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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

Faculdade de Economia, Administração, Ciências Contábeis e


Atuariais

JULIANA OLIVEIRA DO NASCIMENTO

A FRUGALIDADE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19

São Paulo
2022
JULIANA OLIVEIRA DO NASCIMENTO

A FRUGALIDADE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19

Relatório final de Iniciação Científica


apresentado a Coordenação do
Comitê Institucional de Iniciação
Científica da PUC/SP.

Orientador: Prof. Dr. Augusto Felippe Caramico dos Santos

São Paulo
2022
SUMÁRIO

1. Introdução .............................................................................................................X
2. Atividades Desenvolvidas .....................................................................................X
2.1 Sistemática adotada pelo professor na orientação .........................................X
2.2. Objetivos alcançados, dificuldades e estratégias ...........................................X
2.3. Atividades realizadas durante a pesquisa ......................................................X
3. Relatório Científico ...............................................................................................X
3.1. Resultados e Discussão .....................................................................................X
3.2. Método Utilizado e Avaliação ..........................................................................X
4. Resumo ...................................................................................................................X
5. Bibliografia .............................................................................................................X
6. Apêndice ..................................................................................................................X
1. INTRODUÇÃO
Os brasileiros têm acompanhado cada vez mais apreensivos os desdobramentos
das diversas reformas necessárias ao país para que a economia possa ter avanços
significativos e alicerces estruturados para o futuro da nação (SULAMERICA
INVESTIMENTOS, 2020) e com o contexto da pandemia do COVID-19 não foi
diferente.

A nova cepa do vírus SARS-Cov2, trouxe um cenário caótico para o mundo e


consequentemente para o mercado financeiro, que fez com que repensássemos diversos
fatores da nossa vida como a questão do contato físico, a adaptação dos ambientes
escolares para o meio remoto e também, no cuidado com o quanto poupamos e com a
forma com que investimos.

O presente trabalho teve por objetivo a investigação sobre com a pandemia


impactou os hábitos de investimento dos brasileiros, considerando fatores como
endividamento e também, os níveis de desemprego. Além disso, a análise abordará
como as heurísticas afetam os investidores em sua tomada de decisões.

Hoje, encaramos um cenário democratizado com relação a educação financeira,


considerando inclusive a questão da internet e das redes sociais e também, pela questão
dos influencers financeiros. Contudo, a pauta da educação financeira ainda é bastante
defasada, o que acaba por contribuir com altos níveis de endividamento e a ausência de
um futuro no qual haja estabilidade financeira ou até mesmo uma aposentadoria com
tranquilidade monetária.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor


realizada em 2022, o Brasil atingiu uma máxima histórica quando falamos de
endividamento e estima se que 77,5% das famílias brasileiras estão endividadas,
tornando se assim o maior percentual em 12 anos. Esses dados vão de encontro aos
resultados obtidos no boletim Desigualdade nas Metrópoles produzido pela PUC-RS
que mostram que a renda média dos mais pobres voltou a cair no 1º trimestre, elevando
para 25,2% a fatia da população nas regiões metropolitanas do país que vivem em lares
cujo rendimento médio per capita é de no máximo 1/4 do salário mínimo, ou seja, R$
303 por pessoa.

Segundo Kahneman e Riepe (1998, apud ÁVILA e BIANCHI, 2019, p. 195), a


tomada de decisão é influenciada por questões sociais e emocionais do indivíduo, assim
quando ele decide investir, há fatores psicológicos e cognitivos que influenciam suas
ações. Dessa forma, cada indivíduo possui razões para poupar ou realizar investimentos
e alguns, possuem razões que os impedem de fazê-lo, cujo análise e delimitação desse
perfil foi um dos objetivos centrais do presente trabalho. Dessa forma, a questão das
heurísticas, também trazem impacto na tomada de decisão relacionada aos
investimentos.

Um indivíduo pode ser considerado como um executor míope, que avalia as


opções apenas considerando os benefícios para sua realidade atual e um planejador de
longo alcance, que se preocupa com as opções pela perspectiva vitalícia (THALER e
SHELFRIN, 1988).

