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Faculdade de Ciências agrárias e Biológicas

Rosa Pedro Sianalo


Rui Cesário Gopane
Sara Pedro Torres
Selma Simões Gabriel
Sidelca Fermino Saide
Sisto José Raul

Licenciatura em ensino de Biologia com habilitações em Química

Tete Novembro 2023


Rosa Pedro Sianalo
Rui Cesário Gopane
Sara Pedro Torres
Selma Simões Gabriel
Sidelca Fermino Saide
Sisto José Raul

Tema: Porque lutar contra DTS/SIDA

5º Grupo

Trabalho de Temas Transversais a ser submetido na


plataforma Cedis no departamento de ciências
agrárias e Biológicas da universidade Púnguè como
requisito para avaliação parcial sob orientação de:
Docente: Msc. Juliana Paulo

Tete Novembro 2023


Índice
1. Introdução...............................................................................................................................4

1.1. Objectivo Geral....................................................................................................................4

1.1.1. Obectivos específicos........................................................................................................4

2. Metodologia............................................................................................................................4

2. Porque lutar contra DTS/SIDA...............................................................................................5

2.1. Estratégias da luta contra DTS.............................................................................................5

2.2. Estratégias Prioritárias para Combater.................................................................................6

2.3. Quem deve lutar...................................................................................................................8

2.4. Importância de prevenção das DTS.....................................................................................9

3. Mitos a cerca do preservativo...............................................................................................10

3.1. Porque usar o preservativo.................................................................................................11

4. Conclusão..............................................................................................................................13

5. Referencias Bibliograficas....................................................................................................14
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1. Introdução
O HIV/SIDA afecta as pessoas em todas as dimensões da sua vida, pessoal, familiar,
comunitária e social. Controlar a expansão do HIV/SIDA em Moçambique exige mudanças ao
nível de normas sociais e comportamentais e também intervenções de natureza política e
social. A comunicação pode influenciar positivamente processos sociais para mudar normas
de conduta, derrubar preconceitos, activar movimentos sociais e reforçar políticas públicas.
As acções de comunicação são, portanto, ferramentas indispensáveis para apoiar as políticas
de prevenção, tratamento e mitigação da epidemia em curso no país.
É um facto: o preservativo é um método eficaz para evitar uma gravidez indesejada, mas o seu
efeito barreira vai muito além disso. Alexandra Malheiro, especialista em Medicina Interna do
Hospital Lusíadas Porto, desfaz algumas ideias erradas sobre este contracetivo. Cabe enfatizar
que esta Estratégia Nacional de Comunicação de Combate ao HIV/SIDA e os respectivos
planos operacionais que surgirão a nível provincial não pode avançar sem um cometimento
político forte e das lideranças aos mais diversos níveis. A recente Iniciativa Presidencial,
pessoalmente dirigida por Sua Excelência o Presidente da República cria condições para uma
abordagem inovadora de comunicação, inspirada em referências sócio-culturais
moçambicanas.

1.1. Objectivo Geral


 Conhecer as causas da luta contra DTS/SIDA

1.1.1. Objectivos específicos


 Identificar as estratégias da luta contra DTS/SIDA
 Mencionar quem deve lutar contra DTS/SIDA
 Descrever a importâncias da prevenção das DTS
 Indicar os mitos acerca do uso de preservativo

2. Metodologia
Quanto a metodologia usada na elaboração deste trabalho foi necessária a consulta de obras
bibliográficas (Planos de Ensino) e pesquisas feitas na internet, que consiste na recolha,
crítica e interpretação dos dados cujas referências estão citadas dentro do trabalho e na
referência bibliográfica final.
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2. Porque lutar contra DTS/SIDA


Campanhas de prevenção do SIDA voltadas para adolescentes são especialmente relevantes
quando se consideram os níveis superficiais de conhecimento das causas e das formas de
transmissão do HIV nessa faixa etária. Um estudo realizado em diversos países pelo UNICEF
(Fundo das Nações Unidas para a Infância) em 2002 revelou que, em média, 50% dos jovens
sexualmente ativos não acreditavam correr o risco de contrair o HIV ou não conseguiam
identificar um modo de prevenção da SIDA.

