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ITAJAÍ - UNIDAVI
CAMPUS RIO DO SUL
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
WILLIAM PAUL
RIO DO SUL, SC
2017
WILLIAM PAUL
RIO DO SUL, SC
2017
RESUMO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 6
2. O PROJETO DE DOCÊNCIA......................................................................................... 8
2.1. DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR .......................................................................... 8
2.2. DO ENSINO DE CIÊNCIAS ........................................................................................... 9
2.3. DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO............................................................................. 10
2.4. CONCEPÇÕES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO ....................................................... 11
2.4.1 Coração .................................................................................................................... 12
2.4.2 Vasos Sanguíneos .................................................................................................... 12
2.4.3 Das circulações ........................................................................................................ 13
2.4.3.1 Circulação sistêmica ......................................................................................... 13
2.4.3.2 Circulação pulmonar......................................................................................... 14
2.4.4 Dos componentes do sangue ................................................................................... 14
2.4.4.1 O plasma ............................................................................................................ 14
2.4.4.2 Os glóbulos vermelhos ...................................................................................... 14
2.4.4.3 Os glóbulos brancos .......................................................................................... 15
2.4.4.4 Plaquetas ........................................................................................................... 15
2.4.5 Sistema ABO ............................................................................................................ 16
2.4.6 Doenças do sistema circulatório/cardiovascular ................................................... 16
2.4.6.1 Aterosclerose ..................................................................................................... 17
2.4.6.2 Hipertensão arterial............................................................................................ 17
2.4.6.3 AVC (Acidente Vascular Cerebral) ................................................................... 17
2.4.6.4 Anemia .............................................................................................................. 17
2.4.6.5 Varizes ............................................................................................................... 18
2.5. CONCEPÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO ............................................................... 18
2.6.DAS ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS .............................................................................. 19
2.6.1 Do planejamento...................................................................................................... 20
2.6.2 Do livro didático ...................................................................................................... 20
2.6.3 Do quadro interativo ............................................................................................... 21
2.6.5 Vídeos ....................................................................................................................... 22
2.6.6 Do incentivo a pesquisa........................................................................................... 22
2.6.7 Do estudo de casa .................................................................................................... 23
3. DAS VIVÊNCIAS E O CONTATO COM A ESCOLA.................................................. 24
3.1 DA ESCOLA................................................................................................................... 24
3.2 DA PROFESSORA ......................................................................................................... 24
3.3 SÍNTESES DE OBSERVAÇÃO .................................................................................... 25
3.4 SÍNTESE DE ATUAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE ...................................................... 26
4. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 31
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 33
ANEXOS ................................................................................................................................. 38
APÊNDICES ........................................................................................................................... 41
6
1. INTRODUÇÃO
(2012) destaca que são valorizados os conhecimentos prévios dos alunos, sua vivência, sua
cultura e o senso comum. Ressalta que “também são valorizados os conhecimentos científicos
do professor e sua didática atrelada com as concepções do campo de conhecimento científico
em conjunto com as teorias científicas da ciência”(LEITE et al, 2012).
O presente trabalho foi desenvolvido no curso de Ciências Biológicas, pelo Centro
Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, campus de Rio do Sul, durante a
disciplina Estágio Supervisionado I, ministrado pelo professor orientador Dr. Marcos Vinicius
Hendges. Realizado com o 8º ano II, matutino, da Escola Municipal Christa Sedlacek,
localizada em Ibirama – SC, sob supervisão da professora efetiva Tatiane Avancini, teve
início no dia 04 de maio de 2017, com três aulas semanais, terminando no dia 06 de junho do
mesmo ano. Este relatório compõe a descrição das observações e das experiências vivenciadas
no período de observação e co-participação em sala de aula. Este trabalho tem como objetivos
a concretização do estágio supervisionado, procurar evidenciar a relação estabelecida entre o
prezado estudo acadêmico, sua prática como formação profissional e o alcance de níveis
satisfatórios dos resultados obtidos, em relação às metodologias propostas.
