Você está na página 1de 2

Bullying

O bullying é um ato de violência que sempre existiu, mas este termo apenas surgiu em
1970 quando um professor da Universidade da Noruega estudou as tendências suicidas entre
adolescentes que sofreram um tipo de ameaça. A sua origem esteve na palavra inglesa bully,
que significa valentão, embora em português o entendamos como uma ameaça, humilhação e
maltrato a alguém.
O bullying caracteriza-se por agressões intencionais, verbais, físicas, psicológicas e
sexuais feitas de maneira repetitiva, por uma ou mais pessoas contra outra. É importante referir
que esta situação pode acontecer em qualquer contexto social, nas escolas, nas universidades,
no ambiente familiar, nos locais de trabalho e até na rua. Aquilo que aparentemente parece um
simples nome inofensivo ou um comentário sem intenção pode tornar-se em algo que afeta
emocional e fisicamente a outra pessoa, levando-a ao isolamento, à perda de vontade de tudo,
ao uso de drogas, bebidas e até ao suicídio.
Nas escolas por exemplo, um adolescente que seja humilhado pela sua cor de pele ou
modo como se veste, seja alvo de difamações, agressões físicas ou de chacota pode ter uma
queda no seu rendimento escolar, não ter vontade de participar nas atividades propostas, não
querer ir à escola por não ser bom o suficiente para fazer parte de algum grupo ou até afetar a
sua personalidade que se está a formar. Em alguns casos quem sofre de bullying chega a aceitar
e a concordar com a agressão de que é alvo por pensar que é realmente como o descrevem. Em
casos extremos temos jovens que se suicidam devido ao que sofrem na escola, por não
poderem contar a ninguém o que se passa, nem aos pais, seja por vergonha seja por medo do
que lhes possa acontecer também a eles.
Quero salientar que o bullying também existe em pessoas com deficiência, porque
muitas vezes quem os rodeia é ignorante relativamente à deficiência física ou intelectual dessa
pessoa e tende a marginalizá-la, não se colocando no lugar do outro e não respeitando o direito
à diferença.
Habitualmente quem pratica bullying é alguém que quer ser popular, que quer ser
poderoso, um líder, mas que lamentavelmente não aprendeu a gerir a sua raiva, não tem um
autocontrolo e para quem o sofrimento do outro lhe traz uma satisfação. Contudo, existem
situações em que este praticante de bullying foi anteriormente uma vítima desta situação e
procura, agora, alguém mais fraco para se poder vingar. Este é alguém que, na maior parte das
vezes, vive num ambiente onde a violência física e verbal é a forma de resolver qualquer
assunto.
Não podemos esquecer-nos de que o espetador também é alguém que participa numa
situação de bullying, uma vez que tem o dever cívico de agir e terminar com o conflito, caso
contrário estará a compactuar com o bullying mas existem os que muitas vezes não tomem uma
atitude por medo a serem eles a próximas vítimas. Contudo, não podemos esquecer-nos que
aqueles que reforçam a agressão, que riem ou de algum modo incentivam com palavras ou
gestos são também “agressores”.

Este fenómeno social teve um crescimento muito grande nos últimos anos devido às
novas tecnologias e ao aparecimento de telemóveis que trouxeram as mensagens e as diversas
redes sociais, tais como Facebook, Instagram, Twitter e os meios de conversação WhatsApp e
Messenger. Para lá disso, a televisão alertou-nos com notícias e reportagens que evidenciavam
vários casos de agressões nos variados espaços. Infelizmente surgiu o chamado cyberbullying
que ocorre através dos meios eletrónicos anteriormente referidos, que através de mensagens e
imagens ofensivas ou ameaçadoras, circulam pela internet mostrando as pessoas envolvidas
num frente a frente e gerando um sem fim de comentários e propagação sem controlo. Assim,
os intervenientes deixam de estar no anonimato para serem reconhecidos por toda a gente,
deixando-os desta forma fragilizados.
Em jeito de conclusão, quero referir que quer as agressões físicas quer as verbais são
graves e causam danos irreversíveis nas pessoas, embora as agressões físicas sejam mais
visíveis. Deste modo, cabe a cada um de nós não praticar bullying, denunciar algum caso do
qual tenhamos conhecimento e no contexto escola, chamarmos um adulto para o resolver e
nunca participar ativa ou passivamente num ato destes. Devemos como cidadãos que somos
respeitar o outro e toda e qualquer diferença!
Não quero terminar o meu trabalho sem mostrar o meu arrependimento pela minha
atitude incorreta com a minha colega Raquel Balão. Desde já o meu pedido de desculpa!
Para terminar recomendo a visualização de um vídeo bastante interessante sobre o
bullying.
https://sicnoticias.sapo.pt/programas/e-se-fosse-consigo/bullying/2016-05-02-E-se-
fosse-consigo--aborda-o-bullying-em-Portugal-1

Você também pode gostar