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ASSIS - SP
2020
STELLA GIOVANNA MIGOTTO DE MOURA
ASSIS - SP
2020
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Sabe-se que todo ser humano passa por diversas fases do desenvolvimento, a
infância, adolescência, vida adulta e velhice. Abordaremos neste trabalho a cerca de
diversos fatores que fomentam o desenvolvimento da adolescência, entre eles os
fatores sociais, hormonais, ambientais, trazendo diversas mudanças psicológica e
fisiológica. O presente trabalho tem por finalidade abordar sobre o Papel do
Assistente Social nas Atividades de Prevenção de Gravidez na Adolescência. para o
desenvolvimento do presente trabalho, fez-se o uso da pesquisa bibliográfica,
utilizando alguns autores. Como: Felipe e Albuquerque (2016), Andrade (2009),
Brasil (2006, 2010, 2012, 2014 e 2015), Freire e Cândido (2013), Iamamoto (2006),
Sasaki et al (2015), Sousa (2008), Taborda (2014), dentre outros. Será direcionado
este trabalho por seções: a seção dois discorre sobre um breve histórico do serviço
social, bem como a instrumentalidade utilizada pelo profissional, seguido por uma
breve explanação acerca da adolescência e a sexualidade, e os riscos e as
consequências da gravidez precoce na adolescência pode ocasionar; seção três:
relata sobre as Políticas Públicas e a Adolescência, a família, bem como a PNH e o
ECA; a seção quarto aborda acerca do papel do Assistente Social perante a
Gravidez na Adolescência; seguido das considerações finais.
LISTAS E QUADROS
QUADRO 1 – PROPORÇÃO DE NASCIMENTOS DE FILHOS DE MÃES
ADOLESCENTES POR FAIXA ETÁRIA E POR UF, NO ANO DE
2016............................................................................................................................29
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................08
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................33
6. REFERÊNCIAS......................................................................................................35
8
1. INTRODUÇÃO
Sabe-se que todo ser humano passa por diversas fases do desenvolvimento.
A fase que denomina a infância é de 0 a 12 anos de idade, seguido da puberdade
que segue dos doze anos até os dezoito. O período da adolescência se inicia por
volta dos dez anos e termina aos dezenove anos segundo o ministério da saúde,
ocorrendo assim a puberdade. Para tanto diversos fatores fomenta o
desenvolvimento da adolescência, entre eles os fatores sociais, hormonais,
ambientais, trazendo diversas mudanças psicológica e fisiológica. Segundo Felipe e
Albuquerque (2016, p.19):
Com análise aos diversos estudos realizados, mostrar-se o ser humano como
um ser sexual, que exibe diversas etapas da sexualidade e uma adolescência mal
assistida por pais e educadores ocasiona consequências, como a maternidade e
paternidade nesta tão importante fase da vida, além, é claro, das DST’s. Vale
salientar que uma pesquisa realizada em 2019 a cada ano, mais de 500 mil meninas
entre 10 e 19 anos têm filhos no Brasil. No entanto, esse número já foi maior: em
2004, eram cerca de 660 mil, de acordo com o Sistema de Informação
sobre Nascidos Vivos (SINASC).
Vale ressaltar que o interesse pelo presente tema de pesquisa, surgiu durante
a trajetória do Curso de Serviço Social, pois ao longo do mesmo. Para tanto, após
minuciosa pesquisa em relação aos diversos temas relacionados a saúde, o tema
escolhido desperta o interesse pela investigação e quais ações o serviço social pode
desenvolver na amenização desta problemática. Este estudo justifica-se ainda
porque, diante dos índices apresentados sobre a gravidez precoce ou gravidez na
adolescência, o que fazer para tornar a população em geral e especialmente os
adolescentes a par ou sensibilizados sobre essa problemática? E qual o papel do
serviço social e que ações podem ser desenvolvidas pela classe na luta pela
redução dos índices de gravidez na adolescência?
