A história moraviana começa com o John Huss, o pré-reformista, na boêmia
e morávia na república tcheca. Ele foi um dos grandes homens que
denunciaram as práticas heréticas da igreja romana, ele lidera um movimento de protesto e acaba sendo morto em 6 de julho de 1415. Suas últimas palavras antes de morrer foram "HOJE VOCÊS ESTÃO MATANDO ESSE GANSO, MAS DAQUI HÁ UM SÉCULO OUVIRÃO UM CISNE CANTAR. NÃO SERÃO CAPAZES DE ASSÁ-LO E NENHUMA ARMADILHA OU REDE PODERÁ SEGURÁ-LO". A morte de John Hus não abalou o espírito da reforma presente nos seus liderados e na região da Boêmia e Morávia, a partir deles surgiu a Igreja da Morávia, ou Unitas Fratrum (Unidade dos irmãos) em 1457 na vila de Kunvald a leste de Praga. Em meados de 1517 os morávios já somavam mais de 200.000 membros e tinha mais de 400 paróquias, expandindo a Igreja dos Irmãos para a Polônia. A guerra dos Trinta Anos (1618-1648) trouxe perseguições aos irmãos protestante da boêmia e aos moravianos devido a ascensão na região de um Rei católico. Isto fez esses irmãos buscarem refúgios na Alemanha. O principal líder da igreja John Amos COrnenius (Considerado o pai da didática moderna) A partir dessa fuga dos morávios para Alemanha, eles encontram refúgio nas mãos do Conde Nicolau Ludwin Von zizendorf, na Saxônia, essas famílias fugidas se instalaram lá e construíram a comunidade Hernhut. O conde de Zinzerdof os encorajou a menter a disciplina da igreja dos irmãos em unidade e ao mesmo tempo levar o evangelho aos cantos mais distante do globo. Zinzerdof era um aristocrata muito fervoroso, ele começou a investir no ímpeto missionário após em suas viagens ver a pintura "ecce homo", de Domínico Feit (o quadro "Cristo coroado por espinhos) que tinha as palavras desafiadoras "Tudo isto fiz por ti. O que fazer tu por mim?", tal experiência reforçou a fé de Zinzerdof viver para Cristo. Entretanto os refugiados cristãos que vinham da boêmia e morávia eram diversos em denominações e logo surgiram as divisões entre eles, para isso Zinzerdof teve que agir com disciplina. Ele convocou um culto com todos os homens e mulheres e começou a promover sermões sobre a unidade e apresentou os 42 estatutos para uma boa convivência cristã. Em 13 de agosto de 1727 culminou uma grande renovação espiritual na igreja moraviana, após o cessar das brigas eles buscavam a santificação diária e com forte senso de revência, em um culto marcado pela forte presença do ESPÍRITO Santo o Conde fez uma oração de confissão pública, pedido perdão pelo sangue de Cristo, ali a comunidade dos irmãos aprendeu o que é o amor. Dois dos doze anciões estavam ausentes deste culto ao fazerem visitas a Hungria, entretanto sentiram um forte desejo de orar por Herrnhut, duas semanas após o ocorrido eles iniciaram o maior relógio de oração da história a "Intercessão de hora em hora" durante 24 horas e esta reunião durou mais de 100 anos. Em 1732 os primeiros missionários foram enviados as índias ocidentais, eles eram coveiros, esses jovens foram enviados como escravos ao se venderem, eles sabiam que era uma viagem só de Ida. Dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia onde três mil africanos trabalhavam como escravo e cujo dono era um Britânico agricultor e ateu. O coração dos jovens se contorceu só de imaginar que todas essas pessoas passariam o resto de suas vidas confinadas sem jamais ouvir falar sobre o amor do Pai. Então esses dois jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: ” Nenhum pregador e nenhum clérigo chegaria a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”. Isso seria o ponto no qual a maioria de nós desistiria, para eles foi a motivação para tomar a decisão mais difícil de suas vidas: vender- se como escravo. Eles poderiam suportar o fato de viverem confinados pelo resto de seus dias, mas jamais suportariam saber que tantas almas morreriam sem salvação. O valor da venda pagou a viagem até a ilha, depois disso jamais se receberam notícias dos dois. As suas últimas palavras foram "PARA QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA ATRAVÉS DAS NOSSAS VIDAS".
RESENHA CRÍTICA: A Planta Central em Edifícios Católicos e Protestantes. Simbolismo, Tradição e Inovação para A Renovação Da Arquitetura Religiosa Do Século XX, de María Diéguez Melo.