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Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças

Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021


Prevalência, Relação e Impactos no Estilo de Vida

Curso de Licenciatura em Enfermagem

Carlos José Lopes Fragoso


Inês Carmona Martins

Orientador: Professor Doutor Carlos Maia

Janeiro 2022
Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças


Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021
Prevalência, Relação e Impactos no Estilo de Vida

Carlos José Lopes Fragoso nº 20190880


Inês Carmona Martins nº 20190878

Orientador
Professor Doutor Carlos Maia

Trabalho apresentado à Escola Superior Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco,
para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção de aprovação à unidade curricular
Investigação II, inserida no 1º Semestre do 3º Ano da Licenciatura de Enfermagem, realizada sob a
orientação científica do Professor Doutor Carlos Maia.

Janeiro 2022

I
Carlos Fragoso; Inês Martins

“Não existem problemas ambientais, existem


apenas sintomas ambientais de problemas humanos.”
(Autor Desconhecido)

II
Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

Resumo
O conceito de qualidade de vida é muito abrangente, compreende não só a saúde
física como a psicológica e mental, o nível de independência, as relações sociais em
casa, na escola e no trabalho e até a sua relação com o meio ambiente. Existem
fatores determinantes na qualidade de vida, tais como a genética, a educação, a rede
social de apoio, o nível socioeconómico, o meio ambiente envolvente e o estilo de
vida. O meio ambiente diz respeito a tudo o que nos rodeia, logo a nossa qualidade
de vida está diretamente associada à qualidade do meio ambiente envolvente. A
esperança de podermos viver um futuro mais seguro, tem vindo a ser alvo de
reflexão e de procura de soluções que se têm materializado em conferências,
tratados, comemorações em torno das questões ambientais. As redes sociais e os
influenciadores digitais, vieram trazer uma nova dinâmica no que diz respeito à
divulgação de produtos e estilos de vida a adotar. O público mais jovem, devido a
uma maior utilização dos dispositivos móveis, tem acesso a uma grande variedade
de informação, não tendo como prioridade a confirmação da veracidade do seu
conteúdo, bem como as fontes de onde essa informação é retirada. Um exemplo
concreto, é a preconização do consumo de tabaco e álcool desde idades mais jovens,
a sociedade aceita estes comportamentos, sendo que estes se sentem “obrigados” a
adotar estes comportamentos para poderem ser aceites pelos seus colegas.

Por outro lado, a população mais idosa, com baixo nível de literacia, é facilmente
influenciada pelas publicidades televisivas a suplementos vitamínicos, cremes e
dispositivos de acessibilidade. Deste modo, é necessária uma maior sensibilização à
população, de modo que esta possa ser influenciada de forma informada, permitindo
a que possa reconhecer informação “falsa ou incorreta”, tomando decisões e
adotando comportamentos saudáveis. Desta forma, percebendo quais os problemas
de saúde mais prevalentes em Castelo Branco e de que forma se podem prevenir, a
longo prazo, poder-se-ão minimizar as consequências em indivíduos portadores.

Palavras-chave: Fatores Ambientais, Fatores Sociais, Nível de Saúde, Estilo de Vida;


Qualidade de Vida

III
Carlos Fragoso; Inês Martins

Abstract
The concept of quality of life is very comprehensive, comprising not only physical
but also psychological, the level of independence, social relationships at home,
school and work and even its relationship with the environment. There are
determinant factors in the quality of life, such as genetics, education, social support
network, socioeconomic level, the surrounding environment and lifestyle. The
environment concerns everything around us, so our quality of life is directly
associated with the quality of the surrounding environment. The hope of being able
to live a safer future has been the subject of reflection and search for solutions that
have materialized in conferences, treaties, celebrations around environmental
issues. Social networks and digital influencers have brought a new dynamic about
the dissemination of products and lifestyles to be adopted. The younger audience,
due to greater use of mobile devices, has access to a wide variety of information, not
having as a priority the confirmation of the veracity of its content, as well as the
sources from which this information is taken. A concrete example is the
preconization of the consumption of tobacco and alcohol from younger ages, society
accepts these behaviors, and they feel “obliged” to adopt these behaviors in order to
be accepted by their colleagues.
On the other hand, the elderly population, with a low level of literacy, is easily
influenced by television advertisements for vitamin supplements, creams and
accessibility devices. Thus, greater awareness of the population is needed, so that
they can be influenced in an informed way, allowing them to recognize “false or
incorrect” information, making decisions and adopting healthy behaviors.
Therefore, by realizing which health problems are most prevalent in Castelo Branco
and how they can be prevented in the long term, the consequences for carriers can
be minimized.
Keywords: Environmental Factors, Social Factors, Health Level, Lifestyle; Quality of
life

IV
Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

Índice
Índice de Figuras…………………………………………………………………………………………..VI
Listas de Abreviaturas, Siglas e Acrónimos ............................................................... VII
I. Nota introdutória ...........................................................................................................1
II. Enquadramento teórico ............................................................................................... 2
III. Fase conceptual ...............................................................................................................4
1. Questão de Investigação ................................................................................................... 4
2. Hipóteses…………………………………………………………………………………………………4
3. Revisão da Literatura......................................................................................................... 5
4. Quadro de Referência ........................................................................................................ 6
5. Objetivos de um Projeto de Investigação ................................................................ 7
IV. Fase metodológica ..........................................................................................................8
1. Desenho da Investigação.................................................................................................. 8
2. Identificação e Operacionalização das Variáveis ................................................ 8
2.1. População Alvo ............................................................................................................. 9
2.2. Amostra ............................................................................................................................ 9
2.3. Variáveis ........................................................................................................................10
3. Tipo de Estudo .....................................................................................................................10
4. Instrumento de Colheita de Informação ................................................................11
5. Tratamento e Análise de Dados..................................................................................11
6. Obstáculos da Investigação...........................................................................................11
V. Considerações éticas .................................................................................................. 12
VI. Cronograma ................................................................................................................... 13
VII. Considerações Finais .................................................................................................. 14
VIII. Referências bibliográficas ..................................................................................... 15
IX. Anexos ............................................................................................................................. 16
Anexo.I Questionário ............................................................................................................16
Anexo.II Documento de Consentimento Informado ..............................................19

