de-
verá entrar em testes no segundo semestre de

LINHAS DE FINANCIAMENTO PARA INDÚSTRIAS DE DEFESA 2016. A FAB encomendou 36 unidades do caça.
Entre outubro de 2015 e 2021, cerca de 350 bra-
O Ministério da Defesa atuará junto a setores específicos do Governo em vista da questão do acesso ao financiamento para as em- sileiros de companhias parceiras da Saab par-
presas que compõem a Base Industrial de Defesa (BID). O assunto entrou na pauta da Comissão Mista da Indústria de Defesa (CMID), ticiparão de cursos e treinamentos na Suécia
em reunião no dia 11 de novembro. O secretário-Executivo da CMID e diretor de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, brigadeiro e receberão formação teórica e prática, como
José Augusto Crepaldi, explicou que o tema será tratado no âmbito do Grupo de Assessoria de Financiamento (GAF) visando assegurar parte do acordo de transferência de tecnologia.
um mecanismo de financiamento considerado fundamental. “É o financiamento que dará condições para que a indústria de defesa O primeiro grupo, formado por 46 funcionários
possa competir no mercado externo, buscando a exportação dos seus produtos, além de propiciar atividades de expansão e de inova- da Embraer e dois da AEL Sistemas, já está em

REVISTA DA AGESG
ção tecnológica com recursos que não sejam tipicamente orçamentários”, explicou. A reunião contou com a participação da Associa- Linköping. A primeira fase incluirá engenheiros Brasileiros
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ção Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), representantes de Departamentos de Defesa (Comdefesa) de sistemas e desenvolvedores de software. Em participam
da Fiesp, da Fiesc, Firjan e Fiep, além da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) e diversas pastas, como ministérios da seguida, pilotos, engenheiros de teste de voo, de cursos e
Indústria e Comércio; Ciência, Tecnologia e Inovação; Planejamento e Fazenda, e da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). No en- treinamento
engenheiros de produção e profissionais de ou- em Linköping,
tendimento geral, a partir do momento em que as indústrias de defesa puderem contar com acesso a linhas de crédito, o país ganhará tras áreas relacionadas com o programa. Suécia.
muito com a exportação de produtos de alto valor agregado e a consequente geração de empregos. (Fonte: MD).

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Mídia

O
Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque
de Caxias (CEP/FDC) realizou, entre os dias 8
e 10 de setembro, a XV Semana de Comuni-
cação Social sobre o tema “Jornalismo e conflito em
tempos de informação globalizada”. O evento atraiu
militares de várias organizações das Forças Arma-
das e das Forças Auxiliares. Muitos civis, com desta-
que para alunos de cursos de comunicação social
de instituições de ensino superior do Rio de Janeiro,
também acompanharam o evento. A programação
contou com a palestra de dois militares: o General
de Brigada Otávio Santana Rêgo Barros, (ESG 2007),
Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército
Brasileiro (CCOMSEx), e o Coronel José Ricardo Ven-
dramin, Comandante do Centro Conjunto de Opera-
ções de Paz do Brasil (CCOPAB), que apresentaram,
respectivamente, os temas “As Informações Públicas
do Exército em Tempos de Mídia Globalizada” e “Cor-

FOTOS: CEP/FD
respondentes de Assuntos Militares”. Profissionais de
mídia que vivenciaram coberturas em zonas de con-
flito também falaram sobre suas experiências. Heró-

XV SEMANA DE
doto Barbeiro, âncora e editor-chefe do Jornal da Re-
cord News, apresentou o tema “Jornalismo e Mídias
Sociais na Cobertura de Conflitos”. Marcelo Torres,

COMUNICAÇÃO SOCIAL jornalista do SBT, expôs suas experiências como re-


pórter embedded, ou seja, aquele profissional que

DO CEP/FDC
faz a cobertura da guerra acompanhando a tropa de
determinado exército.

DEBATE O TEMA
JORNALISMO E CONFLITO
REVISTA ADESG

REVISTA ADESG
O general Rêgo Barros, diretor
do CCOMSEX, falou sobre “
As Informações Públicas do Exército
Por Karenine Miracelly Rocha Cunha (*) em Tempos de Mídia Globalizada”.

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Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal
Mídia

Marcelo Torres,
do SBT, atuou como
2010, contou com a interferência dos meios de comunicação.
repórter embedded, Desta vez, as redes sociais mostraram como as tecnologias da
o profissional que informação e da comunicação podem proporcionar rapidez no
faz a cobertura
da guerra fluxo de notícias, baixo custo de transmissão e, acima de tudo,
acompanhando participação e interação da população envolvida.
a tropa de Mais do que uma questão diplomática, as características do
determinado exército.
Na foto, o jornalista jornalismo em zonas de conflito acompanham a evolução tecnoló-
testemunha gica e da sociedade. A XV Semana de Comunicação Social do CEP/
protestos da chamada FDC abriu espaço para a exposição e discussão da cobertura de
“Primavera Árabe”.
conflitos em tempos de informação globalizada, com a participa-
ção de profissionais que vivenciaram a luta para que a informação
O repórter-fotográfico Joel Silva
Coube ao O fotojornalismo de guerra foi tema de duas palestras: Joel relatou suas experiências em seja sempre a vencedora da guerra.
coronel José Silva falou sobre o trabalho fotográfico em zonas de conflito, zonas de conflito, como na Líbia,
Ricardo quando cobriu para a Folha de (*) Profa. Dra. Karenine Miracelly Rocha da Cunha - Pesquisa em Co-
Vendramin com destaque para Primavera Árabe; Juca Varella contou suas
São Paulo a revolta que derrubou municação - CEEE - CEP/FD – é coautora do livro “Forte Duque de Caxias”, ao lado
discorrer experiências no Iraque. Ambos são fotógrafos da Folha de S. Muammar Kadhafi. do Prof. Dr. Edison Gastaldo e do TC Bonella.
sobre o tema Paulo e apresentaram uma exposição de fotos com seus princi-
“Jornalismo e
Mídias Sociais pais trabalhos. O professor e pesquisador Pedro Aguiar, da UFRJ,
na Cobertura
de Conflitos”.
explanou sobre o trabalho das agências de notícias.
O CEP/FDC, comandado pelo Cel Inf Álvaro Roberto da Cruz FORTE DUQUE DE CAXIAS:
Ferreira Lima, é uma instituição do Exército Brasileiro destinada CENTRO DE ESTUDOS E referência histórica

