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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOCAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CONCEITO DE IGREJA
ASSEMBLEIA DOS CRENTES
SACRAMENTOS
INCULTURAÇÃO

Orlando Ernesto Mocubela código:708204979

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: F.de Teologia Católica
Ano de Frequência:2º Ano
Cel: 841491889

GURUÉ

2021
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Bibliografia 0,5
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(Indicação clara do
problema)
Descrição dos 1,0
Introdução objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2,0
do trabalho
Conteúdo Articulação e 2,0
domínio do discurso
académico
(expressão escrita
Análise e cuidada,
Discussão coerência/coesão
textual)
Revisão 2,0
bibliográfica nacional
e internacional
relevantes na área de
estudo

Exploração de dados 2,0

Conclusão Contributos teóricos 2,0


práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1,0
Gerais tamanho de letra,
paragrafo,
espaçamento entre as
linhas

Referencias Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4,0


Bibliográficas edição em citações/referências
citações e bibliográficas
bibliografia
3

Índice

Introdução………………………………………………………………………………..4

Objectivo geral………………………..…………………………………………………..5

Objectivos específicos……..……………………………………………………………..5

Metodologia do trabalho…………………………………………………………………5

Conceito de igreja……………………………………………………………………….6

Assembleia dos crentes ………………………………………………………………….9

Ensinamentos da igreja católica…………………………………………………………10

Sacramento…………………………………………………………….………………..12

Os sete sacramentos…………………………………………………..……………..…..14

Inculturação………………………………………………………………………………16
Conclusão………………………………………………………………………..………17.

Referência bibliográfica…………………………………………………………………18
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INTRODUÇÃO

Esse trabalho é da cadeira fundamentos de teologia católica que tem como tema: Conceito de
igreja; Assembleia dos santos; Sacramentos e Inculturação.

Em sociologia Igreja é um grupo religioso organizado e institucionalizado. É uma sociedade


cujos membros representam da mesma maneira o mundo sagrado e suas relações com o
mundo profano. Como grupo, uma igreja abrange uma comunidade dos que crêem e,
geralmente um corpo de sacerdotes, hierarquizado ou não. Como instituição, a igreja
representa um sistema de preceitos dogmáticos, ritos e crenças.

A Igreja católica tem-se mantido na sucessão apostólica desde o apóstolo Pedro até ao Papa
actual (Bento XVI). Os protestantes, em contrapartida, negam o valor da tradição apostólica.
A palavra igreja também permite fazer alusão à congregação dos fiéis cristãos, ao conjunto do
clero e ao povo de um território onde o cristianismo tem crentes (adeptos), ao governo
eclesiástico em geral (a Igreja católica) e às comunidades cristãs que se autodefinem como
igreja (a igreja anglicana, a igreja luterana, etc.).
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Objectivo geral

 Possuir o conhecimento sobre os fundamentos teológico católico.

Objectivos Específicos:

 Dar a conhecer a fé católica;

 Oferecer conceitos para a compreensão da pessoa humana a luz da fé;

 Transmitir o ensinamento da igreja católica, no campo político- social e cultural.

Metodologia do trabalho

Na realização do trabalho foi preciso consulta de obras literaturas.


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 CONCEITO DE IGREJA

Igreja é o conjunto de fiéis unidos pela mesma fé e que celebram as mesmas doutrinas religiosas.

Em sociologia Igreja é um grupo religioso organizado e institucionalizado. É uma sociedade cujos membros
representam da mesma maneira o mundo sagrado e suas relações com o mundo profano.

Como grupo, uma igreja abrange uma comunidade dos que crêem e, geralmente um corpo de sacerdotes,
hierarquizado ou não. Como instituição, a igreja representa um sistema de preceitos dogmáticos, ritos e
crenças.

