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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO......................................................................................................................5
1.1.Formulação do Problema......................................................................................................6
1.2.Justificativa...........................................................................................................................6
1.3.OBJECTIVOS.....................................................................................................................7
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................8
2.2.Principais Etapas.................................................................................................................11
2.4.Gravidez na Adolescência...................................................................................................16
2.6.Sinais da gravidez...............................................................................................................16
2.7.Tipos de gravidez................................................................................................................17
2.10.Prevenção..........................................................................................................................23
3.METODOLOGIA................................................................................................................29
3.1.Tipo de estudo.....................................................................................................................29
3.2.Local de estudo...................................................................................................................29
3.3.População de Estudo...........................................................................................................29
3.4.Amostra...............................................................................................................................29
3.6.Critérios de Exclusão..........................................................................................................29
3.7.Procedimentos éticos..........................................................................................................29
APÊNDICE..............................................................................................................................46
ÂNEXO....................................................................................................................................53
5
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, a gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública,
uma vez que os índices vêm crescendo gradativamente ano após ano. Com isso, o Enfermeiro
no processo de educar as adolescentes na ânsia de minimizar este problema, exerce um papel
de fundamental importância. Desse modo, entendese que a adolescência é uma etapa da vida
na qual ocorrem rápidas e muitas transformações, além de tudo ser vivido intensamente. Por
conseguinte, vem o amadurecimento, que é o objetivo desta fase marcada por duas aquisições
importantes: a capacidade reprodutora e a identidade pessoal (VILELA, 2012).
A vulnerabilidade desta faixa etária é outra questão que faz com que ela necessite de um
cuidado ainda mais amplo e sensível. Essa maior vulnerabilidade aos agravos, determinada
pelo processo de crescimento e desenvolvimento, pelas características psicológicas peculiares
dessa fase da vida e pelo contexto social em que está inserido, coloca o adolescente na
condição de maior suscetibilidade às mais diferentes situações de risco, como gravidez
precoce, doenças sexualmente transmissíveis (DST), acidentes, diversos tipos de violência,
maus tratos, uso de drogas, evasão escolar ( RESENDE ,2010).
A partir do exposto, levanta-se o seguinte questionamento: Como as ações educativas
do enfermeiro podem contribuir diretamente na prevenção da gravidez na adolescência?
Enfatizando que o profissional enfermeiro precisa estar consciente de que é fundamental uma
avaliação constante para motivar a prevenção por parte das jovens, logo, as orientações devem
ser reestruturadas de acordo com o entendimento das adolescentes, para que as mesmas
participem do gerenciamento de seu cuidado de maneira segura e adequada a sua situação
gestacional, haja vista que a educação para a saúde é importante para o cuidado do
enfermeiro, principalmente em relação a adolescentes (RIBEIRO, SANTANA, SANTOS E
SILVA,1014 ).
A adolescência se inicia com a maturação sexual, por volta dos onze ou doze anos. É
um período que ocorre muitas mudanças tanto fisiológicas como psicológicas e sociais e com
isso separa a criança do adulto. Sendo um período na vida que é de extrema importância a
atenção para que não se resulte em problemas futuros. A sexualidade na adolescência
geralmente é casual, sendo justificada pela falta do uso de anticoncepcional e muitas também
não têm a devida responsabilidade para com a sua sexualidade. Às vezes há a falta de diálogo
com a família sobre a sexualidade e também uma utilização inadequada dos métodos
contraceptivos. A gravidez e o risco de engravidar podem estar relacionados a uma baixa
autoestima e a falta de um bom funcionamento familiar (LACERDA, et al, 2009).
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1.2. Justificativa
Escolhemos este tema com o intuito de aprofundarmos os nossos conhecimentos sobre a
gravidez na adolescência sendo um problema de saúde pública. Dada à importância do tema,
pensamos em fazer o estudo para descrever os conhecimentos dos moradores do bairro Belo
monte, visto que os pais tem sido uns dos elementos fundamentais na promoção da educação
sexual evitamdo assim casos do genero. Como futuros profissionais de saúde esperamos que
este tema sirva de fonte de investigação da nossa biblioteca, de incentivo as gerações
vindouras e sociedade em geral.
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1.3. OBJECTIVOS
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
“Nesse contexto, cabe ressaltar as ideias de Novello (2010, p. 92), quando este diz que
o bom relacionamento social, cultivar amigos, a aceitação e reconhecimento de sua
personalidade são indispensáveis para atingir a maturidade”. Por outro lado, Bock, Furtado e
Teixeira (2012), explicam que o critério básico da passagem da adolescência para a fase
adulta é o determinante econômico.
