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ADONINÉTA PINHEIRO MORAIS

ANA PAULA SILVA


DANIELA MEDEIROS DE OLIVEIRA
DANIELE CASSIA VIEIRA
GABRYELA SANTOS DE SOUZA
ISABELLY MARIA DUARTE CABRAL
MAYARA RÚBIA COSTA MARQUES VAZ

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Porto Velho
2020
1
ADONINÉTA PINHEIRO MORAIS
ANA PAULA SILVA
DANIELA MEDEIROS DE OLIVEIRA
DANIELE CASSIA VIEIRA
GABRYELA SANTOS DE SOUZA
ISABELLY MARIA DUARTE CABRAL
MAYARA RÚBIA COSTA MARQUES VAZ

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Projeto de Intervenção Apresentado à


disciplina do Projeto Integrador no Curso
de Enfermagem, 6° período do Centro
Universitário São Lucas, como requisito
Avaliativo de N1.

Orientador(a): Profº Mestre Helton Camilo


Teixeira.

Porto Velho
2020

2
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 5
2.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 5
2.2 Objetivos específicos.......................................................................................... 5
3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 5
4 CRONOGRAMA ...................................................................................................... 6
5 METODOLOGIA .................................................................................................... 11
6 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 12
6.1 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA ...................................................................... 12
6.2 OS RISCOS DE IST’S......................................................................................... 13
6.3 USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS DURANTE A GESTAÇÃO ............... 14
6.4 RISCOS PSICOSSOCIAIS E DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ADOLESCÊNCIA
.................................................................................................................................. 15
6.5 IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA ADOLESCÊNCIA ................................... 17
7. RECURSOS FINANCEIROS ................................................................................ 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 19

3
1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a adolescência como a faixa


etária de 10 a 19 anos, caracterizada pela transição da infância para a vida adulta, por
violentas mudanças físicas, conflitos relacionados à incerteza, formação de identidade
e autoestima, atribuídos à família e Instabilidade social e conhecimento da imagem
corporal. É nesta fase que ocorre o comportamento sexual e muitas pessoas passam
a ter relações sexuais, a ocorrência da gravidez irá causar suspeitas e vulnerabilidade
nos indivíduos e famílias (SOUSA et al., 2018).
No exemplo de Oliveira et al., (2015), somente em meados do século 20 é que
a gravidez na adolescência passou a ser considerada um problema de saúde pública,
e não recebeu a atenção dos pesquisadores como é hoje. No Brasil, esse fenômeno
se acentuou com o aumento da proporção de nascimentos de mães menores de 20
anos observado ao longo da década de 1990, quando a proporção passou de 16,38%
em 1991 para 21,34% em 2000 como afirma (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística [IBGE], 2002).
De acordo com Pinheiro; Pereira; Freitas (2019), A gravidez na adolescência é
um problema generalizado, o que aumenta muito o risco de morbidade materna e
morte, e pode causar problemas para os recém-nascidos. Em países
subdesenvolvidos, estima-se que 21 milhões de meninas de 15 a 19 anos estejam
grávidas, principal causa de morte nessa faixa etária. No Brasil, de 2000 a 2010, 21%
de todos os nascimentos foram de mães adolescentes.
Como aponta Dias; Teixeira (2010 apud ARAÚJO et al., 2016), devido à alta
incidência de morbidade vertical, as características físicas e psicológicas da
adolescência farão com que esse período da gravidez seja classificado como de alto
risco. Em relação às complicações biológicas que a gravidez nesta idade pode trazer,
destacam-se: anemia, desnutrição, excesso de peso, hipertensão, pré-eclâmpsia,
distúrbios pélvicos e depressão pós-parto. O psicológico também será afetada, neste
caso, a gravidez reduzirá as chances, dificultando ou impossibilitando o
aproveitamento da experiência que o jovem pode proporcionar.
De modo geral, a gravidez na adolescência pode estar relacionada a fatores
pessoais e de formação, como: baixa escolaridade dos pais, falta de informações

4
sobre anticoncepcionais e fertilização, residentes da família que usam drogas ilegais,
baixo poder aquisitivo, baixa escolaridade, local de residência, etnia, falta de estrutura
familiar e Mudanças nos hábitos sexuais (costume de ficar Portanto, considera-se que
a gravidez na adolescência é um evento que envolve múltiplas influências, portanto,
deve ser discutida em sua construção subjetiva e representação social. Nesse
momento, identificar e compreender as condições habitualmente associadas a esse
evento é necessário para aprofundar sua realidade nos serviços de saúde,
promovendo assim um movimento consciente, dinâmico e efetivo no cuidado a essas
pessoas.) (PINHEIRO; PEREIRA; FREITAS, 2019).