Para que houvesse uma análise fidedigna, foi utilizado, além da bibliografia, um
formulário do Google para coleta de informações relacionadas aos hábitos financeiros
dos brasileiros. O intuito foi o de entender os impactos que a pandemia causou e como
está a relação com as finanças nesse momento de retomada pós pandemia. Como forma
de comparação, foram usadas pesquisas realizadas anteriormente, para que fosse
possível entender mais a fundo os impactos e realizar um confronto dos dados.
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.1 SISTEMÁTICA ADOTADA PELO PROFESSOR NA


ORIENTAÇÃO

Desde o início da pesquisa, muitas dúvidas surgiram da minha parte com relação
a todo processo que envolve a realização da iniciação científica. Porém, o professor
sempre se mostrou disponível e atencioso com todas as minhas questões, o que me
deixou confortável para dar os primeiros passos e pensar no tema o qual eu gostaria de
pesquisar no período proposto.
A princípio, optamos por realizar reuniões semanais, considerando a dificuldade
da minha parte de definir os temas para a pesquisa e com o objetivo de que esta tomasse
forma. Essa dinâmica foi bastante proveitosa, pois eu nunca havia tido contato com a
área acadêmica no sentido de pesquisa e o professor sempre esteve disponível quando
surgiam dúvidas.
Como se trata de um tema de pesquisa voltado para uma área em que o professor
atua de forma bastante presente, todas as pontuações, sugestões e direcionamentos
foram fundamentais e enriqueceram o presente trabalho, que contribuiu de forma
bastante significativa para minha vida acadêmica, profissional e também pessoal.
Houve um pouco de dificuldade da minha parte de delimitar o tema e o que não
fazia parte dele. Em decorrência disso, mantivemos as reuniões semanais e estas, foram
muito proveitosas, considerando as orientações que o professor Augusto me passava a
cada reunião.
Após alguns meses seguindo essa dinâmica, considerando os avanços da
pesquisa, optamos por realizar reuniões quinzenais para debatermos os progressos e
alinhamentos sobre o tema. Realizamos essas reuniões via telefone, pois, mesmo com o
avanço da vacinação e a queda dos casos de COVID-19, achamos prudente ter
precaução e também, dessa forma obtivemos um melhor enquadramento nas nossas
agendas.
Em todos os encontros o professor me direcionou e por diversas vezes, me
auxiliou na busca por referências bibliográficas que pudessem embasar de forma mais
assertiva a pesquisa e assim, prosseguir com os avanços desta.
O professor foi bastante atencioso com todas as questões que levantei durante
todo o processo e foi de extrema importância todo o suporte que ele me deu em todas as
etapas desenvolvidas até o momento final, para que houvesse progresso na pesquisa e
ela se desse da forma mais proveitosa possível. Foi bastante proveitoso e engrandecedor
para minha jornada acadêmica realizar essa pesquisa sob sua orientação.
2.2 OBJETIVOS ALCANÇADOS, DIFICULDADES E
ESTRATÉGIAS

