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A IMITAÇÃO DE CRISTO próprio interesse, e sim o do seu

PARA A GLÓRIA DE DEUS próximo. Comam de tudo o que se


vende no mercado, sem
questionamento algum por motivo
Por Rangel Morrissey Mantelli de consciência. Porque do Senhor é
a terra e sua plenitude. Se alguém
que não é crente convidá-lo para
Portanto, meus amados, fujam da comer, e vocês quiserem ir, comam
idolatria. Falo como a pessoas de tudo o que for posto diante de
sábias; julguem vocês mesmos o vocês, sem questionamento algum
que digo. Não é fato que o cálice da por motivo de consciência. Porém,
bênção que abençoamos é a se alguém disser a vocês: “Isto é
comunhão do sangue de Cristo? E coisa sacrificada a ídolo”, não
não é fato que o pão que partimos é comam, por causa daquele que deu
a comunhão do corpo de Cristo? a informação e por motivo de
Porque nós, embora muitos, somos consciência; consciência, digo, não
unicamente um pão, um só corpo; a sua propriamente, mas a do outro.
porque todos participamos do único
pão. “Pois, por que a minha liberdade
deve ser julgada pela consciência
Considerem o Israel segundo a de outra pessoa? Se eu participo
carne. Não é verdade que aqueles com gratidão, por que sou criticado
que se alimentam dos sacrifícios por causa daquilo por que dou
são participantes do altar? O que graças?” Portanto, se vocês
quero dizer com isto? Que o que é comem, ou bebem ou fazem
sacrificado ao ídolo é alguma coisa? qualquer outra coisa, façam tudo
Ou que o próprio ídolo tem algum para a glória de Deus. Não se
valor? Não! Digo que as coisas que tornem motivo de tropeço nem para
eles sacrificam são sacrificadas a judeus, nem para gentios, nem para
demônios e não a Deus; e eu não a igreja de Deus, assim como eu
quero que vocês estejam em também procuro, em tudo, ser
comunhão com os demônios. Vocês agradável a todos, não buscando o
não podem beber o cálice do meu próprio interesse, mas o de
Senhor e o cálice dos demônios; muitos, para que sejam salvos.
não podem ser participantes da Sejam meus imitadores, como
mesa do Senhor e da mesa dos também eu sou imitador de Cristo.
demônios. Ou provocaremos
ciúmes no Senhor? Somos, por
acaso, mais fortes do que ele?
“Todas as coisas são lícitas”, mas 1 Coríntios 10:14 – 11:1 (NAA)
nem todas convêm; “todas as coisas
são lícitas”, mas nem todas
edificam. Ninguém busque o seu
INTRODUÇÃO unidade controlada por alguns
temas.

Nós estamos em duas séries de


pregações simultâneas na Igreja da Nós já vimos que o tema principal
Trindade: tratado por Paulo nesse contexto foi
anunciado no verso 1 do capítulo 8:

1. A Igreja que queremos ser:


ouvimos sobre algumas marcas de No que se refere às coisas
uma igreja saudável: pregação sacrificadas a ídolos...
expositiva, teologia bíblica,
generosidade, conversão, entre
outras. Considerando essa tema principal,
o Pr. Thiago pregou sobre:
2. Divergente: uma igreja
desafiada pela cultura: série de
exposições em 1 Coríntios. ➔ Os limites da liberdade cristã
(1 Coríntios 8:1-13)

Hoje nós voltaremos a considerar os ➔ Como o apóstolo Paulo


textos dessa segunda série de explica a liberdade cristã a
mensagens. Você pode assistir às partir de um exemplo
mensagens anteriores acessando hipotético, relacionado ao
nosso aplicativo na Apple Store ou direito dos apóstolos de serem
Play Store e pela nossa página do sustentados pela igreja (1
Youtube. Coríntios 9:1-14)