De acordo com os autores, os adolescentes vindos de famílias com alto poder aquisitivo,
têm melhores opções e condições de estudo, podem escolher suas profissões e adiar o inicio
do exercício e a passagem para a fase adulta, prorrogando então a fase da adolescência.
Entretanto, os adolescentes advindos de famílias pobres, são obrigados pela sociedade
capitalista a assumirem responsabilidade de um adulto, pois tem que trabalhar para auxiliar na
manutenção das despesas do lar.
Porém, adiando ou antecipando esta passagem para a fase adulta, é necessário que se
adquira a maturidade, que de acordo com Novello (2010), nada mais é do que auto-realização,
com saúde física e mental, possuindo um comportamento de futuros pais, chefes de famílias,
sabendo e fazendo-se respeitar com liberdade, solidariedade e iniciativa. Desse modo Novello
(2010) ainda afirma que:
Maduro é aquele que age e reage racionalmente de acordo com as circunstâncias, num
sentido de superação das dificuldades, levando em consideração os outros. É um viver pleno e
autêntico, atuando de maneira constante, eficiente, responsável e coerente, tendo em vista o
bem-estar seu e dos seus semelhantes, havendo toda uma integração do emocional
(NOVELLO, 2010, p. 91).
Relacionando-se com a ideia de Rappaport (2011) coloca que a maturidade biológica
indica a capacidade do corpo para a reprodução.
No entanto, existem as relações humanas que exigem a maturidade intelectual e
psicológica que só será alcançada anos após a puberdade por ambos os sexos. Todavia,
Carvalho, Salles e Guimarães (2013) evidenciam que neste período de maturação psicológica,
biológica e social, se estabelece a aquisição de novas capacidades cognitivas,
responsabilidades e a inserção do jovem em novos papéis sociais, que se tornam mais
evidentes.
E em função disso são afloradas exigências e expectativas de familiares, amigos e da
própria comunidade sobre o adolescente, que se exercidas sob condições positivas e
apropriadas, podem instigar o desenvolvimento gradual de autonomia, que poderá vir a
facilitar a apropriação da fase adulta deste jovem.
10
No caso de Hall (2014) este descreve que atualmente a imagem de cidadão vem se
definindo por comportamentos mais conectados ao consumo, tendo como alvo principal o
público adolescente, os quais são intensamente instigados ao consumismo e ao distanciamento
dos reais apelos e desejos comunitários. E em torno desta condição atual, os adolescentes vêm
aderindo um posicionamento mais reivindicatório e narcisista, que se dirige apenas a busca de
autossatisfação cuja extensão social não vai além de suas amizades.
Segundo Carvalho, Salles e Guimarães (2013) a adolescência não se define apenas
como transição entre a infância e a fase adulta, mas, como uma das etapas de
desenvolvimento. Suas transformações corporais são causadoras de grande impacto na
formatação da compreensão da auto-imagem corporal do adolescente, e podem ser
influenciadas por experiências anteriores, que o levaram a se compreender, como uma pessoa
atrativa ou não, forte ou fraca, masculina ou feminina, e a aderir uma percepção de si mesmo
em alguns casos contraditória a existente.
Portanto faz-se necessário advertir aos adultos, que estes possuem enorme influência na
construção de autoimagem e apropriação de identidade do adolescente. E que muitas vezes
aqueles que se intitulam adultos, é que acabam julgando os adolescentes sem capacidade de
autonomia ou de desenvolver orientações a partir de si mesmos, impedindo-os de deslanchar e
apresentar suas próprias construções e subjetividade. (CARVALHO; SALLES;
GUIMARÃES, et. al 2013).
Segundo Tiba (2015): Aborrescência é a adolescência tumultuada, que incomoda os
pais. Acostumados a lidar com filhos crianças, os pais agora tem que se reorganizar perante os
adolescentes, os pais também podem ser os “aborrecentes” dos filhos. É necessário que os
pais adolesçam (rejuvenesçam) junto com seus filhos adolescentes (crescentes).
Isto ocorre quanto se cria antecipadamente estereótipos, negando-os o direito de fala e
pouco se levando em consideração o que eles têm a dizer, por entendê-los como imaturos
demais para a compreensão de algo, que muitas vezes, já está ao alcance do seu entendimento,
e acabam por inúmeras vezes, criando possivelmente inconscientemente, caricaturas que são
incorporadas por eles e passam a ser aderidas como uma marca de auto reconhecimento,
traduzidas em estigmas que formam ou deformam sua identidade. (CARVALHO; SALLES;
GUIMARÃES,et.al 2013).