V
Carlos Fragoso; Inês Martins

Índice de Figuras
Figura 1 Quadro Teórico de Referência …………………………………………………………………………………….6

Figura 2 Cronograma Referente à Realização do Projeto ……………………………………………………….13

VI
Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

Listas de Abreviaturas, Siglas e Acrónimos


AVC – Acidente Vascular Cerebral
CHCB – Centro Hospitalar de Castelo Branco
HTA – Hipertensão Arterial
IMC – Índice de Massa Corporal
INE – Instituto Nacional de Estatística
IPCB – Instituto Politécnico de Castelo Branco
MG – Massa Gorda
MM – Massa Muscular
MO – Massa Óssea
PC – Perímetro da Cintura
SARS-Cov-2 – Doença do Coronavírus (COVID-19)
SPSS – Statistical Package for the Social Science
TA – Tensão Arterial
UBI – Universidade da Beira Interior
ULS-HAL – Unidade Local de Saúde, Hospital Amato Lusitano
UP – Universidade do Porto

VII
Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

I. Nota introdutória
No âmbito da Unidade Curricular de Investigação II, inserida no plano curricular
do 1ºsemestre do 3ºano do Curso de Licenciatura em Enfermagem, na Escola
Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, sob orientação do Professor Doutor Carlos Maia,
foi-nos proposto a realização de um Projeto de Investigação com o intuito de aplicar
os conhecimentos adquiridos ao longo do último ano letivo. A elaboração do mesmo
teve a duração de, aproximadamente, quatro meses, tendo início em outubro e
término em janeiro.

Para realização deste projeto, escolheu-se como tema a influencia dos vários
fatores (ambientais e socias) na saúde da população. Deste modo, definiu-se que a
população a estudar seria a albicastrense, com idade igual ou superior a 18 anos,
residentes em Castelo Branco. A escolha do tema é baseada na tentativa de
contribuir para o aumento da qualidade de vida na cidade, de modo a identificar
fatores de risco para o desenvolvimento de determinadas doenças e desenvolver
estratégias de controlo e prevenção das mesmas.

Foram definidos os objetivos. O objetivo geral é estabelecer a relação entre os


fatores ambientais e sociais com as doenças mais prevalentes em Castelo Branco no
ano de 2021. Com os objetivos específicos do nosso projeto, pretendemos:

- Identificar fatores predisponentes que justifiquem a prevalência dessas doenças;

- Desenvolver estratégias de prevenção destas doenças;

- Divulgar os resultados à população albicastrense de modo que esta possa adotar


medidas preventivas e diminuir os fatores de risco para estas doenças.

Dividiu-se o projeto em cinco (5) partes. Em primeiro lugar, o enquadramento


teórico, onde se aborda de uma forma geral os fatores sociais e ambientais,
salientando a sua importância e influencia na saúde. De seguida, a fase conceptual,
onde se definiu a questão de investigação, se realizou a revisão da literatura, se
elaborou um quadro de referências e definiram-se os objetivos do projeto. Na
terceira parte, encontra-se a fase metodológica em que se desenhou a investigação,
se definiram as variáveis, o tipo de estudo, os instrumentos de colheita de dados e o
método de análise dos dados. Na quarta parte, apresentou-se o cronograma. Por fim,
na última parte, estabeleceram-se as considerações éticas.

De modo a alcançar os objetivos anteriormente definidos, procedeu-se à revisão


da literatura com base no tema escolhido. Realizou-se a pesquisa de informação nos
diversos recursos disponíveis, de modo a contextualizar a investigação e perceber o
que é que já se estudou sobre este assunto.

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Carlos Fragoso; Inês Martins

II. Enquadramento teórico


São vários os fatores que influenciam a saúde das pessoas em geral. Entre os
que podem ser mais determinantes, destacamos a genética, a educação, a rede social
de apoio, o nível socioeconómico, o meio ambiente envolvente e o estilo de vida.
O conceito de qualidade de vida é muito abrangente, compreende não só a saúde
física como a psicológica e mental, o nível de independência, as relações sociais em
casa, na escola e no trabalho e até a sua relação com o meio ambiente. Qualidade de
vida e saúde são termos indissociáveis. A qualidade de vida surge, de tal modo,
associada à saúde que muitos autores não as distinguem.
Assim, a saúde não é o único fator que influencia a qualidade de vida,
apresentando, no entanto, importância fulcral. No presente século a preservação do
ambiente é um dos grandes desafios que temos pela frente. Tal desafio é
acompanhado pela necessidade de salvaguardar a equidade entre gerações, assente
num modelo de desenvolvimento sustentável. O meio ambiente traz vários
benefícios ao homem, sendo que um deles é, sem dúvida, melhorar a sua qualidade
de vida. A qualidade de vida e meio ambiente são, por isso também, dois termos
indissociáveis. O meio ambiente diz respeito a tudo o que nos rodeia, logo a nossa
qualidade de vida está diretamente associada à qualidade do meio ambiente
envolvente. Deste modo, a preservação do meio ambiente são um importante fator
para aumentar a qualidade de vida das pessoas.
A esperança de podermos viver um futuro mais seguro, tem vindo a ser alvo de
reflexão e de procura de soluções que se têm materializado em conferências,
tratados, comemorações em torno das questões ambientais. De entre todos estes
fatores, aquele que depende mais da atitude de cada um de nós, será o estilo de vida.
Desde as escolhas relacionadas com o tipo de alimentação, atividade física, sono,
entre outros. Ao adotarmos um estilo de vida saudável podemos influenciar
positivamente a nossa saúde, sobretudo no que respeita a doenças crónicas não
transmissíveis. Para tal, cada um de nós deve encarar esta tarefa como uma
oportunidade de obter ganhos em saúde, individualmente e em comunidade.
A sociedade tem uma influência no comportamento dos indivíduos. As redes
sociais e os influenciadores digitais, vieram trazer uma nova dinâmica no que diz
respeito à divulgação de produtos e estilos de vida a adotar. O público é facilmente
influenciado pela publicidade feita nas redes, tomando por certa, a credibilidade dos
seus autores. O público mais jovem, devido a uma maior utilização dos dispositivos
móveis, tem acesso a uma grande variedade de informação, não tendo como
prioridade a confirmação da veracidade do seu conteúdo, bem como as fontes de
onde essa informação é retirada.