O
ao ensino e pesquisa na área de Ciências Humanas. A organiza-
Forte Duque de Caxias, instalado em Área de Preservação Ambiental no Leme, Rio de Janeiro é um
ção militar existe há 50 anos e a comunicação social está pre-
patrimônio público, erguido por ordem do Marquês do Lavradio, cuja origem remonta ao ano de
sente em toda a história da unidade.
1776, quando o Forte chamava-se da Vigia ou da Espia e destinava-se à alertar as outras fortificações
sobre a chegada de navios. O Forte atual, construído entre 1913 e 1919, participou de importantes interven-
Jornalismo de guerra
ções na História do Brasil, dentre as quais, Revolta do Forte de Copacabana (1922); Revolução de 1932; Inten-
Na segunda metade do século XIX, a Guerra da Crimeia, ao sul
tona Comunista (1935); Movimento Integralista (1938); 2ª Guerra Grande Mundial (1939 a 1945; Intervenção
da Rússia e nos Bálcãs, e a Guerra de Secessão, nos Estados Uni-
do Cruzador Tamandaré (1955). Desativado em 1965, o Forte passou a sediar o Centro de Estudos de Pessoal
CEP/FD

dos, foram os primeiros conflitos com significativa cobertura jor-


(CEP), estabelecimento de ensino do Exército Brasileiro voltado ao estudo e à pesquisa na área do comporta-
nalística. Os jornais brasileiros dedicaram-se às notícias do front a
mento humano. O Forte Duque de Caxias está aberto à visitação pública, de terça-feira a domingo: 9h30 às
partir da 2ª Guerra Mundial, com o envio de correspondentes às
16h30. (Fonte: www.cep.ensino.eb.br)
zonas de conflitos. A Guerra do Vietnã, entre 1955 e 1975, tam-
bém teve efetiva participação dos meios de comunicação, que,
dessa vez, mobilizaram a população e atuaram na construção de Sede do CEP,
uma opinião pública contrária ao conflito. Considerada a primeira o Forte Duque
guerra da televisão, a imprensa transmitiu, graças ao videotape e de Caxias está
localizado
aos satélites, imagens que mostravam as atrocidades do conflito. em uma Área
No início dos anos 90, a mídia transmitiu ao vivo a Guerra do Gol- de Proteção
Ambiental. No
fo, com destaque para as imagens dos bombardeios noturnos.
topo do Morro
No início dos anos 2000, o advento da internet deu velocidade do Leme, as
REVISTA DA ADESG

às transmissões de todos os meios de comunicação e a figura do baterias de


obuseiros
jornalista embedded possibilitou testemunhar os conflitos mais erguidas em
de perto, mesmo que subordinado às regras de determinado 1913 sobre o
exército. A Primavera Árabe, que designa uma série de protestos antigo Forte do
Vigia, de 1776.
e conflitos no Oriente Médio e no norte da África iniciados em

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www.adesg.org.br
Crônica

Arquivo Pessoal
O autor, Ney de
Araripe Sucupira, em
primeiro plano,
e Adauto Rochetto:
homenagem traduzida
em ilustração simbólica.

Adauto Rocchetto,
nosso barco espera na boia...
“Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não se submergirão...Isaias43:2”

Por Ney de Araripe Sucupira (*)

N
o oceano das nossas vidas, aprendemos a construir contragosto, sob elogios de gratidão da prestigiosa multinacio-
o nosso porto, as embarcações, a ser pescadores e nal. Criou sua própria empresa, ousou projetar e desenvolver a
marinheiros. Estamos sujeitos a calmarias e tempes- tecnologia eletrônica inovadora em sinalização de segurança
tades. Pode até ser que marinheiros não consigam para usuários de ruas e estradas.. Consolidado profissionalmen-
alcançar a terra, com suas súplicas ao Deus de nossas vidas, te, família constituída, o soldado do Tiro de Guerra vislumbrou,
mas sempre receberão, com a grandeza d’alma, os ventos e as em 1985, um novo tempo, com democracia restaurada por João
correntes que embalam seu barco para a Eternidade, deixan- Batista Figueiredo. Animado e sonhador, ingressou no Curso de
do os seus amigos fortalecidos para continuarem nas fainas Política e Estratégia, da ADESG, em 1986. Em 1990, dedicou-se
dos mares da vida. E as tempestades sempre passarão. Adauto, ao ano letivo da Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro,
fostes um bravo marinheiro. Nascido nas terras de São João da concluindo com destaque o Curso de Altos Estudos de Política
Boa Vista, do sempre lembrado Nono, o patriarca dos Rocchet- e Estratégia, para o qual elaborou trabalho sobre “A Atuação das
to, era recorrente a lembrança da infância. Brincou, cresceu, riu Multinacionais no Brasil”, publicado no mesmo ano.
e amou a sua grande família oriunda da Itália. Jovem, aceitou Homem singular, amigo de todos. Era de admirável com-
o desafio de ganhar a vida longe da roça, desbravando a cida- portamento cívico e desprendido, de voz mansa e de cativante
de onde os Crespi, os Mattarazzo, os Noschesse, os De Nigris, afeto humano, sempre longe de soberbas. Em 18 de janeiro de
os Amato e tantos outros da fratellanza Italiana cresceram e 1996, assumiu a Delegacia da ADESG, em São Paulo, missão que
dominaram a vida, contribuindo para edificar a São Paulo do desempenhou sempre com desenvoltura e dedicação ao siste-
Santo Anchieta. Da pensão de forasteiro, na Vila Buarque, fez ma ESG/ADESG. Era detentor das medalhas do Pacificador, do
seu lar. De poucas roupas, calça rancheira, camisa xadrez, meio Mérito Santos Dumont, de Amigo da Marinha, do Mérito Mare-
tímido e desconfiado, mas com o espírito de soldado atirador, chal Cordeiro de Farias e do Mérito Adesguiano. Na clarinada de
aventurou-se e ganhou o primeiro emprego como auxiliar de 14 de setembro de 2015, nosso marinheiro Adauto Rocchetto
redação do jornal Última Hora, do intrépido jornalista Samuel desembarcou do oceano da vida, com o coração encharcado
Wainer, nos idos de 60. A Universidade FMU oferecia sedutora de Cristo. Missão cumprida como chefe de família, pai, avô, em-
oportunidade para o curso de Direito e o jovem de São João presário, irmão maçom, incansável companheiro da ADESG.
da Boa Vista mostrou seu brilho no vestibular. Em seguida, es- Amigo Adauto Rochetto, nos dê licença, vamos embora para
treou a sua liderança nas lides acadêmicas, eleito presidente o mar, o barco nos espera na boia, levamos você no coração,
do Centro Acadêmico de Direito. A predisposição do destino agradecidos pelas incontáveis amabilidades e exemplos. Permi-
introduziu-o na empresa Siemens do Brasil, onde mais de de- timo-nos, sob inspiração do Alto, ousar estas palavras por todos,
dicados dez anos conduziram-no à elevada responsabilidade certos de que o Céu ficará mais brilhante com a sua luz. Amigos
no staff da presidência. Aprimorou-se em Engenharia de Trá- para sempre.
fego e Economia, na Mackenzie. Não havendo chance de ser
o número um na multinacional da Alemanha, dispensou-se, a (*) Ney de Araripe Sucupira é Dirigente da ADESG/SP -CEPE- 1968

