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LASCÍVIA NA EXPERIÊNCIA HUMANA: UMA ABORDAGEM BÍBLICO-TEOLÓGICA

E PRÁTICA

Tulio Rolim de Albuquerque

INTRODUÇÃO:

A lascívia, manifestação profunda de desejos sensuais descontrolados, sempre foi um desafio


à integridade espiritual e moral da humanidade.

A lascívia, muitas vezes entendida como desejos ou paixões sensuais desenfreadas,


permeia a experiência humana desde tempos imemoriais. Esta paixão, quando não controlada,
torna-se um vício, manifestando-se em pensamentos, palavras e atos, e desafiando
continuamente a integridade moral e espiritual do ser humano. Em um mundo onde os limites
tradicionais da moralidade estão constantemente sendo desafiados e redefinidos, entender a
lascívia e suas consequências torna-se imperativo.

Em nossa sociedade atual, a lascívia não é apenas um desafio individual; ela se


manifesta de maneira ampla em nossa cultura através da mídia, da publicidade e até mesmo
nas relações interpessoais. Os avanços tecnológicos, como a internet e as redes sociais,
exacerbaram sua presença, tornando o conteúdo lascivo facilmente acessível e, muitas vezes,
normalizado. A discussão sobre lascívia tornou-se crucial, pois sua influência está não apenas
corroendo os valores individuais, mas também afetando a dinâmica das comunidades e a
formação da juventude.

Para uma compreensão profunda e holística deste tópico, este trabalho se baseia em
uma série de obras teológicas contemporâneas. Entre elas estão os insights de John Piper
sobre como "Satanás usa o desejo sexual", a perspectiva de Jon Bloom sobre a "verdadeira
raiz do pecado sexual" e as orientações práticas de Kevin DeYoung para "combater a luxúria
com a espada do Espírito". Estas obras, entre outras citadas, servirão como pilares
fundamentais para a análise e discussão que se seguirá.
I. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
A lascívia, em sua essência, representa um excesso de desejo ou prazer,
particularmente de natureza sexual. Frequentemente vista nas culturas antigas e
contemporâneas como um vício ou falha moral, sua compreensão e percepção variaram ao
longo da história. No entanto, na raiz, é um sintoma de uma questão mais profunda
relacionada ao desejo humano de buscar satisfação e significado fora das intenções originais
de Deus para a sexualidade.

1. HISTÓRIA DA LASCÍVIA
Desde os tempos antigos, a lascívia tem sido reconhecida, sob diferentes
nomenclaturas, como um problema significativo na experiência humana. Culturas antigas,
desde os gregos até os primeiros cristãos, reconheceram que o desejo desenfreado, se não
controlado, pode levar a comportamentos autodestrutivos.

Porém, ao contrário de algumas percepções contemporâneas, a lascívia não se limita


apenas a ações externas, mas abrange também o coração e a mente. Como Jon Bloom aponta
em sua obra, o pecado sexual muitas vezes se enraíza em problemas mais profundos, com a
lascívia sendo apenas a manifestação visível.

2. MANIFESTAÇÕES DA LASCÍVIA
Na sociedade moderna, a lascívia é onipresente. Se manifesta em vários domínios,
desde a pornografia até a objetificação desenfreada em propagandas e entretenimento. A
tecnologia, especialmente a internet, serviu como catalisador para o acesso e a disseminação
de conteúdos lascivos, tornando a luta contra ela ainda mais desafiadora.

Além do mais, a lascívia não é apenas uma questão de consumo. Pessoas envolvidas
em relações de poder também podem se envolver em comportamentos lascivos, resultando em
assédio, exploração e abuso. A ascensão dos movimentos #MeToo e outros semelhantes
evidencia a prevalência desse problema na experiência humana contemporânea.

Mas a lascívia não é apenas uma questão de comportamento externo. Internamente,


pode criar um ciclo de vergonha, culpa e autocondenação, como Paul David Tripp explora em
suas obras sobre sexo e sofrimento. Este ciclo pode levar a um sentimento de desconexão de
Deus e da comunidade.
3. CONSEQUÊNCIAS DA LASCÍVIA
A lascívia tem várias consequências, algumas imediatas e outras de longo prazo. Em
um nível pessoal, pode corroer a autoestima e levar a um ciclo de compulsão e
arrependimento. Muitos que lutam contra desejos lascivos também enfrentam depressão,
ansiedade e outros problemas de saúde mental.

Em um nível relacional, a lascívia pode causar sérios danos. Pode erodir a confiança
em relacionamentos, levar à infidelidade e até mesmo à dissolução de casamentos ou
parcerias. Além disso, cria barreiras na relação do indivíduo com Deus, fazendo com que se
sinta indigno ou distante do amor divino.