Vale salientar que alguns autores serão abordados de acordo com o tema
exposto, dentre eles: Felipe e Albuquerque (2016), Andrade (2009), Barriento-Parra
(2004), Brasil (2006, 2010, 2012, 2014 e 2015), Carloto (2015), Digíacomo (2013),
Freire e Cândido (2013), Gelinski e Moser (2015), Gil (2008), Gomes (2013),
Iamamoto (2006), Marsiglia (2010), Mota, Martins e Véras (2006, Normatização e
Apresentação de Trabalhos Científicos e Acadêmicos, 2015, Sasaki et al (2015),
Sousa (2008), , Taborda et al, 2014), Taborda (2014), dentre outros.
A pesquisa Será direcionado este trabalho por seções: a seção dois discorre
sobre um breve histórico do serviço social, bem como a instrumentalidade utilizada
pelo profissional, seguido por uma breve explanação acerca da adolescência e a
sexualidade, e os riscos e as consequências da gravidez precoce na adolescência
pode ocasionar; seção três: relata sobre as Políticas Públicas e a Adolescência, a
família, bem como a PNH e o ECA; a seção quarto aborda acerca do papel do
Assistente Social perante a Gravidez na Adolescência; seguido das considerações
finais.
Considerando a realidade dos dias atuais, o estudo será realizado com base
na identificação das reais consequências que uma gravidez na adolescência pode
acarretar para a vidas das adolescentes, acreditando-se que para os profissionais e
acadêmicos, oferecerá um maior conhecimento para que possam oferecer uma
melhor assistência ,respeitando este acontecimento durante essa fase da vida,
contribuir para soluções de conflitos da adolescente consigo mesma ,com seu
parceiro e familiares, para vivenciar melhor a maternidade e tornar a gravidez um
ponto de vista positivo, além de desenvolver medidas educativas visando a
diminuição destas gestações. (COELHO; BORGES, 2015)
A gravidez na adolescência vem adquirindo proporções significativas. Estima-
se que de 20 a 25% do total de gestantes no Brasil sejam adolescentes, ou seja, em
média, há uma adolescente entre cada cinco mulheres grávidas. Dados do Data sus
nos últimos dois anos no Brasil mostram que a incidência da gravidez nesta faixa
etária conta com cifras que vão de 16,27 a 25,96%2. Em estudo que analisa dados
relativos à América Latina, observa-se que entre os 25% mais pobres da população
um de cada três nascimentos origina-se de mãe adolescente, e nas áreas rurais,
essa proporção é ainda maior: 40%. (BRASIL, 2015)
Existe uma grande preocupação com as consequências que a maternidade
precoce pode acarretar à saúde, à educação e ao desenvolvimento econômico e
social. Isso se deve ao fato de esta dificultar o desenvolvimento educacional e social
da adolescente, assim como a sua capacidade de utilizar todo o seu potencial
individual. Como resultado, observa-se uma taxa maior de evasão escolar,
desajustes familiares e dificuldade de inserção no mercado de trabalho.
Em algumas situações, a gravidez na adolescência pode vir a ser solução
para situações conflituosas e não necessariamente um problema em si, refletindo a
complexidade desse tema. Isso pode ser percebido quando são analisados os
possíveis fatores etiológicos ligados ao incremento das gestações nessa faixa etária,
chegando a uma rede multicausal que torna as adolescentes especialmente
vulneráveis. (MANFRÉ, QUEIRÓZ, MATTHES, 2010)
Dados sobre a gravidez na adolescência vêm mostrando um aumento na taxa
de fecundidade para esta população quando comparada a mulheres adultas,
especialmente nos países mais pobres, como é o caso da América Latina. Além das
mudanças físicas impostas pela faixa etária, a adolescência envolve um período de
profundas mudanças biopsicossociais, especialmente relacionadas à maturação
19
Minas Gerais
1.401 35.660 253.520 14,62%
Paraná
943 23.063 155.066 15,48%
Espírito Santo
418 8.191 53.413 16,12%
Rio de Janeiro
1.558 34.813 219.129 16,60%
Goiás
738 15.751 95.563 17,25%
21
Mato Grosso do
463 7.613 42.432 19,03%
Sul
Ceará
1.336 22.698 126.246 19,04%
Paraíba
581 10.098 56.083 19,04%
Rio Grande do
Norte 478 8.258 45.366 19,26%
Bahia
2.192 37.663 199.830 19,94%
Rondônia
249 5.086 26.602 20,05%
Pernambuco
1.298 25.751 130.733 20,69%
Sergipe
379 6.413 32.218 21,08%
Piauí
576 9.554 46.986 21,56%
Tocantins
300 4.936 23.870 21,94%
Amapá
211 3.623 15.521 24,70%
Total 24.135 477.246 2.857. 800 17,54%
Diversos fatores compreendem a uma boa relação familiar, dentre elas pode-
se citar a formação familiar, o nível socioeconômico e educacional. Vale ressaltar
que houve diversas mudanças no cenário no contexto da mulher, ao iniciarem no
mercado de trabalho as mesmas puderam escolher a maternidade, sendo assim
uma opção, e a partir daí a mulher pode escolher se quer ter um filho ou não, com a
chegada dos diversos contraceptivos.
