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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Conceito de igreja

Assembleia dos crentes

Sacramentos

Inculturação

Júlio Elias Muneto código:708204961

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Fundamentos de Teologia Católica
Ano de Frequência: 2º Ano
Cel 844658838

Gurué, Maio de 2021


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Índice 0,5
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Organizacionais Introdução 0,5
Estrutura
Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização 1,0
(Indicação clara do
problema)
Descrição dos 1,0
Introdução objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2,0
do trabalho
Conteúdo Articulação e 2,0
domínio do discurso
académico
(expressão escrita
Análise e cuidada,
Discussão coerência/coesão
textual)
Revisão 2,0
bibliográfica nacional
e internacional
relevantes na área de
estudo

Exploração de dados 2,0

Conclusão Contributos teóricos 2,0


práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1,0
Gerais tamanho de letra,
paragrafo,
espaçamento entre as
linhas

Referencias Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4,0


Bibliográficas edição em citações/referências
citações e bibliográficas
bibliografia

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Índice

1.Introdução....................................................................................................................................4
1.1 Objectivos……………………………………………………………………………………5

1.2 Objectivo geral………………...…………………………………………………………….5

1.3 Objectivo Especifico…………………………………………………………………………5

1.4 Metodologia……..…………….……………………………………………………….……....5
2. Conceito de igreja……………………………………………………………………………….6

3. Assembleia dos crentes………………………………………………………………………....9

4. Sacramento…………………………………………………………………………………….13

4.1 Os Sete Sacramentos…………………………………………………………………………15

4.2.Os significados dos símbolos……………………………………………………………….,.17

4.3.Código de Direito Canónico da Igreja Católica e Ensinamentos da mesma Igreja Católica…17

5. Inculturação……………………………………………………………………………………22

6. Conclusão...................................................................................................................................23
7. Referencia Bibliográfica.............................................................................................................24

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1.Introdução

A cadeira de Fundamentos de Teologia católica, retrata da existência de Deus, das questões


relacionadas ao conhecimento de divindade e das tradições religiosas e seus contextos históricos.
É um estudo científico da relação entre homem e religião, além do seu impacto na sociedade
como um todo.

A palavra igreja também permite fazer alusão à congregação dos fiéis cristãos, ao conjunto do
clero e ao povo de um território onde o cristianismo tem crentes (adeptos), ao governo
eclesiástico em geral (a Igreja católica) e às comunidades cristãs que se autodefinem como igreja
(a igreja anglicana, a igreja luterana, etc.).

Enquanto comunidade em geral, a igreja é o conjunto de todos os cristãos que tenham recebido o
sacramento do baptismo (e, por conseguinte, são reconhecidos como filhos de Deus). Os
membros da igreja acreditam em Cristo como salvador e messias.

A Igreja católica tem-se mantido na sucessão apostólica desde o apóstolo Pedro até ao Papa
actual (Bento XVI). Os protestantes, em contrapartida, negam o valor da tradição apostólica.

Esse trabalho é referente a cadeira acima citada do curso de licenciatura de ensino de Biologia
com o seguinte conteúdos:

 Conceito de igreja;
 Assembleia dos santos;
 Sacramentos;
 Inculturação.

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1.1Objectivos:

1.2.Geral:

 Possuir o conhecimento sobre os fundamentos teológico católico.

1.3.Especificos:

 Definir igreja;

 Mencionar os tipos de sacramentos;

 Diferenciar as assembleias de crentes.

1.4 Metodologia

Para a realização deste trabalho foi necessário consulta de literaturas bibliográficas.

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2. Conceito de igreja

Igreja, do latim ecclesia, é um templo cristão, é o local da pregação dos ensinamentos de Cristo, obedecendo os
princípios da ética cristã.

Igreja é o conjunto de fiéis unidos pela mesma fé e que celebram as mesmas doutrinas religiosas.

Em sociologia Igreja é um grupo religioso organizado e institucionalizado. É uma sociedade cujos membros
representam da mesma maneira o mundo sagrado e suas relações com o mundo profano. Como grupo, uma
igreja abrange uma comunidade dos que crêem e, geralmente um corpo de sacerdotes, hierarquizado ou não.
Como instituição, a igreja representa um sistema de preceitos dogmáticos, ritos e crenças.

 Igreja Católica

Igreja Católica ou Igreja Católica Romana, é uma Igreja Cristã, que tem por objectivo pregar o Evangelho de
Jesus Cristo. A estrutura da Igreja foi formada pela Bíblia, pelos ensinamentos e pela doutrina cristã. Através de
uma interacção dinâmica entre a Bíblia e a tradição, a Igreja desenvolveu seus ensinamentos, crenças e credos,
além da liturgia, sacramentos e festividades, concedendo aos fiéis a essência da fé cristã.

Dois ritos ou sacramentos, foram instituídos pelo próprio Jesus: o baptismo e a eucaristia. Outros ritos incluem o
crisma, o casamento, a ordenação para o sacerdócio, a confissão e a extrema-unção. O clero católico é masculino
e celibatário. É formado pela classe eclesiástica dos sacerdotes, sendo o papa o chefe supremo de toda a Igreja e
do Estado do Vaticano, além dos cardeais, dos bispos e dos padres. A Igreja Católica possui seu santuário onde se
localiza o altar, além de oferecer locais para a devoção da comunidade.