Ao iniciar a pesquisa, me dei conta do quão vasto e amplo é o mercado


financeiro e suas nuances, e também, sobre como o tema escolhido deveria ser
desenvolvido de forma criteriosa, considerando que ainda estamos vivendo todo o
contexto da pandemia. Mesmo com o avanço da vacinação e a retomada das rotinas
presencias, os impactos ainda estão bastante presentes nos mais diversos setores e não
se sabe ao certo, até quando viveremos sob as consequências da pandemia.
Além da preocupação com as questões de saúde e sanitárias, a questão
financeira, sem dúvidas, foi e é uma das grandes preocupações dos brasileiros. Diante
dessa situação, muitos brasileiros se viram forçados a analisar seus gastos, reduzir
despesas e ponderar os próximos passos, fazendo com que se passasse a buscar novas
formas de investimento, na busca por um maior rendimento do dinheiro.
Uma pesquisa realizada pela B3 – Brasil Bolsa e Balcão, mostra crescimento de
mais de 43% no número de investidores no primeiro semestre de 2021 se comparado
com o mesmo período de 2020, fechando o mês de junho com 3,8 milhões de contas.
Considerando a amplitude das inúmeras possibilidades de recorte para a
pesquisa, isso fez com que fosse necessário delimitar o tema e fazer o delineamento
deste, para que o trabalho não ficasse vago e para que os objetivos fossem alcançados.
Essa foi, ao meu ver, uma das maiores dificuldades do processo.
A forma que eu e o professor Augusto encontramos foi o de definir com muita
clareza o que agregaria a pesquisa e o que poderia ficar em segundo plano. Contudo, em
todas as leituras, eu considerava muitos pontos importantes e isso tornava o trabalho
superficial, pois não seria possível me aprofundar em todos os aspectos que eu propus
dentro do período proposto. O professor foi brilhante me dando um norte e me
auxiliando a identificar o que realmente deveria ser acrescentado, justamente para que o
trabalho fosse bem desenvolvido.
Um outro ponto que foi dificultoso foi o de analisar as informações e criar
conexões entre elas. Embora eu seja uma aluna de graduação, a leitura acadêmica ainda
é um terreno que estou explorando vagarosamente. Algumas fontes encontradas me
trouxeram informações importantes, como o fato de que ao tomar decisões, muitas
vezes os indivíduos são guiados por probabilidades e crenças, geralmente iniciados com
“eu acho...”, que pelo seu ponto de vista estão corretos, mesmo sem envolver um
embasamento lógico. Denominam-se esses atalhos mentais “heurísticas” e sua aplicação
pode guiar o indivíduo a decisões equivocadas (KAHNEMAN e TVERSKY, 1974).
Todas as vezes que eu encontro um termo desconhecido, faço buscas sobre ele e até
mesmo peço suporte as pessoas que conheço que já atuam na área, para que assim eu
consiga entender e assimilar este de forma mais intrínseca.
Quando iniciei a pesquisa, meu recorte era a grosso modo, falar sobre como a
pandemia do COVID-19 afetou nossa forma de investir, nossa forma de poupar ou
guardar dinheiro. Entretanto, os materiais que encontrei não traziam diretamente essas
informações, o que me levava a buscar outros conteúdos para embasar a pesquisa e
conseguir prosseguir com ela.
Ao me propor a pesquisar, busquei me abster de preconceitos, mas sempre na
busca por materiais que possuíssem bases científicas, por se tratar de um trabalho com
tamanho peso na minha jornada acadêmica. Busquei como leitura complementar, livros
que possuíssem conteúdos voltados para finanças comportamentais, pois isso auxiliaria
meu acervo de conhecimento sobre o tema para que a pesquisa fosse mais produtiva.
Busquei livros dos mais diferentes autores, com o intuito de absorver diferentes visões e
assim, poder continuar a pesquisa e interligar essas informações aos resultados das
buscas que encontrei.
Realizar a presente pesquisa, foi um tanto quanto desafiador e complexo, mas
em contra partida, foi bastante instigante e curioso. Considerando todas as mudanças
que a pandemia trouxe para o cotidiano de tantos brasileiros, considero um privilégio a
oportunidade de ter realizado essa pesquisa, apesar das eventualidades que surgiram
pelo caminho.
2.3 ATIVIDADES REALIZADAS DURANTE A PESQUISA

