Você está na página 1de 1

Sequncia 1.

Fernando Pessoa Teste 1

Sugestes de resoluo do Teste 1

Grupo I
A
1. Atravs da exclamao do verso 5, o sujeito potico apresenta os seus sentimentos
relativamente a Cesrio Verde. A sua pena decorre do facto de o autor novecentista ter vivido na
preso na cidade (v. 6), ainda que possusse os traos de carcter e a maneira de ver o mundo
tpicos de um campons (v. 5), conforme descreve nos versos da segunda estrofe.

2. A descrio de Cesrio Verde reala as qualidades que o aproximam de um campons (v. 5),
como o prprio Caeiro, empenhado em envolver-se e observar a realidade. O autor caracterizado
por meio de aluses Natureza (vv. 10-12 e 15-17) e de metforas e comparaes que evidenciam
a ligao ao contexto natural e a propenso antimetafsica da poesia de Alberto Caeiro (vv. 5-6 e
15-17).

3. A comparao, usada nos trs ltimos versos do poema, salienta a relevncia que o campo,
enquanto espao conotado com a felicidade, adquire na poesia de Cesrio Verde, por oposio
cidade. Por outro lado, associa essa dicotomia espacial do poeta do sculo XIX vertente
antimetafsica e objetivista da poesia de Alberto Caeiro.

B
4. Ao anoitecer, a cidade marcada pela soturnidade (v. 2) e pela melancolia (v. 2), decorrentes
do cu [...] baixo e de neblina (v. 5), do gs extravasado (v. 6) e da cor montona e londrina
dos edifcios (vv. 7-8). Este ambiente provoca no sujeito potico um desejo absurdo de sofrer (v.
4), a sensao de tontura (v. 6) e o desejo de evaso (vv. 9-10). Contribui, tambm, para a sua
disposio para a deambulao pela cidade, a que associa a reflexo sobre o real que o envolve
(vv. 19-20).

5. A ltima estrofe remete para o imaginrio pico recuperado por Cesrio Verde em O sentimento
dum ocidental. Durante a deambulao, a viso do cais a que se atracam botes (v. 20) suscita ao
sujeito potico a evocao de Cames e das soberbas naus representativas do seu tempo e a
constatao magoada da impossibilidade de regresso ao tempo grandioso por elas simbolizado.

Grupo II
1. (C). 2. (D). 3. (B). 4. (D). 5. (B). 6. (A). 7. (B).
8. Modificador (orao subordinada adverbial temporal).
9. Al (l. 17).
10. Apcope, sncope e sonorizao.

Grupo III
Tpicos de resposta:
A heteronmia como mais-valia da obra pessoana.
A produo dos diversos heternimos enquanto forma de expresso da multiplicidade criativa de
Pessoa.
As poticas dos heternimos como processo de expanso e diversificao da capacidade lrica de
Fernando Pessoa (e no como mero resultado de uma fragmentao inconsequente).

OEPX12TQA P orto Editora

Você também pode gostar