No contexto social mais amplo, a lascívia, quando normalizada, pode contribuir para
uma cultura que objetifica e desumaniza, onde o valor de uma pessoa é reduzido a sua
aparência ou utilidade sexual.

II. CONSIDERAÇÕES BÍBLICO-TEOLÓGICAS


A Bíblia, enquanto alicerce da fé cristã, fornece diretrizes claras e proféticas sobre
todos os aspectos da experiência humana, incluindo a sexualidade. Em meio aos crescentes
desafios apresentados pela lascívia e pelos desvios sexuais em nossa cultura, a Escritura
permanece como uma fonte inabalável de sabedoria e correção.

1. SEXUALIDADE NA BÍBLIA:
A sexualidade não é uma invenção cultural nem um produto de evolução aleatória.
Segundo as Escrituras, é uma dádiva divina e parte da criação inicial de Deus. Em Gênesis
1:27-28, lemos: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham
e subjuguem a terra!’".
Esses versos não apenas estabelecem a dignidade intrínseca da humanidade como feita
à imagem de Deus, mas também destacam o propósito divino da sexualidade: procriação e
relacionamento. Leonardo Cordeiro, em "Sexo: insanidade, escravidão e glória", ecoa essa
perspectiva ao discutir o papel da sexualidade no plano maior de Deus.

2. PECADO SEXUAL NA ESCRITURA:


Porém, com o pecado entrou no mundo, essa bela expressão da criação divina
começou a ser distorcida. A lascívia é uma das muitas manifestações dessa distorção. No
Novo Testamento, a lascívia é frequentemente associada aos "desejos da carne" e contrastada
com os "frutos do Espírito" (Gálatas 5:19-23).

Kevin DeYoung, ao abordar o tema em "A Bíblia condena a orientação homossexual


como pecado?", destaca que as Escrituras não condenam apenas ações externas, mas também
as orientações e desejos internos que contrariam o plano divino. Jesus intensifica essa
perspectiva ao afirmar em Mateus 5:28 que "qualquer que olhar para uma mulher para
cobiçar-lhe já em seu coração cometeu adultério com ela".

3. ESPERANÇA E REDENÇÃO:
No entanto, a narrativa bíblica não termina com a condenação. Em vez disso, oferece
esperança e redenção. A cruz de Cristo não se destina apenas a redimir almas, mas também a
purificar corações e a restaurar a ordem divina em todas as áreas, incluindo a sexualidade.

1 Coríntios 6:9-11 declara: "Nem os adúlteros, nem os idólatras, nem os efeminados,


nem os sodomitas, nem os ladrões... herdarão o Reino de Deus. E tais fostes alguns de vós;
mas vós vos lavastes, mas vós fostes santificados, mas vós fostes justificados em nome do
Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus." Owen Strachan, em "A esperança do evangelho
em uma cultura de sexo casual", sublinha a potência redentora do Evangelho, mesmo em uma
cultura tão imersa na lascívia.

4. INTERPRETAÇÕES TEOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS:


O contexto cultural em que a Bíblia foi escrita é drasticamente diferente do nosso.
Entretanto, sua verdade permanece constante. A lascívia, seja em sua manifestação física ou
digital, é uma perversão do desígnio original de Deus para a sexualidade. Os teólogos
contemporâneos, como Tim Challies, ao discutir padrões divinos para a sexualidade, insistem
na necessidade de se apegar firmemente à verdade bíblica em meio às mudanças culturais. A
luta contra a lascívia, embora desafiadora, é uma jornada rumo à restauração e alinhamento
com o coração de Deus.

III. MINISTRANDO O EVANGELHO


A lascívia, enquanto manifestação de desejos descontrolados, não apenas distorce a
perspectiva divina da sexualidade, mas também afeta profundamente a identidade e o valor
próprio do indivíduo. Diante disso, a resposta da igreja deve ser holística, envolvendo uma
combinação de reconhecimento, empatia, instrução bíblica e práticas restaurativas.

1. RECONHECIMENTO E EMPATIA:
Antes de qualquer coisa, é essencial que a igreja reconheça o sofrimento associado à
lascívia. Paul David Tripp, em "Sofrimento e sexualidade", destaca como o peso da vergonha,
culpa e desespero pode ser esmagador para aqueles que lutam contra desejos lascivos. A
igreja, então, não deve se apressar em emitir julgamentos ou simplificar o problema, mas
buscar entender a complexidade da situação individual.

A empatia é a chave. A igreja deve ser um local de refúgio, onde as pessoas se sentem
seguras para compartilhar suas lutas sem medo de rejeição. Ao ouvir atentamente e oferecer
consolo, os líderes espirituais começam a criar um ambiente propício para a cura.