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Apresentar através de redes sociais informações, a respeito dos riscos da


gravidez na adolescência e métodos contraceptivos e as IST’s aos adolescentes e
comunidade.

2.2 Objetivos específicos

 Esclarecer quanto os riscos da gravidez na


adolescência;
 Explicar sobre o uso de métodos contraceptivos e
IST’s;
 Orientar sobre a importância da comunicação familiar.

3 JUSTIFICATIVA

A escolha do tema deste projeto foi de fundamental importância para o


desenvolvimento acadêmico, uma vez que a promoção da saúde e prevenção de
agravos são primordiais para os profissionais da área da saúde. Para este trabalho
realizamos pesquisas nas redes sociais, artigos e em reportagens que tratam sobre o
5
assunto. Este projeto visa a promoção a saúde dos adolescentes e busca a prevenção
da gravidez e IST’s, devido ao crescente número de adolescentes grávidas, que
necessitam de orientações e acompanhamento que devido à vulnerabilidade do
período da adolescência onde passam por várias transformações em seu corpo, e sua
mente, sua vida social, e principalmente as das adolescentes jovens do gênero
feminino. E este projeto facilitará a compreensão sobre os assuntos que iremos
abordar, utilizaremos as redes sociais para fortalecer as ações educativas com o
auxílio das tecnologias nesse momento, pois com o início da pandemia houve
restrições para que esse projeto fosse realizado presencialmente e também o público
alvo possui maior facilidade para o uso de tecnologias, e acesso as informações com
maior facilidade e rapidez sendo a internet e redes sociais um recurso abrangente e
crescente perante a sociedade e assim procuramos elucidar as dúvidas relacionadas
a prevenção, da gravidez orientando sobre os métodos contraceptivos e a prevenção
de IST’s. O material utilizado para divulgação do assunto será através do aplicativo
“INSTAGRAM” onde foi criada uma página pelas acadêmicas do 6º período do curso
de enfermagem e orientado pelo professor do curso Helton Camilo Teixeira, onde
semanalmente serão postados informações pertinentes aos conteúdos abordados.

4 CRONOGRAMA

Para realização do projeto procuramos abordar a importância do Setembro


amarelo, que está voltado para a prevenção do suicídio, segundo dados da
Associação Brasileira de Psiquiatria com o Conselho Federal de Medicina no Brasil
são registados anualmente cerca de 12 mil suicídios, principalmente entre os jovens,
que está relacionado com transtornos mentais, depressão, transtorno bipolar e uso de
substâncias psicoativas. Relacionaremos cada semana um assunto voltado para o
público adolescente.

MÊS: SETEMBRO

Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado

6
01 02 03 04 05

* Apresentação da
proposta do Projeto
de Intervenção.

06 07 08 09 10 11 12

* Entrega
e
apresentação da 1ª
parte do projeto de
Feriado intervenção;

* Alteração
dométodo de
divulgação do
projeto para Redes
Sociais (Instagram)

13 14 15 16 17 18 19

* Criação da * Escolhas dos * 1ª postagem na 2º postagem:


Pagina conteúdos que Divulgação página:
Social no irão da página As preocupações
Instagram: ser pelos Tema: Conhecendo a na adolescência.
Vivendo a abordados pelo membros adolescência:
Adolescênc grupo e escolha do grupo. abordaremos
ia. da foto do perfil assuntos
da página. relacionados
as
mudanças
que ocorrem
no corpo e na mente
durante este período.

20 21 22 23 24 25 26

3º Postagem: 4ª Postagem: 5º Postagem:

* A adolescência * Drogas * Obesidade na


e o Bullyng adolescência.