Ao proporcionar ao jovem a capacidade de expressar seu ponto de vista, seja de
concordância ou desacordo, lhe é concedida à possibilidade do desenvolvimento de sua
autoconfiança, autoestima, responsabilidade, o que o ajuda a se descobrir por meio do ato de
defender suas ideias, seus próprios posicionamentos, pois, tais escolhas e suposições exigirão
11
deste, escolhas, reflexão, evidenciando suas crenças e ideologias pessoais, de maneira que
este jovem venha a diferenciar-se do coletivo e venha a se definir como tal (CARVALHO;
SALLES; GUIMARÃES, 2013).
Segundo Berger (2003, p.325): O jovem estabelece sua identidade como um indivíduo
enquanto mantém suas antigas conexões com elementos significativos do passado, formando
novas ligações com os valores de um determinado grupo (O grupo pode ser um grupo de
colegas, um grupo étnico, um time, um culto, uma turma ou algum grupo. O aspecto crucial é
que todo adolescente de certo modo se identifica com um grande número de indivíduos.
Portanto, pode-se concluir que os adolescentes possuem como referências, adultos,
colegas, pai, mãe, educador, irmãos mais velhos ou mais novos, que o ajudam a se auto-
organizar, reconhecer e por fim localizar-se no contexto social, psicológico e até mesmo
biológico. Eles passam por inúmeras inconstâncias e desafios, que não se restringem
simplesmente ao abandono de atributos infantis, mas, dizem respeito a toda uma nova posição
existencial, ao experimentar das desconhecidas emoções, capacidades de reflexão, interação
social e, sobretudo de reestruturação da concepção que possuem de si, pautada em suas novas
habilidades, as quais virão a definir sua autoimagem e noção de identidade própria.
corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que ira permanecer no ovário. O
gâmeta feminina liberada na superfície de um dos ovários e recolhido por finas terminações
das tubas uterinas as fímbrias.
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de falópio: são dois ductos que unem o ovário
ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas. Os batimentos
dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem os
gâmetas femininos até o útero.
Útero: é órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente a bexiga e
posteriormente ao recto, de parede muscular espessa (miomério) e com formato de
pêra invertida. E revestido internamente por um tecido vascularizado rico em
glândulas. É no útero onde se implanta o óvulo fecundado.
Gonadotrofina coriônica humana (HCG): é um hormônio glicoproteico, secretado
desde o inicio da formação da placenta pelas células trofoblásticas, após nidação
(implantação) do blastocisto. A principal função fisiológica deste hormônio é manter o
corpo lúteo, de modo que as taxas de progesterona e estrogénio não diminuam,
garantindo, assim, a manutenção da gravidez (inibição da menstruação) e a ausência de
nova ovulação. Por volta da 15ª semana de gestação, com a placenta já formada e madura
produzindo estrógeno e progesterona, ocorre declínio acentuado na concentração de HCG
e evolução do corpo lúteo.
Segundo NEME (2016) o HCG também concede uma imunossupressão a mulher, para
que ela não rejeite o embrião (inibe a produção de anticorpos pelos linfócitos); tem atividade
tireotrofica e também estimula a produção de testosterona pelos testículos fetal (estimula as
células de leydig a produzirem maior quantidade de androgénios), importante para a
diferenciação sexual do feto do sexo masculino.
Blastócito: é um estágio inicial do desenvolvimento embrionário, formado por uma
camada de células denominada trofoblasto ou células trofoblásticas que envolve o
botão embrionário. Após a nidação, o trofoblasto forma projecções na mucosa uterina
chamadas vilosidades coriônicas, principais responsáveis pela produção de HCG
(RIBEIRO, SANTANA, SANTOS & SILVA, 2014). .
Hormônio lactogênio placentário humano: é um hormônio proteico, de estrutura
química semelhante à da prolactina e da somatotrofina hipofisária. É encontrado no
plasma da gestante a partir da 4ª semana de gestação. Tem efeito lipolítico, aumenta a
resistência materna a acção da insulina e estimula o pâncreas na secreção de insulina,
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Gravidez intra-uterina
Estas são as gravidezes normais, quando o feto ou fetos implantar no interior do útero.
A placenta é ligada ao interior do útero, para o músculo uterino.
