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Codigo – 7082122706
Ano: 2º ano
Turma:
Tutor:
1. Introdução............................................................................................................................ 1
1.1. Objetivos.......................................................................................................................... 1
3. Conclusão ............................................................................................................................ 9
1.1.Objetivos
1.1.1. Objetivo Geral
De acordo com Marconi & Lakatos, (2003), qualquer pesquisa depende de uma pesquisa
bibliográfica, factores, magnitude e aspectos tomados no passado a partir do material já
elaborados de diversos autores sobre o assunto em análise. Este método permite compreender
as diversas opiniões de autores sobre o tema em pesquisa. Para a materialização do trabalho
utilizou se a técnica de pesquisa bibliografia.
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2. Os princípios permanentes da Doutrina Social da Igreja.
Os princípios de reflexão permanentes são verdadeiros pontos fixos em torno dos quais
gira todo o pensamento social católico e são guias de ação para os católicos. Eles se
apresentam na forma de quatro princípios, bem articulados e interdependentes:
A ideia de que a dignidade da pessoa é o ponto de apoio necessário para dar sustentação e
efetividade aos direitos fundamentais consagrados nos vários ordenamentos jurídicos de
diversos países é compartilhada de maneira ampla por variadas correntes de pensamento e
ideologias.
Marx e Engels (2007), no século XIX, procuram mostrar que a práxis humana constrói as
ideias – e não o contrário. Na sua concepção de ideologia, as ideias sempre revelam uma parte
da realidade, ocultando outra, servindo como instrumento de dominação da classe
hegemônica.
Como já foi dito, para a Doutrina Social da Igreja é o primado da pessoa que fundamenta
todo o seu pensamento. Ou seja, o ser humano é “o protagonista, o centro e o fim de toda a
vida econômico-social” (GS, nº 63). A dignidade da pessoa humana deve ser o objetivo
último da produção de bens, da organização política e das expressões culturais. Nada a atinge
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ou fere mais profundamente do que o fato de se tornar instrumento da economia de mercado
ou de qualquer coletivismo. Sublinha o Concílio Vaticano II: "Tudo quanto existe sobre a
terra deve ser ordenado em função do homem, como seu centro e seu termo: nesse ponto
existe um acordo quase geral entre crentes e não-crentes" (GS, nº12).
O pensamento católico trata o tema de maneira diversa. Podemos dizer que, nele, pessoa é
um ser confluente de dupla perspectiva: a material e a espiritual. O ser humano é “um ser de
fronteira entre o mundo puramente espiritual (Deus, Espírito Puríssimo, e os espíritos puros,
que chamamos anjos) e o mundo puramente material (os seres não viventes, as plantas, os
animais)” (MONDIN, 1998; destaque no original). Ou ainda, nas palavras de Santo Agostinho
(1990), o homem é um meio-termo entre os brutos e os anjos. Assim, na fronteira, entre um
lado e outro, “numas muitas vezes se exalta como norma absoluta. Noutras deprime-se até ao
desespero” (GS, nº 12).
Por fim, temos a característica da autonomia. O ser humano não é uma coisa, uma
realidade acabada, definida e realizada de uma vez por todas no momento em que é colocada
no mundo.
De todo este conjunto de fatores, dons e potencialidades que caracterizam a pessoa é que
resulta sua dignidade: ser animada por um espírito livre, racional, consciente, social, sujeito
de direitos e deveres. E sua dignidade deve ser absoluta, não pode haver imposição de
condições para ser digna, pois a dignidade não pode jamais depender de qualquer tipo de
qualificação, quer seja por raça, credo, condição socioeconômica, educação ou cultura. Esta
dignidade de pessoa humana deve ser respeitada independente da condição em que viva o ser
humano: “Ainda mesmo que o homem se avilta pelo vício transformando-se em um
alcoólatra, corrupto e criminoso, não perde a sua dignidade essencial, e a ela se deve o
respeito, que é apanágio de todas as criaturas humanas” (Ávila, 1993, p. 353).
O enfoque antropológico é expressivo na obra dos padres da Igreja. Como lembra Doig
(1994, p. 48) “toda a reflexão cristã de então sobre o homem – tanto a filosófica como a
teológica – dá uma importância bastante clara à valorização da dignidade humana”.
Sorge (1998) afirma que do Princípio da Dignidade Humana deriva um ponto importante:
tanto o Estado como a sociedade deverão buscar o bem comum, subordinando-o sempre à
plena realização da pessoa. Portanto, a sociedade e o Estado podem dispor da atividade da
pessoa para a consecução das metas comuns, mas jamais podem dispor da própria pessoa,
nem da vida delas, pois esta é o fundamento de todos os outros direitos.