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Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

Por outro lado, a população mais idosa, com baixo nível de literacia, é facilmente
influenciada pelas publicidades televisivas a suplementos vitamínicos, cremes e
dispositivos de acessibilidade. Deste modo, é necessária uma maior sensibilização à
população, de modo que esta possa ser influenciada de forma informada, permitindo
a que possa reconhecer informação “falsa ou incorreta”, tomando decisões e
adotando comportamentos saudáveis.
Os comportamentos definidos como “corretos” ou “normais”, nem sempre
correspondem aos mais saudáveis ou ideais a adotar. Um exemplo concreto, é a
preconização do consumo de tabaco e álcool desde idades mais jovens, a sociedade
aceita estes comportamentos, sendo que estes se sentem “obrigados” a adotar estes
comportamentos para poderem ser aceites pelos seus colegas.

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Carlos Fragoso; Inês Martins

III. Fase conceptual


A fase conceptual é a primeira de 3 fases pertencentes a um processo de
investigação. Desta forma, “A fase conceptual começa quando o investigador
trabalha uma ideia para orientar a sua investigação. A ideia pode resultar de uma
observação, da literatura, de uma irritação em relação com um domínio particular,
ou ainda de um conceito (Fortin, 1999).
Fazem parte desta fase, a revisão da literatura, em que se pesquisou estudos
relacionados com o tema, permitindo perceber qual a questão mais indicada a
colocar, de forma a contribuir para o conhecimento previamente existente.

1. Questão de Investigação

“A questão de investigação é um enunciado interrogativo, escrito no presente


que inclui habitualmente uma ou duas variáveis e a população a estudar.” Ou seja, a
questão de investigação acaba por ser a representação de uma premissa, que inclui
as variáveis em estudo e determina as respostas e a sua procura (Fortin, 1999).
O estilo de vida do ser humano define a sua qualidade de vida. Assim, todos os
comportamentos que estes acabam por adotar, vão influenciar positiva ou
negativamente o seu futuro. Quando existe doença, o ser humano sofre grandes
alterações na sua vida. Alterando, ou não, as suas atividades, existem sempre
alterações, seja na alimentação, ou em coisas mais práticas, como a organização do
seu dia e as suas relações sociais.
De acordo com a informação anterior, coloca-se a seguinte questão: “Qual a
relação entre os fatores ambientais e sociais e as doenças mais prevalentes em
Castelo Branco no ano 2021 e o seu impacto no estilo e qualidade de vida?”.

2. Hipóteses
De acordo com Maia (2021), uma hipótese é uma tentativa de prever se existe
relação entre as variáveis na população de um determinado estudo. Logo, é uma
previsão experimental, ou uma explicação da relação entre duas ou mais variáveis.
Assim sendo, a hipótese relaciona-se com a questão em causa e com a intenção do
estudo, dando uma previsão acerca do que se deve esperar nos resultados.
Desta forma, são descritas de seguida, propostas de hipóteses que tem a
finalidade de responder quer à questão de investigação quer aos objetivos
previamente definidos, e se existe associação possível ou não entre as variáveis.
• Hipótese de Investigação (H1) - Não existe relação entre os fatores
ambientais e sociais e o tipo de doenças mais prevalentes em CB;
• Hipótese Nula (H0) - Os fatores ambientais/sociais influenciam no tipo de
doenças mais prevalentes em Castelo Branco.

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Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