Atualmente estou estagiando na área de investimentos de uma corretora ligada a


um banco privado, o que me permitiu de certa forma, adquirir mais conhecimentos para
o embasamento da pesquisa.
Como forma de adquirir mais conhecimento sobre o tema pesquisado e também,
para minha vida profissional, busquei realizar cursos oferecidos pela ANBIMA voltados
para o conhecimento do perfil do investidor, sobre o mercado financeiro de forma geral
e gestão de risco e mercado. A empresa que estagio também oferece constantemente
cursos voltados para o mercado financeiro em parceria com a plataforma FK Partners e
também, por meio de uma plataforma interna chamada Ágora Academy. Todos foram
motivados inicialmente pelo meu desejo de conhecer e aprender mais sobre o universo
financeiro e também, pela motivação de poder realizar uma pesquisa com mais bagagem
sobre o assunto.
Além disso, de forma constante tenho a oportunidade de acompanhar alguns
assessores prestando atendimento a investidores da corretora, o que muito me auxilia a
ver na prática aquilo que encontro nos resultados das pesquisas bibliográficas e assim,
realizar a conexão sobre como todos os estudos e leituras se aplicam na realidade.
Tenho buscado cada vez mais ler livros voltados para a área de finanças
comportamentais e um em especial que foi bastante agregador foi "Pai Rico, Pai Pobre"
(KIYOSAKI, R. e LECHTER, S., Pai Rico, Pai Pobre, Alta Books, 5 de setembro de
2005), que traz um reflexo do que encontrei durante as pesquisas: a relação conturbada
com as finanças atrelado ao mito de que isso é um tabu, algo que não deve ser colocado
em pauta. Um trecho do livro que muito me chamou a atenção foi “ricos ficam mais
ricos, pobres ficam mais pobres e a classe média luta com as dívidas; é que o assunto
dinheiro não é ensinado nem em casa nem na escola. [...].” (2000, p. 14), que nos leva a
uma das questões primárias sobre a questão do endividamento, que será abordada
posteriormente na pesquisa. Falar sobre dinheiro é algo que ainda é visto como tabu nas
relações e com isso, se cria uma cultura de ignorância e também, problemática. Mesmo
diante da democratização da educação financeira, considerando youtubers que falam a
respeito, ainda existe a questão do pudor voltado para o dinheiro nas relações.
Considerando que a produção científica é um campo que estou explorando de
forma vagarosa, busquei exemplos na prática que pudessem nortear e contribuir para o
desenvolvimento da pesquisa. Minha faculdade permite que os alunos acompanhem
defesas de mestrado dos mais diversos temas do Programa de Pós-Graduação de
Administração – PPGADM, e essa foi, sem dúvidas, uma atividade que contribuiu de
forma significativa para que eu tomasse mais familiaridade com a área acadêmica.
Acompanhei algumas defesas de dissertações de mestrado, as quais os alunos da
graduação foram convidados com o intuito de se ter um exemplo de como responder a
uma arguição e como construir uma boa pesquisa. Embora os temas fossem divergentes
do meu tema de pesquisa e voltados para o Marketing, a oportunidade de acompanhar
os resultados finais de uma pesquisa como as realizadas me permitiram desenvolver um
olhar mais crítico para a minha própria pesquisa e entender melhor todo o campo da
produção de conhecimento.
Um dos inúmeros pontos que a iniciação me ajudou muito, foi o fato de me dar
mais embasamento na escolha da carreira que pretendo seguir profissionalmente.
Sempre houve muito interesse pelo mercado financeiro, mas ao desenvolver esse
trabalho e também no meu atual estágio, tive a certeza de que quero permanecer nessa
área, o que me levou a buscar minha primeira certificação Anbima, para a qual estou
estudando e conciliando os estudos com a pesquisa, o que também tem me auxiliado no
desenvolvimento desta.
3. RELATÓRIO CIENTÍFICO