8
2. O PROJETO DE DOCÊNCIA
Libâneo (2013) ainda mensura categoricamente em sua obra que “um cientista busca
um objetivo que é a obtenção de novos conhecimentos e, para isso, utiliza métodos de
investigação científica. Já o estudante tem como objetivo a aquisição de conhecimentos e,
para isso, utiliza métodos de assimilação de conhecimentos”. Fazendo-nos refletir sobre a
importância de uma boa formação docente, e sua capacidade de relacionar a ciência à sala de
aula. Impondo assim, a reflexão de que a profissão docente só se consolida quando
efetivamente esse licenciando puder ser professor. A formação inicial fornecerá os elementos
teóricos, a reflexão sobre as atividades de ensino que foram elaboradas e o acompanhamento
das ações didáticas que realiza nesse processo de formação. “Mas que só influenciarão na
futura ação docente se puderem subsidiar uma ação reflexiva que inclui intuição, emoção,
paixão e não apenas soluções que possam ser tecnicamente ensinadas” (ZAMUNARU, 2006).
Impondo desta forma uma certa limitação na formação inicial.
Chassot (2016, pág.63) ilustra com suas palavras uma reflexiva colocação quanto ao
ensino de ciências:
“Faz-se necessário, porém, que a maneira com que se abordam as teorias científicas
seja alcançável à realidade do aluno que está em formação. Sendo assim, as metodologias
criadas para a busca de informações são fundamentais para a aprendizagem ser significativa”
(LEITE et al, 2012). O ensino de Ciências, em sua fundamentação, necessita de uma relação
constante entre a teoria e a prática, entre conhecimento científico e senso comum. Estas
articulações são de suma importância, sendo que a disciplina de ciências se encontra
subentendida como “uma ciência experimental, de comprovação científica, articulada a
pressupostos teóricos, e assim, a ideia da realização de experimentos é difundida como uma
grande estratégia didática para seu ensino e aprendizagem” (BUENO e KOVALICZN, 2008).
O Estágio deve ser uma ligação entre a universidade e as instituições de ensino. “Esta
ligação deve proporcionar aos alunos estagiários uma reflexão da realidade escolar vivenciada
para, a partir daí, contribuir com a construção de novas ideias educativas” (SILVA et al,
2009). A educação é responsável pela transformação e desenvolvimento social, refletindo a
necessidade e importância do futuro professor ter consciência de estar abraçando algo que vai
exigir dele uma entrega de corpo e alma. “E neste contexto, o professor necessita ter sede de
ensinar e esta realidade se efetivará se o aluno buscar um comprometimento com sua prática”
(SCALABRIN e MOLINARI, 2013).
O que pode e deve acontecer, é uma preparação do futuro docente com base em uma
formação que considere a autonomia e complexidade dos aspectos técnicos, didáticos,
políticos, éticos, de conhecimento teórico, de conhecimento prático, da experiência, de
relações e autoconhecimento, com a finalidade de perceber e identificar os aspectos de nossa
formação que merecem mais atenção ou aperfeiçoamento (BARBOSA e AMARAL, 2009).
Sposito (2009) aponta que, “por ser esse um momento único e que envolve profissionais de
11
diferentes níveis de ensino e com preocupações e objetivos semelhantes, qual seja, formar o
futuro professor, entende-se o estágio supervisionado como a construção do conhecimento
compartilhado”. “Mesmo que atuante no magistério, o professor no espaço do estágio tem a
possibilidade de se conhecer como sujeito que não apenas reproduz o conhecimento, mas
também pode tornar seu próprio trabalho de sala de aula em um espaço de práxis docente e
transformação humana” (PIMENTA e LIMA, 2012 pág. 132).
Scalabrin e Molinari (2013) sintetizam ainda que o estágio supervisionado dá a noção
do que o futuro professor irá enfrentar no seu dia a dia, aprendendo a lidar com as
adversidades diárias e conseguir atingir seu objetivo maior, que é promover o conhecimento.
Assim, é de responsabilidade do futuro professor, “demonstrar seu conhecimento pela teoria
aprendida, realizar seu trabalho com dignidade, demonstrar que tem competência, com
simplicidade, humildade e firmeza, lembrando-se que ser humilde é saber ouvir para aprender,
e ser simples é ter conceitos claros e saber demonstrá-los de maneira cordial” (BIANCHI,
2012 pág. 8).
