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COMMV:-:10 • REv1sTA l1<TERNAc1oi<AL DE TEoLoGL< E CuLTUR.

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Volume XXIX, Número 3 f 4 (Ju L f DEZ. 2010): 371-377

MULHERES SACERDOTES?

UMA IGREJA MARIANA NUMA CULTURA

SEM MÃE E SEM PAI·


Hans Un von Balthasar

Resumo. Em nossa sociedade, temos a prevalência de um racionalismo para o qual todas as coisas e
bens naturais são, acima de cudo, matérias-primas para produtos indusuializados. Nesta sociedade,
o elemento feminino tende a ser abandonado, em favor de um utilitarismo que perpassa todas
as relações. Em contraste com este velho mundo, cujo equilíbrio enconua-sc cão ameaçado, a
Igreja é o início do ºº''º cosmo fundado cm Jesus C risto. Nesse novo cosmo, desde sua fundação
mais primordial, o pomo correto de equilíbrio, incluindo o equihbrio sexual, escá assegurado. É,
portanto, apenas uma questão de reconhecê-lo e vivê-lo. A Igreja começa com o 'sim' da Virgem de
Nazaré que resume a fé de Israel e a eleva a uma concretização abundante e c:xrraordinária: prontidão
incondicional para conceber, sob cocal liberdade, tornando toda a fertilidade psicológica e ftsica da
mulber inteiramente disponível. Esta dimensão mariana da Igreja enlaça-se com a dimensão de
Pedro da Igreja, sem reivindicar uma a outra. Maria é a "Rainha dos Apóstolos" sem reivindicar
poderes apostólicos para si. Ela possui algo diference e algo maior. Mas o homem moderno, que
sempre tenra fazer de algo alguma outra coisa, não sem grande dificuldade consegue disánguir
autoridade e poder. Desta confusão resulta uma dificuldade em compreender o real papel da mulher
e do feminino na vida da Igreja. (Resumo preparado pelos editores)

Palavras-chave: eclesiologia, gênero, mariologia.

A investida global do "feminismo", que cem lurado pela igualdade enrre homens e
.1"\mulheres, se fez senrir denrro da Igreja cal como se percebe na reivindicação de
q ue mulheres sejam ordenadas sacerdores. A presenre baralha, como um rodo, ocorre
num cenário confuso e as ofensivas deixam a arena eclesiástica ainda mais perrurbada,
como se esta já não concasse com seus próprios e complicados problemas.

1
" Nossa Senhora do Carmo"
De um modo geral, o araque "feminisra" cem uma rarefa delicada: Jurar por
Painel a óleo sobre madeira. Candido Poninari (1944) .
direiros iguais para mulheres numa sociedade recnológica p redominanremente

• Artigo publicado origi nalmente, numa tradução d o alemão para o inglês de Mary Theresilde
Skerry, em Co1m111mio: lmemariona/ Cntholic & view, Volume XXll, Number l (Spring 1995):
164-1 70.
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MULHERES SACERDOTES? UMA IGREJA MARIANA NUMA CULTURA
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SEM MÃE E SEM PAJ*
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centrada e orien tada n o homem e pelo homem O movimento acaba, assim, das

