Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GRUPO I
PARTE A
Leia o poema.
PARTE B
[…]
5 Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros.
Notas:
1
soturnidade: caráter sombrio;
2
bulício: agitação;
3
calafates: operários navais.
Escreva uma breve exposição, onde desenvolva os seguintes aspetos observáveis nas
estrofes apresentadas:
− a visão da cidade e dos tipos sociais;
− o imaginário épico.
GRUPO II
2. A atividade do musicoterapeuta,
(A) apesar de reconhecida e integrada a nível europeu, carece de regulação em Portugal.
(B) embora desempenhada em condições bastante favoráveis, não oferece estatuto
social.
(C) não obstante o seu reconhecimento terapêutico, só pode ser desempenhada numa
escola de música.
(D) embora possa ter uma componente terapêutica, é desenvolvida em contexto de
saúde e bem-estar.
5. A oração “Se houver necessidades especiais” (ll. 1-2) classifica-se como subordinada
adverbial
(A) concessiva.
(B) condicional.
(C) consecutiva.
(D) comparativa.
7. A função sintática desempenhada pelo pronome relativo na frase “que tem de ser
reconhecida pela Confederação Europeia de Musicoterapia.” (ll. 16-17) é de
(A) sujeito.
(B) complemento direto.
(C) complemento indireto.
(D) complemento do nome.
8. Classifique a oração “que organiza o encontro no Instituto Politécnico da cidade” (ll. 7-8).
9. Transcreva o referente do pronome da frase “que utilizam a música para fins diferentes”
(l. 11).
10. Indique a função sintática do constituinte sublinhado em “como nos conta Marisa
Raposo” (l. 18).
GRUPO III
A música pode ter variadas funções; não está, portanto, confinada ao entretenimento.
No seu texto:
− explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista fundamentando-o em dois
argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
− utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
COTAÇÕES
GRUPO
I 1 2 3 4 5
20 20 20 20 20 100
II 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 50
III Item único 50
Total 200
Proposta de correção
GRUPO I
PARTE A
1. Ao longo do poema, percebe-se a coexistência do presente e do passado, ainda que este seja
vivenciado pelo “eu” lírico através do recurso à memória quando ouve “a música”. Tal é percetível
pela utilização das formas verbais no presente do indicativo (“sei”; “enche-se” e “recordo”, entre
outras) e pretérito perfeito e imperfeito do indicativo (“ouvi”; “era”) assim como das formas
adverbiais “outrora” e “agora” que marcam as referências temporais.
2. A música tem um papel antagónico no estado de espírito do “eu” lírico. Por um lado, quando é
ouvida, causa uma espécie de “agrado”, apesar de provocar “lágrimas”, talvez motivadas pela
“saudade” do tempo do passado, a infância, em que o sujeito poético pensa ter ouvido a mesma
música. Por outro lado, o “eu” lírico refere que, ao ouvir a música, tem vontade de regressar a esse
tempo, pois recorda-o como um tempo de felicidade.
3. A utilização expressiva da exclamação, reforçada pela forma verbal “quero”, confere intensidade,
veemência e mesmo urgência à vontade e necessidade de o “eu” poético regressar a um tempo
que ele recorda como feliz. Contudo, através da interrogação retórica, é lançada a dúvida sobre
essa certeza, o que origina a afirmação-resposta “Não sei”.
4. Na sequência da constatação de que não sabe se realmente foi feliz na infância, no último verso, o
sujeito poético afirma que, ao ouvir a “pobre velha música”, viveu, agora, no presente, enquanto
adulto, momentos felizes provocados pela ideia de que, na infância, esta “pobre velha música” lhe
proporcionou felicidade.
PARTE B
5. O aluno deverá referir os seguintes aspetos:
− a cidade e os tipos sociais – a cidade triste, soturna que provoca abatimento no “eu” lírico (1ª
estrofe); o trabalho difícil dos carpinteiros e dos calafates (2ª e 3ª estrofes);
− o imaginário épico presente na evocação do passado glorioso de Portugal e dos portugueses
(última estrofe).
GRUPO II
1 – D; 2 – A; 3 – C; 4 – C; 5 – B; 6 – B; 7 – A
8. Subordinada adjetiva relativa explicativa
9. “profissionais de três áreas”
10. Complemento indireto
GRUPO III
Proposta de texto
Desde a ancestralidade que a música acompanha o Homem. Ela é um meio de comunicação eficaz na
transmissão dos sentimentos – de alegria, de esperança, de satisfação, de bem-estar e de libertação,
mas também de tristeza, de repúdio e de revolta contra algumas atitudes e comportamentos.
O Homem tem por hábito festejar acontecimentos ou situações em que participa: nascimentos,
casamentos, festas de aniversário, vitórias e sucessos alcançados. A música é uma forma de criar ou de
reforçar laços e sentimentos entre familiares, amigos e comunidade, nestas e em outras celebrações, já
que, pela música, se exterioriza a alegria, a felicidade e a comunhão de interesses.
Conclui-se, portanto, que a música é poderosa. A melodia que transmite veicula sentimentos, de
alegria ou de tristeza, de acordo com o estado de espírito de quem a compõe e é interiorizada, por
quem a ouve, proporcionando sensações de satisfação, de bem-estar, de libertação e de esperança.
[311 palavras]