 Igreja Católica

A estrutura da Igreja foi formada pela Bíblia, pelos ensinamentos e pela doutrina cristã. Através de uma
interacção dinâmica entre a Bíblia e a tradição, a Igreja desenvolveu seus ensinamentos, crenças e credos,
além da liturgia, sacramentos e festividades, concedendo aos fiéis a essência da fé cristã. Dois ritos ou
sacramentos, foram instituídos pelo próprio Jesus: o baptismo e a eucaristia. Outros ritos incluem o crisma, o
casamento, a ordenação para o sacerdócio, a confissão e a extrema-unção. O clero católico é masculino e
celibatário.

É formado pela classe eclesiástica dos sacerdotes, sendo o papa o chefe supremo de toda a Igreja e do Estado
do Vaticano, além dos cardeais, dos bispos e dos padres. A Igreja Católica possui seu santuário onde se
localiza o altar, além de oferecer locais para a devoção da comunidade.

 Igreja Ortodoxa

A Igreja Ortodoxa não reconhece o papa como autoridade. O Patriarca Ecuménico de Constantinopla é a
mais alta autoridade da Igreja Ortodoxa, a russa é a maior delas. Cada Igreja autónoma tem seu próprio
patriarca, sendo autogovernante. Além da Rússia, o cristianismo Ortodoxo é também importante na Ucrânia,
na Grécia, na Roménia, na Bulgária, na Sérvia entre outros.

A maior parte das igrejas Ortodoxas deriva do antigo cristianismo grego do Mediterrâneo Oriental. O elo
directo com as Igrejas fundadas pelos apóstolos e a memória do Império Romano cristão (o Império
Bizantino), que durou até 1453, aumentam a importância da tradição como guia da Igreja.

Essa tradição inclui as escrituras, os antigos concílios e os escritos dos padres, a liturgia e a veneração de
imagens sagradas.
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 Igrejas ortodoxas orientais

As igrejas ortodoxas orientais rejeitam, portanto, o Credo Calcedónio, no mas aceitam os três primeiros
Concílios Ecuménicos e seus credos. O Conselho Mundial de Igrejas lista seis igrejas ortodoxas orientais:
Igreja Ortodoxa Copta, Igreja Ortodoxa Síria, Igreja Apostólica Arménia, Igreja Ortodoxa Etíope, Igreja
Ortodoxa Eritreia e Igreja Ortodoxa Indiana.

As chamadas igrejas ortodoxas orientais devem ser distinguidas das igrejas ortodoxas bizantinas (ver acima)
que aceitam a doutrina do Concílio de Calcedónia (451 d.C.) sobre as duas naturezas de Cristo, doutrina que é
aceita pelos católicos romanos e católicos ortodoxos bizantinos e protestantes históricos.

 Igrejas evangélicas pentecostais

A Assembleia de Deus é tida como a maior igreja pentecostal do mundo, se bem que a rigor não é uma igreja
unificada, já que oficialmente seu governo é congregacional independente, e possui várias divisões ou
"ministérios" como normalmente são chamados. Outras igrejas pentecostais bastante difundidas no Brasil
são: Igreja do Evangelho Quadrangular e Congregação Cristã no Brasil.

As igrejas denominadas pentecostais, surgiram nos EUA a partir dos baptistas e metodistas. Essas igrejas
conservam as mesmas características e variedade de organização, governo e doutrina centrais das igrejas
evangélicas históricas, mas se distinguem delas quanto à doutrina dos dons ou carismas extraordinários como:
falar em línguas (glossolalia), profecias, revelações e dons de curar.

 Igrejas evangélicas neopentecostais

As igrejas evangélicas classificadas no meio académico e eclesiástico como "neopentecostais" (embora não
sejam nomeadas oficialmente com esse termo), têm origem na "Terceira Onda" do pentecostalismo no final
da década de 70 nos EUA.