Convite
para
participação da
página,
indicando para 3
amigos
e
compartilhament
o, concorre ao
sorteio de uma
cesta de doces,
sorteada no final
do mês de
Setembro
7
27 28 29 30

6º Postagem: 7º Postagem:

* Preconceito e * Exposição na
inclusão internet e respeito
próprio.

Sorteio da cesta de
doces, horário as
18hs.

MÊS: OUTUBRO

No mês de Outubro, pesquisamos nas redes sociais, jornais, em reportagens e


artigos assuntos de maior interesse entre os jovens, e enfatizamos para os riscos da
gravidez, IST’s e métodos contraceptivos.
Para chamarmos a atenção do público, realizaremos um quiz de 2 perguntas
voltados para o assunto da semana, e observaremos a interação do público e a
compreensão das postagens nas redes sociais.

Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado

01 02 03

8º Postagem:

A gravidez na
adolescência.

04 05 06 07 08 09 10

9º Postagem: 10º Postagem: 11º Postagem:

Os Os riscos da Os riscos da
riscos da gravidez gravidez na
gravidez na na adolescência: IST’s
adolescência: da adolescência: Quiz sobre IST’s
abandono Riscos obstétricos
Escolaridade

8
11 12 da 13 14 15 16 17
na
12º Postagem: 13º Postagem: 14º Postagem:

Os Os riscos da Os riscos
riscos gravidez da gravidez
gravidez na na
adolescência: adolescência: adolescência:

Métodos Métodos Métodos


contraceptivos: contraceptivos: contraceptivos:
Camisinha e DIU e diafragma adesivos, injeções e
pilula espermicidas.

Quiz: quais os
métodos
contraceptivos?

18 19 20 21 22 23 24

15º Postagem: 16º Postagem: 17º Postagem:

Os Os riscos da Os riscos
riscos gravidez da gravidez
da gravidez na na
na adolescência: A adolescência:
adolescência: riscos importância impactos sociais.
psicossociais do pré
natal.
25 26 27 28 29 30 31

18º Postagem: 19º Postagem: 20º Postagem:

Os Os riscos da Os riscos da
riscos gravidez gravidez na
da gravidez na adolescência: A
na adolescência: O responsabilidade
adolescência: aborto paterna.
Conversa sobre
sexualidade com a Quiz: Causas do
família. aborto?

MÊS: NOVEMBRO

No mês de novembro realizaremos o sorteio de um vale no valor de setenta


reais para o consumo de produtos em um estabelecimento gourmet, em forma de
agradecimento pela divulgação da página social.
Abordaremos os assuntos de maior gravidade entre os adolescentes, como o
consumo de entorpecentes, sexualidade, namoro, tecnologia, e saúde mental e
principalmente os cuidados de enfermagem para promoção da saúde. Relembraremos

9
assuntos já vistos, e faremos o quiz para observamos a participação e conhecimento
dos assuntos abordados desde o início das postagens sociais.

Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado

01 02 03 04 05 06 07

21º Postagem: 22º Postagem: 23º Postagem:

Os A adolescência e A alimentação na
riscos as adolescência,
da gravidez responsabilidades alimentos saudáveis
na da fase adulta. e não saudáveis.
adolescência: O uso
de Convite para
substâncias sorteio de um vale
psicoativas durante no valor de 70 reais
a gestação. de consumo em um
estabelecimento
gourmet.

08 09 10 11 12 13 14

24º Postagem: 25º Postagem: 26º Postagem:

O adolescente e a Preconceitos Namoro X


vida profissional. Casamento

Quiz: Qual sua


preocupação na
adolescência?

15 16 17 18 19 20 21

27º Postagem: 28º Postagem: 29º Postagem:

Drogas lícitas e Sexualidade e Bebidas alcoólicas e


ilícitas. IST’s tabagismo.

Quiz: O que são

Drogas lícitas?

O que são drogas


ilícitas?

10
22 23 24 25 26 27 28

30º Postagem: 31º Postagem: 32º Postagem:

Ansiedade X Qual a diversão do Acessibilidade


Depressão jovem em meio a tecnológica diante da
pandemia. pandemia.

Dicas de lazer. Quiz: quais os


sintomas da
depressão e da
ansiedade?

O que você faz para


se divertir durante
a pandemia?

29 30

33º Postagem:

Os cuidados de
enfermagem para
os adolescentes.

Realização do
sorteio do vale.