3.1 RESULTADOS E DISCUSSÃO

É inegável o quanto a pandemia da COVID-19 nos fez adaptar, evoluir e


modificar diversas coisas para que os ambientes se tornassem seguros. Tais mudanças
foram tão intensas que impactaram todas as áreas da nossa vida, como os encontros com
amigos e familiares, a rotina de ida ao trabalho ou faculdade e também, nossa forma de
lidar com o dinheiro.
Em um cenário bastante crítico, onde aos poucos se tinha luz sobre informações
sobre o vírus tão letal, foi de extrema importância pensar na questão financeira. Muitas
questões foram levantadas em conjunto com a incerteza, afinal, a pandemia deixou
marcas tão profundas que não se sabe até quando lidaremos com esses impactos na
economia. Um dos fatores mais preocupantes é a questão do desemprego no Brasil, pois
muitas empresas se viram forçadas a reduzir custos e com isso, houve o desligamento de
muitos funcionários ocasionando a maior alta do desemprego desde 2012, segundo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totalizando uma taxa média anual
de 13,8%.
Quando se trata de um panorama onde temos uma preocupante alta do
desemprego, algumas questões ficam em pauta. Uma delas é a questão da renda, pois,
nesse cenário pandêmico, muitas pessoas se viram desempregadas, sem reserva de
emergência e sem recursos de suporte do governo, que posteriormente realizou a
iniciativa do Auxílio Emergencial, visando reduzir os impactos na vida financeira dos
muitos brasileiros que agora não possuíam mais empregos formais.
O objetivo desse estudo foi o de entender o perfil de investimento dos brasileiros
durante a pandemia, como esta impactou sua forma de poupar e os que não poupam ou
não possuem reservas de emergência, a razão pela qual não as fazem. Considerando que
mesmo que estejamos retomando aos poucos a vida ao que era antes do COVID19, os
impactos são profundos e através do presente trabalho, poderemos entender melhor
como está a relação do brasileiro com seus investimentos, se recuperando de uma
pandemia que ainda se faz presente. Contudo, o tema de pesquisa é bastante amplo,
sendo necessário estudos complementares, considerando a complexidade do assunto,
uma vez que quando falamos de finanças comportamentais, estamos abrangendo não
somente a área da economia e das finanças, mas também, as áreas da psicologia e da
sociologia.
Um recorte que nos permite compreender melhor o panorama da situação e do
que pode ser um dos fatores influenciadores da maneira como investem, são os aspectos
geracionais que é o que nos mostra um estudo realizado pela Anbima (2019), que cada
geração apresenta um vínculo diferente com o dinheiro, sendo:
Baby Boomers (nascidos no pós-guerra) e Geração X (nascidos entre 1960 e
1980): são pessoas adeptas de estabilidade, sendo assim, essa geração tem como
objetivo emprego estável em uma empresa e construir uma reserva para aposentadoria.
Por terem vivenciado períodos de instabilidades econômicas, com altas inflações,
tiveram contato com a dificuldade em fazer planejamentos.
Geração Y ou Millenials (nascidos entre 1980 e 1990): são antenados e
otimistas, as pessoas dessa geração poupam e pensam no longo prazo, mas podem ainda
não estar bem situadas com relação a empregabilidade, portanto sua renda ainda é baixa.
Tem como objetivo trabalhar com propósito, mas sem muito foco em construir uma
carreira, portanto, podem encarar dificuldades para se aposentarem.
Geração Z (nascidos a partir de 1990): são bem informados, pois nasceram em
uma época de alto desenvolvimento tecnológico. São questionadores, então vão em
busca de informação antes de tomar decisões. Por terem vivenciado instabilidades
econômicas, são afetados por baixa remuneração em seus empregos. Mudam de ideia
constantemente, em decorrência do acesso contínuo a internet. Tem o hábito de poupar
dinheiro, porque temem perder o que conquistaram.
Vários fatores acarretam em cenários onde pessoas não conseguem ter uma vida
financeira organizada e isso se dá por não haver uma cultura de educação financeira, o
que a longo prazo pode resultar em questões relacionadas a finanças e também, pode
transformar essas pessoas em números (endividados). Robert Kiyosaki (1997, p. 19),
diz:
“O dinheiro é uma forma de poder. Mais poderosa ainda, entretanto, é a instrução financeira. O
dinheiro vem e vai, mas se você tiver sido educado quanto ao funcionamento do dinheiro, você adquire
poder sobre ele e pode começar a construir riqueza. O motivo pelo qual o simples pensamento positivo
não funciona é porque a maioria das pessoas foi à escola e nunca aprendeu como o dinheiro funciona, e
assim passam suas vidas trabalhando pelo dinheiro.”
A citação acima nos leva diretamente a outro aspecto que contribuiu para traçar
o perfil dos brasileiros que não poupam dinheiro e uma possível razão para não o fazê-
lo. Os altos índices de endividamento do Brasil se tornam alarmantes e mesmo com a
iniciativa do governo federal referente ao Auxílio Emergencial, a Pesquisa de
Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada em agosto de 2021,
pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra
que em Abril de 2021 o número de brasileiros endividados bateu recorde, totalizando
67,5%. Desse número, 24,2% de pessoas possuem dívidas e ou contas em atraso e
10,4% não terão condições de pagar.
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 divulgada pelo IBGE,
aproximadamente 72,4% da população brasileira viviam em famílias que possuíam
alguma dificuldade para arcar com as despesas mensais, 58,3% em famílias que
alegavam dificuldade. Apesar dos números, a utilização do crédito não é algo
necessariamente negativo, pois ele aumenta os níveis de consumo das famílias com sua
utilização, contudo, é preciso muita cautela e um planejamento ao utilizá-lo
considerando que a situação atual ainda é de muita incerteza.
Outro ponto interessante e que foi considerado para o presente estudo, é