As DSTs são transmitidas de um corpo ao outro pelo contato sexual, pelos líquidos vaginais e
pelo esperma trocados durante as relações sexuais. Essa também é a principal via de
transmissão do vírus da SIDA, chamado de vírus da imunodeficiência humana e mais
conhecido pela sigla HIV. A SIDA também pode ser contraída pelo sangue (por meio de
seringas e agulhas contaminadas), do leite materno contaminado e da mãe para o bebê durante
a gravidez. Assim, trabalhar pela prevenção das DSTs/HIV/SIDA é trabalhar para que as
pessoas possam se proteger durante as relações sexuais, utilizando o preservativo. É trabalhar
para que usem seringas descartáveis e tenham os cuidados necessários na hora da gravidez, do
parto e da amamentação. Mas hoje sabemos também que para realizar a prevenção precisamos
trabalhar pela promoção da saúde, pelo aumento da capacidade das pessoas, dos grupos e da
comunidade em geral de se proteger e trabalhar pelo enfrentamento coletivo dos problemas
sociais que afetam a nossa saúde. Esse trabalho enfrenta muitos desafios nas comunidades
populares. Por isso, é importante reconhecer uma série de fatores que funcionam como
barreiras para que a prevenção não se concretize.

2.1. Estratégias da luta contra DTS


A Estratégia Nacional de Comunicação para o Combate ao HIV/SIDA, ora sumarizada,
pretende ser um guia para as acções de comunicação das organizações nacionais, ONG’s e
redes comunitárias. A sua elaboração constitui o primeiro passo para catalisar uma acção
sustentada na luta contra o HIV/SIDA. O próximo desafio é o desenvolvimento de planos
operacionais concretos a nível provincial, tendo esta estratégia como base, porém adaptando-a
às diferenças regionais, contextos e recursos locais. Para este fim, propõe-se a reactivação e
reforço de “Fóruns de Comunicação” provinciais que congreguem administradores distritais,
líderes tradicionais e representantes da comunidade, num diálogo activo para priorizar acções,
coordenar actividades, partilhar as melhores práticas e as lições aprendidas e,
subsequentemente, avançar ainda mais no campo da comunicação sobre o HIV/SIDA em
Moçambique.
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2.2. Estratégias Prioritárias para Combater