“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” - João 7:38

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em tempo E dson S chettine de A guiar

UN
DUPLA HOMENAGEM
O diretor do Serviço de Seleção do Pessoal da Ma- “Diploma de Amigo da ESG”, concedido pelo Tenente
ADESG/RJ rinha (SSPM), Capitão de Mar e Guerra (T) Cesar Silva Brigadeiro do Ar Rafael Rodrigues Filho (Comandante
comemora na
ESG a conclusão Santos, recebeu a Medalha do Pacificador, concedida e Diretor de Estudos da Escola Superior de Guerra),
do CEPE XLI. pela Portaria 901, do Comandante do Exército. Além em cerimônia realizada na sede da ESG, no Rio de Ja-
da homenagem que evoca Luís Alves de Lima e Silva, neiro, como reconhecimento das suas ações em prol
ADESG/RJ: MISSÃO CUMPRIDA o Duque de Caxias, Silva Santos foi distinguido com o da instituição.

C erimônia realizada na Escola Superior de Guerra,


no último dia 8 de outubro, marcou o encerra-
PESQUISA MOSTRARÁ
O QUE OS BRASILEIROS
mento do XLI Curso de Estudos de Política e Estra- ACHAM DO SEU EXÉRCITO
tégia da ADESG/RJ. O evento contou com as pre- Após licitação, o Centro de Comunicação Social Representantes
senças do Vice-Almirante Ricardo Antonio da Veiga da ADESG/
do Exército (CCOMSEx), contratou a MK Pesquisa e Uberlândia
Cabral, presidente da ADESG Nacional, que presidiu Planejamento para metodologia, execução e tabula- visitam o
a solenidade, e do Delegado da ADESG/RJ, Contra- ção de pesquisa de opinião de alcance nacional sobre campus ESG,
-Almirante Mauro França de Albuquerque Lima. O no Rio de
a imagem do Exército Brasileiro junto à sociedade. Janeiro, onde
Comandante da Escola Superior de Guerra, Tenen- Aprofundar o conhecimento sobre a percepção que são recebidos
te Brigadeiro do Ar Rafael Rodrigues Filho, foi re- pelo Gen
os brasileiros têm da Força terrestre trará resultados Eduardo Diniz,
presentado pelo Contra-Almirante André Luiz Silva positivos para o seu desenvolvimento e cumprimento Subcomandante
Lima de Santana Mendes, Assistente da Marinha na da sua missão constitucional. O projeto parte da pre- da escola.
ESG. O XLI CEPE formou 23 alunos. missa de que a opinião pública é fator importante na
formulação das decisões sobre os rumos das diversas
instituições do País.

REVISTA VERDE OLIVA: LOGÍSTICA E HISTÓRIA

Já está em circulação o nº 228 da revista “Verde Oliva” editada pelo Cen-


tro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx). A publicação analisa,
entre outros, temas como a importância do Comando Logístico do ADESG UBERLÂNDIA VISITA A ESG
Exército e as comemorações pelos 70 anos da Força Expedicionária Representantes da Delegacia da ADESG da cidade de Uberlândia (MG) visitaram a Escola Superior de Guerra, no
Brasileira, na Itália. Ganha destaque a pouco conhecida história dos último dia 15 de outubro. O grupo foi recebido pelo Subcomandante da ESG, General de Divisão Eduardo Diniz, e
“Índios Teremas” que, incorporados ao 9º Batalhão de Engenharia por integrantes do Centro de Atividades Externas e de Extensão (CAExt). A Delegada Regional Helena Maria Gomes,
REVISTA ADESG

REVISTA ADESG
de Combate, lutaram em defesa da Liberdade, repetindo o que fizeram os chefe da comitiva, relatou as atividades da representação de Uberlândia e fez uma exposição sobre o andamento do
seus semelhantes, em 1648, na Batalha de Guararapes, como afiança o General Curso de Estudos de Política Estratégica (CEPE) promovido pela Delegacia de Uberlândia. Na sequência, o Contra-
de Brigada Otávio Santana do Rêgo Barros (ESG 2007), Chefe do CCOMEx. -Almirante (RM1-FN) Nilton Moreira Salgado, Diretor do CAExt, falou sobre a ESG, enquanto o Gen Diniz agradeceu a
presença dos convidados, que receberam da instituição um diploma de agradecimento.

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em tempo Fotomemória
Uma reminiscência da
nossa instituição: o professor
Francisco de Souza Brasil, pre-
BIBLIEx EM FOCO sidente da ADESG no período
• A BIBLIEx participou da 17ª Bienal Interna- 1976/77, durante a cerimônia
cional do Livro do Rio de Janeiro, de 3 a 13 de em que condecorou o seu
setembro último, no Riocentro, onde expôs li- antecessor, Tenente Brigadeiro
vros e periódicos por ela publicados. Os profis- do Ar Nelson Freire Lavanère–
sionais da área bibliográfica da editora presta- Wanderley, com a Medalha do
ram assistência a um grande público afluente, Mérito Adesguiano. Observan-
orientando a aquisição de títulos e a captação
do a homenagem, o Marechal
de assinaturas da Coleção General Benício. Os
Oswaldo Cordeiro de Farias,
livros mais vendidos foram: “Quinhentos anos
que presidiu a sessão.
da História do Brasil”, “Comunismo, a Revolu-
ção Gramscista no Ocidente”, “Colégio Militar
do Rio de Janeiro – 125 Anos”, “Achtung Pan-
zer!”, “Choque do Islã”, “A Arte de ser Chefe” e
“Não Somos Racistas”.
Promovido
Natural do Paraná e declarado Guarda-Marinha em 1977,
• A Biblioteca do Exército lançou no Espaço Paulo Cezar de Quadros Küster, atual Diretor-Geral de Navegação,
Cultural Laguna, livros da “Coleção General foi promovido a Almirante-de-Esquadra, por Decreto Presiden-
Ponto de venda em Uruguaiana: evento internacional sobre a Guerra da Tríplice
Benício”, além da obra avulsa “Vila Militar: Gló- Aliança, em Uruguaiana. Na foto, o diretor da BIBLIEx, Cel Cav Eduardo Pantoja cial, contando antiguidade a partir de 31 de julho de 2015. Entre
rias e Conquistas – 1908 – 2015”; e “Violência e Scalzilli, ladeado por Tenente Laís e pelo Sgto. Jovando, da equipe da editora. outros cargos, o Alte Küster foi Comandante da Flotilha do Ama-
Pacificação no Caribe”, “A paz territorial e Enge- zonas, Adido Naval na Inglaterra, Suécia e Noruega, Comandante
nharia Militar Brasileira: o legendário Batalhão • O VII Encontro Internacional de História sobre as Operações Béli- do 5° Distrito Naval e Comandante do 1° Distrito Naval, além de
de Engenheiros Villagran Cabrita”. A manhã de cas na Guerra da Tríplice Aliança, de 10 a 12 de setembro último, em Vice-Chefe do Estado Maior da Armada.
autógrafos contou com a presença de autori- Uruguaiana (RS), contou com a participação da BIBLIEx, através do seu
dades civis e militares, membros do Conselho diretor, Cel Cav Eduardo Scalzilli Pantoja, e da operação de um ponto
Editorial, autores e personalidades dos meios de venda de livros sobre História Militar, especialmente de obras rela-
culturais. cionadas àquele conflito. PARCERIA SENAI/CIAGA APERFEI-
O stand da ÇOA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
BIBLIEx na O Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA)
17ª Bienal firmou um Acordo de Cooperação com o Serviço Nacio-
Internacional do
Livro do nal de Aprendizagem Industrial (SENAI), com o propósito
Rio de Janeiro. de promover intercâmbio de professores e alunos de gra-
duação, pós-graduação e pessoal técnico-administrativo
de nível superior, colaboração em pesquisa e eventos
técnico-científicos e culturais. A iniciativa possibilitará aos
alunos da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mer-
cante (EFOMM) obter cursos de interesse à sua formação,
sem sair de bordo, com a garantia e o certificado de uma
instituição de ensino profissionalizante. Além de ampliar a
a qualidade do ensino oferecido aos alunos do Centro de