5 METODOLOGIA

O Planejamento Estratégico Situacional (PES) foi o meio utilizado para se fazer


o diagnóstico situacional em saúde para esta intervenção.
Neste método, o futuro não é determinístico e a realidade é continuamente
acompanhada, como afirma Meneses et al., (2019):

O Planejamento Estratégico Situacional (PES), foi concebido na


década de 80 por Carlos Matus (1993) e segundo Riviera e Artmann5, trata-
se de um instrumento de planejamento pautado em problemas abordando
sobretudo, os problemas mal estruturados e complexos, para os quais não
existe resolução regulamentada ou previamente estabelecida, como no caso
daqueles bem estruturados.

No modelo de Matus (1997 apud SILVA, A. et al., 2017), “no PES, o destaque
é assentado na ação e explora o futuro como recurso para dar racionalidade à mesma.
Assim, o planejamento é o cálculo que precede e preside a ação, pois cálculo e ação
são inseparáveis e recorrentes.”

11
Inicialmente foi discutido com o grupo os problemas mais recorrentes da
atualidade apresentado com grande interesse a gravidez na adolescência, pois é
perceptível o aumento no número de adolescentes grávidas.
De acordo com os objetivos sugeridos no presente projeto, escolheu-se o
método virtual através do Instagram com o seguinte nome no perfil “Vivendo a
Adolescência”.
Foi realizado uma revisão bibliográfica nas bases de dados Biblioteca Virtual
em Saúde e Scielo, para trazer indicativos reais sobre o tema em estudo.
Para que o projeto tenha maior resultado, as intervenções acontecerá através
de publicações com temas divididos por mês.

6 REFERENCIAL TEÓRICO

6.1 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

O modelo de Davim (2009 apud ARAÚJO et al., 2016), para a Organização


Mundial da Saúde (OMS), a adolescência é um processo biológico em que o
desenvolvimento cognitivo e a estrutura da personalidade são acelerados, sendo
considerada pré-adolescência, entre 10 e 14 anos, e a adolescência entre os 15 Entre
as idades de 19. A adolescência é o período de transição da infância para a idade
adulta. Muitas mudanças biológicas, sociais e psicológicas ocorreram durante esse
período. Durante essas transições, a adolescência se tornou uma fase crítica da vida
e causou muitos conflitos.

A gravidez transforma uma mulher em todos os aspectos pelas


modificações hormonais, da aparência e do psicológico, provocando
alterações no comportamento, nas atitudes e nas decisões, e essa fase de
alterações tão complexas e incisivas no início da puberdade, a qual se
desenvolve características específicas a cada sexo, tais como alterações nos
órgãos reprodutivos, separação da figura materna e paterna e o início da
busca de uma identidade própria, por este modo a adolescência é marcada
como sendo uma faixa etária de mudanças tem sido o desfecho do conto de
fadas de muitas meninas, que no auge da inexperiência se vêm encarregadas
de gerar e cuidar de outro ser, o que pode acarretar sérias alterações de
caráter psicossocial, além de limitações que trazem sequelas a longo prazo
e infeção de HIV/AIDS, IST´s, gravidez indesejada, abortos inseguros e
violência sexual (SILVA, Q. et al., 2018).

12
De acordo com Silva, M. J. et al., (2019), o planejamento da gravidez é
frequentemente considerado sinônimo de intenção e vontade de engravidar, levando
a um entendimento impreciso. No entanto, o desejo e a intenção da gravidez são os
elementos que constituem um plano de gravidez, pois a concretização do plano está
no âmbito da conduta, que inclui a tomada de outras medidas, incluindo a tomada de
medidas conceituais.
No desenvolvimento de competências de prevenção e educação na
adolescência, o enfermeiro formula estratégias de prevenção da gravidez na
adolescência, constitui grupos de promoção da saúde e prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis / gravidez precoce e desempenha um papel nos grupos
de sensibilização dos jovens para a sua importância. É de grande importância
participar ativamente das ações de educação em saúde para que possam lidar com
suas próprias decisões, e elencar atitudes positivas para enfrentar o papel do
autocuidado. Portanto, as estratégias de saúde da família devem estabelecer
parcerias com escolas e comunidades para proporcionar aos adolescentes um
atendimento integral e multidisciplinar, a fim de desenvolver ações de informação aos
adolescentes, aumentando a consciência das pessoas sobre a prevenção da gravidez
precoce e os métodos contraceptivos (RIBEIRO, V. et al., 2016).
Porém a gravidez na adolescência geralmente ela não é planejada, como
afirma Silva, M. J. et al., (2019):