Com base na Análise de Situação são propostas as seguintes estratégias a serem priorizadas:
1. Proporcionar conhecimento preciso do HIV/SIDA, sobre como é transmitido, como o
prevenir, como melhorar os cuidados e tratamento de que os infectados necessitam,
particularmente entre os que têm actualmente pouco acesso à informação.
2. A promoção da norma de que o conhecimento do estado serológico é essencial para a saúde
e bem-estar precisa de ser encorajada e, estratégica e sensivelmente, associada ao aumento da
disponibilização dos serviços de aconselhamento e testagem do HIV.
3. As iniciativas visando um aumento na idade de início das relações sexuais da população
jovem precisam de ter prioridade nacional. Elevar, em um ano que seja, a idade de início das
relações sexuais pode ter um impacto significativo no futuro da epidemia. É necessário,
portanto, implementar programas de mudança de comportamento que se baseiem nos
princípios e experiência da saúde pública.
4. Mitigar os efeitos do HIV/SIDA, através do aumento do acesso aos cuidados e tratamento.
5. Providenciar o acesso à assistência e serviços de tratamento para pessoas vivendo com o
HIV/SIDA (PVHS), garantindo que o serviço esteja mais disponível. Atenção deve ser dada
para a prevenção de infecções adicionais. Além disso, atender as suas necessidades
particulares de saúde sexual e reprodutiva é indispensável.
6. O encorajamento a pessoas vivendo com o HIV/SIDA (PVHS) para participarem em
campanhas como “eu paro o vírus” deve ser explorado, embora isto deva ser feito com o total
apoio das redes de PVHS e num contexto onde as consequências potencialmente negativas de
acrescido estigma possam ser evitadas.
7. Conhecer em detalhe as variações regionais do padrão de transmissão do HIV e promover,
instituir e reforçar iniciativas contextualmente apropriadas onde elas já existam.
8. Concertar esforços para desenvolver intervenções apropriadas para homens, em particular
os mais velhos, de forma a parar o devastador impacto das relações sexuais inter-geracional
de carácter transacional (“quatorzinhas”). Intervenções centradas somente nas mulheres
jovens falharão se este fenómeno não for considerado, conquanto são os homens quem detém
poder nestes relacionamentos.
9. Debater extensamente o impacto da multiplicidade de parceiros sexuais frente à magnitude
da epidemia em Moçambique, de forma a implementar intervenções com o objectivo de
aumentar a fidelidade mútua a um parceiro sexual e a fidelidade num quadro poligámico. Para
aqueles aos quais isto não é factível, os objectivos deverão ser para limitar o número de
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parceiros sexuais, de modo semelhante como os ugandeses foram capazes de atingir em finais
de 80 e princípios de 90, através do “pasto zero”.
10. Admitir a situação particular das Crianças Órfãs e Vulneráveis (COV) e reconhecer que a
sua protecção e apoio necessitam do cometimento nacional a todos os níveis. Frequentemente,
as respostas às COV centram-se no seu bem-estar material, devido essas necessidades serem
mais imediatas. A ligação entre a prevenção do HIV e a vulnerabilidade necessita de estar na
vanguarda de todas as respostas às COV, e cada esforço ser feito para assegurar-se de que
estas crianças, já em desvantagem, não estejam em mais prejuízo através da infecção por HIV.
11. Criação de espaços de expressão de mulheres líderes - A Mulher Moçambicana
Expressando-se é proposta como uma iniciativa que pode apoiar as mulheres e os homens a
desafiarem as barreiras do género que impedem a mulher de ter voz em questões familiares,
decidir sobre práticas saudáveis e de protecção para elas próprias e suas crianças, participar
activamente nas reuniões da comunidade e/ou dirigir os seus próprios negócios.
12. Estímulo à Responsabilidade Social nos sectores produtivos estatal e privado - Os sectores
produtivos público e privado não podem ser negligenciados no movimento para enfrentar o
HIV/SIDA, seja na sua função de liderança, seja nas questões relacionadas com a força de
trabalho. Os administradores e tomadores de decisão nestes sectores são formadores de
opinião e podem juntar-se a outros líderes, cometendo-se a agir como líderes cívicos.
13. Construção de Diálogo Comunitário por Soluções Locais - diz respeito aos processos e
mecanismos para envolver as famílias e membros da comunidade no combate aos problemas
do HIV/SIDA a nível local.
14. Líderes Religiosos Locais, bem Informados e Pro-activos na Luta Contra o HIV/SIDA -
trata-se de estabelecer alianças e capitalizar a influência que os líderes das instituições
religiosas têm sobre a vida das suas congregações.
15. Juventude como um Motor de Mudança - trata-se de capitalizar a energia e a vontade dos
jovens, bem como a sua tendência para fazer as suas próprias normas sociais em prol de
comportamentos protectores contra o HIV/SIDA.
16. Estratégias Específicas de Comunicação para Grupos Vulneráveis - PVHS, mineiros,
camionistas, COV, avós e viúvas, trabalhadoras do sexo, mulher rural em situação de pobreza,
militares, paramilitares e polícias.
17. Reforçar os laços comunitários e apoiar os PTV, GATV e TARV contribui para diminuir
o estigma do HIV/SIDA, apoiar e cuidar dos que estiverem em sofrimento e,
consequentemente, contribui também para criar novas normas sociais;
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18. Promover os SAAJ contribui para fortalecer estes serviços como uma Referência
19. A inclusão do HIV/SIDA nos currículos do Ensino Básico e Secundário;
20. Programas extra-escolares sobre HIV/SIDA, como “Desporto para a Vida”, contribuem
para proteger o Tesouro Nacional (Janela de Esperança), visando uma nova realidade para
Moçambique;

2.3. Quem deve lutar


Uma vez que o HIV/SIDA afecta todas as áreas e sectores de Moçambique, do idoso ao
jovem, das cidades às zonas rurais, para barrar a disseminação da doença é fundamenta uma
visão compartilhada das prioridades e das acções transversais a todos os sectores e níveis da
sociedade. Para muitos moçambicanos, especialmente os residentes nos distritos e nas áreas
rurais, o HIV/SIDA parece não ser real e relacionado com as suas vidas. Contudo, o
HIV/SIDA está presente e vive no seio de muitas famílias e comunidades.