Gravidez intra-abdominal
A maioria das gravidezes intra-abdominais ocorre depois de um C-seção anterior. A
cicatriz C- seção pode enfraquecer e desgaste, permitindo que o feto a escorregar para dentro
da cavidade abdominal. A viabilidade da gravidez dependerá da idade gestacional do feto,
quando ocorre o desgaste. Houve casos de gravidez intra- abdominais não detectadas que
foram a prazo, mas era necessária uma histerectomia completa após o nascimento.
Gestações múltiplas
Vários podem ocorrer como resultado de múltiplos ovos serem fertilizados ao mesmo
tempo , quando dois espermas entrar um ovo ou quando um ovo está fertilizado através de um
esperma , que se divide em dois zigotos. Se mais de um óvulo é fertilizado, as gravidezes irão
resultar em gêmeos fraternos. Se um óvulo foi fecundado por dois espermatozóides, gêmeos
fraternos irão resultar. Se um óvulo se divide em vários zigotos.
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Gravidez ectópica:
Uma gravidez em que o feto se desenvolve fora do útero, geralmente desenvolve-se
numa das trompas de Falópio, embora em casos raros se possa desenvolver no canal serviçal,
na cavidade pélvica ou na cavidade abdominal.
Gravidez Gemelar:
Os gémeos idênticos são chamados de monozigoticos (por resultarem da fertilização de
apenas um óvulo). Os gémeos diferentes são conhecidos por dizigoticos (resultam da
fertilização de dois óvulos, por dois espermatozóide distintos).
2.8.2. Pré-eclâmpsia
Definida como ocorrência de hipertensão, proteinuria e edema após 20ª semana de
gestação. Em mulheres com pré-eclâmpsia a pressão sanguínea habitualmente retorna a
valores normais dia e semana após o parto.
2.8.3. Eclâmpsia
É o aparecimento de convulsões na mulher grávida com sinais de pré-eclâmpsia. Pode
ocorrer na metade da gestação ou no pós-parto.
Os Sinais predominantes da eclâmpsia são: convulsões; cefaleia, dor no hipocôndrio
direito; confusão mental; proteinunria; Oligúria; Insuficiência cardíaca; Pressão Arterial igual
ou superior a 160/110mmHg, entre outros.
Terceiro trimestre: dentro da barriga, o bebê abre e fecha os olhos, percebendo a luz.
A mãe sente cada vez mais a criança e planeja mais detalhadamente o parto. Nessa fase,
a mulher pode sentir dificuldade para respirar e falta de ar. No nono mês, o bebê se
mexe menos e ganha peso, ficando pronto para nascer. Nesses últimos meses, um
profissional de fisioterapia especializado pode orientar a grávida a se preparar,
fisicamente, para o parto. Com manobras e exercícios específicos, o bebê se posiciona
corretamente, enquanto a mãe aprende técnicas de respiração e posições que facilitarão
o nascimento.
assim adolescente enquadrado muitas vezes nos programas destinados a crianças. Nesse
sentido, é necessário que o governo faça exerce os direitos sexuais e reprodutivos desses
adolescentes, fazendo-se respeitar os princípios de ética, confidencialidade e confiabilidade,
para que eles se sintam fortalecidos amparados e confiantes e possam assim discutir seus
problemas e dúvidas relativos à sua sexualidade sem medos e culpas podendo ter uma vida
sexual saudável e livre de comportamentos de riscos.
De acordo com Alves (2008) é sabido que não basta apenas informar, mas para tanto se
precisa conhecer o que os adolescentes pensam e saber onde estão as maiores lacunas entre o
conhecimento e a pratica, fica-se necessário a urgência para desenvolvimento de estratégias
especificas que tenham impacto sobre a prática. Apesar das inúmeras campanhas de
conscientização realizadas, o preservativo ainda é substituído ou abandonado ainda na
adolescente. É necessária a implantação de políticas públicas voltadas para a saúde sexual e
reprodutiva do adolescente, bem como uma ampliação curricular e capacitação docente na
área de educação sexual, discutindo não somente os aspectos fisiológicos, mas também, a
afetividade, o amor e os relacionamentos.
É de fundamental importância também que, os sistemas de saúde possam contar com
profissionais, especialmente de enfermagem, realizando o planejamento e execução de
atividades educativas para os adolescentes, enfocando a saúde sexual e reprodutiva, no
sentido de reduzir o índice de gravidez indesejada, e de doenças sexualmente transmissíveis.
(ALVES, 2009).