A formação do professor pode estar relacionada “à aquisição de técnicas,
conhecimento, estratégias e procedimentos conciliados e relacionados ao contexto social e
histórico e ao tipo de cidadão que buscamos formar, visando sua atuação transformadora na
sociedade” (BARBOSA e AMARAL, 2009). Para auxilia-lo, Sposito (2009) argumenta que
no decorrer do estágio supervisionado, “na universidade o licenciando vincular-se-á a um
professor orientador para o mesmo, sendo esse outro profissional que o orientará, discutindo
com ele, fazendo-o refletir, agir e ressignificar seu entendimento e postura sobre a na
profissão escolhida”. Chassot (2016, pág.76) enfatiza em sua obra que “nas exigências às
professoras e professores, nestes novos tempos, em que devem deixar de ser informadores
para se tornarem formadores, está presente uma preocupação com um ensino que se enraíze,
na história da construção do conhecimento”.
2.4.1 Coração
“O Coração é um órgão muscular, impar e mediano que atua como uma bomba
propulsora de sangue, capaz de proporcionar pressão e sucção, atuando em conjunto com uma
imensa rede de vasos sanguíneos para conduzir sangue a todas as partes do corpo humano”
(VERONEZ, 2007).
“Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para fora do coração são as artérias.
Estas se ramificam muito, tornam-se progressivamente menores, e terminam em pequenos
vasos determinados arteríolas” (NETO, 2011). A partir destes vasos, o sangue é capaz de
realizar suas funções de nutrição e de absorção atravessando uma rede de canais
microscópicos, chamados capilares, os quais permitem ao sangue trocar substâncias com os
tecidos. Dos capilares, o sangue é coletado em vênulas; em seguida, através das veias de
diâmetro maior, alcança de novo o coração (APOSTILA, pág. 19 e 20). Veronez (2007)
introduz que as paredes da maioria dos vasos sanguíneos que compõe o sistema
cardiovascular possuem três camadas concêntricas de tecido. A túnica íntima, mais interna, é
composta de endotélio sustentado por delicado epitélio. A túnica média é a camada
intermediária que consiste basicamente em músculo liso. A túnica adventícia, mais externa, é
uma camada formada por tecido conjuntivo ou uma bainha, composta principalmente de
fibras elásticas e colágenas.
retorna ao coração pelas veias cavas, superior e inferior para o átrio direito” (VERONEZ,
2007).
2.4.4.1 O plasma
“O plasma é composto por água (90%), sais minerais (0,9%), proteínas (7%),
aminoácidos, açúcares, glicerol, ácidos graxos e vitaminas. Imunoglobulinas ou anticorpos,
relacionados aos mecanismos de defesa corporal” (LANDIM ,2011 pág123). Oliveira (2016)
coloca quanto às proteínas plasmáticas, “destacam-se a albumina, por ser a proteína mais
abundante no plasma e ter como função principal a regulação da pressão osmótica do sangue e
o fibrinogénio e fatores de coagulação que desempenham um papel crucial na hemóstase”.
2.4.4.4 Plaquetas
O Sistema ABO foi descrito em 1900 e permanece até hoje como o sistema mais
importante dentro da prática transfusional. Os anticorpos ABO estão presentes no soro dos
indivíduos, dirigidos contra os antígenos A e/ou B ausentes nas hemácias (FONTANA et al,
2006). No início do século XX, o cientista austríaco Karl Landsteiner, ao observar
aglutinações após a mistura de diferentes amostras de sangue, pode concluir:
Os soros na maioria dos casos poderiam ser separados dentro de três grupos. Em
muitos casos os soros do grupo A reagem com corpúsculos de outro grupo, B, mas
não com grupo A; enquanto que o corpúsculo A é afetado da mesma maneira pelo
soro B. Os soros do terceiro grupo (C) aglutinam corpúsculos de A e B, mas o
corpúsculo C não é afetado pelo soro de A e B. Neste discurso, pode-se dizer que
nestes casos pelo menos dois tipos diferentes de aglutininas estão presentes: um em
A, outro em B e ambos juntos em C. Naturalmente os corpúsculos devem ser
considerados insensíveis para as aglutininas que estão presentes no mesmo soro. [A
aglutinação acima mencionada] ocorria mesmo com uma gota de sangue a qual eu
sequei em um pedaço de tecido e dissolvi 14 dias mais tarde [...] Finalmente eu
quero mencionar que as observações explicam as mutáveis consequências das
transfusões sanguíneas em humanos. (LANDSTEINER, 1901, p. 30)
cérebro. Bourbon [n.d.] coloca que, “quase todas são provocadas por aterosclerose, ou seja,
pelo depósito de placas de gordura e cálcio no interior das artérias que dificultam a circulação
sanguínea nos órgãos e podem mesmo chegar a impedi-la”.