Para uma prevenção sustentável e significativa, as comunidades precisam de processar e


entender o HIV/SIDA de acordo com a sua visão de mundo e “traduzir” o HIV/SIDA para o
seu universo vocabular, de forma a entender melhor como a epidemia está a afectá-las e aos
seus entes queridos. Esta espiral de silêncio que inibe a acção da comunidade e do indivíduo
pode ser transformada num coro de cometimento. Este cometimento voltado para o
HIV/SIDA deverá contribuir para construir um novo ambiente normativo que influencie a
mudança social e comunitária, bem como os comportamentos das famílias e dos indivíduos.
Os diversos actores da sociedade moçambicana podem contribuir para o coro do
cometimento. Três vozes podem soar especialmente fortes neste movimento de “Defesa da
Vida”:
 Liderança: todo o movimento social que apela por mudança significativa necessita de
liderança visível e este movimento precisará do empenho desses actores para activar a
“Urgência Nacional”. O HIV/SIDA precisa de ser elevado ao mais alto nível na
agenda e consciência públicas. Rostos de diferentes líderes são indispensáveis: o
Chefe de Estado, governantes, políticos, líderes tradicionais, religiosos e comunitários,
líderes educacionais e celebridades das artes e do desporto

 Juventude: a voz da juventude não é geralmente ouvida, mas o futuro da juventude é


agora – hoje – e as suas vozes da juventude devem soar mais forte. A juventude pode
apetrechar-se a si própria com as capacidades e os valores conducentes a um novo e
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diferente horizonte, dando forma a um futuro saudável. As mulheres e homens jovens


precisam de novos paradigmas de relacionamento para quebrar o ciclo do risco,
incluindo retardar o início da actividade sexual, abstinência, monogamia e uso do
preservativo. Jovens dos 10-14 anos (Janela da Esperança) precisam de ser protegidos
por adultos de confiança apoiados pelas comunidades e famílias em torno deles, para
salvaguardar esta geração do HIV. A juventude pode ser atingida por mensagens de
prevenção nas escolas, fora das escolas, no sector produtivo informal ou por meio de
serviços sociais voltados para a atenção a esta população.

 Comunidade: as vozes da comunidade podem expressar-se de diferentes modos e em


diferentes linguagens, conforme as diversidades sociais, económicas e culturais do
país e os diferentes grupos de interesse (associações, empresários, líderes, PVHS,
COV, confissões religiosas e outros). A espiral do silêncio na comunidade deve ser
substituída por um diálogo comunitário capaz de identificar as soluções locais para
apoiar a mudança comportamental. Trata-se de mudar as normas sociais para proteger
a comunidade do HIV/SIDA. As vozes comunitárias voltadas para conduzir mudanças
nas crenças e práticas estão no centro da prevenção sustentável do HIV. O coro das
vozes locais será a força por detrás do movimento social para catalisar a acção
colectiva em defesa da “Urgência Nacional”

2.4. Importância de prevenção das DSTs


A doença sexualmente transmissível (DST) é uma doença que é passada de uma pessoa para
outra pessoa ao ter relações sexuais. As DSTs afetam milhões de pessoas em todo o mundo.
Nenhum grupo está imune. Você pode estar infectado, independentemente do seu sexo, raça,
situação econômica ou idade. Doenças sexualmente transmissíveis podem ter efeitos graves e
permanentes na sua saúde. Ter uma doença sexualmente transmissível aumenta o risco de
contrair o vírus da imunodeficiência humana, ou HIV, o que pode levar à síndrome da
imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS).