Os "neopentecostais, conservam muitas crenças e práticas do pentecostalismo, mas a principal característica


dos neopentecostais é se distanciarem da moral e costumes rígidos dos pentecostais e tradicionais, e, por outro
lado, enfatizarem a teologia da prosperidade ou "confissão positiva" (prosperidade material, económica e
saúde física), a batalha espiritual (exorcismos, demónios territoriais, maldição hereditária, quebra de
maldição).
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"Ainda segundo Mariano, quanto a essa nova roupagem do protestantismo no Brasil, podemos afirmar que as
Igrejas Neopentecostais realizaram as mais profundas acomodações à sociedade (se pensarmos em termos de
mutações do protestantismo através dos tempos), abandonando vários traços sectários, hábitos ascéticos e o
velho estereótipo pelo qual os “crentes” eram reconhecidos e, implacavelmente, estigmatizados, abolindo
certas marcas distintivas e tradicionais de sua religião, propondo novos ritos, crenças e práticas, dando ares
mais brandos aos costumes e comportamentos como em relação às vestimentas. O prefixo “neo” é utilizado
para marcar sua recente formação, bem como seu carácter de “novidade” dentro do protestantismo, mais
especificamente do pentecostalismo."

 Igrejas evangélicas históricas

As igrejas protestantes ou evangélicas históricas abrangem as denominações ou igrejas nacionais originadas


no movimento da Reforma do século XVI como consequência das ideias de Martinho Lutero e outros
reformadores: Igreja Evangélica na Alemanha (Evangelische Kirche in Deutschland, de confissão luterana),
Igreja Episcopal Anglicana, Igreja Reformada da Suíça, Igreja Reformada dos Países Baixos, Igreja da
Escócia (presbiteriana), igrejas independentes (hoje chamadas de igrejas congregacionais) e, posteriormente,
as igrejas baptistas. Essas denominações ou igrejas originais se espalharam pelo mundo e passaram por
desdobramentos e divisões.

No protestantismo histórico, normalmente as igrejas são nacionais e autónomas, não possuindo um governo
ou concílio mundial como no Catolicismo Romano. Mas existem organizações internacionais que
promovem a fraternidade e comunhão das diferentes igrejas nacionais. Por exemplo: a Comunhão Anglicana,
a Federação Luterana Mundial e a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas.

A organização das igrejas nacionais varia bastante dependendo da denominação. Algumas igrejas se
organizam em concílios e sínodos que têm autoridade normativa sobre as igrejas ou paróquias locais como as
igrejas luteranas, reformadas e presbiterianas. Outras igrejas são independentes de uma hierarquia ou sínodo
como: as igrejas independentes ou congregacionais e baptistas históricos.

No primeiro caso é dito que são igrejas conciliares, no último caso são igrejas congregacionais. Contudo,
mesmo as igrejas independentes ou congregacionais formam "convenções" (ou "comunhão") com a
finalidade de manterem comunhão e cooperação mútua das igrejas afiliadas facultativamente, mas sem
autoridade e interferência nas igrejas afiliadas.

Quanto ao governo ou liderança das igrejas protestantes, também há bastante diversidade. Algumas
denominações são episcopais com uma hierarquia de bispos sobre presbíteros e diáconos como as luteranas,
anglicanas e metodistas. Outras denominações são não-hierárquicas com um único tipo ou nível de liderança
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composta de presbíteros (indistinto de bispos ou pastores) e diáconos como no caso das igrejas reformadas,
presbiterianas, congregacionais e baptistas.

Quanto a doutrina, há um conjunto de verdades centrais compartilhadas historicamente com o catolicismo


romano como as doutrinas dos Credos Universais (Apostólico, Niceno, Niceno-Constantinopolitano,
Atanasiano e o de Calcedônia), e doutrinas centrais peculiares do protestantismo compartilhadas entre as
igrejas evangélicas históricas. As igrejas evangélicas, excepto a Ala Alta da Igreja Anglicana, possuem
apenas dois sacramentos ou ordenanças, a saber, o Baptismo e a Santa Ceia (Eucaristia). Muitas igrejas
aderem a documentos confessionais (Confissão de Fé e Catecismos) e regulamentos comuns que explicitam
suas crenças bíblicas.