REVISTA DA ADESG
Instrução, a parceria CIAGA/SENAI promoverá junto à clas-
se estudantil, o conhecimento sobre as atividades acadê-
micas desenvolvidas pela Marinha do Brasil na formação,
atualização e preparo da Marinha Mercante Brasileira.

36 www.adesg.org.br 37
em tempo
FEB: A HISTÓRIA
REVERENCIA OS PRACINHAS CAEPE: EQUIVALÊNCIA À PÓS-GRADUAÇÃO Lato Sensu
Em artigo publicado no jornal O Globo, o Gen Brig Otávio Santana do Rego A partir de 2016, amparada pela Portaria Normativa Interministerial MEC/MD Nº1, de 26 de agosto de 2015,
Barros, Diretor do Centro de Comunicação Social do Exército (COMSEx), ana- que dispõe sobre a equivalência de cursos nas Instituições Militares de Ensino e na Escola Superior de Guerra
lisa a participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra em nível de pós-graduação Lato Sensu, a ESG certificará o CAEPE (Centro de Altos Estudos de Política e Estra-
Mundial, há 70 anos. A partir de um enfoque realista, o autor descreve o cená- tégia) como pós-graduação Lato Sensu, nível especialização.
rio do Brasil àquela época. “O País não possuía indústria para produzir os meios
bélicos necessários, a massa da população não gerava condições de saúde
exigidas pelos aliados, e o Exército teria de migrar da ultrapassada doutrina
francesa para a americana, pois seria enquadrado em um Corpo do Exército
dos Estados Unidos”. Com o Brasil sob o impacto da morte de mais de 2.500
IRMANDADE DE CANDELÁRIA
O professor Pedro Ernesto Mariano de Azevedo (ESG 1978) é o novo Provedor da Irmandade do Santíssi-
compatriotas, vítimas do torpedeamento de navios por parte de submarinos
mo Sacramento da Candelária. Ele foi Delegado da ADESG/RJ em 1991/1992 e presidente da Associação em
nazifascistas, impôs-se a declaração de guerra aos países do Eixo. Mas, segun-
do o artigo, “o ambiente político da ditadura Vargas trazia incertezas quanto ao 2007/2009, além de ter integrado o Corpo Permanente da ESG, de 1979 a 1995 e a Junta Interamericana de
envio imediato de tropas ao front, fato que levou os Estados Unidos a dispo- Defesa, em 1987/1988. Pedro Ernesto substituiu o adesguiano José Gomes da Silva, o primeiro estrangeiro a
nibilizar equipamentos e o armamento somente em solo italiano. Portanto, a cursar a nossa entidade, atualmente, Provedor jubilado da mesma Irmandade.
FEB e seus valorosos pracinhas tiveram um batismo de fogo prematuro, com o
adestramento incompleto”. O artigo ressalta, ainda, que os brasileiros comba-
teram em um terreno montanhoso, favorável ao defensor. “Sobretudo, diante
de um Exército aguerrido, considerado o mais profissional do mundo, bem
equipado para o tipo de terreno e contando com forças reorganizadas, vindas
da frente russa”, completa o autor. A FEB, segundo ele, como uma das 99 divi-
“BRASIL ROTÁRIO”:
sões de combate aliadas na Europa, acumulou “conquistas compatíveis com
AÇÃO SOCIAL EM REVISTA
uma divisão de infantaria a pé e importantes para o VI Corpo de Exército ame- Eleito por unanimidade, o novo presidente da Cooperativa
ricano ao qual pertencia”. O Gen Rego Barros destaca o sentimento do dever e Editora Brasil Rotário para o biênio 2015 –2017, CMG Milton Fer-
da camaradagem, “forjados em riscos comuns”, que uniram os pracinhas acima reira Tito, integrou a Turma de 1972 (CEMCFA) e 1983 (ESG), fez
das diferenças e preconceitos de cor, credo, classe social e ideologia. “Quem parte do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra e foi
por felicidade assitiu ao filme “A Estrada 47”, pôde ver o esforço dos pequenos conferencista na Escola de Guerra Naval. A revista Brasil Rotário
grupos de combatentes. Eles venceram o maior desafio do guerreiro – enfren- tem edição mensal de cerca de 50.000 exemplares circulando
tar o fogo inimigo com equilíbrio emocional, competência e coragem”. por todo o Brasil. Milton Tito foi Capitão dos Portos do Rio de
Janeiro, e há 20 anos participa das atividades da Associação
Comercial do Rio de Janeiro, presidiu o Conselho Superior do
Tribunal Marítimo e foi Delegado da ADESG no Rio de Janeiro.

Em artigo
publicado no
Globo, o Gen Rego
Barros analisa o MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR CONDECORA O GENERAL VILLAS-BÔAS
desempenho da Força O Comandante do Exército, Gen Ex Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, recebeu, no dia 10 de novembro, a
Expedicionária Brasileira
no front europeu. Ordem do Mérito do Ministério Público Militar, no grau Grã-Cruz. A solenidade, que ocorreu na sede do órgão,
condecorou 61 personalidades e três instituições com atividades relevantes em prol do MPM. Nessa 17ª edição
de entrega da Condecoração, três organizações militares da Força Terrestre também receberam a honraria: a
8ª Brigada de Infantaria Motorizada, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e o 3º Batalhão de Polícia
REVISTA ADESG

REVISTA ADESG
do Exército. Dentre outras autoridades, foram condecorados o Presidente do Superior Tribunal Militar (STM),
Tenente-Brigadeiro do Ar William de Oliveira Barros; o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar
Nivaldo Luiz Rossato e o Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Roscoe Bessa. A
solenidade comemorou os 95 do MPM.