Saber que os métodos contraceptivos são procedimentos, dispositivos ou substâncias que,


quando utilizados, possibilitam a existência de uma vida sexual ativa sem que haja gravidez é
importante para jovens e adultos. Da mesma forma, a prevenção das doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs) é de extrema importância devido à grande disseminação de tais
doenças no nosso país, principalmente da AIDS. Pesquisas também mostram que a incidência
de DSTs nas populações jovem, adulta e da terceira idade aumentou bastante nos últimos anos
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(seja pela tão aclamada liberdade sexual dos jovens ou pelo uso do Viagra por adultos e
idosos). A deficiência dos serviços de saúde pode ser apontada como fator relevante em
relação à não utilização dos métodos contraceptivos e à falta de informação sobre as DSTs e
esse quadro se agrava bastante principalmente se associado à questão do acesso à informação
e à escolaridade. Além disso, os familiares muitas vezes têm dificuldade de discutir tais temas
em casa com os jovens e não é raro os adultos e idosos sentirem-se envergonhados de
conversarem sobre o assunto nos consultórios médicos. Sendo assim, o objetivo deste projeto
é levar informações corretas sobre tais assuntos a escolas públicas e privadas e a comunidades
carentes para que haja uma maior prevenção da ocorrência de gravidezes indesejadas e de
DSTs.

3. Mitos a cerca do preservativo


Mesmo com toda a informação que é divulgada sobre a importância do uso do preservativo,
muitas pessoas relutam em usá-la. Os números comprovam: 94% da população sabe que o
preservativo é a melhor forma de prevenir as DSTs, porém, ao mesmo tempo, 45% admitiram
que não a usaram em relações. As desculpas para o 'não uso' do preservativo são variadas e
vão desde a intimidade do casal a até o tamanho do pênis.

 Mito: O preservativo serve apenas para evitar a gravidez: O preservativo é uma


das muitas formas de evitar uma gravidez indesejada, porém é o método mais eficaz
na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
 Mito: Só é necessário utilizar preservativo nas relações anais e vaginais: Errado.
No sexo oral, apesar de a transmissão de HIV ser mais difícil porque têm de existir
lesões na mucosa da boca do indivíduo exposto é possível.
 Mito: Pode colocar-se o preservativo imediatamente antes da ejaculação: Não.
Como prevenção de gravidez é ineficaz, já que é habitual a libertação de algumas
gotas de sémen muito antes da ejaculação ocorrer. Para evitar doenças sexualmente
transmissíveis é igualmente ineficaz já que há o contacto com mucosas que podem
lesar-se (ou que já se encontram lesadas) durante o ato sexual e com outros fluidos
além do líquido seminal.
 Mito: O preservativo rompe-se com frequência: O risco de um preservativo se
romper é tanto menor quanto mais cuidadoso for o seu uso. Deve evitar-se abrir os
pacotes ou colocar o preservativo no pénis com as unhas ou os dentes.
 Mito: A vaselina é um bom lubrificante: Os preservativos já são lubrificados, mas
se houver a necessidade de utilizar lubrificação acessória esta não deve ser à base de
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óleos ou de vaselina porque as substâncias oleosas (e também os componentes dos


batons) danificam o látex e o poliisopreno, pelo que o preservativo pode romper-se ou
ter a sua função de barreira diminuída. Portanto, lubrificantes sim – mas à base de
água.
 Mito: Tem-se menos prazer porque se usa preservativo: Este mito é comum,
sobretudo nos homens. Existem preservativos de diferentes tamanhos, espessuras e até
texturas para que cada pessoa procure o que mais lhe agrada.
 Mito: A proteção é maior se usar dois preservativos: O uso de preservativos
sobrepostos leva habitualmente a um maior atrito podendo promover um rompimento
mais fácil de um deles ou de ambos. É uma falsa segurança.
 Mito: O preservativo pode ser guardado no bolso das calças: Os preservativos
devem ser guardados em local seco e sem exposição ao sol sob pena de se degradar. E
não é aconselhável deixá-los no porta-luvas do carro. Também locais de muita fricção,
como os bolsos das calças, são de evitar.
 Mito: O preservativo não tem prazo de validade: Os preservativos têm data de
validade inscrita nos pacotes e esta deve ser levada em conta. Como qualquer
substância, degrada-se e, se não estiver nas melhores condições, perde eficácia, seja
porque o lubrificante ou a própria borracha secam, tornando-o mais desconfortável,
fácil de romper ou mesmo totalmente ineficaz como barreira.