2. ABORDAGENS PASTORAIS:
Kevin DeYoung, em "15 maneiras de combater a luxúria com a espada do Espírito",
enfatiza a importância da Palavra de Deus como ferramenta principal na batalha contra a
lascívia. O ensino bíblico regular sobre a identidade, propósito e valor encontrados em Cristo
é crucial. Essa instrução deve ser equilibrada, abordando tanto as advertências sobre a lascívia
quanto as promessas de liberdade em Cristo.

Ademais, sessões de aconselhamento pastoral podem ser extremamente benéficas.


Estas oferecem um espaço seguro para discussão individualizada, permitindo que a pessoa
abra seu coração e busque orientação específica.

3. A IMPORTÂNCIA DA COMUNIDADE:
A luta contra a lascívia não é uma batalha que deve ser travada sozinha. A comunidade
desempenha um papel crucial. Grupos de apoio e responsabilidade, onde membros
compartilham suas experiências e se incentivam mutuamente, podem ser ferramentas
poderosas. Estes grupos, fundamentados na verdade bíblica e na oração conjunta, servem
como lembretes constantes da presença e poder de Deus.
Além disso, a celebração regular dos sacramentos, especialmente a Ceia do Senhor,
pode servir como um poderoso lembrete da graça de Deus e da redenção disponível em
Cristo.

IV. ACONSELHAMENTO BÍBLICO SOBRE A LASCÍVIA


Ao nos deparamos com indivíduos lutando contra impulsos lascivos e comportamentos
associados, é vital abordar a questão com compreensão, empatia e firmeza teológica para que
possamos orientar de maneira eficaz:

1. RECONHECIMENTO E EMPATIA:
Ao começar um diálogo sobre lascívia, é fundamental criar um ambiente de aceitação
e compreensão. As palavras de Paul David Tripp sobre o sofrimento associado à sexualidade
podem ser um ponto de partida. É crucial assegurar à pessoa que ela não está sozinha e que,
enquanto o desejo sexual em si não é pecaminoso, pode ser distorcido e afastado do propósito
divino, como John Piper destaca.

Versículo Bíblico: "Nenhum teste ou tentação que venha sobre vocês é inusitado para
os seres humanos. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que
podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape para que
possam suportá-lo." - 1 Coríntios 10:13

2. CONFRONTAÇÃO AMOROSA:
Citando Kevin DeYoung e Tim Challies, deve-se reforçar que a lascívia e a
imoralidade sexual são condenadas pela Bíblia. Discutir a importância de alinhar nossa
sexualidade com os padrões divinos, e não com os padrões culturais, é essencial.

Versículo Bíblico: "Fugi da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém
comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio
corpo." - 1 Coríntios 6:18

3. ESPERANÇA E ENCORAJAMENTO:
Abordar a esperança do evangelho é crucial. Owen Strachan fala sobre a esperança do
evangelho em uma cultura de sexo casual. Enfatizar que a transformação é possível através de
Cristo e que Deus tem o poder de renovar nossas mentes e corações é vital.
Versículo Bíblico: "Portanto, se alguém está em Cristo, é uma nova criação. As coisas
antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!" - 2 Coríntios 5:17

4. PLANO PRÁTICO:
Recomendar práticas espirituais robustas é um passo essencial. Estudos bíblicos
regulares, a memorização de versículos que combatem a tentação e a busca de um grupo de
apoio ou um parceiro de prestação de contas podem ser ações úteis nesse caminho.

Versículo Bíblico: "Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de
acordo com a tua palavra." - Salmos 119:9

5. APOIO DA COMUNIDADE:
Enfatizar a importância da comunidade de fé é crucial. Encorajar a pessoa a
compartilhar sua luta com amigos confiáveis na igreja e a buscar apoio e oração regularmente
pode fazer uma diferença significativa.

Versículo Bíblico: "Confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros
para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz." - Tiago 5:16

V. TAREFAS E ESTRATÉGIAS CRIATIVAS PARA AJUDAR NO ENSINO E


ACONSELHAMENTO DE INDIVÍDUOS QUE LUTAM COM A LASCÍVIA

1. ESTUDOS BÍBLICOS TEMÁTICOS:


Organizar séries de estudos bíblicos focados na sexualidade, pureza e identidade à luz
da Escritura. Estas sessões devem ser acompanhadas de momentos de perguntas e respostas.

2. DIÁRIOS DE REFLEXÃO:
Encorajar os indivíduos a manter um diário onde possam registrar seus pensamentos,
lutas e vitórias diárias. Isso pode ajudar a identificar padrões e gatilhos.