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Negócios

no país. Maior do mundo, a balança comercial chinesa (exp/imp) somou US$ 4,2 trilhões, con-
tra US$ 4,0 trilhões dos EUA. As exportações atingiram US$ 2,3 tri, e as americanas US$ 1,6 tri.
Por outro lado, pelo quarto ano consecutivo, a China firmou-se como o país com maior
número de pedidos de patentes de inventos, 928 mil unidades. Foram registrados mais de
233 mil patentes desses novos produtos, sendo que 163 mil no exterior. Ainda bem que os
criativos chineses não registraram (para cobrança de royalties) as patentes de muitas inven-
ções que nortearam a civilização, como o papel, tecido/seda, impressão, zero, estribo, carri-
nho de mão, hélice, macarrão, bicicleta, louça/porcelana, bola, futebol, vinho, cerveja, etc, etc.
Criadas séculos antes das descobertas do Brasil e dos EUA.

CHINA:
A pujança do centro
financeiro de Xangai
e uma visão de um
dos terminais de
containers do maior
porto do mundo.

Arquivo Pessoal
O autor com o ministro
das comunicações, Wang

RETORNO À LIDERANÇA Zhongwel, em Pequim.

DA ECONOMIA MUNDIAL Por Carlos Tavares(*)

J
ustifica-se o título acima de vez que, indiscutivelmen- lideram as exportações para lá – minério, soja e petróleo –
te, durante 50 séculos – 31 AC e 19 DC até ao século são abundantes e bem oferecidos no mercado internacio-
20 – tinha a China o maior Produto Interno Bruto (PIB) nal. Particularmente a soja, com excedentes de produção
do planeta. Preliminarmente, vale esclarecer que, em 2014, nos concorrentes e “muy amigos” Argentina e EUA.
o mercado chinês continuou como o principal destino das Em 2014, apesar do recesso quase que geral da econo-
exportações brasileiras, com o total de US$ 40,6 bilhões. A mia mundial, a China apresentou crescimento acelerado
propósito, bem diferente do que pensam alguns dirigen- ao alto índice de 7,4%, o melhor do ranking. Durante 60
tes empresariais, a China, economicamente, independe anos (entre 1953/2013) manteve crescimento médio/anu-
REVISTA ADESG

REVISTA ADESG
do Brasil: o contrário talvez ficasse mais perto da realidade. al de 8,2%, passando a participar com 12,3% da economia
O gigante asiático tornou-se o maior parceiro comercial mundial. Ainda ano passado, a China, pela primeira vez,
do Brasil, que figura apenas em 17º lugar na escala chine- tornou-se exportadora líquida de capitais, com investi-
sa, atrás dos Estados Unidos, Rússia, Japão, Coréia do Sul, mentos no exterior da ordem de US$ 123 bilhões, cerca de
Taiwan e outros. Além do mais, os produtos brasileiros que US$ 5 bilhões acima do total dos investimentos recebidos

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Negócios

GERPR
Em Paranaguá (PR) soja
brasileira rumo à China.
No estaleiro China
Shipping, catamarã
adquirido pelo governo
do Rio de Janeiro é
National Railway

embarcado para o Brasil.


Em Pequim,
teste de trem de
alta velocidade.

No turismo, também, a China manteve a liderança nanceira. Recente número da revista americana “Forbes” visita, o embaixador Li Jinzhang disse-me que os resultados

Setrans
mundial, nos dois sentidos. Sem a menor restrição, mais indica que são chineses os quatro principais bancos mun- alcançados tinham sido plenamente satisfatórios.
de 100 milhões de chineses viajaram ao exterior, gastando diais, o primeiro, o Industrial and Comercial Bank of China. Funcionou bem a estratégia de anunciar o corte no
US$ 173 bilhões. Os principais destinos foram os EUA e a Com surpreendente adesão internacional, a China acaba orçamento (R$ 69,9 bilhões) logo após a visita da missão
Europa, sendo que, em Paris, os turistas chineses, p/capita, de fundar o Banco Asiático de Investimento em Infraestru- chinesa, que deixou o setor empresarial (e o País, de modo
encabeçaram a lista dos que mais consumiram, acima dos tura (AIIB), que irá competir com o Banco Mundial e o FMI. geral) confortado com o alto valor dos créditos aprovados.
americanos e alemães. Em contrapartida, os turistas estran- Singularmente, invertendo as posições, a China passou a Equivalente em dólares a quatro vezes o corte orçamen-
geiros deixaram na China cerca de US$ 400 bilhões. Somente investir e adquirir mais empresas nos EUA, ao contrário tário, esses financiamentos destinam-se, basicamente, às
a bela cidade de Macau, com seus 34 cassinos – maior centro do que sempre ocorreu. As enormes reservas de US$ 4,2 áreas prioritárias afetadas.
mundial de jogo e faturamento de US$ 35 bilhões, três vezes trilhões (cerca da metade em bônus do Tesouro e dólares Com esse quadro de fato favorável ao Brasil – ainda mais
superior a Las Vegas – recebeu mais de 30 milhões de turis- dos EUA) dão respaldo a essas operações financeiras. A dí- na fase difícil para a economia – sinto-me particularmente
tas. Nos três primeiros trimestres do corrente exercício, vida externa dos EUA eleva-se a US$ 18 trilhões. gratificado pelo persistente trabalho realizado em prol das
embora em níveis pouco inferiores, a economia chinesa Na linha do reconhecimento, já considerável na área relações com a China. O inicio foi com a reportagem sob
manteve bom índice de crescimento, com o Produto Interno internacional, dessa notável expansão, em recente repor- o titulo “Comércio Exterior da China Popular”, publicada na
Bruto (PIB) subindo 7%, nos dois primeiros e 6,9% no tercei- tagem o prestigiado Financial Times referiu-se à China revista Comércio & Mercados, em outubro de 1971, antes
ro, contra alta de apenas 1,5% nos EUA e na União Europeia. como “aquela que é hoje a maior economia do mundo” do restabelecimento das relações diplomáticas, três anos
Até setembro, a balança comercial somou US$ 2,8 trilhões, (jornal Valor, 16/04/15). Por seu turno, o FMI informou que, depois. A partir daí, nesses 44 anos, foram cinco visitas ofi-
com as exportações, caindo 1%, totalizando US$ 1,6 trilhão. pelo índice de Paridade Pelo Poder de Compra, o PIB da ciais à China, mais de 500 artigos e reportagens, além de
Devido a queda do preço das commodities (petróleo, soja, China atinge US$ 17,6 tri contra 17,4 tri dos EUA. 10 livros publicados. Pelo menos da parte chinesa sempre
minérios, etc) as importações, caindo 15%, ficaram em US$ Em maio, o primeiro ministro Li Keqiang, em Brasília, houve pleno reconhecimento por esse trabalho, incluindo
1,2 tri, deixando superávit recorde de US$ 400 bi. A produ- assinou acordos para investimentos em variados proje- o recebimento da medalha de ouro de Amigo da China e a
ção industrial aumentou 6,2%, as vendas no varejo 10% e os tos de infraestrutura da ordem de US$ 53,3 bilhões. Além honrosa menção do presidente Xi Jinping, a meu respeito,
REVISTA ADESG