3. Revisão da Literatura

Segundo Fortin (1999), esta etapa consiste em pesquisar e fazer uma seleção da
informação que já existe acerca de determinado tema. “(…) é um processo que
consiste em fazer o inventário e o exame crítico do conjunto de publicações
pertinentes sobre um domínio de investigação. Uma revisão da literatura mostra,
portanto, um conjunto de trabalhos sobre um mesmo tema, no qual ressaltam os
elementos comuns e os divergentes.” (Fortin, 1999).
Esta revisão é feita com vários objetivos: como delimitação do estudo ou para
perceber aquilo que já é conhecido pela comunidade. Permite conhecer os métodos
e ideias de outros autores, sendo desta forma, uma ajuda ao suporte do projeto. Para
isso recorreu-se a artigos científicos do repositório do IPCB; UBI, UP.
De acordo com Simões et al (2011), “A hipertensão arterial (HTA) é um dos
principais fatores de riscos para as doenças cardiovasculares, sendo uma das
principais causas de enfarte agudo do miocárdio e de acidente vascular cerebral
(AVC), principalmente quando desconhecida, mal tratada ou mal controlada”. Para
este estudo foram selecionados 402 indivíduos de ambos os sexos. Foi-lhes avaliada
a TA 3 vezes, em intervalos de 5 minutos. Os resultados sugerem uma elevada
prevalência de hipertensão arterial, havendo a necessidade de desenvolver e adotar
medidas preventivas.
O estudo de Lopes et al (2015), tinha como objetivo “determinar a prevalência
de aterosclerose carotídea, a prevalência dos diferentes tipos de placa
aterosclerótica na população da cidade de Castelo Branco e correlacioná-los com os
principais fatores de risco cardiovasculares”. Foi realizado um estudo transversal,
descritivo correlacional, com uma amostra de 796 indivíduos da cidade de Castelo
Branco, com idade igual ou superior a 30 anos. O estudo mostrou que 55,4% da
população apresenta placas ateroscleróticas carotídeas, sendo os principais fatores
de risco a idade, dislipidemia, HTA, antecedentes de AVC, Diabetes Mellitus e o IMC.
De acordo com Coelho et al (2020) “tem-se verificado que existe cada vez mais,
maior número de indivíduos com excesso de peso e obesidade e que este fator de
risco começa a ter cada vez maior expressão em idades mais jovens, verificando-se
que a obesidade é um grave problema de saúde pública, que tem ganho grande
expressão em Portugal” Nesse contexto, desenvolveram um estudo para determinar
a prevalência de excesso de peso e da obesidade na população adulta do distrito de
Castelo Branco. Para isso, selecionaram 11316 indivíduos de ambos os sexos com
idades entre os 18 e os 101 anos. Concluíram que existe uma elevada prevalência do
excesso de peso e de obesidade na população de Castelo Branco.
No estudo de Rodrigues (2014), “englobou-se a população jovem (≤65 anos) que
apresentou um episódio de AVC no período de 2007-2011 no distrito de Castelo
Branco (CHCB e ULS-HAL), com o objetivo de caracterizar os fatores de risco para
esta população”. Concluiu que do total de 479 casos de AVC , houve maior

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Carlos Fragoso; Inês Martins

prevalência de AVC isquémico (80%) do que hemorrágico (20%), predominando na


amostra o sexo masculino. Como fatores de risco, o autor enumera o sexo feminino,
a dislipidemia, a obesidade, o sedentarismo e o consumo de álcool e tabaco.
Com o programa desenvolvido por Paulo et al (2018), verificou- se que graças à
prática regular de exercício físico, foi possível visualizar “uma alteração favorável
dos valores de composição corporal (IMC, PC, MO, % MG e MM); e uma alteração
favorável dos valores de composição corporal (IMC, PC, MO, % MG e MM); uma
alteração favorável dos valores de pressão arterial e da frequência cardíaca; um
aumento da capacidade cardiorrespiratória”.

4. Quadro Teórico de Referência


“O quadro de referência é o termo geral utilizado para designar o quadro
conceptual ou o quadro teórico que tem função de apoio e de lógica em relação ao
problema de investigação” (Fortin, 1999).
Desenvolvida por Dorothea Orem, a Teoria do Autocuidado refere-se à
capacidade ou ao poder que o indivíduo possui para se envolver no seu autocuidado.
Esta parte do princípio de que toda a pessoa é capaz de se autocuidar, uma vez que
possui habilidades, conhecimentos e experiências que foi adquirindo ao longo da
vida. É dependente de “fatores internos ou externos aos indivíduos que afetam a
capacidade de envolver-se no seu autocuidado ou afetam o tipo e a quantidade de
autocuidado necessário” (Orem, 2001, p.245). Assim, o autocuidado “é a capacidade
adquirida, complexa, para atender às exigências de continuar a cuidar de si próprio,
reguladora dos processos de funcionamento humano, bem como, do seu
desenvolvimento e promoção do bem-estar” (Orem, 2001, p.254)

Figura 1 Quadro Teórico de Referência.

Fonte: Orem, D. (2001). Nursing: Concepts of practice (6th ed). St. Louis: Mosby

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5. Objetivos de um Projeto de Investigação

Os objetivos de um determinado estudo mostram aquilo que o investigador quer


estudar e revelam a intenção pelo qual o quer realizar. “É um enunciado declarativo
que precisa a orientação da investigação segundo o nível dos conhecimentos
estabelecidos no domínio em questão” (Fortin, 1999).
Com os objetivos, justifica-se a escolha do tema, uma vez que mostram o
itinerário a seguir, orientando na procura de respostas. Deste modo, a investigação
dá-se porque existe necessidade de resolver ou explorar as causas de um problema.
Este projeto de investigação tem como objetivo geral abordar o tema dos fatores
ambientais e sociais e o impacto que estes têm na qualidade de vida das pessoas. O
tema em questão foi escolhido, uma que que se considera pertinente a sua
abordagem, sendo que o resultado e as consequências que estas pessoas sofrem na
sua vida diária podem ser ligeiros no dia-a-dia, mas com sequelas mais graves a
longo prazo. O objetivo geral é estabelecer a relação entre os fatores ambientais e
sociais com as doenças mais prevalentes em Castelo Branco no ano 2021.

Após estabelecido este objetivo, pretende-se que sejamos capazes de responder


aos específicos: identificar fatores predisponentes que justifiquem a prevalência
dessas doenças; desenvolver estratégias de prevenção destas doenças; divulgar os
resultados à população albicastrense de modo que esta possa adotar medidas
preventivas e diminuir os fatores de risco para estas doenças.