referente a participação ativa dos idosos na contribuição financeira do sustento da casa.
De acordo com dados da PNAD Contínua (PNADC), em 2019, dos 72,6 milhões de
domicílios brasileiros, 35,0% tinham pelo menos um idoso residindo. Nestes domicílios
moravam 65,3 milhões de pessoas, em média 2,6 pessoas por domicílio, das quais 30,9
milhões eram não idosas. Dentre os não idosos, 16,9 milhões não trabalhavam. Os
idosos contribuíam com 70,6% da renda destes domicílios e 62,5% de sua renda vinha
de aposentadorias ou pensões.
Certamente diversos fatores impactam na escolha ou na falta dela no momento
de poupar dinheiro e realizar investimentos. Após mencionar a questão do desemprego
ocasionado pela pandemia, do endividamento dos brasileiros e dos números
relacionados aos aposentados que hoje são um dos alicerces relacionados ao sustento
financeiro de suas casas, um ponto importante é o de entender sobre os brasileiros que
investem e onde eles investem seu dinheiro.
Quando falamos sobre investimentos, estamos abrangendo não somente os
indivíduos que operam na B3, mas também, aqueles que poupam todos os meses uma
quantia com o intuito de ter mais estabilidade e segurança no futuro. Considerando as
particularidades de qualquer ser humano, cada investidor possui um perfil que norteia
sua forma de poupar e investir seu dinheiro e esse API (Análise do Perfil do Investidor)
é de extrema importância justamente para que o investimento esteja alinhado com o
quanto de risco aquele investidor está disposto a correr e também, seus objetivos a
curto, médio e longo prazo. Além disso, a forma com que lidam com suas finanças é um
reflexo de sua visão de mundo, de vida e resultado da forma como enxergam seus
relacionamentos de forma geral.
Ao falarmos sobre o API, é interessante mencionar o estudo relacionado as
heurísticas e vieses comportamentais, que direcionam a forma como o investidor realiza
suas aplicações. Falando sobre as heurísticas, existem três tipos que podem ser
utilizadas na tomada de decisão (KAHNEMAN e TVERSKY, 1974):
Representatividade: Se trata de um atalho de raciocínio, pois ela induz a
conclusões com base em associação a eventos anteriores com características similares.
Sendo assim, quando o indivíduo se vê na necessidade de tomar uma decisão, ele se
baseia em acontecimentos vividos anteriormente semelhantes aquela situação. Pode ser
classificada com a arte de usar estereótipos para analisar o presente.
Disponibilidade: Quando o indivíduo faz uma análise considerando apenas
fatores que são facilmente lembrados, excluindo aqueles relevantes para chegar a uma
determinada conclusão. Aplicando em um cenário, ele acredita ser altamente provável
um evento, apenas considerando o que ele acredita ser importante, fazendo uma análise
parcial, sem considerar todas as variáveis envolvidas.
Ancoragem: Relacionada com a heurística da representatividade, a ancoragem
induz o indivíduo a tomar decisões baseando-se em informações que ele recebeu, que
comprovam uma suposição que ele já tinha em mente. A ancoragem induz ao viés de
excesso de confiança, fazendo com que se faça estimativas baseando-se em
comprovações consideradas precisas, mas que podem não ser suficientes para a tomada
de decisão.
Temos hoje, muitos brasileiros investindo na bolsa de valores e isso se dá em
decorrência da democratização ao acesso a informação, aos influencers financeiros e a
facilidade que existe hoje na abertura de contas em corretoras.
A incerteza econômica e as constantes quedas nas taxas de juros fizeram com
que os brasileiros começassem a questionar também os modelos tradicionais de
formação de reserva de emergência somente na caderneta de poupança e repensar a
confiança fundamentada nas orientações de investimento dos gerentes de
relacionamento dos bancos tradicionais (WARREN BLOG, 2021).
Contudo, um estudo feito pela ANBIMA em 2018, mostrou que em 2017,
apenas 9% aplicaram em produtos financeiros e menos da metade da população (42%)
tinha algum dinheiro guardado ao final do ano em questão. A maior razão para o não
investimento é um tanto quanto óbvia: a falta de dinheiro. Contudo, para o brasileiro o
conceito de investimento é muito mais amplo do que guardar dinheiro, compra de
imóveis, veículos ou até mesmo cursos e viagens são considerados investimentos
também.
Ainda segundo essa pesquisa da ANBIMA, 89% dos brasileiros preferem a
caderneta de poupança, ainda que esta não seja o investimento mais vantajoso falando
de rendimento. E esse favoritismo está presente em todas as rendas, mas é ainda maior
entre as pessoas com ganhos mensais superior a dez salários mínimos (44%).
Como método de pesquisa, a opção escolhida foi a de pesquisa quanli-quanti,
onde foram considerados tanto a interpretação dos subjetivos quanto números
estatísticos. Sendo assim, além da base bibliográfica, um questionário eletrônico foi
utilizado como forma de enriquecer a análise. Nele continham perguntas abertas e
também, de múltipla escolha relacionada aos hábitos financeiros para buscar mapear o
perfil de investimento dos brasileiros e como a pandemia afetou este.
Alguns dos principais cruzamentos de dados relevantes para contemplar a
pesquisa serão apresentados em formato de gráficos. Foram coletadas respostas de
pessoas de 18 a 50 anos, que possuem empregos com vínculo CLT, estágio e
autônomos.
Por meio das respostas coletadas, foi possível observar que ainda que a
pandemia tenha impactado na forma de investir e poupar dinheiro, das 40 pessoas que
responderam a pesquisa, somente 47,5% possuem reserva de emergência. Em contra
partida, 52,5% dos respondentes informaram que não possuem reserva de emergência.
Os dados vão de encontro a uma pesquisa realizada pela fintech Neon, que apontou que
44% dos brasileiros declararam ter uma reserva de emergência em abril de 2020, no
início da pandemia. O número saltou para 57% em junho de 2021.
Gráfico 1: Fontes de informação acerca de reserva de emergência:
Fonte: elaborado pelo autor