As principais igrejas neopentecostais no Brasil são: Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional da
Graça de Deus, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Renascer em Cristo, Comunidade Evangélica Sara
Nossa Terra, Igreja Bola de Neve, etc.

 ASSEMBLEIA DOS CRENTES

Assembleias dos crentes originaram-se em à fundação das Assembleias de Deus nos Estados Unidos em
1914. Através da obra missionária estrangeira e estabelecendo relações com outras igrejas pentecostais, as
Assembleias de Deus se expandiram para um movimento mundial. Não foi até 1988, no entanto, que a
comunidade mundial se formou. Como uma comunhão pentecostal, as Assembleias de Deus acreditam no
distintivo pentecostal do baptismo no Espírito Santo, com a evidência de falar em línguas.

Logo cedo os pentecostais foram incentivados por seu entendimento de que todo o povo de Deus poderia
profetizar nos últimos dias antes da segunda vinda de Cristo. Eles olharam para as passagens bíblicas sobre o
Pentecostes no segundo capítulo de Atos, em que Pedro citou a profecia contida em Joel 2.28 "E há de ser
que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os
vossos velhos terão sonhos, e os vossos jovens terão visões." (ARC).

Assim, quando a experiência de falar em línguas espalhou-se entre os homens e mulheres da rua Azusa, um
sentido de urgência tomou conta, quando eles começaram a olhar para a Segunda Vinda de Cristo. No início
os pentecostais se viam como peregrinos na sociedade, dedicando-se exclusivamente a preparar o caminho
para a volta de Cristo.

Assembleias de Deus no Brasil


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Assembleia de Deus é uma denominação cristã evangélica (protestante) no Brasil, fundada em 1911 na
cidade de Belém do Pará pelos sueco-americanos Gunnar Vingren e Daniel Berg. Em 2011 estimava-se que
a denominação tinha 22,5 milhões de membros no Brasil, sendo a maior denominação pentecostal do
mundo.

Desde a década de 1980, por razões administrativas, a Assembleia de Deus brasileira tem passado por
algumas cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autónoma, em
várias regiões do País. O mais expressivo dos ministérios independentes é o Ministério de Madureira, cuja
igreja já existia desde os idos de 1930, fundada pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de
base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.

Particularmente na América do Sul, hoje existem muitas Assembleias de Deus autónomas e independentes.
No Brasil, segundo o censo 2010 de todos os grupos havia 12,3 milhões de aderentes.

As maiores convenções são: Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), fundada em
1930. Sua sede está localizada em Rio de Janeiro. A CGADB hoje conta com centenas de pastores e
missionários espalhados pelo mundo. É afiliada à Associação Mundial da Assembleia de Deus. Dentre as
centenas de ministérios que a compõe, está ligada a ela o Ministério do Belém-SP (não confundir com a
igreja-mãe de Belém-PA, que é ligada a CADB).

 ENSINAMENTOS DA IGREJA CATÓLICA

Crisma ou Confirmação

Confirmação do batismo, ou crisma: o batizado reafirma sua fé em Cristo, sendo ungido durante a cerimônia,
recebendo os sete dons do Espírito Santo. A unção é feita pelo bispo ou sacerdote autorizado, com óleo
abençoado na quinta-feira da Semana Santa.

A atual disciplina da Igreja Latina dá a oportunidade a uma pessoa – que foi batizada por decisão alheia e que
tem, perante a Igreja, compromissos assumidos por outras pessoas em seu nome diante da pia batismal – de
confirmar o desejo de ser membro da família cristã dentro da Igreja Católica e de reafirmar aqueles
compromissos, depois de atingir a “idade da razão”. Ressalta-se que em adultos e em caso de risco de morte
(mesmo que seja um bebê) é lícito o sacramento da crisma logo após o batismo, assim como ocorre
ordinariamente nas igrejas orientais.
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Simplificadamente, a cerimônia consiste na renovação das “promessas do batismo”, mediante perguntas do


bispo, que em geral a preside, feitas em voz alta e do mesmo modo respondidas pelo crismando perante a
comunidade.