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Carlos Fragoso; Inês Martins

IV. Fase metodológica


Na fase metodológica, são estabelecidos “os métodos que utilizará para obter
respostas às questões de investigação colocadas ou às hipóteses formuladas.”
(Fortin, 1999). Dentro desta fase, encontram-se várias etapas, como o desenho da
investigação, a definição de variáveis, amostra e população alvo, assim como a
recolha de dados e a sua análise e tratamento. De forma a organizar todo o projeto,
procedeu-se ainda à construção de um cronograma (Ponto VI - Cronograma).
Segundo Fortin (2003), “O método de investigação caracteriza-se por um
processo sistemático de colheita de dados observáveis e quantificáveis, tendo como
base a observação de acontecimentos, fenómenos e casos objetivos que existem
independentemente do investigador”. Desta forma a autora, refere que se torna
crucial esclarecer sobre o tipo de estudo, a população sobre a qual o mesmo irá
incidir, as variáveis, e o método da colheita de dados (Fortin, 2009).

1. Desenho da Investigação

O desenho de investigação consiste num plano definido pelo investigador, de


forma a dar resposta à questão de investigação estabelecida, assim como para
fundamentar as hipóteses colocadas. O desenho de investigação permite que seja
criada uma imagem do estudo bastante clara e pertinente, sendo diminuídas as
fontes de erro, e obtendo resultados mais corretos (Fortin, 1999).
Esta etapa é também relevante no que toca à organização das variáveis,
excluindo aquilo que não é importante. “ (…) precisa a forma de colher e de analisar
os dados para assegurar um controlo sobre as variáveis em estudo. (…) permite
isolar as variáveis e medi-las com precisão a fim de assegurar a credibilidade dos
dados.” (Fortin, 1999).

2. Identificação e Operacionalização das Variáveis

A elaboração de um plano amostral é constituída por seis fases, de acordo com


uma ordem sequencial correta (Fortin, 1999):

➔ Delimitar a população alvo;


➔ Delimitar a população acessível;
➔ Especificar os critérios de seleção;
➔ Definir o plano de amostragem;
➔ Determinar o tamanho da amostra;
➔ Proceder à amostragem (selecionar os indivíduos)

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2.1. População Alvo

“A população é o conjunto de elementos ou sujeitos que partilham caraterísticas


comuns definidas por um conjunto de critérios” (Fortin, 2003). Posto isto, em
concordância com a autora, a população pode ser constituída por um inúmero
número de pessoas, sendo que uma população-alvo é uma população específica que
é submetida a um determinado estudo, ou seja é o conjunto de elementos que
queremos abranger no nosso estudo, são os elementos para os quais desejamos que
as conclusões oriundas da pesquisa sejam válidas. De acordo com Fortin (1999), esta
corresponde àquilo que foi definido pelo investigador inicialmente. Especificando
ainda mais, identifica-se ainda a população acessível, ou seja, aquela que o
investigador consegue atingir dentro dos obstáculos dos estudos.
Assim sendo, a nossa população alvo é constituída pelos indivíduos que vivem na
cidade de Castelo Branco com mais de 18 anos. A população acessível estará
dependente da adesão dos indivíduos escolhidos para participar no projeto.

2.2. Amostra

“A amostra é um subconjunto de uma população ou de um grupo de sujeitos que


fazem parte de uma mesma população.” (Fortin, 2009). A amostra selecionada deve
ter em conta as características da população que devem estar presentes nela. Porém,
existem dois métodos de amostragem: o método de amostragem probabilística e o
método de amostragem não probabilística.
A amostra do projeto é não probabilística porque, de acordo com Maia (2021),
“todos os elementos da população não têm a mesma hipótese de virem a ser
selecionados para fazerem parte da amostra”. Na recolha de dados para o estudo em
questão, utilizaríamos o processo de amostragem não probabilístico por
conveniência. Não probabilístico, pelo que foi referido anteriormente. Por
conveniência, uma vez que, segundo Fortin (2009), porque os elementos
selecionados estão mais próximos do investigador, e não tem em conta nenhum
critério estatístico. Para se determinar o tamanho da amostra é essencial ter em
conta inúmeros fatores para a sua determinação tendo em conta a finalidade do que
se pretender obter do estudo. Em concordância com o que a autora diz, aquilo que o
investigador quer é que o tamanho da amostra seja o suficiente para que sejam
evidenciadas diferenças estatísticas aquando da análise e tratamento dos
resultados. No entanto, uma amostra grande não significa necessariamente uma boa
representatividade da população (Fortin, 1999).
Posto isto, a amostra deste estudo engloba indivíduos de várias faixas etárias e
de ambos os sexos (do qual se verá a prevalência de cada género e faixa etária), dos
18-29 anos; 30-49 anos; 50-64 anos; igual ou superior a 65 anos. Então a nossa
amostra são indivíduos que tenham no mínimo 18 anos e que residam em Castelo

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Branco no ano de 2021. No entanto, a seleção terá de incluir pessoas que estejam na
posse das suas possibilidades cognitivas, psicológicas e emocionais.

2.3. Variáveis

Segundo Fortin (1999), “As variáveis são qualidades, propriedades ou


características de objetos, de pessoas ou de situações que são estudadas numa
investigação”. Existem diferentes tipos de variáveis, do qual se destacam duas: as
variáveis independentes e as dependentes.
Ainda de acordo com a autora, as variáveis independentes: de uma forma básica,
é a variável manipulável, ou seja, “aquela de que se quer medir os efeitos”. São estas
variáveis que permitem explicar a variável dependente. Por outro lado, as variáveis
dependentes são aquelas que sofrem o efeito esperado da variável independente, ou
seja, é observado o comportamento, a resposta ou o resultado adquirido que é
devido à presença da variável independente.” (Fortin, 1999).
No que toca ao projeto de investigação apresentado, são consideradas as
variáveis independentes como sendo os fatores ambientais e sociais que existem em
Castelo Branco que possam influenciar a saúde da população, e as variáveis
dependentes são os indivíduos selecionados para o estudo e o seu nível de saúde.