duas ,uma, roma~do a dianteira contra as fo rmas desta civilização (ou, o que nos leva em coma a atitude: alguém que, como o Útero que é fecundado, está apto
leva a mesma coisa, contra a masculinidade que dá fo rma a esta civilização) ou a gestar pacienremence sementes recebidas e dar-lhes a luz em imagens, mitos
e~tã? reclamando seu lugar dentro desta mesma civilização, como ela está, 0 que e conceitos. No imelecro conremplativo, o elemenco ativo do feminino está
diiic1lmence pode ser feito sem uma masculinização artificiosa das mulheres ou encaixado ao elemento passivo do masculino (que precisa do poder auroconcedente
sem um nivelamento das diferenças entre os sexos. Isso nos coloca diante de um a do útero para poder dar) da melhor man eira possível. Do outro lado, no reino do
priori já contraditório, que se mani festa, em ma.ior ou menor grau, nos discursos positivismo e do cienti.ficismo, agora é o elemento femi nino que desaparece diante
e propostas desse movimento. Essa co ntradição, entretan to, não deve jamais ser da atitude do homem. Não há mais nada que acolha maternalmente a existência
subestimada como fruto de uma mera "falta de rigor lógico feminino"1. Ao invés humana. Sob o poder do espírito humano, a natureza decai ao meramence
disso, revela uma profunda dimensão trágica de nosso cempo. concreto e material, até mesmo o espírito humano vivencia o perigo de tornar-se
. A culrura matriarcal não existe mais - e há baseante cempo. Tampouco material, concreto, imanente, para se auroman ipular, onde o ser-como-um-todo,
vivemos sob a era do patriarcado, cam bém finada - há menos tempo, embora. intangível, está fora de questão.
Estamos n uma época onde, ao mesmo tempo, carecemos da figura do pai e da Essa evanescência de nossa época, n a qual a feminilidade da mulher
figura da mãe, sendo anacrônico caracterizar e considerar as modernas formas de também foi esquecida, não pod e ser revertida por qualquer tipo de plano racional,
sociedade a partir do velho patriarcado. Afiliação da visão de mundo de um homem menos ainda pela adesão da mulher ao outro lado, já bastante preenchido. Tal
médi~ aos valores atuais (e provavelmente futuros) da sociedade tecnológica em atitude de mudança de lado destruiria totalmente o equilíbrio que já se encontra
que vivemos em nada reflete qualq uer dominância da figura do pai no clã. Na perrurbado, propondo nivelamento da diferença entre os sexos e esmagando a
verdade, o .que se p ode rastrear é a prevalência de um racionalismo para 0 qual fértil riqueza que esta diferença encerra, tudo em prol de uma imagem assexuada,
~odas ~ c?1sas e bens naturais são, acima de tudo, matérias-primas para produtos de andrógino (com tendências masculinas, porém), consumindo todas as reservas
mdusmal'.zados. Desde que existe "cultura" o homem cem sido não apenas 0 ideológicas que ainda restam na humanidade. D esprovida de filosofia e vítima
homo sap1ens, mas o homo faber. Porém, quando realmente existia "cultura", 0 do posirivismo do "fazer" - e no fim d o "aura fazer" - a civilização encontra-se
homem detinha um equilíbrio nesta relação, contemplava a natureza enquanto evidentemente sem normas e, assim, sem caminhos, desoriencada. Se, por um
era receptivo à sua essência. Uma atitude que podemos chamar de filosófica. lado, uma grande parte desta sociedade tecnológica está lenca e inexoravelmente se