investimentos no setor imobiliário 6%. Os investimentos no disso, ficou acertado financiamento de US$ 50 bilhões do em discurso no Congresso Nacional (Brasília, 16/07/2014).
exterior, crescendo 16%, chegaram a US$ 87,3 bilhões. banco estatal ICBC – a ser operado pela Caixa Econômica (*) Carlos Tavares é jornalista, especializado em Comércio Exterior e uma
A China avança na área comercial – onde já é parceira – para áreas prioritárias de infraestrutura (rodovias, ferro- referência internacional em história, economia e assuntos da China. “China,
Superpotência do século XXI”, lançado em 1993, foi o primeiro dos seus cinco
de 126 países, contra 74 dos EUA – e também na esfera fi- vias, portos, aeroportos, energia e habitação). Terminada a livros sobre o tema.

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Corpo de bombeiros-MG
em pauta

Felipe Barra
BRASIL BRILHA NOS
JOGOS MUNDIAIS MILITARES
A participação das Forças Armadas nos 6º Jogos pelo Brasil foram conquistados por atletas militares que
MARIANA:
Mundiais Militares, evento que reuniu, em outubro, participarão da Rio-2016. Na foto, a delegação brasilei- EXÉRCITO MONTA
117 países e mais de 7 mil participantes, na Coréia do ra desfila na cerimônia de encerramento, em Mungye- RESERVATÓRIO DE ÁGUA
Sul, colocou o Brasil como segunda potência mundial ong, com a atleta Yane Marques, do pentatlo moderno, PARA VÍTIMAS DE
no desporto militar, com 84 medalhas, atrás da Rússia
e à frente da China. Mais de 80% dos pódios obtidos
carregando a bandeira. Em 2019, a China sediará os 7ª
Jogos Mundiais Militares.
ROMPIMENTO DE BARRAGEM

Mérito Marechal Cordeiro de Farias - O Prof.Edson Schet-


A lém de enviar helicópteros para ajudar nas
buscas e nos resgates de desaparecidos da
tragédia na cidade de Mariana, em Minas Gerais, o
Mariana: a
cicatriz de um
tragédia. Serão
tine de Aguiar (Turma 1986 – Salgado Filho) recebeu, em 20 de agosto, a Meda- Exército Brasileiro montou reservatórios de água, necessários
lha do Mérito Marechal Cordeiro de Farias pelos relevantes serviços prestados cerca de 40 unidades, em pontos estratégicos de dez anos para a
recuperação do
à Escola Superior de Guerra. O Prof. Schettine de Aguiar, Capitão R/2 de Infan- distribuição. Desde o rompimento da barragem, ecossistema da
taria (CPOR-RJ 1955), é atualmente Diretor de Comunicação Social da ADESG e no dia 5 de novembro, militares e viaturas do Co- região do Rio
atuante na associação desde 1987. Durante cerca de oito anos, ele trabalhou mando Militar do Leste (que abrange MG, RJ e ES), Doce.
com o Marechal Cordeiro de Farias em organização da qual o Comandante da do Comando da 4ª Região Militar de Belo Hori-
Artilharia Divisionária da Força Expedicionária Brasileira era Diretor no Rio de zonte e pessoal de engenharia da Força terrestre
O Exército
Janeiro. Edson Schettine de Aguiar, que é cavaleiro da Ordem do Mérito Na- deslocaram-se para a região. O rompimento da ajuda na

Secom/ES
val e Oficial da Ordem do Mérito Militar, foi presidente do Conselho Federal barragem de rejeitos da mineradora Samarco le- instalação de
reservatórios
de Profissionais de Relações Públicas, presidente da Associação Brasileira de vou lama contaminada para o leito e as bacias dos de água para
Escolas de Comunicação ABECOM), Diretor do Departamento de Comunicação rios de Minas Gerais e do Espírito Santo destruindo as populações espécies, de plantações, além do controle dos danos di-
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REVISTA ADESG
Social da Universidade Gama Filho durante 21 anos (1976 a 1997). O Ministério a fauna e a flora da região atingida. Especialistas atingidas. retos infligidos às populações. A onda de lama deixou ví-
da Educação de Portugal o nomeou membro do Conselho Científico da Escola estimam em pelo menos uma década o prazo para timas fatais (até o dia 16/11, com as buscas ainda em an-
Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa. a regeneração da natureza, isso após intervenções damento, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais havia
como reflorestamento, dragagem, reinstalação de informado um total de sete mortos e 15 desaparecidos).

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MB
Alte Veiga Cabral
MONCLAR DA ROCHA
saúda a Governadora BASTOS: O ADEUS A
do Rotary Distrito
ADESGUIANO
em pauta

4570, Ivone
Scacchetto, ao fundo,
HOMENAGEM AO ROTARY
Dinâmica participação e inten-
à esquerda, o Prof. INTERNACIONAL A aeronave “Osprey
João Baptista, sa dedicação à ADESG são algumas em demonstração de
membro do
Conselho Superior. A ADESG homenageou o Rotary Internacional, por ocasião dos
seus 110 anos de fundação, na pessoa da Governadora Ivone
Sacchetto, do Distrito 4570, período 2015/2016, com um almoço
das características que serão eter-
namente lembradas do saudoso
decolagem vertical.