Quando questionado acerca dos impactos que a pandemia trouxe para a vida
financeira dos indivíduos, as respostas que afirmaram as mudanças foram de 82,1%
versus 17,9% que alegaram não terem sofrido impactos.
Gráfico 2: Impactos nos investimentos relacionados a pandemia:

Fonte: elaborado pelo autor

Dentre as perguntas, uma delas se referia a vida profissional, criando conexão


com os altos índices de desemprego divulgados pelo IBGE no primeiro trimestre de
2022, que apontou 11,9 milhões sem emprego. Das 40 respostas, 39,5% das pessoas
mudaram de emprego, enquanto que 10,5% ficaram desempregados e não conseguiram
se recolocar no mercado de trabalho, se tornando parte dos brasileiros impactados na
pesquisa mostrada pelo IBGE. 7,9% dos respondentes se tornaram autônomos e optaram
por empreender e 2,6% permaneceram no mesmo emprego.
Gráfico 3: Pergunta sobre a vida profissional durante a pandemia:
Fonte: elaborado pelo autor

Segundo o índice de endividamento, divulgado pela Confederação Nacional do


Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que mostrou que 77,7% das famílias
brasileiras fecharam o mês de maio com alguma dívida, contra 77,5% em março.
Baseado nesses dados, duas perguntas relacionadas a cartão de crédito, considerando
que nessa pesquisa, o maior fator da alta inadimplência foi a utilização do cartão.
Gráfico 4: Pergunta relacionada a cartão de crédito:

Fonte: elaborado pelo autor

Gráfico 5: Pergunta acerca do pagamento das faturas do cartão de crédito:


Fonte: elaborado pelo autor

De acordo com os dados coletados por meio do questionário que corroboram


com as pesquisas realizadas, pode ser concluir que a pandemia trouxe grandes impactos
aos hábitos financeiros dos brasileiros não sendo possível a conclusão sobre o fato deles
se darem a longo prazo. A questão do alto índice de endividamento vai de encontro a
questão do período de incerteza que a pandemia ocasionou e também, aos fatores de
desemprego.
É válido ressaltar que o mercado de investimentos se tornou mais acessível ao
público em geral por conta do movimento iniciado pelas Fintechs e em grande parte
pelos digitais influencers, que contribuem para a democratização da educação
financeira.
3.2 MÉTODO UTILIZADO E AVALIAÇÃO