Uma gravidez não planejada (GNP) é aquela que aconteceu por um


acidente ou erro, que não foi programada para certo período da vida, não foi
pensada antecipadamente. Do mesmo modo, como aquela que ocorreu sem
querer em decorrência da falha da contracepção ou pela não utilização de
Método Anticonceptivo (MAC). A ocorrência desta pode repercutir em
diversos âmbitos da vida, tais como estudo, trabalho, finanças, saúde pessoal
e perspectivas sobre trajetórias de vida, entre outros.

6.2 OS RISCOS DE IST’S

A adolescência é uma fase da vida caracterizada por inúmeras mudanças


físicas, psicológicas, emocionais e sociais. Nesse período, os adolescentes costumam
se envolver em atividades sexuais sem orientação, o que pode levar à gravidez. Os
adolescentes costumam não usar preservativo, essencial para evitar a contaminação
por doenças sexualmente transmissíveis (RODRIGUES et al., 2018).
13
Segundo Ribeiro, W. et al., (2019), diante da Estratégia Saúde da Família
(ESF), é cada vez mais difícil a formação desses adolescentes por meio do Programa
Saúde do Jovem (PROSAD), pois é difícil trabalhar e ter a cooperação dos jovens no
quesito cuidar. O nível de adolescentes grávidas e com certas doenças sexualmente
transmissíveis (DST), também está aumentando e essas doenças incluem: AIDS,
clamídia, candidíase, sífilis, gonorréia, herpes genital, entre outras.
Já Rodrigues et al., (2018), cita que em relação às informações recebidas pelos
jovens sobre a transmissão e prevenção da AIDS e outras doenças sexualmente
transmissíveis, o conhecimento adquirido não reflete o aprimoramento das medidas
de prevenção. Foi demonstrado que o conhecimento por si só não é suficiente para
mudar o comportamento protetor. As políticas públicas devem ser utilizadas para
definir a compreensão da faixa etária sobre o assunto, fortalecer o conhecimento e
intervir no campo da saúde sexual e reprodutiva, pois são as populações vulneráveis
a essas doenças. A interação entre família, escola e sociedade é necessária para
desenvolver estratégias que garantam o suporte, a segurança e a qualidade de vida
dos jovens.
Para Silva, M. J. et al., (2019), a iniciação sexual geralmente ocorre durante a
adolescência e esse evento coloca a população em risco de Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST’s), gravidez não planejada (GNP) e aborto espontâneo. Isso
mostra que essa população é objeto de atenção na saúde sexual, principalmente no
planejamento reprodutivo e na contracepção.

A baixa escolaridade do adolescente e seus pais, violência


doméstica, bem como a ausência de um dos progenitores ou ambos, está
associada à atividade sexual precoce e casos de gravidez na adolescência.
A falta de apoio dos pais e parceiros gera quadros depressivos seguidos de
crescimento intrauterino deficiente, ausência de acompanhamento pré-natal,
partos prematuros e até mesmo abortos executados por pessoas não
qualificadas pondo em risco a saúde da adolescente. Crianças fruto de
gravidez precoce e indesejada têm maior probabilidade de desenvolver
problemas comportamentais e mentais, agressividade, baixo
desenvolvimento cognitivo e também é grande a possibilidade de serem pais
ou mães precoces (RODRIGUES et al., 2018).