3. Tipo de Estudo

De acordo com Maia (2021), os estudos observacionais visam registar as


caraterísticas de interesse, mas sem manipular nem modificar elementos do estudo.
Um estudo descritivo permite estimar se uma previsão é de confiança e se com base
nos dados conhecidos podes saber descobertas tanto para explorar, como descrever
fenómenos/fatores, além de caracterizar a população e identificar relações.

O estudo em questão caracteriza-se como sendo de natureza qualitativa, de


carácter descritivo e observacional de correlação. “Os estudos correlacionais têm
por objetivo descrever como uma variável se comporta perante a variabilidade de
outra variável. A correlação é positiva quando os fenómenos são diretamente
proporcionais, ou seja, variam no mesma direção ou é negativa quando os
fenómenos são inversamente proporcionais, ou seja, variam em direção oposta. Um
grau de correlação forte não significa causalidade, mas pode dar origem a estudos
experimentais, que são conduzidos com o objetivo de determinar relações causais.”
(Maia, 2021). No nosso projeto, apresentamos um estudo descritivo-correlacional
em que “o investigador explora a existência de relações entre as variáveis para as
descrever; são formuladas questões de investigação” (Maia, 2021).

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4. Instrumento de Colheita de Informação

Segundo Fortin (2003), a natureza do problema de investigação delimita o tipo


de método de colheita de dados a usar. A escolha do método faz-se em função das
variáveis e da sua operacionalização e depende da estratégia de análise estatística
considerada. De modo a descrever os fatores ou variáveis e verificar relações entre
as mesmas, o investigador deverá escolher métodos de colheita de dados que
melhor se adequem.

A recolha de dados é elaborada de acordo com os objetivos do trabalho e com


os dados que pretendemos obter. Existem imensos métodos de recolha de dados,
tendo-se escolhido o questionário1 como método principal. Este tem por objetivo
avaliar as caraterísticas do indivíduo bem como a sua relação com o meio
envolvente, nomeadamente os seus estilos e qualidade de vida. A sua participação é
de carácter voluntário, anónimo e informado, por parte dos indivíduos. Optou-se por
questionar temas relacionados com: alimentação, hidratação, prática de exercício
físico, habitação, meios de transporte, ou seja, estilo e qualidade de vida.

Pode realizar-se ainda um pré-teste, a uma pequena amostra representativa da


população em estudo, apenas para verificação da compreensibilidade das questões
que são colocadas, sendo que o investigador fica com a noção daquilo que precisa de
ser alterado. “ (…) tem por objetivo principal avaliar a eficácia e a pertinência do
questionário (…)” (Fortin, 1999).

5. Tratamento e Análise de Dados

O tratamento e análise de dados, não estão previstos neste trabalho. Esses fariam
parte da fase empírica do projeto de investigação. O objetivo passa exclusivamente
pela planificação do projeto e de uma questão de investigação. Ainda assim, se se
procedesse ao tratamento dos dados, recorrer-se-ia ao programa (SPSS) Statistical
Package for the Social Science e complementar-se-ia com o do (INE) Instituto
Nacional de Estatística.

6. Obstáculos da Investigação

A pesquisa é um processo sistemático e metódico através do qual uma pesquisa


é realizada com o objetivo de obter conhecimento sobre um determinado assunto.
Deste modo, surgem diferentes obstáculos que podem ser inerentes à condição
humana do pesquisador, estar associados ao seu ambiente ou até ao próprio tema
da pesquisa. Considerando a pandemia de SARS-Cov-2, previu-se a possibilidade de
que a amostra selecionada se recusasse a participar no estudo ou que não existam
indivíduos suficientes de acordo com as caraterísticas pretendidas.

1
Questionário presente no Anexo I.

11
Carlos Fragoso; Inês Martins

V. Considerações éticas

“A ética, no seu sentido mais amplo, é a ciência a moral e a arte de dirigir a


conduta.”. Para que um projeto de investigação, tal como este apresentado, seja o
mais correto possível, há que ter em conta determinados aspetos éticos que, no
fundo, proporcionem um modo de proteção às pessoas envolventes, sendo isto, uma
segurança de que tal irá acontecer. Ou seja, a proteção dos direitos dos envolvidos
deve ser assegurada. Caso este cuidado não seja considerado, podem alegar-se
violações de direitos e de liberdades (Fortin, 1999).
De acordo com Fortin (2003), existem cinco princípios éticos que devemos ter
em conta quando realizamos um estudo: direito à autodeterminação, direito à
intimidade, direito ao anonimato e à confidencialidade, direito à proteção contra o
desconforto e o prejuízo e o direito a um tratamento justo e equitativo. Estes devem
sempre ser assegurados, de acordo com a sua aplicabilidade no estudo.
Uma vez que este trabalho consiste apenas na elaboração de um projeto de
investigação, não é necessário proceder à colocação de questões éticas rigorosas.
Visto que a colheita de dados seria feita com recurso a um questionário, seria
imperioso explicar a todos os intervenientes: o objetivo do estudo, a forma de
tratamento dos dados e o assegurar do anonimato. Dever-se-ia ainda informar que
a participação dos indivíduos é totalmente voluntária, e que, se em algum momento
quiserem desistir, podem fazê-lo sem qualquer tipo de consequência ou represália.
Deveria ainda existir um momento de esclarecimento de dúvidas onde seria
apresentado um documento para obtenção do consentimento informado formal do
indivíduo. Deste modo, seriam assegurados todos os requisitos legais, impedindo
complicações judiciais futuras. Refere-se ainda o consentimento livre e informado2:
“O consentimento é livre se é dado sem que nenhuma ameaça, promessa ou pressão
seja exercida sobre a pessoa e quando esta esteja na plena posse das suas faculdades
mentais. Para que o esclarecimento seja esclarecido, a lei estabelece o dever de
informação.” (Fortin, 1999).