Como o batismo, o crisma também imprime caráter, podendo ser ministrado apenas uma vez a cada pessoa.

Por ser um ato de afirmação de compromissos, a pessoa pode jamais receber o crisma ou, indo participar da
cerimônia, deixar de confirmar esses compromissos. Quem não foi crismado ou se recusou a renovar os
compromissos do batismo, pode fazê-lo em qualquer tempo.

O crisma é, portanto, um sacramento dependente, complementar ao batismo, já que não tem qualquer
significação se ministrado a quem não tenha sido batizado.

Eucaristia

É a celebração em memória de Cristo, recordando a santa ceia, a paixão e a ressurreição, em que o cristão
recebe a hóstia consagrada.

É o sacramento culminante, que dá aos fieis a oportunidade de receber e ingerir fisicamente o que consideram
como sendo o corpo de Jesus Cristo, em que se transformou o pão consagrado pelo sacerdote, assim como o
vinho se transforma no Seu sangue.

No sacramento da eucaristia, a hóstia consagrada (o pão) é distribuída aos fiéis, que a colocam na boca e
ingerem lenta e respeitosamente.

Para receber a hóstia, o fiel deve estar em “estado de graça”, ou seja, deve ter antes confessado os seus
pecados e recebido o perdão divino através do sacramento da confissão ou penitência.

A consagração não faz parte do sacramento da eucaristia. É um rito precedente e separado. É um ato que só
os sacerdotes têm o poder de praticar.

Normalmente, a consagração acontece durante a celebração da missa, rito também chamado de santo
sacrifício. O sacrifício é precisamente o ato da consagração. Consiste na recriação, durante a missa, de um
momento da última ceia dos apóstolos com Cristo, quando Ele serviu pão e vinho aos apóstolos, dizendo-lhes
que aquilo era o seu corpo e o seu sangue.

A Igreja Católica sustenta que, quando o sacerdote pronuncia as palavras rituais “Isto é o meu corpo” em
relação pão e “Isto é o meu sangue” em relação vinho, acontece um fenômeno chamado transubstanciação,
ou seja, a substância material que constitui o pão se converte no corpo de Cristo e a que constitui o vinho se
transmuda no Seu sangue.
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Penitência.

A Igreja Católica considera o sacramento da penitência um ato purificador, que deve ser praticado antes da
Eucaristia, para que esta seja recebida com a alma limpa pelo perdão dos pecados. Mas, entende-se também
que esse efeito purificador é salutar, sendo benéfico para o espírito cada vez que é praticado.

Um dos mais rígidos deveres impostos ao sacerdote pela Igreja é o segredo da confissão. O sacerdote é
rigorosamente e totalmente proibido de revelar o que ouve dos fiéis no confessionário. O descumprimento
desse dever é considerado um dos maiores e mais graves pecados que um sacerdote pode cometer e o sujeita
a penalidades severíssimas impostas pela Igreja.

Este sacramento pode ser administrado de forma coletiva, que é conhecida como "confissão comunitária",
com a devida autorização do Bispo Diocesano, o qual, atendendo a critérios da Conferência Episcopal pode
autorizar a absolvição coletiva somente nas seguintes condições:

Os penitentes estejam em iminente perigo de morte e não haja tempo de um ou mais sacerdotes os
atenderem;

haja necessidade grave, isto é, quando, dado o número de penitentes, não houver sacerdotes suficientes para,
dentro de tempo razoável, ouvirem devidamente as confissões de cada um, de tal modo que os penitentes,
sem culpa própria, fossem obrigados a permanecer durante muito tempo privados da graça sacramental ou da
sagrada comunhão; não se considera existir necessidade suficiente quando não possam estar presentes
confessores bastantes somente por motivo de grande afluência de penitentes, como pode suceder em alguma
grande festividade ou peregrinação.