 Igreja Ortodoxa

A maior parte das igrejas Ortodoxas deriva do antigo cristianismo grego do Mediterrâneo Oriental. O elo directo
com as Igrejas fundadas pelos apóstolos e a memória do Império Romano cristão (o Império Bizantino), que
durou até 1453, aumentam a importância da tradição como guia da Igreja. Essa tradição inclui as escrituras, os
antigos concílios e os escritos dos padres, a liturgia e a veneração de imagens sagradas. A Igreja Ortodoxa não
reconhece o papa como autoridade. O Patriarca Ecuménico de Constantinopla é a mais alta autoridade da Igreja
Ortodoxa, a russa é a maior delas. Cada Igreja autónoma tem seu próprio patriarca, sendo autogovernante. Além
da Rússia, o cristianismo Ortodoxo é também importante na Ucrânia, na Grécia, na Roménia, na Bulgária, na
Sérvia entre outros.

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 Igrejas ortodoxas orientais

As chamadas igrejas ortodoxas orientais devem ser distinguidas das igrejas ortodoxas bizantinas (ver acima) que
aceitam a doutrina do Concílio de Calcedónia (451 d.C.) sobre as duas naturezas de Cristo, doutrina que é aceita
pelos católicos romanos e católicos ortodoxos bizantinos e protestantes históricos. As igrejas ortodoxas orientais
rejeitam, portanto, o Credo Calcedónio, no mas aceitam os três primeiros Concílios Ecuménicos e seus credos.

O Conselho Mundial de Igrejas lista seis igrejas ortodoxas orientais: Igreja Ortodoxa Copta, Igreja Ortodoxa Síria,
Igreja Apostólica Arménia, Igreja Ortodoxa Etíope, Igreja Ortodoxa Eritreia e Igreja Ortodoxa Indiana.

 Igrejas evangélicas históricas

Os termos "protestantes" ou "evangélicos" são intercambiáveis, sendo que o primeiro tem caído em desuso.
Motomura afirma que: "Em alguns países, especialmente no Brasil, o termo 'protestante' foi substituído por
'evangélico', retirando a conotação polémica da palavra e dando uma característica mais positiva e universal.

A distinção que se faz entre protestante e evangélico como se fossem grupos diferentes é meramente popular e
não é correta historicamente, pois, desde a Reforma do século XVI, esse foi o termo "evangélico(a)" foi adoptado
por Martinho Lutero, enquanto "protestante" foi um termo aplicado pelos católicos anos depois do início da
reforma em 1529.

O mais exacto seria fazer a distinção entre protestantes/evangélicos históricos e modernos, ou entre evangélicos
históricos, pentecostais e neopentecostais.

As igrejas protestantes ou evangélicas históricas abrangem as denominações ou igrejas nacionais originadas no


movimento da Reforma do século XVI como consequência das ideias de Martinho Lutero e outros reformadores:
Igreja Evangélica na Alemanha (Evangelische Kirche in Deutschland, de confissão luterana), Igreja Episcopal
Anglicana, Igreja Reformada da Suíça, Igreja Reformada dos Países Baixos, Igreja da Escócia (presbiteriana),
igrejas independentes (hoje chamadas de igrejas congregacionais) e, posteriormente, as igrejas baptistas. Essas
denominações ou igrejas originais se espalharam pelo mundo e passaram por desdobramentos e divisões.

No protestantismo histórico, normalmente as igrejas são nacionais e autónomas, não possuindo um governo ou
concílio mundial como no Catolicismo Romano. Mas existem organizações internacionais que promovem a
fraternidade e comunhão das diferentes igrejas nacionais. Por exemplo: a Comunhão Anglicana, a Federação
Luterana Mundial e a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas.

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A organização das igrejas nacionais varia bastante dependendo da denominação. Algumas igrejas se organizam
em concílios e sínodos que têm autoridade normativa sobre as igrejas ou paróquias locais como as igrejas
luteranas, reformadas e presbiterianas. Outras igrejas são independentes de uma hierarquia ou sínodo como: as
igrejas independentes ou congregacionais e baptistas históricos. No primeiro caso é dito que são igrejas
conciliares, no último caso são igrejas congregacionais. Contudo, mesmo as igrejas independentes ou
congregacionais formam "convenções" (ou "comunhão") com a finalidade de manterem comunhão e cooperação
mútua das igrejas afiliadas facultativamente, mas sem autoridade e interferência nas igrejas afiliadas.

Quanto ao governo ou liderança das igrejas protestantes, também há bastante diversidade. Algumas
denominações são episcopais com uma hierarquia de bispos sobre presbíteros e diáconos como as luteranas,
anglicanas e metodistas. Outras denominações são não-hierárquicas com um único tipo ou nível de liderança
composta de presbíteros (indistinto de bispos ou pastores) e diáconos como no caso das igrejas reformadas,
presbiterianas, congregacionais e baptistas.

Quanto a doutrina, há um conjunto de verdades centrais compartilhadas historicamente com o catolicismo


romano como as doutrinas dos Credos Universais (Apostólico, Niceno, Niceno-Constantinopolitano, Atanasiano
e o de Calcedônia), e doutrinas centrais peculiares do protestantismo compartilhadas entre as igrejas evangélicas
históricas. As igrejas evangélicas, excepto a Ala Alta da Igreja Anglicana, possuem apenas dois sacramentos ou
ordenanças, a saber, o Baptismo e a Santa Ceia (Eucaristia). Muitas igrejas aderem a documentos confessionais
(Confissão de Fé e Catecismos) e regulamentos comuns que explicitam suas crenças bíblicas.

 Igrejas evangélicas pentecostais

As igrejas denominadas pentecostais, surgiram nos EUA a partir dos baptistas e metodistas. Essas igrejas
conservam as mesmas características e variedade de organização, governo e doutrina centrais das igrejas
evangélicas históricas, mas se distinguem delas quanto à doutrina dos dons ou carismas extraordinários como:
falar em línguas (glossolalia), profecias, revelações e dons de curar.