Quan~o a filosofia termina, e termina q uando esse exped iente contemplativo- aurodestruindo até a morte, por outro, há ainda alguma esperança porque a o utra
recepnvo se transforma em algo meramente utilitarista (sobre aquilo que se pode parce desta sociedade - hoj e em dia, além de mulheres prudentes, isso inclui roda
faze r com uma coisa), o elemento femini no - superficialmente falando - que uma geração de jovens que enxerga o ativismo com desconfiança - está criand o
pode fazer uma pessoa "segura" em natureza e em ser é abandonado em favor de reservas que vão garantir a sobrevivência depo is que este rio passar pela cachoeira,
uma preponderância do elemento masculino, o que nos transforma em coisas reservas q ue não são engendradas no "necessitar" ou no "consumir'', como estamos
em coisas ~serem mudadas implem entando-se e impondo-se algo de si próprias.' acostumados (a economia, o Terceiro Mundo, a preservação am biental), mas no
. A rmagem sexual aqui oferecida não deve ser engessada já que, ser, no acú mulo de experiência que dá sentido às coisas, na segurança, na ideia de
conceitualmente falando, ser receptivo e ser tornado fértil em ser e em natureza construir casas para aqueles que escão sempre na estrada, expostos ao mundo -
não é .al.go que seja exclusivamente da mulher, considerando-se aqui a ideia da para rodos aqueles para os quais o papel da mulher é essencial.
recepnv1dade. Uma forma mais avançada de considerar este assunto cerramente Num momenco já tão tardio da história, poderíamos ainda ter esperanças
1
num retorno ao equilibrio do senso de entrega? Coisa, al iás, que está apenas
>!.do T.: Homem no sencido de gênero/sexo masculino. !'\ão no sentido de espécie, ser humano.
simbolicamente imbricado ao sexual, na verdade se estende muiro além já que
' ~: do T.: O pr~enre arrigo f~i rradu2ido a partir da versão em língua inglesa, tendo sido abarca o ser humano em seu lugar, denrro do ser-como-um-rodo. Se entendemos
?ng.m ~lmente escr'.ro em ralemã~. ~conhecida a vcrsacilidade do idioma germânico no que se refere
a _cna.çao. de conceitos. Na versao inglesa, a cradurora utilizou-se do rermo "femin ine illogic", que
que esce retorno é viável, então isso cercamente apenas poderia ocorrer através de
nao significa chamar as ~ulheres "seres ilógicos", mas considerar, no jargão coloquial americano, 0 mul heres que compreendam seu papel como contraponro, colocando-se conrra o
comporramenro menos rigoroso, menos analitico, que, segundo a crença de parte do senso comum crescimento de um m undo masculi nizado, coisa que carece de qualquer passado
algumas m.ulheres apresenrariam em debates e discussões, lançando mão, por vezes. de um d iscurs~ histórico. Essas m ulheres, pois, devem fazer exaram ente o oposto do que femin istas
mais emoavo e menos austero cm sua esrrurura lógica. O autor aqui chama a atenção na verdade
atuais fazem. Tanto a competição com homens em áreas rradicional e tipicamente
P.ar:1 ~.~~~o ~e que a poss~v~I i~clinação de alguns leirores em creditarem a uma "pouca ~ompetênci;
log1ca t1p1camenre femmma as contradições expostas é uma temeridade e um equivoco. masculinas quanto investidas racio nais (com modos masculinos!) que visem
atacar o mundo masculino são desprovidas de sentido. Encontraremos sentid o

