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A REFORMA

PROTESTANTE
1. Deus Manda
• As Escrituras nos instruem a considerar a
Por que história. Vejamos alguns exemplos: Jó 8.8-
10; Sl 44.1; Pv 22.28; Jr 6.16; Ageu 1.7
estudar a
• “Lembrai-vos dos vossos guias, os
história? quais vos falaram a palavra de Deus, e,
atentando para o êxito da sua carreira,
imitai-lhes a fé”. Hb 13.7
Por que estudar a
história?
2. Para aprendermos com ela
• “Estudamos a história para entender o presente e
melhor discernir o futuro”. Judiclay Santos

• “Quando olhamos através da história, ousamos


subir nos ombros de gigantes”. Judiclay Santos
Sobre a Reforma por exemplo, chegam a dizer que
Lutero era um monge rebelde que queria casar e por
isso brigou com a Igreja e a dividiu.

Para corrigir • Mais recentemente – em 1983, na comemoração


dos 500 anos do nascimento de Lutero; uma nova
distorções abordagem na lembrança do movimento de reforma
veio a tona. O papa daquela época -1983, participou
de vários eventos desta comemoração. Não se
da história: acredita que o representante maior do Romanismo
tenha finalmente aceitado as doutrinas defendidas
por Lutero, mas sim, a perda do real significado do
movimento de Reforma.
Para corrigir
distorções da
história:

Já em 1967, na comemoração dos


450 anos da Reforma, a revista times
publicou o seguinte texto: “O domingo
da Reforma está se tornando um
evento ecumênico que olha para o
futuro, em vez de para o passado”.
Na mesma ocasião um seminário
jesuíta publicou a seguinte afirmação:
“Lutero foi um profundo pensador
espiritual que foi levado a revolta por
papas mundanos e incompetentes”.
ALGUNS DESVIOS
APONTADOS NA HISTÓRIA
• 380 D.C. – Oração pelos mortos
• 535 D.C. – Instituição das procissões
• 538 D.C. – Celebração da missa de costa para o povo
• 757 D.C. – Adoração de imagens
• 884 D.C. – Canonização de santos
• 885 D.C. – Adoração da “Virgem Maria”
• 1022 D.C. – Legalização da penitência por dinheiro
• 1215 D.C. – Adoção da confissão auricular
• 1470 D.C. – Invento do rosário
A igreja estava vivendo um
período pior que o das
perseguições, o problema estava
nos púlpitos e no seio da igreja.
A PRÉ Como a igreja passou a ser
dominada pelo Romanismo, com o
REFORMA título de “Igreja Católica Romana”,
havia corrupção de todas as
formas.
A PRÉ REFORMA
O vínculo estreito entre a
Igreja e os governantes
daquele tempo
desencadeou toda
a simonia — compra e venda de cargos
espécie de
corrupção. Algumas
práticas, em rota de
eclesiásticos e benefícios espirituais
colisão frontal com a
Palavra de Deus,
(como indulgências e sacramentos);
passaram a ser vistas
como normais, tais
como:
A PRÉ REFORMA

o nepotismo — nomeação de o absentismo — ocupação de


pessoas a cargos eclesiásticos um cargo eclesiástico em que
pelo grau de parentesco, as atividades são exercidas
desconsiderando-se a vocação por intermediários, não pelo
e/ou a competência; nomeado.
OS PRÉ-REFORMADORES

Preparando o caminho

• João Wycliffe (c.1325-1384) e os


Lolardos.

• João Huss (c.1372-1415) e os


irmãos boêmios/morávios.
João Wycliff
(1328 - 1384)
1. Pregador e reformador na Inglaterra. Era a
favor da Bíblia como autoridade, e não o
papa.
2. Foi professor na Universidade de Oxford.
3. Fez a primeira tradução completa do Novo
Testamento para o Inglês.
4. Queria reformar a Igreja.
5. Era contra a venda de indulgências e, nessa
questão, não contou com o apoio dos reis,
que o protegeram do papa em outras
ocasiões.
6. Queria abolir as ordens religiosas.
João Wycliff
(1328 - 1384)
“a Estrela d’Alva da Reforma”

A classe popular estimava-o porque ele se


interessava pela sua causa e lhes explicava as
Sagradas Escrituras em linguagem que
podiam compreender; os fidalgos eram seus
amigos porque ele os ajudava a resistir ao
clero; e em Oxford não era menos estimado
pela sua piedade do que respeitado pelo seu
saber.
“a Estrela d’Alva da Reforma”

Wycliffe morreu em 1384, acometido por


um derrame cerebral enquanto dirigia um
culto.