➔ Como Paulo vive a liberdade


Peço que abram as suas Bíblias
cristã, demonstrando que isso
comigo em 1 Coríntios 10:14 – 11:1.
não é apenas sua doutrina,
O título dessa pregação é:
mas seu estilo de vida (1
Coríntios 9:15-27).
A GLÓRIA DE DEUS NA
➔ Como o uso equivocado da
IMITAÇÃO DE CRISTO
liberdade cristã pode levar
alguém a cair no erro. (1
Os versos que acabamos de ler Coríntios 10:1-13)
fazem parte do argumento maior de
Paulo que se inicia em 1 Coríntios
O que temos aprendido até agora é
8:1 e se estende até 11:1. Essa
que a liberdade do cristão está
passagem se mantém como uma
fundamentada no amor. Se um
direito assegurado pela minha fé considerando os limites impostos
prejudica o meu testemunho diante pelo amor ao próximo, de outro, os
dos outros e traz algum mau para apóstolos devem usufruir dos seus
eles, então eu devo abrir mão do direitos, ou abdicar deles, de forma
meu direito. Em outras palavras, por a não trazer obstáculo algum à
amor ao próximo e para a glória de pregação do evangelho. É por isso
Deus, devo rejeitar até mesmo os que, num contexto bem específico,
direitos legítimos assegurados pela o apóstolo Paulo abriu mão de
liberdade cristã. receber o sustento da igreja de
Corinto. A glória de Paulo foi pregar
o Evangelho da graça de Deus de
O apóstolo Paulo inicia o seu graça!
argumento a partir da questão
relacionada às carnes sacrificadas
aos ídolos nos templos pagãos de Agora na seção que se estende de
Corinto, abordando quais os 10:14 até 11:1 o argumento de
critérios deveriam ser observados Paulo é concluído. A ideia principal
pelos cristãos nessa situação. é essa:

“Podemos ou não comer carne


sacrificada aos ídolos?”
AFIRMAÇÃO TEOLÓGICA

Essa era uma tensão presente


Os cristãos precisam ter como alvo
naquela igreja.
a imitação de Cristo e a glória de
Deus em tudo o que fazem.
Em seguida, Paulo explica que esse
ensino acerca da liberdade cristã
Mas como? Paulo lista aqui quatro
não estava restrito aos seus
atitudes.
ouvintes, mas também se aplicava
aos próprios apóstolos. Por isso,
dentro do mesmo argumento, Paulo
DOUTRINA
fala sobre o direito dos apóstolos
receberem sustento financeiro das
igrejas locais e quais os critérios
deveriam ser levados em conta
nesse assunto. 1. Fugir da idolatria (1
Coríntios 10.14-22)
Se de um lado todos os cristãos
devem usar a sua liberdade
Portanto, meus amados, fujam da nós temos enfatizado o caráter
idolatria. (v.14) pactual da igreja cristã.