Longo (2011) diz que primeiramente, a educação sexual deve estar mais presente no
início da vida sexual de uma jovem, orientando suas práticas contraceptivas antes mesmo da
decisão de se engajarem na vida sexual, para que quando o façam, o façam de maneira
adequada, evitando uma gravidez indesejada. Em segundo lugar, cabe aqui novamente
salientar o papel da escola e da família, presentes desde os primeiros anos de vida de um
indivíduo. Mesmo quando a educação sexual na família falha (seja por falta de diálogo ou
outro motivo) é fundamental destacar a importância da educação sexual nas escolas, apoiando
a jovem antes mesmo dela se iniciar sexualmente, oferecendo as informações precisas de
como evitar uma gravidez indesejada. Por fim, ressalta-se a importância da televisão
desempenhando um papel-chave, na medida em que muitos programas voltados para a
conscientização das atitudes sexuais de adolescentes e pré-adolescentes servem para orientar
os primeiros passos da vida sexual de uma jovem, assim, prevenir é melhor do que remediar.
Ainda segundo Alves (2009) o comportamento sexual inicial irá guiar o futuro da vida
sexual da jovem. As práticas sexuais estão intimamente ligadas ao fato de ser ter ou não
23
filhos. Filhos não desejados ou planejados podem implicar consequências negativas em nível
educacional, econômico ou biológico. Portanto, a melhor forma de evitar esses efeitos
perversos de uma gravidez não desejada é garantir à jovem os meios adequados para a adoção
de práticas contraceptivas seguras, principalmente no início de sua vida sexual. Assim,
prevenir é melhor do que remediar. Quanto mais cedo a prevenção ocorrer, melhor.
Rocha (2010) reforça que profissionais da educação e da saúde precisam considerar que
o exercício da sexualidade, além de um grande prazer, é um grande risco, influenciado pela
cultura, pelo grupo e pelas questões de ser homem ou ser mulher. Neste sentido, é possível
entender a importância de se conhecer a idade na primeira relação sexual e as relações de
gênero que se estabelecem entre adolescentes, para que sejam estimulados comportamentos
responsáveis em relação à sexualidade e reprodução, ou seja, esclarecendo adolescentes sobre
formas de prevenção de riscos biológicos, sociais e comportamentais, aos quais eles estão
expostos. Com isso, objetivam-se melhorar e ampliar sua qualidade de vida, e ultrapassar os
riscos, com liberdade e responsabilidade.
Rocha (2010) ainda discorre que a falta de informações sobre métodos
anticoncepcionais é eminente e particularmente importante, haja vista que o número
significativo de gravidez na adolescência vem se elevando, trazendo muitas complicações.
Nessa linha de entendimento, a família deve ser incorporada ao processo de formação dos
adolescentes devendo, desse modo, a escola e serviços de saúde encontrar estratégias para
atraí-las. A escola, reconhecida como um dos principais responsáveis pela educação do
indivíduo, não vem de fato assumindo seu papel, que é também participar das transformações
socioculturais ligadas, dentre outras, à questão sexual.
2.11. Prevenção
Segundo Abicalaffe, et. Al (2009), considera que a prevenção é o conjunto de meios ou
medidas necessárias para salvaguardar a saúde dos indivíduos. E ela consiste em manter a
adolescência mais informada sobre os riscos, evitando assim as relações sexuais precoces.
Segundo Martins (2011) fica evidenciado que, embora as adolescentes grávidas e seus
filhos apresentem certa predisposição a vários fatores de risco, tanto biológico quantos
sociais, os serviços de saúde podem atuar de maneira decisiva através de medidas educativas,
preventivas e de acompanhamento pré-natal adequado com enfoque biopsicossocial, a fim de
prevenir e minimizar as intercorrências maternas.
Conforme Almeida et al (2008) a enfermeira como profissional capacitada para assistir
ao indivíduo em todas as etapas de vida, necessita estar inserida no Programa de Educação
Sexual das escolas, promovendo acções e programas voltados para a saúde do adolescente e
sua família os quais devem atender as reais necessidades de ambos. É fundamental que todos,
governo, profissionais de saúde e de educação, família, escola e sociedade não economizem,
não só para exercer sua sexualidade, mas, principalmente para exercer seus direitos com
responsabilidade, sendo respeitados e respeitando os outros.
A abordagem da humanização da assistência às adolescentes gestantes nos serviços de
saúde nos leva a refletir sobre questões fundamentais que podem orientar a construção das
políticas de saúde. Nesse contexto, podemos afirmar que humanizar é, então, ofertar
atendimento de qualidade, articulando os avanços tecnológicos com atitudes de acolhimento.