Para que a eventual confissão coletiva seja considerada válida, o fiel deve se propor a confessar-se
individualmente, no devido tempo, dos pecados graves que no momento não pôde confessar de forma
individual a um sacerdote.

Para fazer uma boa Confissão é necessário:

Exame de consciência.
Arrependimento.
Propósito.
Confissão.
Satisfação.

 SACRAMENTO
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O sacramento da ordem concede a autoridade para exercer funções e ministérios eclesiásticos que se referem
ao culto de Deus e à salvação das almas. É dividido em três graus:

O episcopado confere a plenitude da ordem, torna o candidato legítimo sucessor dos apóstolos e lhe confia os
ofícios de ensinar, santificar e reger.

O presbiterato configura o candidato ao Cristo sacerdote e bom pastor. É capaz de agir em nome de Cristo
cabeça e ministrar o culto divino.

O diaconato confere ao candidato a ordem para o serviço na Igreja, através do culto divino, da pregação, da
orientação e sobretudo da caridade.

A Igreja Católica celebra os sete sacramentos, que são: batismo, confirmação (ou crisma), eucaristia,
reconciliação (ou penitência), unção dos enfermos, ordem e matrimônio. A doutrina, "todos os sacramentos
estão ordenados para a Eucaristia «como para o seu fim»)". Na eucaristia, renova-se o mistério pascal de
Cristo, atualizando e renovando assim a salvação da humanidade.

O sacramento católico é um ato ritual destinado aos fiéis, para eles receberem a graça de Deus, e situações da
vida cristã. Eles foram instituídos por Jesus Cristo como "sinais sensíveis e eficazes da graça [...] mediante os
quais nos é concedida a vida divina" ou a salvação e foram confiados à Igreja. Através destes sinais ou gestos
divinos, "Cristo age e comunica a graça, independentemente da santidade pessoal do ministro", embora "os
frutos dos sacramentos dependam também das disposições de quem os recebe".

Ao celebrá-los, a Igreja Católica, através das palavras e elementos rituais, alimenta, exprime e fortifica a sua fé
e a fé de cada um dos seus fiéis. Estes sinais de graça constituem uma parte integrante e inalienável da vida
cristã de cada fiel. Os sacramentos são necessários para a salvação dos crentes por conferirem a graça de
Deus, "o perdão dos pecados, a adoção de filhos de Deus, a conformação a Cristo Senhor e a pertença à
Igreja".

Acredita-se que o Espírito Santo prepara para a recepção dos sacramentos por meio da palavra de Deus e da
fé que acolhe a palavra nos corações bem dispostos. Então, os sacramentos fortalecem e exprimem a fé. O
fruto da vida sacramental é ao mesmo tempo pessoal e eclesial. Por um lado, este fruto é para cada crente uma
vida para Deus em Jesus; por outro, é para a Igreja o seu contínuo crescimento na caridade e na sua missão de
testemunho.

A Igreja vê aos sacramentos como gestos de Deus na vida de cada crente, expressando-se simbólica e
espiritualmente, por conseguinte, eles são considerados:

sinais sagrados, porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual;


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sinais eficazes, porque, além de simbolizarem um certo efeito, produzem-no realmente;

sinais da graça, porque transmitem dons diversos da graça divina;

sinais da fé, não somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque nutrem, robustecem e
exprimem a sua fé.

 OS SETE SACRAMENTOS

No catolicismo, os sete sacramentos são batismo, confissão, eucaristia, confirmação (ou crisma), matrimônio,
ordens sagradas e unção dos enfermos. Marcam as várias fases importantes de vida cristã do crente, sendo
divididos em três categorias:

sacramentos da iniciação cristã (batismo, confirmação e eucaristia) que "lançam os alicerces da vida
cristã: os fiéis, renascidos pelo Batismo, são fortalecidos pela Confirmação e alimentados pela
Eucaristia";

sacramentos da cura (penitência e unção dos enfermos);

sacramentos ao serviço da comunhão e da missão (ordem e matrimônio).