A Assembleia de Deus é tida como a maior igreja pentecostal do mundo, se bem que a rigor não é uma igreja
unificada, já que oficialmente seu governo é congregacional independente, e possui várias divisões ou
"ministérios" como normalmente são chamados. Outras igrejas pentecostais bastante difundidas no Brasil são:
Igreja do Evangelho Quadrangular e Congregação Cristã no Brasil.

 Igrejas evangélicas neopentecostais

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As igrejas evangélicas classificadas no meio académico e eclesiástico como "neopentecostais" (embora não
sejam nomeadas oficialmente com esse termo), têm origem na "Terceira Onda" do pentecostalismo no final da
década de 70 nos EUA.

Os "neopentecostais, conservam muitas crenças e práticas do pentecostalismo, mas a principal característica dos
neopentecostais é se distanciarem da moral e costumes rígidos dos pentecostais e tradicionais, e, por outro lado,
enfatizarem a teologia da prosperidade ou "confissão positiva" (prosperidade material, económica e saúde física),
a batalha espiritual (exorcismos, demónios territoriais, maldição hereditária, quebra de maldição).

"Ainda segundo Mariano, quanto a essa nova roupagem do protestantismo no Brasil, podemos afirmar que as
Igrejas Neopentecostais realizaram as mais profundas acomodações à sociedade (se pensarmos em termos de
mutações do protestantismo através dos tempos), abandonando vários traços sectários, hábitos ascéticos e o velho
estereótipo pelo qual os “crentes” eram reconhecidos e, implacavelmente, estigmatizados, abolindo certas marcas
distintivas e tradicionais de sua religião, propondo novos ritos, crenças e práticas, dando ares mais brandos aos
costumes e comportamentos como em relação às vestimentas. O prefixo “neo” é utilizado para marcar sua
recente formação, bem como seu carácter de “novidade” dentro do protestantismo, mais especificamente do
pentecostalismo."

Como as pentecostais, essas igrejas também variam bastante quanto à organização (podendo ter ou não ter uma
organização e um líder mundial) e quanto à forma de governo, sendo comum haver uma forte hierarquia:
apóstolos, bispos, pastores (presbíteros), diáconos, evangelistas, missionários, obreiros etc.

As principais igrejas neopentecostais no Brasil são: Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional
da Graça de Deus, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Renascer em Cristo, Comunidade Evangélica Sara
Nossa Terra, Igreja Bola de Neve, etc.

3. Assembleia dos crentes ou Deus

Assembleia s de Deus (AD) (em inglês: Assemblies of God), oficialmente a Assembleia Mundial de Deus, são
um grupo de mais de 144 agrupamentos nacionais de igrejas autónomas, mas vagamente associadas, que juntas
formam a maior denominação cristã evangélica pentecostal protestante do mundo. Com 69,2 milhões de adeptos
em todo o mundo, é o quarto maior grupo internacional de denominações cristãs.

O movimento pentecostal de hoje traça seus vestígios da sua comunidade a uma reunião de oração no Colégio
Bíblico Betel em Topeka, Kansas em 1 de janeiro de 1901.[5] Ali, muitos chegaram à conclusão de que falar em
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línguas era o sinal bíblico do Batismo no Espírito Santo. Charles Parham foi o fundador desta escola, que mais
tarde iria para Houston, Texas. Apesar da segregação racial em Houston, William J. Seymour, um pregador
negro, foi autorizado a assistir a aulas bíblicas de Parham. Seymour viajou para Los Angeles, onde sua pregação
provocou o Avivamento da Rua Azusa em 1906.[6] Apesar do trabalho de vários grupos wesleyanos avivalistas,
como Parham e D. L. Moody, o início do movimento pentecostal difundido nos Estados Unidos, é geralmente
considerado como tendo começado com Seymour no avivamento da rua Azusa.

A Assembleia de Deus originaram-se em à fundação das Assembleias de Deus nos Estados Unidos em 1914.

Através da obra missionária estrangeira e estabelecendo relações com outras igrejas pentecostais, as Assembleias
de Deus se expandiram para um movimento mundial. Não foi até 1988, no entanto, que a comunidade mundial
se formou. Como uma comunhão pentecostal, as Assembleias de Deus acreditam no distintivo pentecostal do
baptismo no Espírito Santo, com a evidência de falar em línguas.

Logo cedo os pentecostais foram incentivados por seu entendimento de que todo o povo de Deus poderia
profetizar nos últimos dias antes da segunda vinda de Cristo. Eles olharam para as passagens bíblicas sobre o
Pentecostes no segundo capítulo de Atos, em que Pedro citou a profecia contida em Joel 2.28

"E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão,
os vossos velhos terão sonhos, e os vossos jovens terão visões." (ARC). Assim, quando a experiência de falar em
línguas espalhou-se entre os homens e mulheres da rua Azusa, um sentido de urgência tomou conta, quando eles
começaram a olhar para a Segunda Vinda de Cristo. No início os pentecostais se viam como peregrinos na
sociedade, dedicando-se exclusivamente a preparar o caminho para a volta de Cristo.

Assembleias de Deus no Brasil

Assembleia de Deus é uma denominação cristã evangélica (protestante) no Brasil, fundada em


1911 na cidade de Belém do Pará pelos sueco-americanos Gunnar Vingren e Daniel Berg. Em
2011 estimava-se que a denominação tinha 22,5 milhões de membros no Brasil, sendo a maior
denominação pentecostal do mundo.