2.4.6.1 Aterosclerose
2.4.6.4 Anemia
2.4.6.5 Varizes
As veias, vasos responsáveis por levar o sangue de volta ao coração, por vezes perdem
a sua elasticidade, resultando na sua dilatação. Esta provoca por sua vez o afastamento das
válvulas que têm como função impedir o retorno do sangue, dificultando o seu trabalho. Por
essa razão, o sangue acaba por se acumular nessas áreas, formando as chamadas varizes.
Ressalta-se aqui, que todas as informações retidas referentes aos tópicos acima
descritos, são de sintetização e descrição obtida do artigo “Doenças do sistema circulatório”
do autor Prof. Felipe A. Portugal, fevereiro de 2015. E estão disponíveis para acesso em seu
blog (referências).
2.6.1 Do planejamento
Planejar é organizar suas ações, com a finalidade de que estas sejam bem elaboradas e
aplicadas com eficiência, se possível, nos momentos relacionados da ação ou com quem se
age. “É necessário o professor ter conhecimento daquilo que vai ensinar, como vai ensinar,
para quem vai ensinar e buscar ações para que as metas sejam desenvolvidas, no intuito de
atingir os objetivos estabelecidos” (SANTOS e PERIN, 2010). O planejamento é de extrema
importância, desde que, na sua elaboração, os principais autores saibam relacionar os
conteúdos com a realidade educacional. Para Conceição et al (2008), “o planejamento não
deve estar desvinculado das relações que há entre a escola e a realidade do aluno, no sentido
de buscar novos caminhos, cujo objetivo é transformar a realidade existente”.
Os livros de Ciências têm uma função que o torna singular em relação aos outros. “A
aplicação do método científico, estimulando a análise de fenômenos, o teste de hipóteses e a
formulação de conclusões. Proporcionando ao aluno uma compreensão científica, filosófica e
estética de sua realidade” (VASCONCELOS e SOUTO, 2003). Teoricamente ele tem como
função auxiliar o professor, no desenvolvimento de atividades pedagógicas, e os estudantes,
no processo de aprendizagem. Bezerra e Nascimento (2015) afirmam que, frente as condições
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enfrentadas pela atual educação pública brasileira, o livro didático serve como subsídio a
professores no planejamento de suas aulas e como meio de apresentar conhecimentos
científicos aos alunos. Considerando-se o livro didático como um currículo escrito,
direcionador das práticas curriculares, em virtude de sua capacidade de orientar as possíveis
leituras a serem realizadas pelo professor no contexto da prática (FRISON et al, 2000).Para a
realização do referido estudo que será aqui apresentado, o mesmo tornou-se um norte da
sequência de conteúdos a serem trabalhados, porém, não se limitando a ele para a busca de
informações.
O sistema circulatório em sua complexidade, deve ser trabalhado de maneira didática,
clara e dinâmica. “É necessário que o professor busque abordagens diferenciadas para
lecionar o conteúdo. Uma das formas de tornar isso possível é através de modelos didáticos”
(BARBOSA et al, 2009).A problematização do conhecimento pode consistir em uma abordagem
além daquela presente nos livros. Nunes e Pechliye (2016) indagam ainda que as sequências que
possuem questões desafiadoras e conteúdo contextualizado podem desencadear o processo de
ensino-aprendizagem, possibilitando também o contato entre os alunos e as ferramentas científicas
levando à apreciação da ciência como construção humana.
Antonio (2009) ressalta que alguns professores imaginam que o giz seja um
instrumento de “cópia de textos” e o utilizam intensivamente erroneamente, preenchendo
quadros e mais quadros com textos que podem ser encontrados em livros, revistas ou jornais.