3. GRUPOS DE APOIO:
Formar pequenos grupos onde os membros possam compartilhar suas experiências e
lutas, proporcionando apoio mútuo e oração. A confidencialidade deve ser enfatizada.
4. MENTORIA ESPIRITUAL:
Pare os indivíduos com mentores espirituais maduros que possam fornecer orientação,
sabedoria e apoio prático.

5. A ARTE COMO EXPRESSÃO:


Incentivar a expressão através da arte, música ou escrita. Isso pode ser uma forma de
canalizar sentimentos e pensamentos de forma construtiva.

6. SEMINÁRIOS DE PUREZA:
Organize seminários com especialistas sobre pureza e identidade, fornecendo ensino
bíblico e estratégias práticas.

7. FERRAMENTAS DIGITAIS:
Use aplicativos e sites que ajudem a filtrar e monitorar o conteúdo digital, evitando
gatilhos potenciais.

8. ATIVIDADES FÍSICAS:
Promova atividades como esportes, yoga cristã ou caminhadas em grupo, ajudando os
indivíduos a se conectarem com seus corpos de maneira saudável e a reduzir o estresse.

9. RETIROS ESPIRITUAIS:
Organize retiros onde os indivíduos possam se desconectar das distrações diárias e se
conectar profundamente com Deus e com a comunidade de fé.

10. LITERATURA RECOMENDADA:


Forneça uma lista de livros e artigos recomendados (como os mencionados
anteriormente) para aprofundar o entendimento e fornecer orientação.

11. ENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO:


Encoraje os indivíduos a se envolverem em serviços comunitários ou projetos de
missão. Isso pode ajudar a redirecionar o foco e a encontrar propósito.

12. TREINAMENTO PARA LÍDERES:


Ofereça treinamento especializado para líderes da igreja sobre como lidar com
questões de lascívia e aconselhamento, garantindo que estejam equipados para ajudar.

Estas estratégias, quando implementadas com sensibilidade e compreensão, podem


fornecer uma rede de apoio robusta para aqueles que buscam superar a lascívia e viver de
acordo com os princípios bíblicos.

VI. CONCLUSÃO
Ao longo da história humana, a lascívia se apresentou como um dos desafios mais
significativos à integridade espiritual e moral do indivíduo. Nas páginas anteriores,
examinamos a complexidade desse problema, desde sua manifestação na experiência humana
até suas raízes teológicas na Escritura. Conforme destacado por diversos teólogos
contemporâneos, como Piper, DeYoung e Tripp, a lascívia não é apenas uma questão de
desejo desenfreado, mas uma profunda distorção da intenção divina para a sexualidade
humana.

Entretanto, a mensagem central que emerge de nossa análise é uma de esperança e


redenção. Embora vivamos em uma cultura que frequentemente banaliza ou até mesmo
celebra comportamentos lascivos, as Escrituras oferecem uma visão contracultural de pureza,
dignidade e restauração. Os líderes espirituais e a comunidade de fé têm um papel crucial a
desempenhar, não apenas no reconhecimento e confronto desse pecado, mas também na
ministração amorosa àqueles que lutam contra ele.

Finalmente, é imperativo lembrar que a luta contra a lascívia não é meramente


comportamental ou exterior. Ela é profundamente espiritual e requer uma abordagem holística
que incorpore a verdade bíblica, o apoio da comunidade e uma compreensão compassiva da
natureza humana. Como a igreja e os indivíduos se empenham nessa batalha, é nosso desejo e
oração que, através da graça redentora de Deus, a vitória seja alcançada e que a verdadeira
intenção divina para nossa sexualidade seja plenamente realizada.

REFERÊNCIAS:

 BLOOM, Jon. "A verdadeira raiz do pecado sexual." Inconformados.


 BUTTERFIELD, Rosaria. "O beco sem saída do pecado sexual." Mulheres Piedosas.
 CHALLIES, Tim. "Deus odeia a imoralidade sexual." Voltemos ao Evangelho.
 CORDEIRO, Leonardo. "Sexo: insanidade, escravidão e glória." Igreja Batista
Maranata.
 DEYOUNG, Kevin. "15 maneiras de combater a luxúria com a espada do Espírito."
TGC Brasil.
 DEYOUNG, Kevin. "A Bíblia condena a orientação homossexual como pecado?"
Ministério Fiel.
 PIPER, John. "Satanás usa o desejo sexual." Voltemos ao Evangelho.
 STRACHAN, Owen. "A esperança do evangelho em uma cultura de sexo casual."
TGC Brasil.
 TRIPP, Paul David. "Sofrimento e sexualidade." Todah Elohim.

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