Desde a década de 1980, por razões administrativas, a Assembleia de Deus brasileira tem passado
por algumas cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração
autónoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos ministérios independentes é o
Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos de 1930, fundada pelo pastor Paulo
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Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele
presidido, até a sua morte, no final de 1982.

Particularmente na América do Sul, hoje existem muitas Assembleias de Deus autónomas e


independentes. No Brasil, segundo o censo 2010 de todos os grupos havia 12,3 milhões de
aderentes.

As maiores convenções são:

Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), fundada em 1930. Sua sede está
localizada em Rio de Janeiro. A CGADB hoje conta com centenas de pastores e missionários
espalhados pelo mundo. É afiliada à Associação Mundial da Assembleia de Deus. Dentre as
centenas de ministérios que a compõe, está ligada a ela o Ministério do Belém-SP (não confundir
com a igreja-mãe de Belém-PA, que é ligada a CADB).

Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil ou Ministério de Madureira


(CONAMAD), fundada em 1958. Sua sede está localizada em Brasília.

Convenção da Assembleia de Deus no Brasil (CADB), fundada em 2017. Sua sede está
localizada em São Cristóvão (Rio de Janeiro), a ela está integrada a primeira Assembleia de Deus
no Brasil, conhecida como igreja-mãe fundada pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar
Vingren em Belém do Pará.

 Portugal

Em Portugal a história dessa denominação pentecostal é contada a partir do ano de 1913. Foram
os missionários portugueses emigrados do Brasil José Plácido da Costa (1913) e José de Matos
Caravela (1921) que deram início às ações que resultaram na fundação das Assembleias de Deus
em Portugal. A primeira igreja Assembleia de Deus em Portugal foi fundada na cidade de
Portimão, em 1924, pelo missionário José de Matos, também responsável pela fundação das
igrejas do Algarve, de Santarém e de Alcanhões. A partir desse ano, com a ajuda de missionários
suecos e o esforço de obreiros portugueses, foram estabelecidas diversas outras igrejas em várias
cidades, como: Porto, em 1930, com a intervenção do missionário sueco Daniel Berg; Évora, em
1932, pela ação da evangelista Isabel Guerreiro; e Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário
Jack Hardstedt. Da ação missionária das Assembleias de Deus em Portugal deu-se a expansão da
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igreja aos territórios ultramarinos, a exemplo de: Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe,
Moçambique e Timor-Leste; os quais posteriormente tornaram-se nações independentes, mas
mantiveram suas igrejas Assembleias de Deus nacionais em fraterna relação com as coirmãs
portuguesas. Em Portugal o ramo principal é a Convenção das Assembleias de Deus em Portugal,
com quase 400 igrejas, a maior denominação evangélica no país.

 Estados Unidos

Sede da Assembleia de Deus nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos surgiram várias congregações pentecostais independentes, desde o


avivamento da rua Azusa, em 1906. Buscando unidade, comunhão entre si, trabalho missionário e
organização legal, o Rev. E. N. Bell com a ajuda de outros líderes convocaram uma Convenção
em Hot Springs, Arkansas, entre 2 e 7 de abril de 1914, surgindo ali pela primeira vez o nome
Assembleia de Deus. Como resultado, houve a adesão de quase 500 ministros e a criação do
General Council of the Assemblies of God (Concílio Geral das Assembleias de Deus), mais tarde
sediado em Springfield, Missouri, lugar sede do terceiro Concílio, onde foi feita a Declaração das
Verdades Fundamentais, compartilhada até hoje com a maioria das Assembleias de Deus no
mundo.

Essa igreja nos Estados Unidos possui hoje, cerca de 3 milhões de membros e envia missionários
a vários países do mundo. John Ashcroft, procurador-geral dos Estados Unidos durante o
primeiro mandato de George W. Bush, é membro dessa denominação. As Assemblies of God
apresentam algumas diferenças de sua coirmã brasileira: no tocante à administração, não existe o
sistema de ministérios; cada igreja local é autónoma e não é subordinada a nenhuma outra, mas
voluntariamente agrupam-se em presbitérios regionais, onde há igualdade entre todos e contam
com a participação de representantes leigos. A congregação local entrevista e contrata o pastor,
que é examinado e ordenado pelo Concílio Geral.

 Reino Unido e Irlanda

Assembleia de Deus na Grande Manchester, Reino Unido.

Organizada em 1924, a Assemblies of God in Great Britain and Ireland cresceu sob a influência
do pastor Donald Gee. Reúne hoje cerca de 600 igrejas locais e possui uma rede de missionários
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atuando em vários continentes. Uma característica da AGGBI é a prática da Ceia do Senhor
semanalmente. Existem ainda Assembleias de Deus composta por imigrantes caribenhos e
brasileiros, cujas igrejas não possuem relações com a AGGBI.

 Austrália e Nova Zelândia

Horizon Church, Assembleia de Deus em Sydney, Austrália.

Iniciadas em 1937, a Assemblies of God in Australia tem experimentado um crescimento


consistente. Ela adotou um novo nome em 2007: Australian Christian Churches e é atualmente
constituído por mais de 1.000 igrejas com mais de 280 mil membros, tornando-se o maior
movimento pentecostal na Austrália. Foram fortemente influenciadas por figuras do início do
século XX, como a senhora Janet Lancaster, AC Valdez, Smith Wigglesworth, CL Greenwood e
PB Duncan, mas nenhum deles eram, individualmente, responsável pela formação das
Assembleias de Deus na Austrália. As Assembleias de Deus na Austrália foram formadas a partir
de uma conferência das Assembleias de Deus de Queensland e da Igreja Pentecostal da Austrália
em Sydney, na Páscoa de 1937. Foi reconhecido pelos líderes de ambos os movimentos que era
necessário um relacionamento mais harmonioso e unificado. CL Greenwood foi eleito o primeiro
Presidente das Assembleias de Deus da Austrália e em cada estado foi concedida autonomia em
seus próprios assuntos. Nos primeiros anos do movimento, o crescimento foi muito lento, mas
firmes alicerces foram estabelecidos. Em 1948, o Bible College Commonwealth foi estabelecido,
um seminário a fim de treinar homens e mulheres para o ministério.