O método de pesquisa utilizado foi quali-quanti, considerando que a primeira


está ligada a quantidade, onde seria interessante mapear quantos brasileiros sofreram
com os impactos da pandemia em suas finanças. Já a segunda se refere a descrição do
objeto estudado, ponderando que os dados deveriam ir de encontro a bibliografia que
serviu de base para que a presente pesquisa se desse. A junção de ambas foi considerada
pertinente, uma vez que houve a possibilidade de analisar dados numéricos e
quantitativos com uma interação participativa.
Como forma de coleta das respostas, foi utilizado um formulário eletrônico,
considerando as limitações impostas pela pandemia do COVID-19, mesmo diante do
avanço da vacinação. No questionário contém perguntas fechadas com o objetivo de
realizar a comparação com os dados bibliográficos. O questionário foi aplicado de 20 de
julho a 18 de julho de 2022 contando com a participação de 40 respondentes. As
informações coletadas foram transformadas em gráficos e tabuladas.
Os participantes foram brasileiros, de 18 a 61 anos, que possuíssem vínculo
CLT, estágio ou que fossem autônomos. A escolha da faixa etária se deu considerando
que o objetivo central da pesquisa é o de entender se houve ou não impactos na vida
financeira ocasionados pela pandemia, sendo assim, fez sentido abranger o maior
número de indivíduos. Assim como a questão da idade, a região na qual os indivíduos
residem também não foi definida para que a amostra fosse mais ampla e permitisse uma
análise geral sobre o cenário pós-pandêmico voltado para as finanças.
Considerando o proposto, a avaliação obtida acerca do uso do método foi
satisfatória, uma vez que foi possível a análise dos dados considerando as informações
obtidas durante as leituras para desenvolvimento da pesquisa.

4.0 RESUMO
O presente trabalho teve por objetivo a análise acerca dos impactos da pandemia
do COVID-19 na vida financeira dos brasileiros, relacionado a reservas de emergência e
investimentos, níveis de endividamento e também, as taxas de desemprego. Como
forma de atribuir mais embasamento a pesquisa, a análise abordará a forma como as
heurísticas impactam no momento de tomada de decisão dos investidores.
5. BIBLIOGRAFIA
SulAmérica Investimentos. Cenário Econômico: 2020. Uma breve retrospectiva.
Disponível em: https://www.sulamericainvestimentos.com.br/cenario-economico-2020/.
Acesso em: 4 março. 2022.
AVILA, F.; BIANCHI, A. Guia de Economia Comportamental e Experimental. 2 ed.
São Paulo: Editora EC, 2019. EconomiaComportamental.org. Disponível em
www.economiacomportamental.org. Licença: Creative Commons Attribution CC-BY-
NC – ND 4.0
B3. B3 divulga estudo sobre os 2 milhões de investidores que entraram na bolsa entre
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7. APÊNDICE
Qual sua faixa etária?
a) De 18 a 25 anos
b) De 26 a 31 anos
c) De 31 a 42 anos
d) De 43 a 52 anos
e) De 54 a 61 anos

Onde você reside?


a) São Paulo Capital
b) Região Metropolitana de São Paulo
c) Outros

Você possui reserva de emergência?


a) Sim
b) Não
A pandemia impactou na sua forma de investir?
a) Sim
b) Não
Caso a resposta anterior tenha sido sim, selecione a opção que mais se aproxima do
motivo:
a) Comecei a poupar e investir mais dinheiro
b) Possuía um perfil de investidor moderado (Alta aversão ao risco) e alterei para
investidor arrojado (Maior propensão ao risco)
c) Possuía um perfil arrojado (Maior propensão ao risco) e alterei para investidor
moderado (Alta aversão ao risco)
d) Utilizei minha reserva de emergência
e) Parei de poupar e investir meu dinheiro
f) Outros
Assinale a alternativa que condiz com sua vida profissional durante a pandemia:
g) Mudei de emprego
h) Fiquei desempregado (a), mas me recoloquei no mercado de trabalho
i) Fiquei desempregado (a) e não consegui me recolocar no mercado de trabalho
j) Me tornei empreendedor/autônomo
Você possui cartão de crédito?
a) Sim
b) Não
Caso a resposta anterior tenha sido sim, assinale todas as alternativas que se encaixam
na sua situação durante a pandemia
a) Realizei o pagamento mínimo do valor da minha fatura
b) Realizei parcelamento de fatura
c) Cancelei os cartões de crédito que eu possuía
d) Não atrasei o pagamento, não realizei parcelamento de fatura e nem realizei
pagamento mínimo

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