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2.2.O Princípio de Solidariedade
Se conseguimos olhar o outro como outro eu, diz Giussani (2001), toda pessoa de boa
vontade, diante da dor e da necessidade, começa imediatamente a agir, mostra-se capaz de
generosidade. Essa generosidade é estar junto do outro em suas necessidades, oferecendo
companhia, afeto, compartilhando os bens, renunciando ao que legitimamente temos
alcançado ou ao que possuímos, a fim de que o outro possa ter um mínimo necessário; é estar
junto ao outro também para compartilhar com ele suas alegrias, seus triunfos, suas
realizações.
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A proexistência é a generosidade e a dedicação. É preocupar-se pelo outro mais do que
por si mesmo. Para que a proexistência possa se tornar um traço dominante da pessoa é
necessário um forte empenho da vontade e o exercício do cotidiano.
Diz Giussani (2001) que a ideia de solidariedade nasce do amor (caritas), do nosso
desejo de amar e ser amado. A caridade é a lei do ser.
Portanto, ser solidário significa colaborar com o outro para satisfazer as suas
necessidades, oferecer companhia; é renunciar ao que possuímos por direito, para que os
outros possam ter o necessário; enfim, é compartilhar toda sorte de bens materiais e
espirituais. A solidariedade ajuda a ver o outro como semelhante, um auxílio (cf. SRS, nº 39).
Paulo VI afirma: “A solidariedade universal é para nós não só um fato e um benefício, mas
também um dever” (PP, nº 17).
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2.3.Princípio de Subsidiariedade
b) Positivo: cada autoridade tem por missão incitar, sustentar os atores insuficientes
(Millon- Delsol, 1993, p.5).
Foi com a Doutrina Social da Igreja Católica que nasceu a concepção moderna do
Princípio de Subsidiariedade, objetivando-se alcançar o equilíbrio entre um Estado totalitário
e um Estado mínimo. É a partir daí, então, que a ideia de subsidiariedade tem sua formulação
mais precisa.
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O Estado na concepção cristã, segundo Rommem (1967), é posterior à pessoa, tem
como direção o bem comum e implica em proteger a dignidade da pessoa humana e facilitar a
cada homem o cumprimento de seus próprios deveres. A sociedade e a ordem política e
econômica têm seu fundamento, seu fim e seu princípio em promover a conservação,
desenvolvimento e perfeição da pessoa humana em cada um dos seres humanos.
O bem comum tem um caráter de mediação para que os homens ou os grupos possam
realizar adequadamente seus fins. Para ele, tanto a ordem política como a sociedade têm seu
alicerce na realização do bem comum. É a causa final do Estado, seu íntimo fim.
O bem comum é, portanto, a regra que dirige e a norma suprema dos atos do poder do
soberano, porque o objeto desse poder nada mais é que produzir, com a colaboração de todos,
a realização efetiva do bem comum. Todas as leis se justificam exclusivamente para a sua
vantagem (Rommen, 1967).
Essa perspectiva não é dominada pela suspeita em relação à presumível busca do desejo
particular e individual ou às consequências negativas que isso talvez tenha para o bem
comum. Pelo contrário, há confiança em que a tensão construtiva dentro da condição humana
tenha um resultado positivo.
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3. Conclusão
No que diz respeito ao Princípio de Solidariedade, observamos que ele parte da intrínseca
sociabilidade humana – o ser humano precisa dos outros para viver – e pode se tornar uma
virtude moral.
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4. Referencia bibliográfica
Ávila, Fernando Bastos de. Pequena enciclopédia de Doutrina Social da Igreja. São Paulo:
Loyola, 1993.
Doig, K. Germán. Direitos Humanos e Ensinamento Social da Igreja. São Paulo: Loyola,
1994.
Giussani, Luigi. O eu, o poder e as obras: contribuição de uma experiência. São Paulo:
Cidade Nova, 2001.
Marx, Karl e Engels, Friedrich. A ideologia alemã. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2007.
Mauss, Marcel. Uma Categoria do Espírito Humano: A noção de pessoa, a noção do “eu”.
Sociologia e Antropologia. Vol.1. São Paulo: EPU, 1974.
Sorge, Bartolomeo. Por uma civilização do amor – a proposta social da Igreja. São Paulo:
Paulinas, 1998.
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