Em 1916, o pastor americano F. F. Bosworth, um membro fundador da organização, criticou a


Declaração das Verdades Fundamentais das Assembléias de Deus por sua postura excessiva
sobre a glossolalia como um "sinal inicial" obrigatório de batismo do Espírito Santo e deixou-o
em 1918. Ao revisar a declaração de 1918, a declaração de fé foi qualificada pelos líderes para
ser entendida como o "sinal físico inicial" do batismo do Espírito Santo.

4. Sacramento

A Igreja Católica celebra os sete sacramentos, que são: batismo, confirmação (ou crisma),
eucaristia, reconciliação (ou penitência), unção dos enfermos, ordem e matrimônio. A
doutrina, "todos os sacramentos estão ordenados para a Eucaristia «como para o seu fim»)". Na

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eucaristia, renova-se o mistério pascal de Cristo, atualizando e renovando assim a salvação da
humanidade.

O sacramento católico é um ato ritual destinado aos fiéis, para eles receberem a graça de Deus, e
situações da vida cristã. Eles foram instituídos por Jesus Cristo como "sinais sensíveis e eficazes
da graça [...] mediante os quais nos é concedida a vida divina" ou a salvação e foram confiados à
Igreja. Através destes sinais ou gestos divinos, "Cristo age e comunica a graça,
independentemente da santidade pessoal do ministro", embora "os frutos dos sacramentos
dependam também das disposições de quem os recebe".

Ao celebrá-los, a Igreja Católica, através das palavras e elementos rituais, alimenta, exprime e
fortifica a sua fé e a fé de cada um dos seus fiéis. Estes sinais de graça constituem uma parte
integrante e inalienável da vida cristã de cada fiel. Os sacramentos são necessários para a
salvação dos crentes por conferirem a graça de Deus, "o perdão dos pecados, a adoção de filhos
de Deus, a conformação a Cristo Senhor e a pertença à Igreja".

Acredita-se que o Espírito Santo prepara para a recepção dos sacramentos por meio da palavra de
Deus e da fé que acolhe a palavra nos corações bem dispostos. Então, os sacramentos fortalecem
e exprimem a fé. O fruto da vida sacramental é ao mesmo tempo pessoal e eclesial. Por um lado,
este fruto é para cada crente uma vida para Deus em Jesus; por outro, é para a Igreja o seu
contínuo crescimento na caridade e na sua missão de testemunho.

A Igreja vê aos sacramentos como gestos de Deus na vida de cada crente, expressando-se
simbólica e espiritualmente, por conseguinte, eles são considerados:

sinais sagrados, porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual;

 sinais eficazes, porque, além de simbolizarem um certo efeito, produzem-no realmente;


 sinais da graça, porque transmitem dons diversos da graça divina;
 sinais da fé, não somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque nutrem,
robustecem e exprimem a sua fé.

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4.1 Os Sete Sacramentos

No catolicismo, os sete sacramentos são batismo, confissão, eucaristia, confirmação (ou crisma),
matrimônio, ordens sagradas e unção dos enfermos. Marcam as várias fases importantes de vida
cristã do crente, sendo divididos em três categorias:

 sacramentos da iniciação cristã (batismo, confirmação e eucaristia) que "lançam os


alicerces da vida cristã: os fiéis, renascidos pelo Batismo, são fortalecidos pela
Confirmação e alimentados pela Eucaristia";
 sacramentos da cura (penitência e unção dos enfermos);
 sacramentos ao serviço da comunhão e da missão (ordem e matrimônio).

Estes sacramentos podem ser também agrupados em apenas duas categorias:

Os que imprimem permanentemente caráter e deixam uma marca indelével em quem o recebe, e
que, por isso, só podem ser ministrados uma vez a cada crente, sendo eles o batismo, o crisma e a
ordem;

Os que podem ser ministrados reiteradamente.

 Batismo

O batismo é entendido como o sacramento que abre as portas da vida cristã ao batizado,
incorporando-o à comunidade católica, ao grande corpo místico de Cristo, que é a Igreja em si.
Este ritual de iniciação cristã é feito normalmente com água sobre o batizando, através de
imersão, efusão ou aspersão. Ou, utilizando outras palavras do Compêndio do Catecismo da
Igreja Católica, "o rito essencial deste sacramento consiste em imergir na água o candidato ou em
derramar a água sobre a sua cabeça, enquanto é invocado o Nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo". O batismo significa imergir "na morte de Cristo e ressurgir com Ele como nova criatura".

O batismo perdoa o pecado original e todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado.
Possibilita aos batizados a participação na vida trinitária de Deus mediante a graça santificante e
a incorporação em Cristo e na Igreja. Confere também as virtudes teologais e os dons do Espírito
Santo. Uma vez batizado, o cristão é para sempre um filho de Deus e um membro inalienável da
Igreja e também pertence para sempre a Cristo.