O que Paulo quer dizer com o termo Isso significa que nenhum cristão
“idolatria” aqui nesse texto? Ele não vive de maneira isolada. Cada
está se referindo à atitude explícita cristão, na verdade, é membro de
de alguém se ajoelhar e prestar um corpo e, portanto, pactua com
culto a um ídolo no tempo pagão. A outros membros. Dessa forma,
idolatria, nesse caso, tem a ver com aquilo que um cristão é e faz
prejudicar o testemunho cristão por reverbera, para bem ou para mal,
meio de práticas sociais externas. O em toda a comunidade cristã! O que
ídolo aqui é o uso da liberdade cristã está por trás da ordem de Paulo é
em benefícios egoístas. Tem a ver a lealdade pactual!
com algo que está no coração dos
coríntios: eles querem satisfazer os
seus próprios desejos. E sabemos Falo como a pessoas sábias (v.15).
que até hoje é assim: com muita
frequência, a idolatria e a
imoralidade se escondem em Paulo sabe que aqueles irmãos têm
práticas socialmente aceitas. capacidade para reconhecer o seu
ensino ao utilizar o bom senso. Ele
não menospreza os seus leitores.
É importante perceber o tom “Vocês são sábios, sensatos,
pastoral do apóstolo. Ainda que sabem discernir as coisas!”
Paulo ordene: “fujam da idolatria”,
ele os trata de maneira carinhosa:
“meus amados”. Não é fato que o cálice da bênção
que abençoamos é a comunhão do
sangue de Cristo? E não é fato que
De maneira parecida Paulo já havia o pão que partimos é a comunhão
dito antes “fujam da imoralidade do corpo de Cristo? Porque nós,
sexual” (cf. 6.18). Isso nos mostra embora muitos, somos unicamente
como essas ordens são um pão, um só corpo; porque todos
abrangentes e têm uma relação participamos do único pão. (v. 16-
muito forte para o entendimento da 17)
igreja de Corinto acerca da aliança
com Cristo: a carne oferecida a
ídolos não é ruim em si mesma, mas Para chamar atenção a esse ponto,
a celebração da qual ela faz parte Paulo lembra a refeição pactual que
desperta o ciúmes de Deus e define toda comunidade cristã: a
obscurece o testemunho cristão. É ceia do Senhor. O argumento é
por isso que na Igreja da Trindade muito simples: é inapropriada a
participação nos banquetes
idólatras para quem participa da
Considerem o Israel segundo a
mesa do Senhor.
carne. Não é verdade que aqueles
que se alimentam dos sacrifícios
são participantes do altar? (v. 18)
Partir o pão e beber do cálice são
atos que identificam os cristãos com
os sofrimentos de Cristo no calvário.
Paulo continua explicando o seu
A fonte dessa aliança é a união que
ponto remetendo os seus leitores
temos com nosso Senhor, que nos
aos ritos do Antigo Testamento. Na
insere na comunhão divina para que
lei de Moisés todos os participantes
possamos viver em amizade com
dos sacrifícios deveriam estar
Deus. Por meio do sacramento da
adequadamente preparados para
ceia temos comunhão com Cristo e
isso: sacerdotes e demais membros
uns com os outros.
da comunidade da aliança. Deus
santificava a todos por meio do culto
sacrificial prescrito na lei. Se na
A menção ao “cálice da benção”
antiga aliança aquele que comia da
aqui aponta para a ação de graças
carne sacrificada participava do
pronunciada sob os elementos
altar, na nova aliança os celebrantes
antes da celebração da ceia. É
da ceia são santificados no corpo de
possível que Paulo tenha em mente
Cristo.
o terceiro dos quatro cálices usados
na celebração da Páscoa judaica: o
cálice da redenção, que representa
O que quero dizer com isto? Que o
o resgate obtido por meio da morte
que é sacrificado ao ídolo é alguma
de Cristo.
coisa? Ou que o próprio ídolo tem
algum valor? (v. 19)
Na Igreja Primitiva, a união no Não! Digo que as coisas que eles
Corpo de Cristo era percebida sacrificam são sacrificadas a
claramente toda vez em cada demônios e não a Deus; e eu não
pessoa quebrava um pedaço de um quero que vocês estejam em
único pão, costume mantido três comunhão com os demônios. (v. 20)
séculos depois da era apostólica.
Vocês não podem beber o cálice do
Senhor e o cálice dos demônios;
não podem ser participantes da
O evangelho é dramatizado na
mesa do Senhor e da mesa dos
eucaristia. A ceia do Senhor é,
demônios. (v. 21)
nesse sentido, a celebração da
vitória de Cristo contra todo poder
demoníaco celebrado nos
Paulo sabe que os ídolos e os
banquetes pagãos!
sacrifícios feitos a eles não tem
valor algum. Contudo, ele insiste no vocês podem fazer todas as
seu ponto ao estabelecer um coisas, mas isso não significa
contraste: a ceia do Senhor que devem fazê-las sempre”, diria
santifica, mas o banquete aos ídolos Paulo.
produzem impurezas e comunhão
com demônios!
A questão principal não é se algo é
legítimo, mas se é proveitoso para
Ou provocaremos ciúmes no edificação do próximo: Ninguém
Senhor? Somos, por acaso, mais busque o seu próprio interesse, e
fortes do que ele? (v. 22). sim o do seu próximo. Em outras
palavras: se algo é ilegal ou não é
permitido, é óbvio que não deve ser
2. Buscar a edificação do feito. Mas, se algo é legal ou
próximo (1 Coríntios permitido, ainda assim existe a
10.23-30) possibilidade de que não deva ser
feito!