À medida que se introduz o método simultâneo, o quadro-negro assume o seu lugar
privilegiado na sala de aula. Com as discussões sobre o método intuitivo, ampliam-se os
recursos materiais como auxiliares do processo ensino-aprendizagem (OLIVEIRA et al.,
2014). Sendo descrito assim, muitas vezes como o primeiro contato entre estudante e
conteúdo, fundamental para a aprendizagem inicial.
Contreiras (2013) cita em sua monografia, que infelizmente, “o preço dos modelos,
peças sintéticas, desde o seu surgimento até os dias atuais, sempre foi muito alto”. Contribui
ainda com a ideia que, apensar de sua alta qualidade eles sempre foram escassos no mercado.
22
Alguns educadores defendem que os modelos podem ser fantásticos meios de estudo para
determinados alunos e para leigos, visto que dão uma ideia da estrutura do corpo humano.
2.6.5 Vídeos
Acredita-se que quanto mais cedo acontecer o contato com a leitura prazerosa, mais
cedo o aluno desenvolverá o hábito, é preciso que o aluno tenha interesse nessa preposição, e
que com ela possa desenvolver seus atos críticos, políticos e intelectual (ALMEIDA, 2013).
23
3.1 DA ESCOLA
3.2 DA PROFESSORA
ano de 2016. Sua carreira docente iniciou-se em 2009, já com sua efetivação no município de
José Boiteux/SC. Atuou também como professora ACT pela rede estadual de educação nos
municípios de Ibirama, Dona Emma e Apiúna. Atualmente é efetiva pelo município de
Ibirama atuando na Escola Municipal Christa Sedlacek, lecionando ainda no Colégio
Hamônia, uma instituição de ensino particular, localizada em Ibirama/SC, que atende da
Educação Infantil ao Ensino Médio.
“O trabalho docente é parte integrante do processo educativo mais global pelo qual os
membros da sociedade são preparados para a participação na vida social” (LIBÂNEO, pág.14,
2013). O ensino de ciências requer uma grande responsabilidade, determinante, Chassot
(pág.82, 2016) argumenta que hoje, “talvez uma das maiores contribuições que aqueles e
aquelas que fazem educação por meio do ensino das ciências podem fazer é emprestar uma
contribuição para uma adequada seleção do que ensinar”. Estar à frente de colegas de sala
para a apresentação de um trabalho em qualquer disciplina, sempre foi algo que por mínimo
que fosse trazia consigo medo e insegurança. Mas estar à frente de uma sala cheia de pessoas
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esperando pelo seu melhor, e com alguém avaliando o seu desempenho, pode se considerar
impactante.
No dia 16 de maio, após um saudoso e receptivo bom dia, foi iniciada a etapa de
atuação, e assume-se o papel docente. Assim uma conversa introdutória foi feita,
referenciando alguns aspectos que deveriam ser levados em consideração durante as próximas
aulas. Evidenciando o fato de que, mesmo exercendo o cargo no magistério, a realização do
estágio supervisionado é de fundamental importância na formação docente. Seguindo o plano
de aula elaborado, iniciou-se a apresentação do sistema circulatório relacionando o mesmo
com o conteúdo visto anteriormente sobre o sistema digestório. Em forma de diálogo, e
interação direta com os alunos, foi abordado no quadro branco uma representação do coração
e suas estruturas internas como átrios, ventrículos e valvas. Todas as estruturas foram vistas
de forma separada, introduzindo suas funções e localizações, incluindo os tipos de vasos
sanguíneos e suas diferenças. Tudo decorreu de forma tranquila, contando com uma boa
participação os alunos, que finalizaram a aula passando para o caderno o esquema e
nomenclaturas dispostas no quadro.
Buscando reafirmar o conteúdo para dar continuidade ao mesmo, a aula do dia 18 de
maio iniciou-se com uma revisão acerca dos assuntos debatidos na aula passada. Foram
revistas as estruturas estudadas, e em forma de tópicos, passadas as informações no quadro
para anotação no caderno. Sequencialmente, foi refeito no quadro o esquema utilizado na
última aula, para que se pudesse partir de um ponto de referência já conhecido pelos alunos, e
assim dar continuidade adentrando as relações do sistema referentes aos tipos de circulações.