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Embora o batismo seja fundamental para a salvação, os catecúmenos, todos aqueles que morrem
por causa da fé (batismo de sangue), [...] todos os que sob o impulso da graça, sem conhecer
Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a sua vontade
(batismo de desejo), conseguem obter a salvação sem serem batizados porque, segundo a doutrina
da Igreja Católica, Cristo morreu para a salvação de todos. Quanto às crianças mortas sem serem
batizadas, a Igreja na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus, que é ilimitada e infinita.

 Idade

Na Igreja Católica, batizam-se tanto crianças como convertidos adultos que não tenham sido
antes batizados validamente (o batismo da maior parte das igrejas cristãs é considerado válido
pela Igreja Católica visto que se considera que o efeito chega diretamente de Deus
independentemente da fé pessoal, embora não da intenção, do sacerdote).

Mas a Igreja Católica insiste no batismo às crianças porque "tendo nascido com o pecado
original, elas têm necessidade de ser libertadas do poder do Maligno e de ser transferidas para o
reino da liberdade dos filhos de Deus". Por essa razão, a Igreja recomenda os seus fiéis a fazerem
tudo para evitar que uma pessoa não batizada venha a morrer em sua presença sem a graça do
batismo. Assim, embora o sacramento deva ser ministrado por um sacerdote, diante de um
enfermo não batizado, qualquer pessoa pode e deve batizá-lo, dizendo "Eu te batizo, em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo" enquanto, com o polegar da mão direita, desenha uma cruz
sobre a testa, a boca e o peito do enfermo.

Símbolos

Na Igreja Católica, o sacramento do batismo tem vários símbolos, mas existem quatro principais,
que são eles: água, óleo, veste branca e a vela. Cada um representa um mistério na vida do
batizado. Além desses símbolos (que são os principais) o rito romano ainda estabelece o sal, mas
este símbolo só é usado conforme as orientações pastorais das Igrejas particulares.

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4.2.Os significados dos símbolos:

Água: representa a passagem da vida "pagã" para uma "nova vida". Tem o fator de purificação,
lavando-nos do pecado original, e também o atual,se há.

Óleo: representa a fortaleza do Espírito Santo. Antigamente, os lutadores usavam o óleo antes das
lutas para deixarem seus músculos rígidos e assim poderem vencer. Na nova vida adquirida pelo
batismo ele tem a mesma função, revestir o batizado para as lutas cotidianas contra as ciladas do
maligno.

Veste branca: representa a nova vida adquirida pelo batismo. Quando tomamos banho vestimos
uma roupa limpa, no batismo não seria diferente. Somos lavados na água e vestidos de uma nova
vida.

Vela: tem dois significados: o Espírito Santo e o dom da fé. De acordo com a Igreja Católica,
pelo batismo somos revestidos de muitas graças e a principal é o Espirito Santo, pois seremos
unidos a Deus como filhos para sermos santificados e esta santificação é realizada através do
Espírito Santo. De acordo com o ensinamento da igreja, a fé é um dom fundamental para nossa
vida, é através dela que reconhecemos Deus e por ela recebemos as suas graças.

4.3.Código de Direito Canônico da Igreja Católica e Ensinamentos da mesma Igreja


Católica.

 Crisma ou Confirmação

Confirmação do batismo, ou crisma: o batizado reafirma sua fé em Cristo, sendo ungido durante a
cerimônia, recebendo os sete dons do Espírito Santo. A unção é feita pelo bispo ou sacerdote
autorizado, com óleo abençoado na quinta-feira da Semana Santa.

A atual disciplina da Igreja Latina dá a oportunidade a uma pessoa – que foi batizada por decisão
alheia e que tem, perante a Igreja, compromissos assumidos por outras pessoas em seu nome
diante da pia batismal – de confirmar o desejo de ser membro da família cristã dentro da Igreja
Católica e de reafirmar aqueles compromissos, depois de atingir a “idade da razão”. Ressalta-se
que em adultos e em caso de risco de morte (mesmo que seja um bebê) é lícito o sacramento da
crisma logo após o batismo, assim como ocorre ordinariamente nas igrejas orientais.

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Simplificadamente, a cerimônia consiste na renovação das “promessas do batismo”, mediante
perguntas do bispo, que em geral a preside, feitas em voz alta e do mesmo modo respondidas pelo
crismando perante a comunidade.

Como o batismo, o crisma também imprime caráter, podendo ser ministrado apenas uma vez a
cada pessoa.

Por ser um ato de afirmação de compromissos, a pessoa pode jamais receber o crisma ou, indo
participar da cerimônia, deixar de confirmar esses compromissos. Quem não foi crismado ou se
recusou a renovar os compromissos do batismo, pode fazê-lo em qualquer tempo.

O crisma é, portanto, um sacramento dependente, complementar ao batismo, já que não tem


qualquer significação se ministrado a quem não tenha sido batizado.

 Eucaristia

É a celebração em memória de Cristo, recordando a santa ceia, a paixão e a ressurreição, em que


o cristão recebe a hóstia consagrada.

É o sacramento culminante, que dá aos fieis a oportunidade de receber e ingerir fisicamente o que
consideram como sendo o corpo de Jesus Cristo, em que se transformou o pão consagrado pelo
sacerdote, assim como o vinho se transforma no Seu sangue.

No sacramento da eucaristia, a hóstia consagrada (o pão) é distribuída aos fiéis, que a colocam na
boca e ingerem lenta e respeitosamente.

Para receber a hóstia, o fiel deve estar em “estado de graça”, ou seja, deve ter antes confessado os
seus pecados e recebido o perdão divino através do sacramento da confissão ou penitência.