Deve ser encarada não somente como atendimento, mas também como planejamento de
políticas públicas que viabilizem a implantação e implementação de ações voltadas ao
enfrentamento da problemática (SANTOS, 2012).
No mesmo sentido de acordo com o Ministério da Saúde (2012), as formassem
estratégias de prevenção da gravidez e maternidade precoce, passam pela elaboração de
políticas de melhoria do acesso aos serviços de planeamento familiar, desenvolvimento de
acções dirigidas às adolescentes e os grupos mais vulnerados que apresentam piores
indicadores na área da saúde produtiva, reforço das actividades de educação nas áreas da
sexualidade e reprodução, nas escolas e com o apoio do serviço de saúde, utilizando a
abordagem de educação de pares formarem as adolescentes no domínio da saúde reprodutiva
para uma maior autonomia e tomada de decisão.
3. METODOLOGIA
3.3.1. Amostra
Trataremos de uma amostra probabilística de 50 moradores selecionados de forma
aleatória simples.
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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ANDRADE, G.P.; HOLANDA, J.R.; BEZERRA, K.P. A Promoção da Saúde Do
Adolescente na Atenção Básica como Desafio para a Enfermagem. Rev. Min.
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revista de enfermagem. V11. N 3 setembro, 2016.
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BOAS, L. M. de F. M. V.; ARAUJO, M. B. de S.; TIMOTEO, R. P. de S. A prática
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breve reflexão. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, Ago. 2008.
32
APÊNDICE
36
Apêndice 1- Cronograma
ACTIVIDADES Mês
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio
Revisão
Bibliográfica
Montagem de
Projecto
Análise do
Material
Elaboração do
relatório final
Colecta de dados
Análise e
processamento
de dados
colectado
Defesa
37
Apêndice 2- Cronograma
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO E SAÚDE
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE ANA ESTRELA
TERMO DE CONSENTIMENTO
Sim ( ) Não ( )
O participante Assinatura do Autor
_____________________ _____________________
__
LUANDA, 2022
39
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PR OVÍNCIA DE LUANDA
GABINETE PROVÍNCIAL DA EDUCAÇÃO/ SAÚDE
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE ANA ESTRELA
PROJECTO TECNOLÓGICO
FICHA DE INQUÉRITO
INQUÉ RITO
O presente inquérito é anónimo e confidencial, visa recolher informações sobre os
Conhecimentos, atitudes e práticas dos profissionais de saúde do Hospital Munipal do
Cacuaco sobre as acções de saúde para evitar gravidez na adolescência. No período de Janeiro
à Maio 2022.
Agradecemos que responda as questões com sinceridade e marque um X dentro do
quadrado a sua resposta.
Iº DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS
1- Sexo:
a) Masculino
b) Feminino
2- Idade: __________
40
3- Nível académico:
a) Sem formação
b) Ensino primário
c) 1º Ciclo
d) 2º Ciclo
e) Ensino superior
IIº VARIAVEIS DE ESTUDO
1- O que entendes por Gravidez na Adolescencia?
a) É toda gravidez que surge sem os desejos do casal que pretende ter filhos no futuro ()
b) É toda gravidez que surge nas meninas menores de idade para ter filhos ( )
c) É toda gravidez que surge durante o plano do casal que deseja ter filhos ( )
2- Existe diferença entre gravidez na Adolescencia e indesejada?
a) Sim ( )
b) Não ( )
3- As alineas abaixo assinala com x os factores que levam uma adolescente engravidar?
a) Baixo nível de escolaridade ( )
b) Gravidez indesejada ( )
c) Casamento Precoce ( )
d) A cultura Familiar ( )
e) Início Sexual Precoce ( )
f) Outras razões ( )
4- Quais são as consequências da gravidez na Adolescencia/família?
a) Aborto espontâneo ( )
b) Risco de morte materna e neonatal ( )
c) Sentimento de culpa ( )
d) Depressão ( )
e) Prematuridade ( )
f) Consequências socioeconómicas:(Baixo nível de escolaridade, Dificuldade de encontrar
emprego, Exclusão social, Dependência financeira) ( )
g) Outras ( )
5- Quais foram ou têm sido as suas atitudes ou práticas diante de uma adolescente
grávida?
a) Incentivar a interrupção ou aborto ( )
b) Cuidar da gravidez ( )
41
Luanda aos______/______/2023
O pesquisador O participante
_________________________ ___________________________
42
ÂNEXO