2
Documento de consentimento informado presente no Anexo II

12
Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

VI. Cronograma
Tempo
Ano 2021 Ano 2022
Outubro Novembro Dezembro Janeiro
6- 11- 18- 25- 1- 8- 15- 22- 29- 6- 13- 3- 10-
Atividade
8 15 22 29 5 12 19 26 3 10 17 7 15
Definição do problema e formulação da questão de
investigação
Definição dos objetivos do projeto
Enquadramento teórico
Elaboração de quadro concetual
Definir hipóteses/variáveis
Seleção da população/amostra
Seleção de um instrumento de colheita de dados
Colheita de dados
Prever as técnicas de análise e tratamento de dados
Redação final
Entrega do projeto
Figura 2 Cronograma referente à realização do projeto

13
Carlos Fragoso; Inês Martins

VII. Considerações Finais

Este projeto permitiu aprofundar os conhecimentos acerca da população de Castelo


Branco relativamente aos seus estilos de vida e a sua influência na saúde. Após dialogar,
foi possível construir um projeto conciso e orientado que nos orientou na pesquisa de
dados, no método de recolha de dados bem como na sua forma de tratamento. Uma vez
que não houve esta recolha, não podemos retirar conclusões.

Com a revisão da literatura, foi possível verificar que existem alguns estudos
relacionados com a temática deste projeto. Contudo, não se conseguiu encontrar
nenhum estudo que focasse a influência dos fatores socias e ambientais na saúde da
população. Uma vez que a colheita de dados bem como a sua análise não faziam parte
dos objetivos deste projeto, não foi possível obter resultados. Tendo em conta o
anteriormente referido, pode considerar-se que os objetivos foram alcançados. Além
do mais, facilitou o alcance de competências na elaboração de questionários, bem como
o processo até chegar a este. Enquanto futuros profissionais de saúde, permitiu-nos
valorizar a Investigação como contributo para o desenvolvimento da Enfermagem.

Deste modo, considera-se que a execução deste projeto de investigação seria uma
mais-valia para a atualização do conhecimento nesta área e ajudar a desenvolver
medidas preventivas, melhorando a qualidade de vida na cidade, o que por
consequência, seria uma situação atrativa para a fixação de população na zona.

14
Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

VIII. Referências bibliográficas


Coelho, P., Rodrigues, F., & Mateus, S. (2020). Índice de massa corporal: o retrato do Distrito de Castelo
Branco. Educação física, saúde e bem-estar: novos caminhos, 94-105.

Fortin, M. F. (1999). O processo da Investigação: Da conceção à realização. Loures: Lusociência.

Fortin, M. F. (2003). O Processo de Investigação: da Conceção à Realização. Loures: Lusodidacta.

Fortin, M. F. (2009). Fundamentos e etapas do processo de investigação. Lusodidacta.

Lopes, T., Alves, A., & Pereira, A. (2015). Avaliação da prevalência de aterosclerose carotídea na cidade
de Castelo Branco. Cardiopulmonar, 40-47.

Maia, Carlos. 2021. “Investigação I - Desenho de Investigação".

Orem, D. (2001). Nursing: Concepts of practice (6º edição). St. Louis: Mosby

Paulo, R., Serrano, J., & Ramalho, J. (2018). Acerte o passo em Castelo Branco. Desporto, Desenvolvimento
e Bem-estar-Fórum Politécnico# 4, 93-104.

Rodrigues, J. M. G. (2014). Estudo dos fatores de risco de AVC no doente jovem no distrito de Castelo
Branco (Doctoral dissertation).

Simões, C., Coelho, P., Pereira, A., & Pereira, T. (2011). Prevalência de hipertensão arterial na cidade de
Castelo Branco. Revista portuguesa de hipertensão e risco cardiovascular.

15
Carlos Fragoso; Inês Martins

IX. Anexos

Anexo.I Questionário

QUESTIONÁRIO SOBRE QUALIDADE DE VIDA


INSTRUÇÕES: As questões que se seguem dizem respeito à sua saúde, aos seus estilos de vida
e sobre a sua capacidade de desempenhar as atividades que realiza no dia a dia. Pedimos que
leia com atenção cada pergunta e que responda o mais honestamente possível.
Por favor, responda às seguintes questões escolhendo a opção mais adequada a si,
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Idade ___________ Data de Nascimento _____/_____/______
Sexo Masculino Feminino

Profissão _______________________________ Secundário


Estado Civil ______________________________
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1. De entre as seguintes patologias, selecione a(s) que detém:

Hipertensão Arterial Dislipidemia (Colesterol Elevado) Diabetes tipo 1 ou 2


Asma Rinite Patologia Oncológica Cefaleias Obesidade
Nenhuma/Não Aplicável Outra Qual? _______________________________________________

2. Quantas horas por semana pratica algum tipo de exercício físico?

Menos que 1h 1 a 3 horas 4 a 5 horas 6 a 8 horas Mais que 8h

3. Selecione o tipo de habitação na qual reside.

Rua Automóvel Moradia Apartamento com Elevador

Apartamento sem elevador Outra Qual?___________________________________

4. Qual a opção que caracteriza melhor a zona onde habita.

Urbana (Centro da Cidade) Urbana (Periferia) Zona Industrial Rural

16
Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

5. Selecione o(s) meio(s) de transporte(s) que utiliza para se movimentar.

A pé Bicicleta Dispositivos Eletrónicos (exemplo: trotinete) Automóvel Próprio


t Motociclo Próprio Transportes Públicos Outra Qual?__________________________

6. Dentro dos seguintes, escolha os alimentos/bebidas que consome regularmente.

Enchidos Bebidas Alcoólicas Queijos Comida Fast-Food Refrigerantes


Sopas Frutas/Legumes Carnes Vermelhas Carnes Brancas Sumos Naturais
Bolachas/Bolos/Biscoitos Outros Qual(ais)?_________________________________________