A consagração não faz parte do sacramento da eucaristia. É um rito precedente e separado. É um


ato que só os sacerdotes têm o poder de praticar.

Normalmente, a consagração acontece durante a celebração da missa, rito também chamado de


santo sacrifício. O sacrifício é precisamente o ato da consagração. Consiste na recriação, durante
a missa, de um momento da última ceia dos apóstolos com Cristo, quando Ele serviu pão e vinho
aos apóstolos, dizendo-lhes que aquilo era o seu corpo e o seu sangue.

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A Igreja Católica sustenta que, quando o sacerdote pronuncia as palavras rituais “Isto é o meu
corpo” em relação pão e “Isto é o meu sangue” em relação vinho, acontece um fenômeno
chamado transubstanciação, ou seja, a substância material que constitui o pão se converte no
corpo de Cristo e a que constitui o vinho se transmuda no Seu sangue.

O pão transubstanciado é distribuído aos fiéis que, ao ingerirem a hóstia estão ingerindo o corpo
de Cristo. A eucaristia é considerada o sacramento da ação de graças, na acepção da palavra
original grega εὐχαριστία (transc. "eukharistia").

 Reconciliação ou Penitência

É a confissão dos pecados a um sacerdote, que aplica a penitência para, uma vez cumprida,
propiciar a reconciliação com Cristo. Por outras palavras, é o sacramento que dá ao cristão
católico a oportunidade de reconhecer as suas faltas e, se delas estiver arrependido, ser perdoado
por Deus.

O reconhecimento das faltas é a sua confissão a um sacerdote, que a ouve em nome de Deus e
concede ao fiel o perdão ainda em nome de Deus. Do ponto de vista formal, o confessante se
ajoelha perante um sacerdote, o confessor, e lhe declara que pecou, que deseja confessar o que
fez e pedir a Deus que perdoe os seus pecados.

Após ouvi-lo, cabe ao sacerdote oferecer as suas palavras de conselho, de censura, de orientação
e conforto ao penitente, recomendando a penitência a ser cumprida. O confessado deve rezar a
oração denominada ato de contrição, após o que o sacerdote profere as palavras do perdão e
abençoa o penitente, que se retira para cumprir a penitência que lhe foi prescrita.

A Igreja Católica considera o sacramento da penitência um ato purificador, que deve ser
praticado antes da Eucaristia, para que esta seja recebida com a alma limpa pelo perdão dos
pecados. Mas, entende-se também que esse efeito purificador é salutar, sendo benéfico para o
espírito cada vez que é praticado.

Um dos mais rígidos deveres impostos ao sacerdote pela Igreja é o segredo da confissão.

O sacerdote é rigorosamente e totalmente proibido de revelar o que ouve dos fiéis no


confessionário. O descumprimento desse dever é considerado um dos maiores e mais graves

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pecados que um sacerdote pode cometer e o sujeita a penalidades severíssimas impostas pela
Igreja.

Este sacramento pode ser administrado de forma coletiva, que é conhecida como "confissão
comunitária", com a devida autorização do Bispo Diocesano, o qual, atendendo a critérios da
Conferência Episcopal pode autorizar a absolvição coletiva somente nas seguintes condições:

Os penitentes estejam em iminente perigo de morte e não haja tempo de um ou mais sacerdotes
os atenderem;

haja necessidade grave, isto é, quando, dado o número de penitentes, não houver sacerdotes
suficientes para, dentro de tempo razoável, ouvirem devidamente as confissões de cada um, de tal
modo que os penitentes, sem culpa própria, fossem obrigados a permanecer durante muito tempo
privados da graça sacramental ou da sagrada comunhão; não se considera existir necessidade
suficiente quando não possam estar presentes confessores bastantes somente por motivo de
grande afluência de penitentes, como pode suceder em alguma grande festividade ou
peregrinação.

Estas duas condições, que são estabelecidas pelo Código de Direito Canônico, são inseparáveis,
de modo que nunca é suficiente a mera impossibilidade de confessar «devidamente» cada um dos
indivíduos «dentro de tempo razoável» devido à escassez de sacerdotes; mas a tal impossibilidade
deve associar-se o fato de que, caso contrário, os penitentes ver-se-iam obrigados a permanecer
«durante muito tempo», sem culpa própria, privados da graça sacramental. Situação esta que
pode se verificar nos territórios de missão ou em comunidades de fiéis isolados, onde o sacerdote
só pode passar uma ou poucas vezes ao ano, ou quando as condições de guerra, meteorológicas
ou outras circunstâncias semelhantes o consintam.

Para que a eventual confissão coletiva seja considerada válida, o fiel deve se propor a confessar-
se individualmente, no devido tempo, dos pecados graves que no momento não pôde confessar de
forma individual a um sacerdote.

Para fazer uma boa Confissão é necessário:

1-Exame de consciência.

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2-Arrependimento.

3-Propósito.

4-Confissão.

5-Satisfação.

 Unção dos enfermos

A unção dos enfermos é o sacramento pelo qual o sacerdote reza e unge os enfermos para
estimular-lhes a cura mediante a fé, ouve deles os arrependimentos e promove-lhes o perdão de
Deus. Pode ser dado a qualquer enfermo, e não somente a quem pode falecer a qualquer
momento.

 Ordem (sacramento)

O sacramento da ordem concede a autoridade para exercer funções e ministérios eclesiásticos que
se referem ao culto de Deus e à salvação das almas. É dividido em três graus:

O episcopado confere a plenitude da ordem, torna o candidato legítimo sucessor dos apóstolos e
lhe confia os ofícios de ensinar, santificar e reger.

