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Formandos:
Between
Jennifer
Joquina
Formador:
João
7. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 11
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1. INTRODUÇÃO
Em 2003, mais de 3 milhões de pessoas morreram da SIDA e cerca de 5 milhões foram
infectadas pelo VIH, totalizando 42 milhões de pessoas que vivem com o vírus. Deste
modo, o presente trabalho de pesquisa tem o objetivo de apresentar informações sobre a
responsabilidade das empresas no combate ao HIV.
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2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A Lei no 12/2009, de 12 de Março exige que todas as empresas que operam em
Moçambique tenham um programa de combate ao HIV/SIDA no local de trabalho. Esta
lei entrou em vigor em Setembro de 2009.
A ACIS acredita que através do trabalho com os empregados nesta matéria, as empresas
têm uma oportunidade real de fazer a diferença, tanto em relação às relações no local de
trabalho, como em termos do combate à proliferação do HIV.
O HIV/SIDA para além de ser uma doença, é também um fenómeno social e cultural,
circunstância que os ordenamentos jurídicos não podem ignorar, sob pena dos regimes
jurídicos por estes apresentadas serem ineficazes.
Ao nível do Direito do Trabalho, ramo do Direito sobre qual versa a presente exposição,
a matéria do HIV/SIDA ganha uma especial relevância em virtude das implicações
sociais, económicas e humanas associadas à situação jurídico-laboral.
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Pela sua natureza, ao Direito do Trabalho estão geralmente associadas não só as questões
jurídicas de natureza prática de maior impacto social, como também as iniciativas
legislativas de maior visibilidade.
Nesta matéria, o Direito do Trabalho espelha, de modo evidente, a nem sempre fácil
conciliação entre os interesses dos trabalhadores e das entidades empregadoras.
Por ser uma matéria de vital importância para o desenvolvimento do país, foram tomadas
algumas iniciativas legislativas visando regular directamente a situação jurídico-laboral
afectada pela doença.
3.1.Prevenção
As estratégias de prevenção deveriam ser adaptadas às condições nacionais e aos tipos
de lugar de trabalho, além de levar em consideração aspectos econômicos, sociais,
culturais e de gênero.
3.2.Tratamento e Cuidados
Os Membros devem assegurar que as suas políticas e programas nacionais
voltados para as ações de saúde no local de trabalho sejam determinadas em
consulta a empregadores e trabalhadores e seus representantes ligados aos
serviços públicos de saúde. E tem a responsabilidade de oferecer a mais ampla
gama de intervenções adequadas e efetivas para prevenir o HIV/Aids e controlar
os seus impactos.
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Os Membros devem garantir que os trabalhadores que vivem com o HIV, assim
como seus dependentes, beneficiem-se do acesso pleno à atenção à saúde, seja
esta oferecida pelo sistema público, de seguridade social, de planos de saúde
privados ou outros regimes. Os Membros devem também garantir a educação e
sensibilização dos trabalhadores a fim de facilitar o seu acesso aos cuidados de
saúde.
(b) tratamento antirretroviral, assim como educação, informação e apoio para viabilizar a
sua continuidade;
(e) programas de prevenção e apoio para pessoas vivendo com o HIV, inclusive o apoio
psicossocial.
(f) medidas efetivas para reduzir comportamentos de alto risco, inclusive dos grupos mais
expostos a risco, com vistas a diminuir a incidência do HIV;
(g) estratégias de redução de danos baseadas nas diretrizes publicadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids
(UNAIDS) e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), bem
como outras diretrizes pertinentes.
Nos casos em que possa ser estabelecida uma relação direta entre uma determinada
ocupação e o risco de infecção, o HIV e a Aids devem ser reconhecidos como um acidente
do trabalho ou doença do trabalho de acordo com os procedimentos e definições nacionais
e em referência à Recomendação sobre a lista de doenças ocupacionais, de 2002, bem
como a outros instrumentos pertinentes da Organização Internacional do Trabalho.
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4.1.Aplicação
As políticas e programas nacionais sobre o HIV e a Aids e o mundo do trabalho
deveriam:
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privados e trabalhadores, além de seus representantes, tendo em conta as opiniões dos
profissionais de saúde, especialistas em HIV e Aids e outras partes interessadas, incluídas
as organizações que representam as pessoas vivendo com HIV, organizações
internacionais, organizações da sociedade civil e mecanismos de coordenação nacional;
(h) ser coordenadas com políticas e programas de trabalho, segurança social e saúde, entre
outros;
(i) assegurar que os Membros disponibilizem os recursos necessários para sua execução,
tendo em conta as condições de cada país, bem como a capacidade de cumprimento por
parte dos empregadores e dos trabalhadores.
Serão mesmo relevantes os direitos humanos quando se trata de vida ou morte? A resposta
é sim. Os direitos constituem uma questão de princípios, mas determinam efeitos muito
concretos. Se desconfiarem que possam ter divulgados seus dados médicos, ser
discriminados, ou até demitidos, os trabalhadores soropositivos não ficarão dispostos a
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fazer testes voluntários nem a aproveitar oportunidades de tratamento. Arriscar-se-ão a
transmitir a AIDS. Todas as iniciativas de prevenção bem-sucedidas entram num quadro
mais amplo, instaurando um clima de tolerância e de confiança, baseado na firme recusa
da discriminação.
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7. CONCLUSÃO
No que diz respeito ao termo « HIV/SIDA », define-se o HIV como o « vírus da
imunodeficiência humana, vírus que enfraquece o sistema imunológico do corpo
causando, por fim, a SIDA.
O HIV tem um sério impacto na sociedade e nas economias, no mundo do trabalho, tanto
em setores formais como informais, nos trabalhadores, suas famílias e dependentes, nas
organizações de empregadores e de trabalhadores e nas empresas públicas e privadas, e
comprometem a realização de um trabalho decente e o desenvolvimento sustentável.
Desde há alguns anos, o papel tradicional das inspecções do trabalho, que consistia
essencialmente em zelar pela aplicação da legislação, ampliou-se para abarcar os serviços
de aconselhamento e informação. O papel que poderiam desempenhar estas instituições
no âmbito da prevenção e da luta contra a discriminação fundada no HIV é então evidente.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Mozambique Human Development Report 2001; Gender, Women and Human
Development, UNDP, 2002.
Children on the Brink 2002: Report on Orphan Estimates and Program Strategies,
UNAIDS/UNICEF/USAID, 2002.
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