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ao criam:os uma força vi ral contra um existência recnologizada, desprovida de masculino dessas funçóes - a tmmmissáo de uma força vital originada fora de si
ancestralidade e passado histórico e que se abstenha d a super-abundância arrificial mesmos e que os leva para além de si mesmos - da participação numa fertilidade
que se oferece, procurando perceber, ao invés disso, a real "super-abundância da (antes da Eucaristia, ela deu a luz a Cristo) e numa pureza (ela foi absolvida
vida". Não devemos supor que as coisas voltarão aos seus luaares por si mesmas por toda eternidade), faze ndo-os pertencer independentemente de seu ofício à
- o '
sao necessárias decis~es morais muiro profundas por parte das mulheres para que perfeica e feminina Igreja.
se enfraqueçam os e1.Xos desta roda que rola abaixo em direção ao absurdo. Pode-se dizer que Cristo, desde que representa o Deus do Universo no
mundo, é, ao mesmo tempo, a origem do masculino e do feminino na Igreja.
É a partir Dele que Maria é pré-redimida e Pedro e os apóstolos são instalados
II em suas funções. Cristo como homem também representa a origem , o Pai, já
que a fertilidade da mulher é dependente da fe rtilização original. Não se devem
Em concraste com o velho mundo, cujo equilíbrio encontra-se rão relativizar esses pontos do mesmo modo que não se deve relativizar a resul tante
ameaçado, a Igreja é o início do novo cosmo fundado em Jesus C risto. Nesse das represencaçóes da o rigem, isco é, as funções na Igreja.
~ovo.cosmo, desde sua fundação mais primordial, o pomo correto de equilíbrio, Uma mulher que fosse aspirar a algum desses o6cios de ordem minisrerial
mclumdo o equilíbrio sexual, está assegurado. É, portamo, apenas uma questão estaria aspirando funções especificamente masculinas ao mesmo tempo em que
de reconhe~ê-lo e vivê-lo. A Igreja começa com o 'sim' da Virgem de azaré que se esquece da ancestralidade do feminino que precede a Igreja e é muito anrerior
resume a fe de Israel e a eleva a uma concretização abundante e extraordinária: ao masculino. Com o fe minismo eclesiástico mais uma vez chegamos à esfera
proncidão incondicional para conceber, sob coral liberdad e, to rnando roda que descrevemos na primeira seção, onde mulheres, através de uma trágica má-
a f~r.tilidade psicológica e física da mulher intei ramente dispo nível. É uma compreensão, almejam aquilo que é especificamente masculino, com a exceção de
fertilidade realmente efetiva, incrivelmente mais ampla do que a fertilidade que a essa altura do texto fica mais fácil se posicionar corretamente. O equilíbrio
natural de roda mulher que, por seu rumo, já é bem superior à do homem. E ela perfeito não precisa ser desesperadamente buscado ou procurado, já está presente
carrega, concebe, cria, nutre e educa não apenas qualquer criança, mas 0 Filho de na própria essência da Igreja. Para percebê-lo, precisamos primeiro enxergar a
Deus. Assi m como Ele deve rudo o que é ao seu Pai eterno Ele também o deve ao profunda dimensão mariana da Igreja, evidenremenre, bem como buscar conhecer
Útero que o gerou, maternal e eclesiástico. E Ele vai gradualmence educar Maria as visões dos Santos Padres, da Idade Média e mesmo do período Barroco, visões que
- transpassada pela espada - na Cruz, onde Ele vai consa<>rá-la como mãe de Seu perdemos como o racionalismo iluminista. O árulo de "Mãe da Igreja" representa
discíp ulo, de Seus apóstolos e de rodos os fiéis da Igreja. b uma tentativa de resgate dessa consciência e lucidez que fez parte da cristandade
Os doze que por Ele são escolhidos e invesridos dos poderes necessários por quase dois mil anos. E nesse cenário, "Mãe" e "Igreja" escavam ainda mais
são escolhidos trinca anos depois. Eles recebem tarefas masculin as de liderança e acoplados: na imagem do "manco de graça", por exemplo, vivendo sob o "manco de
rep resentação dentro da feminina Igreja, compreensiva e mariana. Eles começam graça" estão a Igreja, enquanto modelo, e a Igreja universal, fluindo uma na outra.
como pessoas cheias de falh as - isso está mais claramente visível no caso de Pedro Mesmo se tomarmos um pomo de vista inteiramente neutro, reríam os de
- e nunca conseguem satisfazer plenamente às exigências qualitativas da l o-reja nos maravilhar em quão incensamente esse modelo, precisamente nos tempos
primordial, da "Noiva perfeita", da lmmaculata. O papel deles é servir de~cro mais recentes, por meio de ativos testemunhos do Céu, tem sido oferecido ao
d~ permanente e~isrência da Igreja: esrão ali para represencá-Lo, Ele que pela mundo como um lembrete e um pomo de reflexão. De Sanca Catarina Laboré
vmude de sua propria entrega na Cruz, onde entrega roda sua substância, reú ne ( 1806-1876) à Santa Bernaderre Soub irous (1844-1879) em Lourdes, da "Virgem
o po~o de Deus eucariscicamenre dentro de Si e os coloca debaixo da magnífica do Coração de Ouro" em Beauraing e da "Virgem dos Pobres" em Banneux às
plenHude do Pai. Com vistas à entrega volumária de Maria (de modo al!!"Um aparições marianas em Fatima (isso só para mencionar instâncias reconhecidas
. ai o e importantes), o auto-testemunho da Ecclesia immaculata é ini nterrupto. A ela
com vmas a qu quer aro de Pedro), a "pré-redimida" Mãe de C risto também
recebeu a graça de dizer seu impecável, infalível 'sim'. O que Pedro vai receber não é permitido esconder-se atrás seu Filho em falsa humildade; ela vem sem
com.o. "i n~alibilid~de", por sua função como dirigence da Igreja, é apenas uma in ibição, roma a d ianteira e diz "Eu sou a Imaculada Conceição" - insiste em
paruc1paçao parcial na excelsitude da feminina e mariana Igreja. E 0 que 05 Lourdes -e isso tudo em pela convergência com o Rosário, que aponta claramence
homens o~denados, consagrados em seu ofício, recebem no sentido do poder da para a origem divina do Filho e da Trindade. A hierarquia masculina foi bem-
consagraçao e da absolvição o é, mais uma vez, em razão do caráter especificamence intencionada o bastante para reco nhecer as mensagens de Lourdes e Fátima e
as inúmeras encíclicas papais de reor mariano não fazem outra coisa a não ser
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Volume XX.IX, Número 31 4 (Ji:L. / DEZ. 2010): 379-401