O presbiterato configura o candidato ao Cristo sacerdote e bom pastor. É capaz de agir em nome
de Cristo cabeça e ministrar o culto divino.

O diaconato confere ao candidato a ordem para o serviço na Igreja, através do culto divino, da
pregação, da orientação e sobretudo da caridade.

 Matrimônio

O sacramento que, estabelecendo e santificando a união entre um homem e uma mulher, funda
uma nova família cristã. O matrimônio é celebrado na Igreja e santificado na indissolubilidade e
na fidelidade;

É um dos sacramentos que imprimem caráter, embora de forma distinta do batismo, do crisma e
da ordem. Estes três últimos deixam no fiel que o recebe uma marca indelével que o acompanha
por toda a eternidade. Quem foi batizado ou crismado, quem foi ordenado sacerdote terá essa
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condição independente de qualquer coisa, inclusive de que decida depois converter-se a outro
credo religioso ou abandonar o sacerdócio.O matrimônio imprime caráter sobre o casal, sobre o
conjunto que os dois nubentes passaram a formar, e é, por isso, doutrinariamente indissolúvel. O
caráter impresso pelo matrimônio se dissolve com a morte de um dos cônjuges. É um sacramento
que só se consuma havendo dois participantes. A morte de um dissolve o casal, extinguindo o
matrimônio.

Outra característica peculiar do sacramento do matrimônio é que não é ministrado pelo sacerdote,
mas pelos noivos que, realizando-o perante a Igreja, pedem e recebem do sacerdote a bênção para
a nova família que nasce.

5. Inculturação

Inculturação é a influência recíproca entre o cristianismo e as culturas dos países onde a fé cristã
é praticada.

O termo latino inculturatio foi criado em 1974, no documento de 32ª Congregação Geral da
Companhia de Jesus, e expressava o desejo dos jesuítas indianos de criar um jeito indiano de
praticar o cristianismo.

Nas palavras de Pedro Arrupe, superior da Companhia de Jesus em 1978: A inculturação é a


encarnação da vida e da mensagem cristãs em uma área cultural concreta, de modo que não
somente esta experiência se exprima com os elementos próprios da cultura em questão (o que
ainda não seria senão uma adaptação), mas que esta mesma experiência se transforme em um
princípio de inspiração, a um tempo norma e força de unificação, que transforma e recria esta
cultura, encontrando-se assim na origem de uma "nova criação".

Em 1979, o Papa João Paulo II, para quem o termo o termo "inculturação" exprimiria muito bem
uma das componentes do grande mistério da "Encarnação", afirmou que:

A catequese tem de procurar conhecer essas culturas e as suas componentes essenciais; ela deve
apreender as suas expressões mais significativas; e deve também saber respeitar os seus valores e
riquezas próprias. É deste modo que ela poderá propor a tais culturas o conhecimento do mistério
escondido e ajudá-las a que façam surgir da sua própria tradição viva expressões originais de
vida, de celebração e de pensamento cristãos.
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6. Conclusão

A igreja costuma ser denominada como a “casa de Deus” já que, apesar de Este ser omnipresente,
é nos templos que a comunidade cristã se reúne para rezar e participar em rituais como a missa.
Abadia, basílica, catedral, capela, convento, mosteiro e paróquia são diferentes noções associadas
aos tipos de igreja ou templos.

Enquanto comunidade em geral, a igreja é o conjunto de todos os cristãos que tenham recebido o
sacramento do baptismo (e, por conseguinte, são reconhecidos como filhos de Deus). Os
membros da igreja acreditam em Cristo como salvador e messias.

A Igreja católica tem-se mantido na sucessão apostólica desde o apóstolo Pedro até ao Papa
actual (Bento XVI). Os protestantes, em contrapartida, negam o valor da tradição apostólica.

A Igreja Católica celebra os sete sacramentos, que são: baptismo, confirmação (ou crisma),
eucaristia, reconciliação (ou penitência), unção dos enfermos, ordem e matrimônio. A doutrina,
"todos os sacramentos estão ordenados para a Eucaristia «como para o seu fim»)". Na eucaristia,
renova-se o mistério pascal de Cristo, actualizando e renovando assim a salvação da humanidade.

O sacramento católico é um ato ritual destinado aos fiéis, para eles receberem a graça de Deus, e
situações da vida cristã. Eles foram instituídos por Jesus Cristo como "sinais sensíveis e eficazes
da graça [...] mediante os quais nos é concedida a vida divina" ou a salvação e foram confiados à
Igreja. Através destes sinais ou gestos divinos, "Cristo age e comunica a graça,
independentemente da santidade pessoal do ministro", embora "os frutos dos sacramentos
dependam também das disposições de quem os recebe".

Em 1979, o Papa João Paulo II, para quem o termo o termo "inculturação" exprimiria muito bem
uma das componentes do grande mistério da "Encarnação", afirmou que:

A catequese tem de procurar conhecer essas culturas e as suas componentes essenciais; ela deve
apreender as suas expressões mais significativas; e deve também saber respeitar os seus valores e
riquezas próprias. É deste modo que ela poderá propor a tais culturas o conhecimento do mistério
escondido e ajudá-las a que façam surgir da sua própria tradição viva expressões originais de
vida, de celebração e de pensamento cristãos.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova


Fronteira. 1986. p. 915.

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Paulo: Cultura Cristã. pp. 440–444

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16 de maio de 2020

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Acessado em 22 de junho de 2011.

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SHORTER, A. Toward a Theology of Inculturation. Maryknoll, NY, 1988.

MIRANDA, M. F. Inculturação da fé. São Paulo: Loyola, 2001.

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