Esclarecendo o percurso do sangue pela circulação sistêmica e pulmonar, e evidenciando
características referentes à pressão sanguínea como pressão arterial, colocou-se em execução
a atividade “escutando o coração” conforme proposta encontrada no plano de aula elaborado
para a ocasião. Os alunos deveriam formar duplas, o que de início gerou certo transtorno por
ser uma turma grande, fazendo com que fossem necessárias algumas chamadas de atenção. A
atividade, contava com a medição da pressão arterial antes e após o exercício físico,
utilizando polichinelos como ferramenta para o aumento da pressão. Com certo animo, todos
se dispuseram a realizar a atividade, participando de forma ativa e dinâmica, realizando cada
um a sua função no trabalho, para que ele fosse concretizado de forma correta e bem feita por
todos. Para recolher os resultados obtidos, um questionário de quatro perguntas deveria ser
respondido como estudo de casa (anexo1), com base nos conhecimentos adquiridos durante a
atividade.
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conteúdo e interesse na participação do dia 30. Iniciando a aula com o registro de quem havia
feito o estudo de casa, também foram recolhidas as pesquisas que foram acordadas para
entrega na presente data. O número de pessoas que deixaram de fazer o estudo de casa foi
maior que o da aula anterior, e o número referente aos que faltaram com o compromisso da
entrega da pesquisa foi relativamente baixo, se comparado ao estudo de casa. Sendo assim, as
questões foram corrigidas uma a uma, sendo repassadas no quadro para que todos pudessem
ter acesso à informação correta. Houve pouca participação, certo ar de desanimo pairava sobre
a turma, onde quase não se ouvia as vozes dos alunos, que quando falavam, pareciam estar
apenas murmurando para os colegas ao lado. Posteriormente a correção, foi entregue um texto
impresso (apêndice 1), no qual continham informações referentes aos vídeos assistidos na aula
passada, e também os tópicos referentes ao funcionamento do sistema linfático. Com a
participação dos alunos, cada parágrafo foi lido por alguém que se dispusesse a ler em voz
alta, caso ninguém se oferecesse, alguém em aleatório era chamado para dar continuidade, até
que a leitura fosse concluída, e novamente com pouca motivação, raras perguntas e dúvidas
surgiram em relação ao tema.
Devido às chuvas torrenciais que assolaram não só o município de Ibirama, mas toda a
região do alto vale as aulas na quarta feira dia 31 de maio foram suspensas nos períodos
vespertino e noturno, bem como todos os turnos foram dispensados também no dia primeiro
de junho, em todas as escolas das redes estadual e municipal de ensino, necessitando assim de
uma reorganização em relação aos planos de aula. Na semana seguinte, as consequências das
fortes chuvas ainda prejudicam as redes de ensino, porém, desta vez as aulas na rede
municipal não foram paralisadas, e o estágio pode ser feito normalmente, apenas com a
ausência de alguns alunos que não puderam se deslocar para a escola, por algum motivo
adverso em relação ao mal tempo.
Revisando o conteúdo visto no último encontro, a aula iniciou-se com a utilização da
parte introdutória referente ao sistema linfático, encontrado no texto entregue na ultima aula.
Assim, utilizando do mesmo padrão de desenho e esquema das aulas iniciais no quadro, foi
abordado todo circuito realizado pelo sistema linfático, suas funções e atribuições. Foram
destacados também valores aproximados da quantia de líquidos totais no corpo do ser humano
onde estão distribuídos. Novamente, a aula não contou com uma grande interação por parte
dos alunos, apenas alguns fizeram algum tipo de questionamentos, ou demonstraram real
interesse em tirar qualquer dúvida. O mal tempo dava a impressão de refletir no animo e
vontade dos alunos, porém, mesmo diante dessa adversidade, o conteúdo foi revisto três vezes
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por completo, para assegurar um melhor entendimento mesmo por aqueles que não estavam
dispostos a se manifestar.
O último dia do estágio foi baseado em sorrisos e dedicação. Inicialmente foram
entregues as pesquisas referentes às doenças do sistema circulatório/cardiovascular, e
explicado o conceito adotado para sua correção, a qual não recebiam notas numéricas, mas
conceitos referentes à totalidade do trabalho, como formatação, configuração, objetivos que
devem estar presentes no trabalho de pesquisa (Apêndice 2). Uma metodologia que foi
repensada um dia antes da entrega no momento das correções, as quais não deveriam refletir
em padrões numéricos, mas sim, em sua evolução ao elaborar trabalhos e ideias, aplicar
conceitos e adequação ao conhecimento científico. Foram discutidas as principais doenças
encontradas nas pesquisas, as quais foram: AVC, infarto, arteriosclerose, varizes e anemia.