6.3 USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS DURANTE A GESTAÇÃO

Diante de todas as mudanças, a vivência da gravidez leva a um aumento da


sensibilidade e das emoções na mulher, o que a torna vulnerável a diversas mudanças
14
emocionais. Acredita-se que mesmo durante a gravidez, mesmo mulheres em boas
condições físicas podem vivenciar momentos de tensão física e mental. Esses
momentos são exacerbados quando as gestantes são acompanhadas por situações
em que a mãe coloca o bebê em risco (como o uso de álcool e outras drogas) (MOTA
et al., 2019).
Na opinião de Kassada et. al (2013 apud NASCIMENTO et al., 2017), “o uso
de álcool, crack e/ou outras drogas por mulheres vem ganhando maiores proporções,
principalmente pela iniciação e contato precoce, influenciadas por contextos sociais e
econômicos.”
Segundo Santos; Gavioli (2017 apud NASCIMENTO et al., 2017), esse
comportamento tem um impacto negativo, pois quanto maior o tempo de exposição,
mais complicada é a recuperação. Portanto, muitas mulheres, mesmo grávidas, não
conseguem interromper ou reduzir seu uso, principalmente se tiverem um
relacionamento próximo com drogas
No Brasil, a assistência pré-natal à mulher em uso de substâncias psicoativas
(SPA) é caracterizada pela falta de acolhimento e informação, o que requer mudança
na prática. As mulheres se sentem julgadas e sem apoio, sofrem discriminações,
frustrações e violações de direitos, que são fonte de tensão, desconforto psicológico
e físico (MARCOLINO et al., 2018).

Para Rocha et al., (2016), uso de drogas lícitas, como álcool e cigarro,
durante a gestação pode levar ao comprometimento, por vezes irreversível,
da integridade da saúde da mulher e da criança. A gestante que costuma usar
álcool pode ter abortamento e o feto pode apresentar lesões orgânicas e
neurológicas, podendo a criança nascer com um conjunto de sinais e
sintomas denominado síndrome alcoólica fetal (SAF), que é reconhecida
como a maior causa de retardo mental no Ocidente. Já sobre o uso do tabaco
na gestação, é reconhecido que os filhos de mães tabagistas apresentam
menor peso ao nascerem, além disto, este comportamento é responsável por
um aumento da mortalidade fetal e neonatal, maior frequência de abortos
espontâneos e malformações fetais.

6.4 RISCOS PSICOSSOCIAIS E DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ADOLESCÊNCIA

A gravidez precoce e não planejada acarretará em cargas psicológicas,


emocionais e sociais no desenvolvimento da adolescente, levando a mudanças em
seus projetos de vida futura, à pobreza, mantendo uma educação instável, falta de

15
perspectiva de vida, lazer e emprego, procurando melhores condições de vida
(RIBEIRO, W. et al., 2019).
No padrão de Marques (2009 apud SILVA, Q. et al., 2018), as mudanças na
gravidez vão além da condição física da mulher e fixam em um estado mental
feminino, mas para as jovens de 12 a 17 anos, essas mudanças se somam à típica
transição adolescente, que pode levar a mais problemas psicológicos. Mas esses
efeitos são compreendidos e depois controlados, caso contrário, sem esclarecimento,
as jovens mães que já pensam que não estão prontas podem encontrar o medo do
desespero no desamparo e na incompreensão.
Oliveira et al., (2015), declara:

A gravidez na adolescência tem sérias implicações biológicas,


familiares, emocionais e econômicas, além das jurídico-sociais, que atingem
o indivíduo isoladamente e a sociedade como um todo, limitando ou mesmo
adiando as possibilidades de desenvolvimento e engajamento dessas jovens
na sociedade. Devido às repercussões sobre a mãe e sobre o concepto é
considerada gestação de alto risco pela Organização Mundial da Saúde
(OMS 1977, 1978), porém, atualmente postula-se que o risco seja mais social
do que biológico.

Não existe uma causa única para a depressão pós-parto (DPP), que tem
grande influência nas alterações hormonais normais após o parto. Enfatizando este
dado, Silva et al. (2010) elenca os aspectos psicológicos, sociais e hormonais
diretamente relacionados ao desenvolvimento patológico, tais como: história de
depressão, papéis familiares durante a gravidez e puerpério, eventos estressantes
durante a gravidez, complicações na gravidez e parto de alto risco (PORTO;
MARANHÃO; FÉLIX, 2017).
Segundo Moraes (2006 apud TEMÓTEO et al., 2018), a prevalência de DPP é
de 10% a 20% entre as novas mães. A diferença entre os resultados pode ser devido
aos métodos diagnósticos utilizados, diferenças econômicas e culturais e à dificuldade
de diagnóstico pelos profissionais de saúde.
Figueira (2009 apud TEMÓTEO et al., 2018) declara:

Quando este transtorno não é diagnosticado e tratado, pode


aumentar sua gravidade e acarretar em repetidos episódios de depressão. O
instrumento mais utilizado para identificação e tratamento da DPP é a Escala
de Depressão Pós-natal de Edimburgo (Edinburgh Postnatal Depression
Scale – EPDS), que avalia a intensidade dos sintomas depressivos
observados no puerpério.