7. Qual o tipo de água que utiliza para ingestão?

Engarrafada Torneira Furo/Poço Fontes Locais

8. Qual, em média, o volume de água que ingere por dia?

Menos que 1 litro 1 a 1,5 litro 1,5l a 2 litros Mais que 2 litros

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Esta parte do questionário procura conhecer a sua qualidade de vida e a sua saúde. Por
favor, responda às perguntas. Extremo esquerdo é o mínimo (equivale a 1) e no extremo direito
é o máximo (equivale a 5), fazendo um círculo na sua resposta. Se não tiver a certeza da
resposta, escolha a mais acertada. Tenha em conta os seus hábitos, expetativas, alegrias e
preocupações. Pedimos-lhe que tenha em conta a sua vida no último ano civil (2021).

OBRIGADO PELA SUA AJUDA! Com base no WHOQOL-100 Portugal.

1. Em que medida tem dificuldade em realizar as suas atividades de rotina?


Nada Pouco Mais ou Menos Muito Muitíssima

2. Até que ponto se sente incomodado com as limitações das atividades diárias?
Nada Pouco Mais ou Menos Muito Muitíssimo

3. Em que medida se sente em segurança no seu dia-a-dia?


Nada Pouco Mais ou Menos Muito Muitíssimo

4. Sente que vive num ambiente seguro e protegido?


Nada Pouco Mais ou Menos Muito Muitíssimo

17
Carlos Fragoso; Inês Martins

5. Até que ponto gosta de viver onde vive?


Nada Pouco Mais ou Menos Muito Muitíssimo

6. Tem energia suficiente para a sua vida diária?


Nada Pouco Moderadamente Bastante Completamente

7. As suas condições de vida satisfazem as suas necessidades?


Nada Pouco Moderadamente Bastante Completamente

8. Até que ponto está satisfeito(a) com a sua qualidade de vida?


Muito Insatisfeito Insatisfeito Mais ou Menos Satisfeito Muito Satisfeito

9. Até que ponto está satisfeito(a) com a sua saúde?


Muito Insatisfeito Insatisfeito Mais ou Menos Satisfeito Muito Satisfeito

10. Até que ponto está satisfeito(a) com o sono?


Muito Insatisfeito Insatisfeito Mais ou Menos Satisfeito Muito Satisfeito

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Responda às próximas e últimas perguntas o mais honestamente possível.

1. Como avalia a sua qualidade de vida?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2. Tendo em conta os seus estilos e qualidade de vida, na sua opinião, os fatores


ambientais e sociais afetam o seu nível de saúde? Se sim, porquê?

___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________

18
Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de Castelo Branco em 2021

Anexo.II Documento de Consentimento Informado


Consentimento Informado, Livre e Esclarecido Para Participação em Investigação
(de acordo com a Declaração de Helsínquia e a Convenção de Oviedo)

Por favor, leia com atenção a seguinte informação. Se achar que algo está incorreto ou que não
está claro, não hesite em solicitar mais informações. Se concorda com a proposta que lhe foi
feita, queira assinar este documento.

Título do estudo: Fatores Ambientais e Sociais nas Doenças Prevalentes na Cidade de


Castelo Branco em 2021
Enquadramento: Este projeto é realizado no âmbito académico, na Unidade
Curricular de Investigação II, sob orientação do professor doutor Carlos Maia. Insere-
se no Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes
Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Explicação do estudo: A colheita de dados realizou-se com recurso a um questionário.


Recolheram-se os dados numa população acessível, com recurso a critérios de inclusão.
Distribuíram-se os questionários em diferentes locais da cidade de Castelo Branco, no
sentido de conseguirmos reunir o maior número de indivíduos possível para a nossa
amostra. Foram selecionados indivíduos de ambos os sexos, com idade igual ou
superior a 18 anos, residentes em Castelo Branco.

Condições e financiamento: O estudo será financiado pelos investigadores. Não


existem benefícios diretos com a realização do mesmo. O utente tem o direito de não
participar na investigação.

Confidencialidade e anonimato: É garantida a confidencialidade e uso exclusivo dos


dados recolhidos para o presente estudo, bem como assegurado o anonimato dos
entrevistados.

Agradecemos a sua participação.

19
Carlos Fragoso; Inês Martins

Inês Carmona Martins, estudante de Enfermagem do 3ºano da Escola Superior de


Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Telemóvel: 96x xxx xxx

E-mail: xxxx@gmail.com

Carlos José Lopes Fragoso, estudante de Enfermagem do 3ºano da Escola Superior


de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Telemóvel: 93x xxx xxx

E-mail: xxxx@gmail.com

Assinatura(s):

_____________________________________________________

Declaro ter lido e compreendido este documento, bem como as informações verbais
que me foram fornecidas pelas pessoas que acima assinam. Foi-me garantida a
possibilidade de, em qualquer altura, recusar participar neste estudo sem qualquer
tipo de consequências. Desta forma, aceito participar neste estudo e permito a
utilização dos dados que de forma voluntária forneço, confiando em que apenas
serão utilizados para esta investigação e nas garantias de confidencialidade e
anonimato que me são dadas pelos investigadores.

Nome: _____________________________________________________________________

Assinatura: _____________________________________________________________________

Data: ____/_____/______

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