“Todas as coisas são lícitas”, mas


nem todas convêm; “todas as coisas A balança que deve nortear as
são lícitas”, mas nem todas ações dos coríntios é a comunidade.
edificam. Ninguém busque o seu Em nome da liberdade cristã alguns
próprio interesse, e sim o do seu daqueles irmãos estavam
próximo. (v.23) prejudicando o seu próximo. Em vez
de prestar atenção em direitos
individuais, aqueles irmãos
“Tenho o direito de fazer tudo!”, deveriam promover ações benéficas
diriam alguns coríntios a Paulo. Eles para os outros, tal como Cristo
consideravam seu dever cívico e ensinou (Mt 22:37-40).
seu direito cristão participar das
celebrações da cidade. Os crentes
fortes julgavam capazes de lidar Comam de tudo o que se vende no
com a questão sem serem levados mercado, sem questionamento
à idolatria. Usavam um bordão algum por motivo de consciência.
conhecido do seu tempo: “Todas as Porque do Senhor é a terra e sua
coisas são lícitas”. plenitude. Se alguém que não é
crente convidá-lo para comer, e
vocês quiserem ir, comam de tudo o
Mas Paulo chama a atenção deles que for posto diante de vocês, sem
novamente. O apóstolo é cuidadoso questionamento algum por motivo
em não tirar a liberdade dos seus de consciência. Porém, se alguém
ouvintes, mas sempre tendo em disser a vocês: “Isto é coisa
vista a vida comunitária: “sim, sacrificada a ídolo”, não comam, por
causa daquele que deu a Mesmo o crente sabendo que o
informação e por motivo de alimento em si não é impuro, deve
consciência; consciência, digo, não abster-se por causa da consciência
a sua propriamente, mas a do outro. do descrente.
“Pois, por que a minha liberdade
deve ser julgada pela consciência
de outra pessoa? Se eu participo “Mas porque eu devo ser julgado
com gratidão, por que sou criticado por um descrente? O alimento me
por causa daquilo por que dou foi dado pela graça de Deus!”,
graças?” (v. 24-30) poderiam ser objeções daqueles
irmãos. Mas Paulo lembra que nem
a liberdade cristã nem a graça de
Depois de destacar o erro do Deus devem ser utilizadas como
“egoísmo libertário” daqueles pedra de tropeço a alguém.
irmãos, Paulo se volta para uma
aplicação positiva da liberdade
cristã. Tudo o que está no mercado 3. Viver para a glória de Deus
pode ser consumido por eles. Paulo (1 Coríntios 10.31-33)
não está preocupado com a carne
em si. Ele sabe que nada do que
Deus criou é impuro. Para reforçar
Portanto, se vocês comem, ou
esse ponto, o apóstolo cita o Sl 24:1:
bebem ou fazem qualquer outra
Porque do Senhor é a terra e sua
coisa, façam tudo para a glória de
plenitude.
Deus. Não se tornem motivo de
tropeço nem para judeus, nem para
gentios, nem para a igreja de Deus,
Mas há situações nas quais os
assim como eu também procuro, em
cristãos devem se privar dessa
tudo, ser agradável a todos, não
liberdade. Perceba que agora a
buscando o meu próprio interesse,
preocupação do apóstolo não é
mas o de muitos, para que sejam
mais o que ele chamou
salvos.
anteriormente de cristão “fraco” na
fé, mas sim o descrente: Se alguém
que não é crente convidá-lo para
O argumento de Paulo está
comer.
chegando ao ápice. Na mente do
apóstolo tudo o que foi discutido até
agora tem a ver com uma única
O público é diferente, mas o
coisa, um tema presente em toda a
princípio é o mesmo: se o descrente
Escritura: a glória de Deus.
ressaltar a origem da carne (“Isto é
coisa sacrificada a ídolo”), o
consumo desse alimento torna-se
➢ Deus nos criou para sua
uma barreira ao testemunho cristão.
glória: Is 43.6-7
➢ Jesus disse que ele responde
a oração para que o Pai seja
➢ Deus chamou Israel para sua
glorificado: Jo 14.14
glória: Is 49:3 e Jr 13:11

➢ Jesus suportou o sofrimento


➢ Deus resgatou Israel do Egito
para a glória de Deus: Jo
para sua glória: Sl 106.7-8
12.27-28; 17.1.

➢ Deus venceu faraó no mar


➢ Deus deu seu Filho para
vermelho para manifestar sua
vindicar a glória de sua justiça:
glória: Ex 14.4,18.
Rm 3.25-26

➢ Deus manteve Israel no


➢ Deus nos perdoa de nosso
deserto para a glória de seu
pecado por amor de si
nome: Ez 20.14
mesmo: Is 43.25; Sl 25.11

➢ Deus não desamparou seu


➢ Jesus nos recebe em
povo para glória do seu nome:
comunhão para a glória de
1 Sm 12.20,22
Deus: Rm 15.17

➢ Deu salvou Jerusalém de


➢ O ministério do Espírito Santo
ataques para a glória de seu
é trazer glória ao Filho: Jo
nome: 2 Rs 19:34.
16.14

➢ Jesus viveu para a glória do


seu Pai: Jo 7:18 ➢ Deus escolhe seu povo para
sua glória: Ef 1.4-6

➢ Jesus nos disse para fazer


boas obras, a fim de que Deus ➢ Todos estão sob julgamento
receba a glória: Mt 5.16 por desonrar a glória de Deus:
Rm 1.22,23; 3.23.