Batismo

O batismo é entendido como o sacramento que abre as portas da vida cristã ao batizado, incorporando-o à
comunidade católica, ao grande corpo místico de Cristo, que é a Igreja em si. Este ritual de iniciação cristã é
feito normalmente com água sobre o batizando, através de imersão, efusão ou aspersão. Ou, utilizando outras
palavras do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, "o rito essencial deste sacramento consiste em
imergir na água o candidato ou em derramar a água sobre a sua cabeça, enquanto é invocado o Nome do Pai
e do Filho e do Espírito Santo". O batismo significa imergir "na morte de Cristo e ressurgir com Ele como
nova criatura".

O batismo perdoa o pecado original e todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado. Possibilita aos
batizados a participação na vida trinitária de Deus mediante a graça santificante e a incorporação em Cristo e
na Igreja. Confere também as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo. Uma vez batizado, o cristão é
para sempre um filho de Deus e um membro inalienável da Igreja e também pertence para sempre a Cristo.

Idade

Na Igreja Católica, batizam-se tanto crianças como convertidos adultos que não tenham sido antes batizados
validamente (o batismo da maior parte das igrejas cristãs é considerado válido pela Igreja Católica visto que
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se considera que o efeito chega diretamente de Deus independentemente da fé pessoal, embora não da
intenção, do sacerdote).

Mas a Igreja Católica insiste no batismo às crianças porque "tendo nascido com o pecado original, elas têm
necessidade de ser libertadas do poder do Maligno e de ser transferidas para o reino da liberdade dos filhos de
Deus". Por essa razão, a Igreja recomenda os seus fiéis a fazerem tudo para evitar que uma pessoa não
batizada venha a morrer em sua presença sem a graça do batismo. Assim, embora o sacramento deva ser
ministrado por um sacerdote, diante de um enfermo não batizado, qualquer pessoa pode e deve batizá-lo,
dizendo "Eu te batizo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" enquanto, com o polegar da mão
direita, desenha uma cruz sobre a testa, a boca e o peito do enfermo.

Símbolos

Na Igreja Católica, o sacramento do batismo tem vários símbolos, mas existem quatro principais, que são
eles: água, óleo, veste branca e a vela. Cada um representa um mistério na vida do batizado. Além desses
símbolos (que são os principais) o rito romano ainda estabelece o sal, mas este símbolo só é usado conforme
as orientações pastorais das Igrejas particulares.

Os significados dos símbolos:

Água: representa a passagem da vida "pagã" para uma "nova vida". Tem o fator de purificação, lavando-nos
do pecado original, e também o atual,se há.

Óleo: representa a fortaleza do Espírito Santo. Antigamente, os lutadores usavam o óleo antes das lutas para
deixarem seus músculos rígidos e assim poderem vencer. Na nova vida adquirida pelo batismo ele tem a
mesma função, revestir o batizado para as lutas cotidianas contra as ciladas do maligno.

Veste branca: representa a nova vida adquirida pelo batismo. Quando tomamos banho vestimos uma roupa
limpa, no batismo não seria diferente. Somos lavados na água e vestidos de uma nova vida.

Vela: tem dois significados: o Espírito Santo e o dom da fé. De acordo com a Igreja Católica, pelo batismo
somos revestidos de muitas graças e a principal é o Espirito Santo, pois seremos unidos a Deus como filhos
para sermos santificados e esta santificação é realizada através do Espírito Santo. De acordo com o
ensinamento da igreja, a fé é um dom fundamental para nossa vida, é através dela que reconhecemos Deus e
por ela recebemos as suas graças.
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Matrimônio

O matrimônio é celebrado na Igreja e santificado na indissolubilidade e na fidelidade; É um dos sacramentos


que imprimem caráter, embora de forma distinta do batismo, do crisma e da ordem.