João Wycliff Por estar em comunhão com a Igreja, foi


enterrado em terra consagrada. Mas,
(1328 - 1384) anos depois, foi condenado como herege
pelo Concílio de Constança, sendo seus
restos mortais exumados e queimados.
João Huss (1373-1415)

• Reformador tcheco foi reitor na


Universidade de Praga, na Boêmia
(parte da Tchecoslováquia). Pregou
a Bíblia como autoridade. Suas
pregações reformistas foram
influenciadas pelos ensinos de
Wycliffe.

• Suas ideias foram consideradas


heréticas, obrigando-o a comparecer
ao Concílio de Constança.
João Huss (1373-1415)
Todos os que adotaram publicamente a doutrina de Wycliffe
eram chamados de lollardos, mas é certo que mesmo antes de
Wycliffe aparecer já existiam muitos cristãos com essa
denominação.

Assim como Wycliffe, eles também ensinavam que “o


Evangelho de Jesus Cristo é a única origem da verdadeira
religião; que não há nada no Evangelho que mostre que Cristo
estabeleceu a missa; que o pão e vinho, ainda depois de
consagrados, ficam sendo pão e vinho; que os que entram para
os mosteiros ainda se tornam mais incapazes de observar as
ordens de Deus; e, finalmente, que a penitência, a confissão, a
extrema unção, não são precisas, nem se fundam nas
Escrituras Sagradas”.
João Huss
(1373-1415)
Huss ensinava que:
• Ser membro da Igreja hierárquica não é garantia de ser
membro da verdadeira Igreja. Somente aqueles que foram
predestinados por Deus antes da fundação do mundo são
membros da verdadeira Igreja, Cristo somente e não o papa
é o Cabeça da Igreja.

• Começou a fazer oposição às indulgências acreditava e


ensinava que somente a Bíblia é a regra de fé e prática.

• Por seus ensinos e posicionamento ele é convocado a


comparecer no concílio em Constância.
João Huss
(1373-1415)

Assim que Huss pôs os pés em Constância


foi logo agarrado e lançado na prisão,
sendo acusado de heresia. O concilio
sabia perfeitamente que ele tinha um
salvo-conduto, mas esta dificuldade foi
logo resolvida, publicaram um decreto
dizendo que não se devia guardar palavra
com hereges. O povo ficou espantado
quando soube da prisão de Huss, e os
seus clamores indignados chegaram da
Boêmia aos ouvidos do imperador.
João Huss
(1373-1415)
• Foi convocado pelo papa para comparecer a Roma.
Recusou-se e foi excomungado.

• Contava com o apoio dos reis e de quase toda a


Boêmia, continuou pregando sobre a Reforma.

• Opôs-se às indulgências
João Huss (1373-1415)
• Por ser considerado um herege, deixou Praga
e refugiou-se no Sul da Boêmia, onde
continuou trabalhando em favor da Reforma e
escrevendo obras.
• Foi chamado a comparecer ao Concílio de
Constança para defender-se pessoalmente.
Para garantir sua segurança, contou com um
salvo-conduto do imperador Sigismundo. Mas
isso não impediu ao Papa João XXI de tratá-lo
como um prisioneiro.
• Foi levado à Assembléia acorrentado. Mesmo
possuindo um certificado do inquisidor da
Boêmia, declarando sua inocência, foi
acusado de herege.
João Huss
(1373-1415)
No último momento ainda fizeram uma tentativa para o
induzir a assinar uma retratação, mas não o
conseguiram: “Tudo o que escrevi e assinei foi com o
fim de livrar as almas do poder do Demônio, e livrá-las
da tirania do pecado; e sinto alegria em selar com o
meu sangue o que escrevi e assinei”. O eleitor, que
tinha feito esta última tentativa, afastou-se então do
lugar, e largaram fogo à lenha. Mas os sofrimentos do
mártir acabaram depressa, e enquanto ainda orava a
Deus decaiu-lhe a cabeça sobre o peito e sufocou lhe
uma nuvem de fumaça. Assim, pois John Huss, que
tinha dado uma boa confissão, obteve a coroa do
martírio e partiu para estar com Cristo

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