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Sumário ____________________________________ 2
INTRODUÇÃO ________________________________ 3
PARTE 1 Rabi Judah Ben-Samuel ________________ 4
PARTE 2 A Profecia ___________________________ 7
PARTE 3 Considerações _______________________ 14
PARTE 4 Olhando Para o Lado Errado ___________ 27
Bibliografia ________________________________ 29
INTRODUÇÃO
Zunz diz dele: “Para justificar tudo o que é nobre nos esforços
humanos e as mais altas aspirações dos israelitas, e para descobrir
as verdades mais íntimas aludidas nos Livros Sagrados, parecia ser o
propósito último de uma mente em que as qualidades poéticas, morais
e divinas foram fundidas.”
A Profecia
O que é o Jubileu?
Antes de prosseguirmos, porém, precisamos que
você entenda claramente o que é um JUBILEU, já que a
profecia se desenvolve sobre este elemento da cultura e
religião judaica. Não vou me deter nesta explicação, me
limitando a transcrever a definição e explicações contidas
no site judaico pr.chabad.org:
Primeira parte:
Os turcos otomanos tomam a cidade de Jerusalém
Ben-Samuel declarou que a cidade santa seria
tomada pelos turcos otomanos que a governariam por 8
jubileus. Isto ocorreu em 1517, 6 jubileus judaicos após a
morte do rabi. Os turcos permaneceram na posse de
Jerusalém por exatos 8 jubileus, ou seja, 400 anos.
Segunda parte:
Jerusalém se tornará “terra de ninguém” por um
jubileu
Isto aconteceria no nono jubileu, segundo a profecia
de Judah. Em 1917, O Gal. Allenby tomou Jerusalém,
estabelecendo o Mandato Britânico na Terra Santa, o que
foi determinado pela Liga das Nações (atual ONU). Mais
tarde, a cidade foi dividida em judeus e jordanianos, entre
1948 e 1967. A missão dos ingleses era trazer paz à região,
intento que não foi alcançado, culminando com a saída das
tropas inglesas do território judaico-palestino.
Terceira parte:
Os judeus retomarão a posse de Jerusalém
No último jubileu da profecia, Judah afirma que a
cidade de Jerusalém retornaria para as mãos dos judeus.
Este jubileu acontecem em 1967, quando ocorreu um dos
eventos mais emblemáticos da história do Israel recente:
A Guerra dos Seis Dias.
O entendimento da profecia
Segundo alguns estudiosos e pesquisadores, isto
significa que se encerramento do décimo jubileu marca o
início dos tempos messiânicos e se sabemos que Israel
rejeitou o verdadeiro Messias, Jesus Cristo, então o que se
espera para este tempo é a manifestação do falso messias,
ou seja, do Anticristo. Portanto, estaríamos às vesperas de
grandes mudanças no cenário mundial já que, falar do
Anticristo significa falar de mudanças políticas e sociais do
mundo inteiro. A argumentação de muitos que tem falado
sobre esta profecia é que, se Judah Ben-Samuel acertou as
primeiras previsões, não erraria a última. Muitos até
pregaram sobre isto em suas igrejas ou fizeram palestras
sobre o assunto.
Questionamentos
Seria esta uma profecia realmente válida, digna de
crédito? Devemos esperar o Arrebatamento para 2017?
Não poderia tudo isto ter sido desenhado apenas depois
dos eventos terem se desenrolado? Se era uma profecia
conhecida, porque somente veio a tona depois de 2008,
não sendo mencionada antes por nenhuma autoridade,
judaica ou cristã?
Considerações
A fonte original
A primeira coisa que precisaria ser feita e que
ninguém fez, exceto um grupo que mencionarei mais
adiante, é buscar a fonte de tal profecia, ou seja,
precisamos ter a certeza que as palavras atribuídas ao rabi
Samuel Ben-Judá, foram de fato por ele registradas. E, se
porventura alguém buscou esta informação, não a
divulgou. A maioria limitou-se a repetir as citações
atribuídas ao rabi, ampliando ou copiando os comentários
e interpretações. E aí vem então a pergunta: Existem
registros dos escritos do rabi Judah contendo esta
profecia? A resposta a esta pergunta é NÃO! Segundo Bob
O'Dell e Gidon Ariel (2016), as obras disponíveis não tem
qualquer referência a esta profecia, e ninguém
apresentou algum escrito antigo ou livro no qual Ben-
Samuel tenha declarado tais coisas. A ausência de
comentários por parte dos sábios judeus é algo digno de
nota quanto a esta profecia dado o respeito que este rabi
tem entre os mesmos.
Isso aconteceu 300 anos depois de sua morte. Ele não poderia ter
baseado sua profecia em eventos que poderiam ser previstos, mas
apenas nos resultados de seu estudo da Bíblia”.
“De acordo com esse cronograma, é possível que 2017 ou 2018 seja
um ano decisivo para Israel, porque será 70 anos depois de 1947, a
decisão da ONU para o estabelecimento de Israel e 50 anos após a
reunificação de Jerusalém”.
E conclui:
“Nós não sabemos o dia ou a hora da sua vinda, mas não estamos
falando sobre o retorno de Jesus. Estamos falando sobre o calendário
de Deus para Israel.”
Os eventos mundiais
Uma vez que a fonte original não pode ser verificada
e que os fatos anteriores também são questionáveis, nos
resta apenas uma opção: acompanhar os eventos futuros
envolvendo Israel e o mundo, únicos elementos que
podem ratificar a veracidade da profecia. Suponhamos que
haja uma manifestação do falso messias nos próximos
meses e que fique evidente que o seu governo está prestes
a eclodir, então teremos alguma boa evidência acerca da
veracidade da profecia. Mas, lembremos mais uma vez que
este evento tem magnitude tal que envolve uma série de
outros eventos, atingindo o mundo inteiro e não apenas
Israel.
Concluindo
Quero deixar claro que não estou dizendo que o rabi
Judah não tenha feito tal profecia, estou dizendo que não
foram apresentados documentos comprobatórios, que
permitam uma análise das palavras no seu conteúdo
original, sem filtros ou acréscimos; estou dizendo que as
revelações do seu conteúdo são muito recentes, portanto,
passíveis de questionamentos sérios. Tenho ainda outros
questionamentos que exponho a seguir.
Equívocos na interpretação da profecia
Partindo dos comentários feitos pelo autor do artigo
original, Ludwig Schneider, onde ele mesmo declara a
possibilidade de algumas coisas acontecerem e declara que
não estava falando da volta de Jesus; partindo do fato de
que os artigos que encontramos na Internet apresentam
divergências nas suas interpretações; partindo do fato de
que não temos as informações originais; podemos
tranquilamente concluir que podem haver inúmeros
equívocos na interpretação da profecia.
Concluindo
Todas as profecias extra-bíblicas devem ser
analisadas com muito cuidado, procurando-se saber a
fonte, a inpiração alegada por quem a profere. Existem
profecias verdadeiras fora as que estão nas Escrituras?
Sim, claro que sim; mas os profetas de Deus tem como
principal característica a pré divulgação de suas
revelações, permitindo que assim possamos aferir o peso e
a validade de suas palavras.
“Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem
o Filho, senão só o Pai”. – Mt. 24.36
Bibliografia