3.1. Porque usar o preservativo


A principal importância do uso de preservativos é a proteção contra infecções sexualmente
transmissíveis, ou a prevenção das ISTs, além de ajudar a evitar uma gravidez indesejada.

 O preservativo protege as pessoas contra as ISTs, que são provocadas por vírus,
bactérias ou outros microrganismos. A transmissão acontece, principalmente, durante
o contato sexual, seja oral, vaginal ou anal, sem a proteção da
camisinha masculina ou camisinha feminina. A seguir as principais doenças que
podem ser evitadas: HIV: O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é uma das
ISTs mais perigosas, podendo ter como consequência a SIDA (Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida). Por sua vez, ela atinge diretamente o sistema
imunológico e deixa o corpo debilitado e vulnerável a outras doenças, podendo ser
uma condição fatal.
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 Clamídia: A clamídia é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Ela acomete


principalmente os órgãos genitais e a uretra (canal por onde sai a urina), podendo
atingir também as regiões dos olhos, ânus e garganta. Por sinal, ela é um dos fatores
que levam à infertilidade masculina e feminina.
 Gonorréia: A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrheae e acomete
principalmente a uretra, que é o canal responsável por eliminar a urina armazenada na
bexiga. Em paralelo, ela pode infectar o revestimento do colo do útero.
 Tricomoníase: A tricomoníase é causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Ela
é uma infecção que afeta principalmente o trato urinário.
 Hepatite B: A Hepatite B é causada por um vírus, podendo ser transmitida através do
contato direto com sangue e atingir o fígado. Entre os sintomas principais, estão: dores
de cabeça, dores musculares, olhos amarelados, vômitos, perda de apetite, febre e
cansaço.
 HPV: O HPV, ou Papilomavírus Humano, é causado por um vírus que infecta pele
ou mucosas (oral, genital ou anal), provocando verrugas na região genital e anal. Em
alguns casos, também pode causar câncer.
 Sífilis: A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode diferentes
estágios, sendo que, nos primeiros, ela é mais transmissível. Entre 10 e 90 dias após
o contágio, pode aparecer uma ferida no pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca
ou outros locais da pele, chamada de “cancro duro”.

4. Conclusão
O termo Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), foi substituído por Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST). A substituição se deve pela possibilidade de uma pessoa
ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros
micro-organismos. Dentre estes destacam-se HIV, sífilis, hepatites, gonorreia, clamídia,
herpes genital e o HPV.

A principal via de transmissão é através do contato sexual (oral, vaginal e anal), sem o uso de
preservativos, com uma pessoa infectada. Também pode ocorrer a transmissão de mãe para
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filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. Levando em conta todos os dados


apresentados, ressaltamos que o método mais eficaz para a prevenção de transmissão das IST,
é o uso da camisinha (masculina ou feminina) em qualquer tipo de relação sexual. Os
preservativos são distribuídos gratuitamente nas unidades de saúde.

Algumas Infecções Sexualmente Transmissíveis, podem não apresentar sinais e sintomas, e se


não forem diagnosticadas e tratadas corretamente, podem levar a graves complicações, como
infertilidade, câncer ou até a morte. A realização do tratamento de pessoas portadoras de IST
melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções.

5. Referencias Bibliograficas
BOECHAT, Filho Carlos & CASTRO, Heloísa. Falando de sexo com amor - Petropolis, Rio
de Janeiro. Editora vozes, 2ª ed, 1999.

BOLETIM INFORMATIVO DST/AIDS. Diretoria de Epidemiologia e vigilância Sanitária;


Diretoria Executiva de Epidemiologia; Programa Estadual DST/AIDS. Secretaria de saúde-
PE. Jan/Abril 2002, Ano II, nº 1.

BARROS, A, de J. P de LEHFELD, N. A de S. projeto de Pesquisa: Propostas


Metodológicas. Editora vozes, 1990. MANN, J. & TARANTOLA, D. J. M. Aids in the wold
II. New York: Oxford University Press, 1996.
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BÉRIA, J. (org). Ficar, transar: A sexualidade do Adolescente em tempos de AIDS, Porto


Alegre-RS: Tomo Editorial, 2002.

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