Esse primeiro momento foi até a metade da primeira aula, seguindo então da formação de
duplas para efetuar a elaboração deum exercício avaliativo. A atividade proposta consistia na
elaboração de cinco questões, com base nos conteúdos vistos durante o estágio e podendo
consultar apenas o material que foi repassado durante sua realização. Ao finalizar a
elaboração do questionário, os exercícios foram sendo trocados pra que fossem respondidos
por outra dupla. Infelizmente a atividade não pode ser concluída pela falta de tempo e o
termino da aula, porém, mesmo que não finalizada obteve-se uma aula rentável, cercada de
perguntas que iam do conteúdo específico até o interesse em formulação de uma boa
pergunta. No final como recordação desse momento único na formação do licenciando, foi
tirada uma foto com todos os alunos e a professora Tatiane.
31
4. CONCLUSÃO
ser aprendida, assim como a arte ainda mais difícil de educar o ser humano neste novo modo
de viver”.
Percebeu-se no decorrer das atuações, que ter um planejamento estruturado, e
elaborado para satisfação em todos os âmbitos da educação em determinado momento, pode
se considerar fundamental para uma boa desenvoltura em sala de aula, desde o período do
estágio, até o momento em que se submetesse a exercer realmente o magistério. As
metodologias propostas se mostraram eficientes, e alternativas uteis se utilizadas de forma
correta, auxiliando no processo de ensino e por vezes inclusive facilitando o trabalho do
professor. De contrapartida ressalta-se que o estágio supervisionado oferece uma dimensão da
realidade, que se altera no momento em que assume-se realmente o papel de professor, porém,
oferece condicionamento total como ponto de partida para exercer a docência.
33
5. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Katieli Bosquette de. INCENTIVO À LEITURA COM ALUNOS DAS SÉRIES
FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. Orientadora: Maria Fatima Menegazzo Nicodem.
Monografia de Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino. Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2013.
ANTONIO, José Carlos. Uso pedagógico do giz. Professor Digital, SBO, 28 set. 2009.
Disponível em: <https://professordigital.wordpress.com/2009/09/28/uso-pedagogico-do-giz-
do-giz/>. Acesso em06/06/17.
BARBOSA, Ana Paula de Lim. RAMOS, Paula Parra. SEREIA, Diesse Aparecida. USO DE
MODELOS DIDÁTICOS EM AULAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR. Atas do
Evento Os Estágios Supervisionados de Ciências e Biologia em Debate II – 2009
FONTANA, Bianca. MARRONE, Luiz Carlos Porcello. BRIDI, André Tomazi. MELERE,
Raul. PREVALÊNCIA DA DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA ABO ENTRE DOADORES DE
SANGUE DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 50
(4): 277-279, out.-dez. 2006.
LIBÂNEO, José Carlos. DIDÁTICA / José Carlos Libâneo. – 2. Ed. – São Paulo: Cortez,
2013.
LIMA, Thais Ramos de. DEVER DE CASA: OS DIFERENTES PONTOS DE VISTA. Rio
De Janeiro, 2013.
O Nosso Corpo Volume XXV Sistema circulatório – Parte 1 um Guia de O Portal Saúde.
Novembro de 2010. Disponível em
http://www.oportalsaude.com/xfiles/onossocorpo/o_nosso_corpo_vol25.pdf> Acesso em
03/06/2017.
OLIVEIRA, Kaio Eduardo de Jesus. LIMA, Daniella de Jesus. CONCEIÇÃO, Sheilla Silva
da. DO QUADRO NEGRO À LOUSA DIGITAL INTERATIVA: RESSONÂNCIAS DE
UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL. GT5 – Educação, Comunicação e Tecnologias,
2014.
RIBEIRO, D.R. Drenagem linfática manual da face. 6. ed. São Paulo: Senac. 2004. 76 p.
SANTOS, Keila Pereira dos Santos. A Importância de Experimentos para Ensinar Ciências no
Ensino Fundamental. 2014. 47 folhas. Monografia (Especialização em Ensino de Ciências).