O sacramento que, estabelecendo e santificando a união entre um homem e uma mulher, funda uma nova
família cristã.. Estes três últimos deixam no fiel que o recebe uma marca indelével que o acompanha por toda
a eternidade.

Quem foi batizado ou crismado, quem foi ordenado sacerdote terá essa condição independente de qualquer
coisa, inclusive de que decida depois converter-se a outro credo religioso ou abandonar o sacerdócio.

O matrimônio imprime caráter sobre o casal, sobre o conjunto que os dois nubentes passaram a formar, e é,
por isso, doutrinariamente indissolúvel. O caráter impresso pelo matrimônio se dissolve com a morte de um
dos cônjuges. É um sacramento que só se consuma havendo dois participantes. A morte de um dissolve o
casal, extinguindo o matrimônio.

 INCULTURAÇÃO

Nas palavras de Pedro Arrupe, superior da Companhia de Jesus em 1978: A inculturação é a encarnação da
vida e da mensagem cristãs em uma área cultural concreta, de modo que não somente esta experiência se
exprima com os elementos próprios da cultura em questão (o que ainda não seria senão uma adaptação), mas
que esta mesma experiência se transforme em um princípio de inspiração, a um tempo norma e força de
unificação, que transforma e recria esta cultura, encontrando-se assim na origem de uma "nova criação".

Afirmou que: " A catequese tem de procurar conhecer essas culturas e as suas componentes essenciais;
ela deve apreender as suas expressões mais significativas; e deve também saber respeitar os seus valores e
riquezas próprias. É deste modo que ela poderá propor a tais culturas o conhecimento do mistério
escondido e ajudá-las a que façam surgir da sua própria tradição viva expressões originais de vida, de
celebração e de pensamento cristãos " O Papa João Paulo II, Em 1979
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CONCLUSÃO

A comunidade em geral, a igreja é o conjunto de todos os cristãos que tenham recebido o sacramento do
baptismo (e, por conseguinte, são reconhecidos como filhos de Deus). Os membros da igreja acreditam em
Cristo como salvador e messias. A Igreja católica tem-se mantido na sucessão apostólica desde o apóstolo
Pedro até ao Papa actual (Bento XVI).

Os protestantes, em contrapartida, negam o valor da tradição apostólica. A Igreja Católica celebra os sete
sacramentos, que são: baptismo, confirmação (ou crisma), eucaristia, reconciliação (ou penitência), unção dos
enfermos, ordem e matrimónio.

A doutrina, "todos os sacramentos estão ordenados para a Eucaristia «como para o seu fim. Na eucaristia,
renova-se o mistério pascal de Cristo, actualizando e renovando assim a salvação da humanidade.

A Igreja Católica sustenta que, quando o sacerdote pronuncia as palavras rituais “Isto é o meu corpo” em
relação pão e “Isto é o meu sangue” em relação vinho, acontece um fenómeno chamado transubstanciação,
ou seja, a substância material que constitui o pão se converte no corpo de Cristo e a que constitui o vinho se
transmuda no Seu sangue.

O batismo perdoa o pecado original e todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado. Possibilita aos
batizados a participação na vida trinitária de Deus mediante a graça santificante e a incorporação em Cristo e
na Igreja. Confere também as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo.

Uma vez batizado, o cristão é para sempre um filho de Deus e um membro inalienável da Igreja e também
pertence para sempre a Cristo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CLOWNEY, Edmund P. (2003). A Igreja (Série Teologia Cristã). São Paulo: Cultura Cristã. pp. 104–5.

KITTEL, Gerhard; et al. (2013). Dicionário Teológico do Novo Testamento, Volume 1. São Paulo: Cultura
Cristã. pp. 440–444

RODRIGUES, Sergio (2012). «O idiota nem sempre foi estúpido». Revista Veja. Consultado em 16 de maio
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