Alguns autores sustentam a ideia de que a gravidez pode ser bem tolerada
pelas adolescentes, desde que elas recebam assistência pré-natal adequada, ou
seja, de forma precoce e regular, durante todo o período gestacional. Porém, isso
nem sempre acontece por causa de vários fatores, que vão desde a dificuldade de
reconhecimento e aceitação da gestação pela jovem até a dificuldade para o
agendamento da consulta inicial do pré-natal (QUEIROZ et al., 2016; YAZLLE,
2006).
É valido ressaltar que no dia 3 de janeiro de 2019, foi publicada a Lei nº.
13.798 que institui a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência.
Atividades especiais, com informações sobre medidas preventivas e educativas
voltadas ao tema devem ser amplamente realizadas em todo o território nacional na
semana que incluir o dia 1 de fevereiro.
26
Brasil (2014, 32-36), através da Lei nº 8.069, garante os direitos das crianças
e dos adolescentes através da proteção, do apoio, do amparo, auxiliando na sua
integridade física, mental, moral e também a espiritual, proporcionando seu direito
para manter sua força vital, devendo buscar aperfeiçoamento das capacidades
intelectuais: educação infantil e convencional, proporcionando atividades agradáveis
para seu divertimento e atividade física, a oportunidade de conquistar uma profissão,
viver com suas famílias e manter comportamento majestoso e digno, cultivando
liberdade.
Para tanto, o Art. 53 declara que:
endógena, focalista, ou seja, uma visão de "dentro para fora", visão prisioneira
dentro dos limites institucionais. Além de ter que desenvolver a capacidade de
decifrar a realidade e ter que construir intervenções criativas para efetivar direitos,
de modo que seja propositivo e não somente executivo. Mas, para que isso
aconteça, e até mesmo o mercado de trabalho demanda isto, o profissional de
Serviço Social, além de executor precisa trabalhar na formulação de políticas
públicas e na gestão de políticas sociais.
Neste sentido fica evidente o papel do assistente social não só para casos
específicos, mas sua contribuição favorece de forma considerável a sociedade de
modo geral.
nossa sociedade nos dias atuais, mesmo estando este tema estampado em
programas de televisão, músicas, revistas e tantos outros mecanismos, que fazem
parte do dia-a-dia e da nossa realidade. Mas, daí nasce o ponto de partida para que
haja uma redução da gravidez precoce. E isso não significa que seja tarefa
impossível de ser realizada, portanto o Assistente Social, com suas atribuições
específicas pode estabelecer uma relação com esta temática.
Acredita-se que as possíveis soluções para este problema não cabe somente
aos adolescentes e aos programas destinados ao atendimento desta população,
mas a sociedade em conjunto, uma vez que não existe uma saída para este
problema que não seja coletiva. E o Assistente Social tem sua parcela de
contribuição neste processo à medida que trabalha na orientação aos jovens, quanto
à Educação Sexual visando à diminuição dos índices de gestação em adolescentes.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
33
6. REFERÊNCIAS
35
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/984/R16309.pdf?sequence=4 .
Acessado em: 09/09/2016.