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2014.
ANEXOS
APÊNDICES
Planos de aula:
PLANO 1
UNIDAVI
Ciências Biológicas - 7ª Fase
Acadêmico: William Paul – 39627
Ens. Fundamental II - 8º Ano
Duração: Uma aula – 45 min.
16/05/17
PLANO 2
UNIDAVI
Ciências Biológicas - 7ª Fase
Acadêmico: William Paul – 39627
Ens. Fundamental II - 8º Ano
Duração: Duas aulas – 90 min.
18/05/17
Prática: Organizados em duplas, um dos estudantes vai medir a pulsação do outro, o qual terá
a pulsação medida em duas situações: em repouso e após atividade física. Primeiro é feita a
medição do estudante em repouso, em seguida o mesmo estudante será submetido a fazer
polichinelos por dois minutos, em sequência sua pulsação é aferida novamente. O processo de
medição deverá acontecer cinco e dez minutos após o exercício novamente.
Avaliação: será cobrado o exercício no caderno com visto, se juntando as demais anotações
referentes a estudo de casa.
PLANO 3
UNIDAVI
Ciências Biológicas - 7ª Fase
Acadêmico: William Paul – 39627
Ens. Fundamental II - 8º Ano
Duração: Uma aula – 45 min.
23/05/17
Sistema Circulatório – Os movimentos do coração e o caminho do sangue.
Sequência Didática: Correção das atividades propostas sobre a prática “escutando o coração”;
discussão relacionada as questões abordadas; pequena revisão de todo o conteúdo já visto,
utilizando o coração artificial, sendo que o mesmo será repassado aluno por aluno; proposta à
pesquisa como estudo de casa em forma de trabalho para entregar, com o tema “Doenças do
sistema circulatório”.
Avaliação: será cobrado o exercício no caderno com visto, se juntando as demais anotações
referentes a estudo de casa.
PLANO 4
UNIDAVI
Ciências Biológicas - 7ª Fase
Acadêmico: William Paul – 39627
Ens. Fundamental II - 8º Ano
Duração: Duas aulas – 90 min.
25/05/17
Prática: Como fixação do conteúdo, será proposta a resolução de dez questões do livro
didático, com a oportunidade de explorar o conteúdo no livro, e responder a partir de uma
revisão dele.
Avaliação: será cobrado o exercício no caderno com visto, se juntando as demais anotações
referentes a estudo de casa.
PLANO 5
UNIDAVI
Ciências Biológicas - 7ª Fase
Acadêmico: William Paul – 39627
Ens. Fundamental II - 8º Ano
Duração: Uma aula – 45 min.
30/0517
Sequência Didática: A aula se iniciará com a verificação dos estudos de casa e recolhimentos
das pesquisas “doenças do sistema circulatório”, seguindo com a correção do questionário
proposto; será entregue o texto montado com trechos do livro didático, contendo os tópicos
referentes aos componentes sanguíneos, introdução e componentes do sistema linfático que
será discutido na próxima aula; o texto será lido e discutido em sala de aula e deverá ser
colado no caderno.
Avaliação: será cobrado o exercício no caderno com visto, se juntando as demais anotações
referentes a estudo de casa.
PLANO 6
UNIDAVI
Ciências Biológicas - 7ª Fase
Acadêmico: William Paul – 39627
Ens. Fundamental II - 8º Ano
Duração: Duas aulas – 90 min.
01/06/17
Sistema Circulatório – Relação dos sistemas circulatório e linfático.
Recursos: Quadro branco; pincel. (Houve introdução do sistema linfático já no vídeo assistido
na aula do dia 25/05); questionário elaborado pelos alunos; orientação dos trabalhos em
andamento.
PLANO 7
UNIDAVI
Ciências Biológicas - 7ª Fase
Acadêmico: William Paul – 39627
Ens. Fundamental II - 8º Ano
Duração: Uma aula – 45 min.
06/06/17
Recursos: Quadro branco; pincel. (Houve introdução do sistema linfático já no vídeo assistido
na aula do dia 25/05)
PLANO 8
UNIDAVI
Ciências Biológicas - 7ª Fase
Acadêmico: William Paul – 39627
Ens. Fundamental II - 8º Ano
Duração: Duas aulas – 90 min.
08/06/17