SOBRE HISTÓRIAS DE FADAS, FAMÍLIA


C(

E AMOR: VIVENDO PSICOLOGICAMENTE


DENTRO DO RITMO DAS RELAÇÕES E CRISTO
COM A lGREJA' 1
Dona/d Graham

Resumo. L:ma das maneiras ma.is persuasivas de rocar a psique, para influenciar a mente de rodas
as gerações, continua a ser a narração de uma hisrória convu;cente. Dianre do pano de fundo do
enfraquecimento da influência cristã no Ocidenrc e o poder de uma hisrória para reavivar a menre
individual, esre artigo cüscure alguns aspecros da obra de ). R. R Tolkien. Discure-se em particular
a abordagem que Tolkien faz das relações fam iliares no inrerior de suas obras ~ a se11hor dos nniis" e
" O Silmnrillio11". (Resumo preparado pelos edirores)

Palavras-chave: lirerarura inglesa, Tolkien. ecologia esponsal.

A dimin uição da influência do cristianismo sobre a civilização ocidental,


J""\.especialmence em seu cencro histórico, a Europa, é uma questão de co ncínuas
discussões. Indicações esperançosas à parre, como o aparecimento dos movimencos
eclesiais e a eleição do cardeal Joseph Rarzinger como papa, o poder da cristandade
católica de reviralizar a culrura europeia esrá se tornado progressivamence difícil de
imaginar. A União Europeia recusou até mesm o saliencar a maciça conrribu.ição
h istórica do cristianismo para a construção da Europa no preâmbulo de suas
constiruições e aprovou leis favo recendo as uniões de mesmo se.xo, a eutanásia
e o aborto. Nesta escuridão, se escutarmos com atenção, podemos ouvir a voz
de Christopher Dawson (1889-1970) - historiador da religião e da cultUia, da
civilização e da Europa - ecoando arravés das décadas:
A volra de uma civilização secular para wn modo de vida cristão envolve, sem
dúvida, uma reviravolta de muitas forças históricas que rranscendem os limites
não somente de nossa experiência pessoal, mas mesmo da nossa própria sociedade.
Káo obsrante a moderna tendência cotalicária para conrrolar o desenvolvimento
da culrura por métodos de legislação exrernos e organizações internacionais, o
"Luz do mundo" ("Light of the World") conrrole dos panidos e da ordem poüúca, é ainda a mente individual a força
Pinrura a óleo exposca na capela larcral do Klebc CoUege, cm Oxford, l nglarerra. Holman Hunr
criativa que determina o desrino úl timo das culruras2.
(1851-1853).

' Artigo publicado o riginalmenre em Communio: !ntemational Catholic Review, Volume


XXX1 U, 1'umber 4 (\Xi'inrer 2006): 52 1-539.
' Sou graro à Sra. An ida d'Avernas (SPSS, Pererborough, O l\1), Sr. William Pemberton, Dr. David
Beresford (Trem Universiry, Pecerborough, ON), Dr. Mary Marroco (Tbe Canadian Council of

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