companheiro Tenente Coronel (Re-


no Clube de Aeronáutica. Além dos nossos associados, compare-
formado) da Aeronáutica Monclar
ceram ao evento mais de cinquenta rotarianos. Os objetivos de
da Rocha Bastos. Como delegado
nossa entidade foram exaltados pelo presidente do Rotary Club
do Rio de Janeiro – Meier, Adilson Theodoro Soares. O presiden- no Estado do Pará, adesguiano da
te Vice-Almirante Ricardo Antônio da Veiga Cabral agradeceu a turma de 1976, ele teve uma influ-
honrosa distinção nos conceitos emitidos e pelas atenções dis- ência decisiva na reativação da- OPERAÇÃO UNITAS AMPHIBIOUS
Professora Dora
Sodré, filha do
pensadas à ADESG pela govenadora Ivone Sacchetto. Durante o
evento, foram entregues placas comemorativas da solenidade ao
Almirante Benjamim presidente da ADESG pelo Conselheiro Professor João Batista e
quela Delegacia que, desde 1988,
não realizava os Cursos de Estudos N o dia 14 de novembro, três aeronaves MV-22 “Osprey”, dos EUA, aterrissaram no
Rio de Janeiro para dar início ao adestramento militar da Operação Unitas Amphi-
bious 2015. Com o voo mais longo de sua história, a MV-22 percorreu o equivalente a
de Politica e Estratégia em Belém,
Sodré, primeiro 11.417 km, dos EUA até o Brasil. Após realizarem parada na cidade de Belém, as aero-
presidente da ADESG, ainda à Governadora Ivone Sacchetto com placa entregue pelo e promoveu os vitoriosos XV, XVI e
Alte Veiga Cabral e naves chegaram ao Rio para compor o exercício da Unitas Amphibious, que aconteceu
ex-governador do Distrito 4570 Hertz Uderman. O Vice-Almirante XVII CEPES. Rocha Bastos, que pos-
o professor João nos dias 17 e 18 de novembro, na Ilha do Governador e, no dia 20 de novembro, na Ilha
Baptista, membro
Veiga Cabral, no término do encontro, saudou a Professora Dora suía os cursos de Administração e
da Marambaia. A MV-22 “Osprey” tem sido empregada para apoiar tropas em comba-
do Conselho Superior Sodré – do Rotary Club do Rio de Janeiro – São Conrado, lembran- Direito, foi Chefe do Serviço Regio-
e integrante do te desde 2007 e é a principal aeronave de apoio ao assalto utilizada pela U.S. Marine
do a importância que seu pai, Almirante Benjamin Sodré, teve na nal de Material Bélico (fundador);
Rotary do Rio Corps. Realizada pela Marinha do Brasil, por meio do Comando da Força de Fuzileiros
de Janeiro-Meier. implantação da ADESG na condição de seu primeiro presidente. Adjunto e posteriormente Chefe do
da Esquadra, a Operação Unitas
Serviço de Patrimônio do I Comar.
Amphibious 2015 reuniu Fuzi-
Ao lado de suas atividades profis- leiros Navais de oito países da
sionais, era extremamente sociá-
CICLO DE PALESTRAS

PH Freitas/MD
América: Brasil, Canadá, Chile,
vel, daí suas atuações como presi- Colômbia, Estados Unidos, Mé-
ANALISA SISTEMAS DE dente da Comissão de Esportes do xico, Paraguai e Peru. (Fonte MD)
DEFESA INTERNACIONAIS I Comar. Foi, também, presidente e

A estrutura organizacional do Ministério da


Defesa e das Forças Armadas DQA Ale-
manha foi o tema de mais uma edição do Ci-
Vice-presidente do Cassino dos Ofi-
ciais de Aeronáutica de Guarnição
Palavras de
de Belém e ainda Vice-Presidente
clo Especial de Palestras sobre Planejamento da Federação Paraense de Futebol. incentivo e de
Estratégico de Defesa, no dia 17 de novem- Compôs diversos hinos militares. agradecimento
bro, em Brasília. Por meio do Instituto Pandiá
Era possuidor das Medalhas Santos A ADESG, através do seu Presidente, V Alte Ricardo Antônio da Veiga Cabral,
Calógeras e da Assessoria Especial de Plane-
Dumont e Medalha Militar. A ADESG registra e agradece a atenciosa manifestação do Comandante da Aeronáu-
jamento (Asplan), o MD tem realizado deba-
perde um brilhante colaborador. tica, Brigadeiro do Ar P Nivaldo Luiz Rossato, sobre a nossa revista. Regis-
tes sobre sistemas de defesa de outros países
como uma das formas de subsidiar a revisão tramos, igualmente, mensagem recebida da Sra. Maria Carmen Lima Paiva

ARQUIVO PESSOAL
dos documentos estratégicos do setor no Bra- e família nos termos seguintes: “Gostaria de agradecer a gentileza do envio
sil. Um dos expositores, o coronel do Exército Costa Raimundo, especialista em Ciências Econômicas do exemplar da revista ADESG Defesa e Desenvolvimento nº290 que con-
O professor
Carlos Alberto Dahmer, que já foi adido militar Licio da Costa da Universidade Estadual de Campinas, discorreu so- templa uma menção ao projeto Cidadania, desenvolvido por meu marido,
na Alemanha, relatou que, além da Marinha, Raimundo, da bre o tema “As transformações recentes e a situação Alte Paulo Gonçalves Paiva. Foi uma grande emoção para mim e meus filhos
Universidade relembrar um pouco do trabalho do Paulo, especialmente pela coincidência
Exército e Aeronáutica, a Alemanha conta com atual da Alemanha frente aos desafios econômicos e
REVISTA ADESG

Estadual de
uma quarta Força chamada de Base de Apoio. Campinas, participa geopolíticos da crise Internacional e da globalização” de a Revista ADESG ter chegado no mês de outubro, aniversário de seu fa-
Comandada por um almirante, esta Força atua do Ciclo de Palestras e destacou o tratamento que o país dá à sua indústria lecimento. Sensibilizada com seu gesto, agradecemos também ao professor
sobre Planejamento
em áreas como logística, inteligência estratégi- bélica em constante crescimento e com presença des- Edson Schettine de Aguiar e desejamos felicidades a todos em sua equipe.
Estratégico de
ca e guerra cibernética. Já o professor Licio da Defesa, em Brasília. tacada na sua pauta de exportação. (Fonte MD)

46 www.adesg.org.br www.adesg.org.br 47
RIO E BRASÍLIA

Adesg
COMEMORAM
DIA DO OFICIAL R/2
UMA VIDA EM LIVRO As comemorações do Dia do Oficial R/2 (por-
taria 2006 do Comandante do Exército) fo-
O livro “Eudes de Souza Leão Pinto ram realizadas no Rio de Janeiro, no dia 4 de
– um Fazedor de Paz” compõe o perfil novembro, quarta-feira, com formatura no
de um ex-presidente da ADESG (biênio CPOR local. Presentes o Gen Ex João Camilo
1963-1964), que relata sua trajetória. Tra- Pires de Campos, Chefe do Departamento
ta-se de Eudes de Souza Leão Pinto (ESG de Educação e Cultura do Exército, e o Gen
1962), que reúne na publicação ocorrên- Div Júlio Cesar de Arruda, Diretor de Educa-
cias de sua vida, de sua postura poliva- ção Superior Militar. Durante a solenidade,
em pauta

lente e a extrema simplicidade no trato. o Conselho Nacional de Oficiais da Reserva


condecorou com a Medalha de Mérito Major
Apollo Miguel Rezk as seguintes autoridades:
Gen Ex Paulo Cesar de Castro; Cel Art Sinésio
Ramos Martins; Ten R/2 FEB Israel Rosenthal.