➢ Jesus advertiu que não buscar


a glória de Deus torna ➢ O alvo final de Jesus para nós
impossível a fé: Jo 5.44 é que vejamos e desfrutemos
de sua glória: Jo 17.24
➢ Mesmo em ira, o alvo de Deus 4. Imitar a Cristo (1 Coríntios
é fazer conhecido o poder de 11:1)
sua glória: Rm 9.22,23

Sejam meus imitadores, como


➢ O plano de Deus é encher a também eu sou imitador de Cristo.
terra com o conhecimento da
sua glória: Hb 2.14 Paulo agora finaliza o seu
argumento. Esse verso conclui a
seção anterior. O tema da imitação
➢ Tudo o que acontece já foi mencionado anteriormente
redundará na glória de Deus: nessa mesma carta (4.16). Não
Rm 11.36 parece estranho que o apóstolo os
acuse de serem orgulhosos ao
mesmo tempo em que os ordena a
➢ Na Nova Jerusalém a glória
serem seus imitadores? Na
de Deus substitui o sol: Ap
verdade, o apóstolo não deseja ligar
21.23
seus seguidores a si mesmo. Isso
seria uma inconsistência com o teor
de toda a carta. A palavra traduzida
Não é por acaso, portanto, que o
por imitadores significa,
apóstolo Paulo ensina que os
literalmente, mímicos. É desejo de
direitos pessoais dos cristãos
Paulo que o coríntios os imitem no
devem estar sujeitos aos direitos de
amor, na devoção, no serviço e,
Deus, seu criador. Se a vida inteira
principalmente, na atitude de
do cristão, até nos atos
suportar os sofrimentos por amor à
aparentemente insignificantes, é
Cristo. Não há ostentação nas
vida de adoração, logo tudo o que é
palavras de Paulo: ele deseja ser
feito deve ser feito de forma a
imitado a fim de que os irmãos
promover o brilho, peso, a beleza e
aprendam a imitar a Cristo, o
a importância de Deus. Tudo é para
referencial máximo de suas vidas
a glória de Deus!
(cf. 11.1)! Portanto, Paulo é o
modelo, mas Cristo é o paradigma
Quando isso acontece, muitos são final.
beneficiados. É por isso que a
expressão glória de Deus nesse
contexto também está associada à CONCLUSÃO
sua ação salvadora. As ações dos
cristãos devem ser direcionadas na
ênfase dos propósitos salvadores Meditamos sobre quatro atitudes
de Deus em tudo o que fazem. ensinadas pela Palavra de Deus
nessa manhã:
3. A vida de Cristo não deve ser
separada do testemunho a
1. Fugir da idolatria.
respeito de Cristo.
2. Buscar a edificação do
próximo.
4. Em tudo que fazemos,
3. Viver para a glória de Deus.
devemos sempre imitar a
4. Imitar a Cristo.
Cristo a fim de promovermos a
glória de Deus.
Vimos que a fé cristã é comunitária
e pactual. Ninguém vive apenas BENÇÃO
para si. Todos os nossos
relacionamentos devem ser
experimentados à luz do modelo de Que a graça de Jesus, o amor de
vida de Jesus. Cristo tinha todos Deus Pai e as consolações do
os direitos: ele é o Filho de Deus Espírito estejam com todos nós.
por excelência. Mas ele abriu mão Amém!
dos seu direitos para servir.
Cristo não usou da sua liberdade
para ferir, mas para morrer e para
se sacrificar. Ele mesmo decidiu
tirar a sua vida para nos dar a
vida! Isso é amor! Ele é o nosso
maior exemplo de como devemos
viver e usar a nossa liberdade.

APLICAÇÕES

1. Comunhão e adoração andam


juntas.

2. Não devemos confundir o que


é lícito com o que é
proveitoso.

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