16
Os fatores de proteção do DPP incluem: apoio de outra mulher, detecção
precoce de depressão, apoio social, bom relacionamento conjugal e apoio emocional
do parceiro, estabilidade socioeconômica, sistema de apoio familiar, intervenção
multidisciplinar, desde que os sintomas sejam encontrados e obtenha psicologia
natural preventiva (ARRAIS; ARAÚJO, 2016).

6.5 IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA ADOLESCÊNCIA

Normalmente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), as consultas de pré-


natal com enfermeiras e médicos são utilizadas para ajudar as adolescentes grávidas.
Nas atividades de acompanhamento, existem algumas para orientar sobre todos os
aspectos da gravidez, cuidar de si e do bebê, de forma a reduzir o risco de gravidez e
parto. Por outro lado, estudos realizados em diferentes regiões do Brasil mostram que
a atenção pré-natal ao público adolescente ainda está muito aquém do recomendado,
principalmente no que se refere a orientações, acolhimento precoce e assistência
contínua. Por excesso de atribuição de profissionais, demais exigências e limitação
de tempo para consulta de pré-natal, atividades de orientação/educativas são
ignoradas (QUEIROZ, et al., 2016).
Em 2000, o Ministério da Saúde formulou um programa de humanização do
pré-natal e parto de acordo com as recomendações sobre boas práticas obstétricas.
O objetivo é garantir a saúde da mulher desde o período crítico da gravidez ao parto
e puerpério, bem como a saúde do recém-nascido, como estratégia para melhorar e
atentar para a qualidade da saúde da população (DOURADO; ARAÚJO; AGUIAR,
2019).
De acordo com Queiroz et al., (2016), o cuidado pessoal na consulta de pré-
natal pode fortalecer o vínculo entre o profissional e o adolescente, priorizando suas
respectivas necessidades especiais. Porém, a educação em saúde apenas durante a
consulta elimina as oportunidades de interação com a adolescente e a aprendizagem
entre pares e em grupo.
É de grande importância a participação paterna na consulta do pré-natal:

Para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, "é


necessário conscientizar os homens do dever e do direito à participação no
planejamento reprodutivo". A paternidade não deve ser vista apenas do ponto
de vista da obrigação legal, mas, sobretudo, como um direito do homem a
17
participar de todo o processo, desde a decisão de ter ou não filhos, como e
quando tê-los, bem como do acompanhamento da gravidez, do parto, do pós-
parto e da educação da criança. (HENZ; MEDEIROS, 2018).

Para Santos et al., (2018), a presença do pai como acompanhante em trabalho


de parto trouxe vários sentimentos ao casal, pois, neste momento, o casal havia
passado por uma real transformação para o papel de mãe e pai, que só o nascimento
pode gerar e estabelecer. Nesses momentos, as pessoas têm uma sensação inicial
de ansiedade, medo do desconhecido, e incontroláveis, o que leva à dor e ao
sofrimento, pois as emoções eternas superam essa dor em um instante,
acompanhada do nascimento do filho e da separação pelo pai acompanhante do
cordão umbilical.

7. RECURSOS FINANCEIROS

Para realização do projeto utilizamos meio de transporte próprio para visita ao


local, e abastecemos com gasolina; e para confecção do banner físico contratamos
uma empresa especializada em artes visuais, o valor total das despesas será dividido
em partes iguais para cada membro do grupo.

Descrição do item Quantidade Valor


Gasolina 5 litros 20,00
Confecção do banner 1 und. 50,00
Cesta de doces 1 und. 70,00
Total: 140,00

18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Rayanne Dantas de et al. Gravidez na adolescência: consequências


centralizadas para a mulher. Temas em Saúde. Volume 16, Número 2 ISSN 2447-
2131 João Pessoa, 2016.

ARRAIS, Alessandra da Rocha; ARAÚJO, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de.


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