Dia 11 de novembro, em Brasília, no Batalhão


SOAMAR: Na foto, a da Guarda Presidencial (BGP), a solenidade
solenidade de de formatura foi presidida pelo Gen Ex Edu-
NOVO PRESIDENTE A Sociedade de Amigos da Marinha do Bra- inauguração com ardo Dias da Costa Villas Bôas, Comandan-
NO RIO E REPRESENTAÇÃO sil foi instalada em Lisboa e no Porto em even- o Dr. Artur Victoria
e o C Alt Flavio
te do Exército Brasileiro, condecorado pelo
EM PORTUAL to realizado em 13 de novembro. Terá como Augusto Rocha
Viana, diretor do
Conselho Nacional de Oficiais da Reserva
área de atuação a União Europeia e a Comu- (CNOR), presidido pelo Ten R2 Art Sérgio Pin-

E m 5 de novembro, com a presença do Co- Centro de to Monteiro, com a Medalha de Mérito Major
nidade dos Países de Língua Portuguesa. Na Comunicação
mandante da Marinha do Brasil, Alt Esq solenidade, foi concedida a Medalha de Amigo Apollo Miguel Rezk. O evento contou com a
Eduardo Bacellar Leal Ferreira, do ex-Coman- da Marinha a nove personalidades portugue-
Social de Marinha
e outras HOMENAGEM À AERONÁUTICA O Maj Brig Ar presença do Gen Ex Marco Antônio de Farias,
autoridades, A ADESG, em 29 de outubro, homenageou a Aeronáutica. Fiorentini ao
dante, Alt Esq Júlio Soares de Moura Neto, e sas em cerimônia na Embaixada do Brasil em agradecer à também condecorado, momentos antes, em
inclusive o Na oportunidade, após destacar a importância da Força Aérea ADESG, ladeado
demais integrantes do Almirantado, assumiu Portugal. O projeto de internacionalização da adesguiano Valter formatura do Comando Logístico com a mes-
Porto, presidente para o Brasil, o V Alt Veiga Cabral solicitou ao Des. Antônio Carlos pelo V Alte Veiga ma medalha. O desfile militar, aberto pelo
a presidência da Soamar-Rio o Dr. José Antô- Soamar Brasil, em Portugal, partiu do Dr. Ar- Cabral e o Brig
da Soamar Brasil. Esteves Torres, vice-presidente da entidade, que saudasse o Maj grupamento dos oficiais R/2, teve a partici-
nio de Souza Batista. Na solenidade, o profes- thur Victoria, jurista português e representante Eng Rebelo
Brig Ar João Tadeu Fiorentini, que chefia a Diretoria de Admi- pação da Guarda Bandeira do CNOR formada
sor Edson Schettine de Aguiar, diretor-cultural da ADESG na Europa. A proposta contou com
nistração de Pessoal e, na ocasião, representava Ten Brig Ar Nivaldo Luiz Rossato, Co- por voluntários que se deslocaram de vários
da entidade, fez a leitura do relatório do presi- o apoio do empresário Silvio Vasco Campos
mandante da Aeronáutica. O Des. Esteves enfatizou as suas lembranças do período pontos do pais para Brasília. Ao final da ce-
dente que concluiu a sua missão, o empresá- Jorge, então presidente da Soamar – Rio. Na
em que estava inserido no contexto da Força Aérea, em Barbacena, as decorrências, e rimônia, foi inaugurado no BGP o Bosque
rio Silvio Vasco Campos Jorge, no qual estão instalação, o C Alt Flavio Augusto Viana Rocha,
o afeto que ainda existia no seu coração. As suas palavras comoveram os presentes e Correia Lima, onde o presidente do CNOR e o
registradas suas realizações. Campos Jorge diretor do Centro de Comunicação Social da
provocaram uma resposta igualmente emocionada do Maj Brig Fiorentini, que agra- Gen Villas Boas plantaram uma árvore.
exaltou o apoio que recebeu da Marinha, atra- Marinha, proferiu palestra sobre as ações da
deceu as homenagens ao Dia do Aviador, comemorando em 23 de outubro.
vés dos chefes navais. nossa Força Naval.

BELÉM DO PARÁ: ADESG FORMA NOVA TURMA


A Delegacia da ADESG/PA realizou no dia 20/11, em Belém do Pará, o encerramento do CEPE/2015. A sessão
de formatura aconteceu no auditório do Comando da 8ª Região Militar, em Belém, na qual foram diploma-
dos 37 novos adesguianos na presença dos três comandantes militares de área (Marinha, Exército e Aero-
REVISTA DA ADESG

REVISTA DA ADESG
náutica), respectivamente 4° DN, 8ª RM e 1° COMAR, além de autoridades civis e familiares dos diplomados.
Na véspera, a Delegacia, que à frente o advogado Alfredo Santana, promoveu um workshop acerca do de-
senvolvimento da cidadania na Amazônia, tendo como palestrantes o professor da Universidade Federal do
Pará, Dr Wando D. Miranda e o Gen Santa Rosa.

48 www.adesg.org.br www.adesg.org.br 49
DiretaS
DiretaS CRUZADA

Guerra
Guerra dadaTríplice
TrípliceAliança: Aliança:150 150anos anos
DiretaS
Guerra
Um tema em da Tríplice Aliança: 150 anos
destaque, nesta edição da Revista Adesg, é o conflito armado
Um tema em destaque, nesta edição da Revista Adesg, é o conflito armado que
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opôs Brasil, Argentina e Uruguai ao Paraguai, o maior da história do continente
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Guerra da Tríplice Aliança: 150 anos
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Agasalho vinho Con- DivisãoPessoa Divisãode “terra” de “terra”
Agasalho vinho parecidado jogo
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ombros
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ança, soantes
soantes com parecida
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que der- Ingre- (gíria)
Mala sem
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Ingre-
4/alça — flor — jura — xale. 6/atraso.
que der-
Paraguai caviar BANCO (gíria) Mala sem
rotou o diente do (?): chato
caviar BANCO
4/alça — flor — jura — xale. 6/atraso.
Paraguai (gíria)
4/alça — flor — jura — xale. 6/atraso.
BANCO Solução
Solução
A O V A A T R A S O
RESPOSTA

A S O T R I P L I C OE V AR OA IT R
A
R O I Solução
A L E Ç AT R IS PO LS I I C AE X
S I A X A L E Ç AA S SOO
A S U AA VR E AS TUN R
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REVISTA DA AGESG
R R R A V RE R N
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